sábado, 26 de fevereiro de 2011

UE: Abrir caminho à liberdade religiosa

O tema da liberdade religiosa vai ser um dos assuntos em cima da mesa, dia 28 de Fevereiro, num encontro entre o presidente do Parlamento Europeu e o Papa Bento XVI.

O presidente do Parlamento Europeu considera o Cristianismo como “fonte importante de inspiração para a Europa”, que importa defender.

Numa entrevista concedida à agência SIR, esta quinta-feira, Jerzy Buzek garantiu que a perseguição aos cristãos no Médio Oriente “é uma preocupação partilhada pelo Parlamento Europeu”, e que estão a ser tomadas medidas para “arrepiar caminho” na preservação da liberdade religiosa.

Esta matéria deverá ser um dos assuntos em cima da mesa, no próximo dia 28 de Fevereiro, durante uma audiência que Bento XVI irá conceder ao líder europeu, no Vaticano.

Jerzy Buzek admite ir em busca de “orientação”, numa altura em que “a Europa e o mundo enfrentam muitos desafios”, como a integração dos movimentos migratórios, o envelhecimento da população e a instabilidade política que afecta países como o Egipto, a Tunísia, ou o Sudão.

Lembrando que “a União Europeia encontrou as suas fundações a partir de cristãos democratas com Schuman, De Gasperi e Adenauer”, aquele responsável quer agora “ouvir aquilo que um homem de fé e cultura como Joseph Ratzinger tem a dizer”.

Fomentar o diálogo entre nações ou instituições é essencial para o líder do Parlamento Europeu, que se mostra satisfeito pela Europa “estar a começar a respirar a plenos pulmões”.

“Quando um Papa da Alemanha se encontra com o presidente do Parlamento Europeu, um polaco, nós podemos agradecer aquilo que conseguimos até agora”, sustenta Jerzy Buzek, considerando esta ida à Santa Sé como um símbolo de que “o Leste e o Oeste da Europa estão finalmente a crescer em conjunto”.

O Tratado de Lisboa, assinado em 2007, deu pela primeira vez uma base legal para o diálogo institucional entre a União Europeia e representantes das diversas comunidades religiosas.

O exemplo que chegou de Londres

Aura Miguel, RR
Os ex-anglicanos recentemente convertidos à Igreja Católica tomaram, esta semana, em Londres, uma medida exemplar: organizaram uma campanha pública para rezar pelo Papa, convidando os fi éis a participar numa Hora Santa de reflexão sobre o Bispo de Roma.
 
Mais: o convite partiu do exbispo anglicano Keith Newton -- hoje sacerdote católico, ordenado há mês e meio – responsável máximo do Ordinariato de Nossa Senhora de Walsingham, a estrutura que Bento XVI criou para, em Inglaterra, acolher os que desejam entrar na plena comunhão com a Igreja católica.

“Queremos agradecer a visão do Papa e o dom da unidade que nos trouxe até aqui”, disse o ex-bispo anglicano recém-convertido. “Encorajo todos a entrar numa igreja católica e a rezar por ele diante do Santíssimo”.

Que bom seria reconhecer esta frescura também em bispos que sempre foram católicos… Para que Bento XVI não tivesse de se queixar – como se queixa – de que os maiores ataques contra si partem do seio da própria Igreja.

 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O estranhíssimo caso
de cristãos estrangeiros

Nuno Serras Pereira

Um movimento pró vida norte-americano de inspiração cristã, chamado Live Action, conseguiu, filmando e gravando à sorrelfa, mostrar aos incrédulos, sem margem para dúvidas, aquilo que os mais informados já sabiam, isto é, a corrupção criminosa da industria do aborto, a sua cumplicidade com a pedofilia e o abuso de menores, o seu desprezo pelas mulheres coonestando a sua exploração, o desdém pela saúde pública, promovendo inclusive o contágio das multidões, etc. A PP, ou seja, a APF (associação para o planeamento da família) lá do sítio, estará em muitos maus lençóis.


