sábado, 26 de abril de 2014

António Vitorino & Paulo Rangel, SARL

António Vitorino é o mandatário do PS às europeias.
O seu principal adversário, Paulo Rangel, é seu sócio da sociedade de advogados.
Está tudo dito.


Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/cenas-de-senadores

A mulher que João Paulo II curou milagrosamente

Fonte: http://www.sabado.pt/Multimedia/FOTOS/Mundo/Floribeth-fez-de-Joao-Paulo-II-um-santo.aspx



A mulher que fez de João Paulo II um santo
23-04-2014

Floribeth Mora Díaz sofreu um derrame cerebral e os médicos descobriram um aneurisma inoperável. Ela pediu a João Paulo II e a Deus que a salvassem. Hoje está curada e o Vaticano acredita que foi um milagre. Por isso, vai canonizar Karol Wojtyla no dia 27

Por Rita Garcia, com imagem de Alexandre Azevedo, enviados especiais à Costa Rica

A campainha toca perto das 13h numa casa de classe média de Dulce Nombre de la Unión, a 26 quilómetros de San José, capital da Costa Rica. Na cozinha, Floribeth de Fátima Mora Díaz, 50 anos, dá mais uma volta ao guisado de frango, brócolos e batatas que tem ao lume, espreita a sopa de abóbora e especiarias, e caminha com passos firmes para a porta, maquilhada, vestida de preto e com uns saltos de 15 centímetros. Lá fora, a família Campos pede-lhe um minuto. Doña Flori, como é conhecida na vizinhança, recebe-os junto ao altar que tem no alpendre, com um enorme póster de João Paulo II, um crucifixo, uma imagem do Menino Jesus e outra de Nossa Senhora de Fátima. Não se conhecem, mas mal se sentam ao fresco, a mulher mais jovem conta, entre lágrimas, que não consegue engravidar. Quer pedir-lhe que reze por ela a João Paulo II. E que o Papa lhe traga um milagre, como um dia fez com ela.

Desde 5 de Julho de 2013 que o número 23 da Pista Hernández, uma rua estreita e inclinada de casas térreas, se tornou um local de romaria. No dia em que o Papa Francisco assinou o decreto que autorizou a canonização de João Paulo II, marcada para 27 de Abril, o mundo ficou a conhecer a história de Floribeth Mora Díaz, a costa-riquenha que vai levar o Papa polaco à santidade. Tudo porque a Igreja considerou milagrosa a cura de um grave aneurisma fusiforme na artéria cerebral média direita que quase matou esta mulher.

Primeiro vieram os jornalistas, depois os curiosos e os crentes. E doña Flori nunca deixou de os receber. Até hoje. A poucos dias de partir para Roma para assistir à cerimónia de canonização, tem a agenda cheia de entrevistas e já se tornou um hábito fazer grandes panelas de comida para almoçar com quem chega. Se vivesse sozinha, comeria sempre e só sopa. Mas a família é grande – quatro filhos, três dos quais casados, e seis netos – e isso obriga-a a diversificar a ementa.

O movimento de visitas não abranda durante a refeição. Desta vez é alguém que traz um envelope para Floribeth levar ao Papa Francisco, quando se encontrar com ele e com Bento XVI em audiência privada. “Tenho uma gaveta cheia de livros e cartas. Vou ter de comprar uma mala só para isso”, diz à SÁBADO sem sinal da voz arrastada com que falava quando adoeceu.


sexta-feira, 25 de abril de 2014

O que foi realmente para Portugal o 25 A
Palavras proféticas de Marcello


Marcello Caetano

«Em poucas décadas ...estaremos reduzidos à indigência, ou seja, à caridade de outras nações, pelo que é ridículo continuar a falar de independência nacional. Para uma nação que estava a caminho de se transformar numa Suíça, o golpe de Estado foi o princípio do fim. Resta o Sol, o Turismo e o servilismo de bandeja, a pobreza crónica e a emigração em massa.»

«Veremos alçados ao Poder analfabetos, meninos mimados, escroques de toda a espécie que conhecemos de longa data. A maioria não servia para criados de quarto e chegam a presidentes de câmara, deputados, administradores, ministros e até presidentes de República.»


...e aí estão eles!




Informação


O papa Francisco confirmou o cardeal italiano Gianfranco Ravasi como presidente do Pontifício Conselho da Cultura, o bispo Carlos Azevedo como delegado do mesmo organismo, e o padre José Tolentino Mendonça enquanto consultor.





Aspectos da oposição do «bando de Argel»
ao Estado Novo I


João J. Brandão Ferreira

Por razões judiciais tenho feito alguma pesquisa no arquivo do Ministério da Defesa, onde se encontra documentação muito interessante, infelizmente ainda longe de estar toda identificada e tratada.

