Sandro Magister
Tendo passado o seu primeiro ano como Prefeito da Congregação para os Bispos, o Cardeal Marc Ouellet (na foto) fez uma avaliação numa entrevista com Gianni Cardinale do Avvenire, jornal da propriedade da Conferência Episcopal Italiana.
Indicou que tais recusas tinham como motivação a dificuldade crescente em assumir esse papel, numa sociedade onde os Bispos são submetidos a ataques públicos «nomeadamente em consequência dos escândalos e críticas de abuso sexual».
No que diz respeito às ambições em matéria de carreira, o Cardeal lançou um aviso: se um Padre ou um Bispo que aspira ser promovido a uma Diocese importante e se ele trabalha com esse propósito, «é bom que fique onde está».
E concluiu a entrevista traçando o perfil do Bispo que a Igreja mais necessita hoje: é um Bispo que é tanto um teólogo e um apologista, defensor público da fé:
«Hoje, muito particularmente no contexto das nossas sociedades seculares, temos necessidade de Bispos que sejam os primeiros evangelizadores e não simples administradores de Dioceses. Ou seja, Bispos que sejam capazes de proclamar o Evangelho. Que não sejam apenas teologicamente fiéis ao Magistério e ao Papa mas igualmente capazes de explicar a Fé e, se necessário, defendê-la publicamente».
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