segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Teólogos e Apologistas…
Eis o que devem ser os novos Bispos.

Sandro Magister
Tendo passado o seu primeiro ano como Prefeito da Congregação para os Bispos, o Cardeal Marc Ouellet (na foto) fez uma avaliação numa entrevista com Gianni Cardinale do Avvenire, jornal da propriedade da Conferência Episcopal Italiana.

No decurso da entrevista, revelou que era frequente, «mais do que seria de esperar», que o candidato nomeado para Bispo não aceitar a nomeação.

Indicou que tais recusas tinham como motivação a dificuldade crescente em assumir esse papel, numa sociedade onde os Bispos são submetidos a ataques públicos «nomeadamente em consequência dos escândalos e críticas de abuso sexual».

No que diz respeito às ambições em matéria de carreira, o Cardeal lançou um aviso: se um Padre ou um Bispo que aspira ser promovido a uma Diocese importante e se ele trabalha com esse propósito, «é bom que fique onde está».   

E concluiu a entrevista traçando o perfil do Bispo que a Igreja mais necessita hoje: é um Bispo que é tanto um teólogo e um apologista, defensor público da fé:

«Hoje, muito particularmente no contexto das nossas sociedades seculares,  temos necessidade de Bispos que sejam os primeiros evangelizadores e não simples administradores de Dioceses. Ou seja, Bispos que sejam capazes de proclamar o Evangelho. Que não sejam apenas teologicamente fiéis ao Magistério e ao Papa mas igualmente capazes de explicar a Fé e, se necessário, defendê-la publicamente».  

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