Encontrámos uma miríade de transcrições de emissões de rádios estrangeiras algumas das quais possuíam programas preparados e emitidos por «exilados» portugueses que militavam em partidos e organizações que lutavam contra o regime político instituído em Portugal, em 1933.

Ocorreu-me que seria interessante transcrever alguns trechos dessas emissões para os contemporâneos puderem avaliar o que então se dizia (e as queixas e «denúncias» que se faziam) – na substância e na forma – e poderem comparar com aquilo que se passou a seguir à «revolução» do 25/4/1974 e com o que se passa hoje em dia.

Não farei comentários deixando a cada um retirar as suas conclusões. Vou cingir-me à «Rádio Voz da Liberdade, órgão da Frente Patriótica de Libertação Nacional» (FPLN), que emitia a partir de Argel, entre 1964 e 1974.[1]



Eis o 1.º texto, lido em 11/9/1965, com o título
«Portugal é um País Dependente».[2]

«O terror imposto pelos monopolistas nacionais, ligados a imperialistas estrangeiros, colocou o nosso País numa posição humilhante de dependência perante esses mesmos estrangeiros.

O Portugal de hoje já não é nosso. É daqueles poucos que sobre a miséria do nosso povo e de outros povos, exploram, constroem as grandes fortunas que os tornam influentes e poderosos.

Esta é uma verdade que não receia desmentido. Esta é uma verdade que nos propomos continuar a demonstrar. E assim falamos hoje do sector económico que diz respeito à electricidade.

Entre nós, esta actividade básica da nossa economia está dividida em dois grandes ramos – o da produção e da distribuição da energia eléctrica.

Não vale a pena esquematizar, basta dizer-se que na produção, quer hidráulica quer térmica, existem bastantes companhias ….. em dois principais grupos com ligações entre elas – um dominado pela Companhia Hidro-Eléctrica do Norte, e outro na dependência da Companhia de Gaz e Electricidade de Lisboa.

A CENOF (?) controla e domina a Companhia Eléctrica do Alentejo e do Algarve, a Companhia Eléctrica das Beiras e a Hidro-Eléctrica do Cávado e, ainda, a Hidro-Eléctrica de Portugal. As Companhias Reunidas de Gás e Electricidade têm debaixo da sua alçada a Hidro-Eléctrica do Zêzere e a Hidro-Eléctrica do Alto Alentejo.

A Termo-Eléctrico Portuguesa está…. De muitas outras empresas já citadas além ……

Claro que não podiam lá faltar a CENAF (?) e as Companhias Reunidas de Gás e Electricidade.  A distribuição da energia eléctrica em Portugal foi dada em exclusivo à chamada Companhia  Nacional de Electricidade.

Neste potentado estão presentes todas as companhias já citadas e como é evidente nestas andanças dos jogos monopolistas, lá estão também as companhias dominantes…. E as companhias reunidas de Gás e electricidade.

Isto equivale a dizer-se que estes dois monopólios controlam a produção e a distribuição de energia eléctrica em todo o país e o que é mais, ditam os preços por que essa mesma energia é vendida aos consumidores.

Mas perguntar-se-á, são empresas independentes da nefasta influência estrangeira?

Constituem, por acaso, uma actividade prática daquele nacionalismo que os fascistas tanto apregoam? Ou serão antes pontas de lança de grandes monopolistas estrangeiros mais poderosos do que eles e que através deles exploram o povo português?

Como iremos ver, de nacionalistas nada têm. O que de resto está de acordo com a política antinacional do governo que eles defendem e sustentam no poder. Governo de traição à Pátria.

Vejamos pois o que é a CENOF (?). É um centro de monopolistas em Portugal e que através do Banco Português do Atlântico está ligado à ….. (nomes de vários bancos estrangeiros que não foi possível identificar).

Quando as Companhias Reunidas de Gás e Electricidade estão ligados a….(mais nomes de bancos estrangeiros).

Isto é uma pequena amostra…..(falha).

Esta uma das razões que explica o facto de terem sido construídas barragens e terem aumentado os preços do quilovátio. Por outro lado, como os monopolistas pretendem recuperar o mais possível os capitais investidos, esta também é uma das causas do elevado preço do custo do consumo de energia eléctrica no nosso País.

O programa da FPLN prevê a nacionalização de todos esses sectores básicos da economia nacional. Esse é o caminho seguro para uma verdadeira independência de Portugal. E se presentemente somos dependentes, por traição do fascismo, a revolução que temos que fazer é uma revolução democrática e nacional.

Democrática porque é antifascista. Nacional porque é anti-imperialista.

Portugueses, uni-vos em luta contra o fascismo. Uni-vos na luta por uma verdadeira independência nacional.