Pois, imagine o leitor, se é capaz de o fazer, que um Católico pró vida, Professor Catedrático de Filosofia - C. O. Tollefson -, em vez de falar em particular com Lila Rose, fundadora e líder do Live Action, publicou um artigo na Internet no qual reconhecendo embora a importância dos resultados obtidos é muito crítico em relação aos meios utilizados para os conseguir. Para maior espanto de quem me lê, importará ainda saber que C. Kaczor, outro eminente filósofo católico, amigo de Tollefson, em vez de conversar com este, publicou um texto crítico em relação ao do seu amigo e, de algum modo, justificando os métodos de Live Action. Entretanto sai à liça o conhecidíssimo Robert P. George, outro Católico, que dispensa qualquer tipo de apresentação, defendendo Tollefson e, em vez de falar com ele, criticando Kaczor. Como isto não bastasse, F. J. Becwith, outro notável filósofo, convertido do protestantismo ao catolicismo, em vez de falar com os seus amigos redige um texto avançando outras críticas e propondo novas soluções. Para cúmulo, disto que em Portugal seria considerado uma zaragata escandalosa, o famosíssimo e respeitadíssimo H. Arkes, um filósofo judeu convertido ao catolicismo e conhecido e amigos dos restantes, em vez de falar com Tollefsen redige um artigo muito crítico em relação ao texto dele. C. O. Tollefsen, já respondeu; e esperam-se novos episódios.


Isto que se passa assim nos EUA é considerado uma conversação útil e proveitosa para esclarecimento de todos e para o aprofundamento da verdade. Ora nós, portugueses, sabemos que eles são muitíssimo primitivos e estão completamente enganados. Comportam-se como trogloditas. Porque o que eles estão realmente a fazer é a magoarem-se e a ferirem-se mutuamente com uma falta de caridade medonha. Isto pelo menos é o que eu concluo a partir daquilo que alguns amigos e conhecidos meus, e ainda outros que não conheço me têm repetidamente ensinado ao longo destes longos anos. Se eu soubera inglês suficiente para o escrever com o à vontade com que o faço na língua materna, trasladaria para aquele linguajar bárbaro as preciosas admoestações e imprecações com que sou presenteado.


O mesmo, aliás, faria em italiano. Porque saberão, os meus queridos amigos, embora fiquem muito chocados, que a Congregação para a Doutrina da Fé quando publicou a Nota sobre a banalização da sexualidade. A propósito de algumas leituras de “Luz do Mundo” fez sair também a correcção da tradução italiana do livro/entrevista do Santo Padre. Reparem bem que não foram falar em particular com os responsáveis da editorial vaticana para que eles colocassem uma errata nos livros. Não! Limitaram-se a publicar a tradução correcta daquilo que o Papa tinha dito a propósito do preservativo. Achei estranhíssimo que essa correcção, seguramente da mão do próprio Papa, correspondesse às emendas que eu tinha sugerido para a tradução portuguesa. Tanto mais que nas livrarias em que tenho visto o livro em português não tenho encontrado nenhuma errata respeitante a essa passagem do livro. Pelo que concluo que o que lá está é o contrário do que o Santo Padre disse. Basta comparar. Evidentemente que escrever isto é uma grande falta de caridade, mas “vender gato por lebre”, ou seja, fazer com que o Papa diga o contrário do que disse não o é.




 (Ilustrações de Moldar a Terra)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Aumenta o número de católicos
nos Estados Unidos

O Conselho Nacional de Igrejas dos Estados Unidos e do Canadá informou que o número de paroquianos católicos nos EUA aumentou no último ano, enquanto que o número de seguidores de igrejas protestantes – de maior tradição no país – sofreu uma significativa queda.

Segundo o 79.º Relatório Anual do Conselho, no ano 2010 o número total de cristãos na América do Norte atingiu 145,8 milhões de pessoas.

O relatório, difundido pela Rádio Vaticano, detalha que a Igreja Católica é a que conta com o maior número de fiéis no país, com 68,5 milhões de pessoas e um crescimento de 0.57 por cento.

Novo filme sobre a Sagrada Família
será estreado no Natal

Para o próximo 14 de Março espera-se que tenha início a produção do filme "Maria, Mãe de Cristo", que apresentará a vida da Virgem Maria, ressaltando seu amor a José, sua inesperada maternidade e "o triunfo sobre o terror semeado pelo rei Herodes o Grande".

O guião é preparado por Benedict Fitzgerald, co-autor do roteiro do filme "A Paixão de Cristo", com Mel Gibson, e Bárbara Nicolosi, ambos católicos.

O filme, cujo orçamento se estima em 36 milhões de dólares, terá entre seus protagonistas o conhecido actor Al Pacino no papel do Herodes, e Peter O'Toole, conhecido por sua interpretação de Thomas Lawrence no filme Lawrence da Arábia, no papel de Simeão. No filme, que será filmado inteiramente no Marrocos, também participarão a jovem Camille Belle, no papel de Maria, e o jovem actor português Diogo Morgado.