Portugal para os portugueses. Portugal para os portugueses.»

Piteira Santos
Tito de Morais
Manuel Alegre












[1]  Recorda-se que a Argélia tinha ascendido à independência, em 1962, depois de uma longa e cruenta guerra com a França. A Argélia tinha um regime político de partido único de inspiração marxista, cujo 1.º presidente foi Ben Bella. Assumia-se como um país do «Terceiro Mundo» vindo, mais tarde, a situar-se na órbita da extinta URSS. A FPLN tinha lá o seu «quartel- general», desde 1962 e o principal apoio. Na FPLN pontuavam Piteira Santos, Tito de Morais e Manuel Alegre. A «Rádio Voz da Liberdade» era um dos seus principais instrumentos e os dois principais (únicos?) locutores eram Manuel Alegre e Estela Piteira Santos.

[2]  Fundo 5/23/79/12, do Arquivo MDN.



NOSSO COMENTÁRIO:

Neste filme, onde é que entrarão a «antimonopolista» EDP, a «democrática» taxa audiovisual, o «desinteressado» Mexia e os «nacionais» chineses?





quinta-feira, 24 de abril de 2014

Conferência sobre as Ilhas Selvagens


«50 anos de expedições: Estudos Científicos às Ilhas Selvagens»

Dr. Manuel Biscoito

Dia 29 de Abril — 18 horas — Auditório ONE02 do ISCTE-IUL,
Av. das Forças Armadas





quarta-feira, 23 de abril de 2014

25 de Abril: Eram 30; mas já são 40...

[Clique na imagem para visualizar o diaporama]


Assunção Esteves:
Falta de coluna vertebral, oportunismo...


Heduíno Gomes

Tendo tomado uma posição correcta em relação à pretensão de Vasco Lourenço e «Associação 25 A» de ir falar à Assembleia, Assunção Esteves não aguentou as pressões do politicamente correcto e acabou por, humilhada, ir fazer mea culpa junto dos supostamente ofendidos.

Uma pessoa com tal falta de coluna vertebral, reflexo do seu oportunismo político, é a segunda pessoa mais importante na hierarquia do Estado. Claro, na III República.








Basílica de Nossa Senhora do Rosário
fecha para obras após peregrinação de Maio


António Valinho, reitoria do Santuário de Fátima

Tendo como horizonte a celebração do centenário das aparições, o Santuário de Fátima vai realizar uma profunda intervenção de limpeza e restauro no interior da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, o que levará ao seu fecho durante um largo período de tempo.

Visitas aos túmulos dos videntes manter-se-ão
praticamente sempre acessíveis

Desde a sua construção, a utilização continuada do edifício ao longo de várias décadas levou ao escurecimento das superfícies interiores e ao desgaste de alguns materiais.

Muito embora os trabalhos a levar a efeito sejam fundamentalmente de carácter conservativo e de limpeza, aproveitar-se-á a ocasião para desenvolver outras importantes intervenções, como por exemplo ao nível da iluminação e do som. A obra compreende ainda a melhoria das condições de segurança dos peregrinos, designadamente das acessibilidades.

Será igualmente dada uma atenção muito especial a todo o património artístico. Os espaços anexos, nomeadamente a sacristia e a Capela de S. José, serão também melhorados.

Pareceu ainda ajustado efectuar uma intervenção que valorize mais a visita aos túmulos dos pastorinhos e a veneração das relíquias dos beatos Francisco e Jacinta Marto. Neste contexto, é intenção do santuário criar um itinerário devocional que permita aos peregrinos a oração junto das relíquias dos videntes em condições de maior tranquilidade e recolhimento.

Outro trabalho de grande monta a realizar durante a mesma altura é o da restauração do grande órgão de tubos da basílica. Pretende-se fazer a renovação do instrumento, aproveitando tanto quanto possível o existente, mas na consciência de que muita coisa terá de ser alterada.

Os trabalhos terão início no dia 14 de Maio deste ano e deverão prolongar-se durante vários meses, em princípio até ao final do ano de 2015. Por esta razão, as celebrações que ali tinham lugar serão transferidas para outros locais, como segue: as missas oficiais das 07:30, 09:00, 12:30, 15:00, 16:30 e 18:30 passarão para a Capela da Morte de Jesus, no piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade; a missa das 11:00, de segunda a sábado, será celebrada na Basílica da Santíssima Trindade.

Garante-se, no entanto, que a visita aos túmulos dos pastorinhos se manterá acessível praticamente em todo o período das obras, com excepção de um ou outro momento em que as razões de segurança exijam a sua interdição.

O santuário agradece, desde já, a melhor compreensão de todos os peregrinos e visitantes de Fátima para os inconvenientes que as obras possam causar.





terça-feira, 22 de abril de 2014

A Rampa Deslizante


Pedro Vaz Patto

A recente aprovação da legalização da eutanásia de crianças na Bélgica tem suscitado comentários e reacções.

As propostas iniciais de legalização da eutanásia começam por apresentar esta prática como um recurso excepcional e estritamente enquadrado, como corolário do respeito escrupuloso pela liberdade de quem a pede. Que tal objectivo seja atingido, não resulta, porém, das experiências dos países que enveredaram por tal legalização.

Há cerca de dois anos, e a propósito do décimo aniversário dessa legalização na Bélgica, foi publicado um manifesto, Dez anos de eutanásia, um feliz aniversário?, subscrito por médicos de diferentes especialidades, mas também juristas, filósofos e teólogos de várias religiões.

Aí se afirma que a legalização da eutanásia não envolve apenas o respeito pela liberdade individual. Representa o aval da comunidade e do corpo médico à opção em causa. A quebra de um interdito fundamental («não matar») que estrutura, como sólido alicerce, a vida comunitária, não pode deixar de afectar a confiança no seio das famílias, entre gerações e na comunidade em geral; e, particularmente, a confiança no corpo médico. Fragiliza, por outro lado, os mais vulneráveis, sujeitos a pressões, em grande medida inconscientes, que os levam a sentir-se obrigados a pedir a eutanásia para não serem um peso para a família e para a sociedade.

O manifesto também confirma o receio de que a quebra desse interdito estruturante nunca poderá ter efeitos limitados e contidos. A noção de «sofrimento insuportável» a que a lei belga recorre (como as de outros países) é subjectiva e tem permitido estender o seu campo de aplicação a sofrimentos psíquicos que não se enquadram na noção de «patologia grave e incurável» a que a legalização supostamente se restringiria.

Suscitaram compreensível clamor os casos de uma mulher que sofria de anorexia nervosa e o de uma outra que sofria de depressão (doenças que podem ser tratadas); o de dois irmãos gémeos, surdos de nascença em vias de ficar cegos; ou a de um professor de medicina com 95 anos, que não era doente terminal, nem sofria de «dor insuportável».

E, agora, foi aprovada, também na Bélgica, a extensão da legalização da eutanásia a casos de crianças (cuja maturidade para decidir seja atestada por psicólogos) e de dementes (que tenham manifestado a sua vontade anteriormente, no exercício das suas faculdades). Num e noutro caso, o respeito pela «sacrossanta» liberdade de quem pede a eutanásia (que nunca seria, de qualquer modo, aceitável quando se atinge a raiz e o fundamento da própria liberdade, que é a vida) é posto em segundo plano.

Dá-se relevo à manifestação de vontade de uma criança, num âmbito de absoluta irreversibilidade, quando não é dado esse relevo, por incapacidade, em âmbitos de muito menor importância (comprar uma casa ou gerir uma conta bancária, por exemplo). Um significativo grupo de pediatras afirmou não ser possível em caso algum considerar essa manifestação de vontade de uma criança verdadeiramente consciente e genuína.

E, no caso de pessoas dementes, também se dá relevo a uma manifestação de vontade não actual, quando é sabido que muitas vezes a vontade de uma pessoa se altera quando a doença progride e o apego à vida vem ao de cima (ou seja: nunca pode haver a certeza de que, no momento da morte, fosse essa a vontade real da pessoa demente).

No caso de pessoas dementes, pode facilmente suceder que a motivação do pedido não seja o previsível sofrimento dessas pessoas (nestes casos, o sofrimento atingirá mais os familiares do que o próprio doente, por este não se aperceber da sua doença), mas antes a vontade de não fazer recair sobre esses familiares um fardo difícil de suportar (fardo que é inegável). E o mesmo pode suceder em relação ao pedido de crianças, que, até de forma inconsciente, podem sentir que são um peso para os pais (disseram-no também, a propósito da nova legislação belga, vários pediatras). Pode, assim, abrir-se a porta a uma morte provocada já não pela compaixão para com o doente, mas para que as pessoas ao redor deste se livrem de um fardo difícil de suportar.

Estas mesmas consequências (a progressiva extensão da eutanásia, incluindo a situações de doentes incapazes de manifestar a sua vontade) já se haviam notado na mais antiga experiência da Holanda, como já resultava do célebre relatório Remmelink, de 1991. E onde também já se aceita, desde há alguns anos, a eutanásia de crianças.

O balanço destas experiências só confirma que quando se derruba um alicerce, a derrocada total do edifício acabará por se verificar; abre-se uma caixa de Pandora, caímos numa rampa deslizante.





segunda-feira, 21 de abril de 2014

domingo, 20 de abril de 2014