terça-feira, 17 de novembro de 2009

Fátima e a Queda do Muro de Berlim

Santuário guarda vários fragmentos,
alguns transformados em rosários



A destruição do muro que separou Berlim em duas zonas teve início a 9 de Novembro de 1989. A sua construção havia sido iniciada por ordem da União Soviética, de 12 para 13 de Agosto de 1961.

Depois do início da queda, chegaram ao Santuário de Fátima fragmentos do muro, que o Santuário expõe em dois locais distintos. Um grande fragmento constitui um monumento.
No Recinto do Santuário está um grande bloco do Muro de Berlim com o peso de 2600 quilos, 3,60 metros de altura por 1,20 metros de largura. Foi adquirido por subscrição por um grupo de portugueses, dirigidos por Virgílio Casimiro, um emigrante português a residir na Alemanha, e chegou ao Santuário, com o apoio do Consulado-Geral de Portugal em Frankfurt, a 5 de Março de 1991.

O Monumento do Muro de Berlim foi inaugurado em Fátima a 13 de Agosto de 1994. Na lápide junto, foram inscritas as palavras proferidas por João Paulo II, na sua segunda visita a Fátima, em Maio de 1991: "Obrigado, celeste pastora por terdes guiado com carinho os povos para a liberdade!"



Na vitrina nº 19 da exposição permanente do Santuário "Fátima Luz e Paz", patente no edifício da Reitoria, estão também vários pedaços de betão do Muro de Berlim.
Neste caso os pequenos fragmentos foram de novo unidos e transformados nas contas de um rosário, que o mesmo emigrante quis oferecer ao Santo Padre João Paulo II, por ocasião da peregrinação pontifícia a Fátima, a 13 de Maio de 1991.

O então Reitor do Santuário de Fátima, Mons. Luciano Guerra, ao pensar no significado deste terço em relação aos acontecimentos extraordinários operados nos países de Leste, que tudo leva a crer estão relacionados com a Mensagem de Fátima, sugeriu
que ficasse no Santuário, onde se encontra a perpetuar os acontecimentos ocorridos, que muitos ligam directamente à segunda parte do Segredo de Fátima.

Na cabeça de um ateu, um cristão deve ser um totó pacifista

O Ateu

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Comunismo: uma teoria errada e uma prática péssima

Patrícia Lança





Marx e Engels, fundadores do marxismo, publicaram em 1848 o Manifesto do Partido Comunista.


Haverá alternativa ao capitalismo? Será mesmo que a pergunta faz algum sentido? Parece haver quem na extrema-esquerda - os militantes da antiglobalização e do ambientalismo -pense que sim. É só entre essa gente que encontramos qualquer unanimidade quanto às causas do insucesso do comunismo: foi implementado em países atrasados; mas no Ocidente poderia ter tido êxito. Parece acreditarem que ainda pode vir a ter êxito.

Os desastres do comunismo têm sido amplamente documentados e não merecem repetição.



Todavia, parece haver alguma gente, em especial entre os jovens, que acredita que a teoria comunista continua a possuir validade. Ignora-se que uma tal posição é em si mesma contrária à própria teoria marxista. Com efeito, nos nossos dias, a teoria comunista, i.é., marxista, não é sujeita à análise e duvida-se que muitos dos seus adeptos sejam tão familiares com os seus preceitos como foram os velhos comunistas. Estes, ao menos, conheciam a teoria, a história do movimento operário e as suas heresias.

Este ensaio tentará um retorno aos princípios básicos.

Para ler mais: http://www.lanca.org/Subdomains/Politics/politics.html

De http://maislusitania.blogspot.com

domingo, 15 de novembro de 2009

Bento XVI e o Vaticano II

O que eu pretendo? Por favor, um pouco mais de honestidade!

+ Kurt Koch, Bispo de Basileia, em 19 de Junho de 2009



Nas últimas semanas muitos jornalistas e alguns clérigos, expressaram as suas opiniões sobre o Papa Bento XVI. Opiniões que contêm muitas meias verdades, falsidades e calúnias.

A pior acusação afirma que o Papa deseja regressar a um passado anterior ao Concílio Vaticano II. Esta acusação é a pior porque implica que a própria pessoa que detém a autoridade de ensinar à Igreja Universal estaria a trabalhar para minar a autoridade do Concílio.

Tal tese está, no entanto, completamente errada. De facto, como jovem teólogo, Bento XVI contribuiu muito para o Concílio. Quem deseje compreender hoje o Papa, não só através dos meios de comunicação, mas lendo o que ele escreve, chegará à conclusão de que orientou todo o seu magistério de acordo com o Concílio.

Como havemos, então, de entender essa acusação? Muitas pessoas subscreveram uma petição a favor de uma aceitação incondicional do Concílio.

Para começar, a expressão "aceitação incondicional" exaspera-me porque não conheço ninguém - eu incluído - a quem se possa aplicar. Bastam alguns exemplos, escolhidos arbitrariamente:

- O Concílio não aboliu o Latim na liturgia. Pelo contrário, sublinha que no Rito Romano, salvo casos excepcionais, o uso da língua latina deve ser mantido. Quem é que, entre os ruidosos defensores do Concílio, deseja uma "aceitação incondicional" disto?

- O Concílio declara que a Igreja considera o Canto Gregoriano como a "música própria do Rito Romano" e que, portanto, a esta música deve dar-se o primeiro lugar". Em quantas paróquias está isto implementado de modo "incondicional"? (...)

- O Concílio descreve a natureza fundamental da liturgia como a celebração do mistério pascal e o sacrifício eucarístico como "realização da obra da nossa salvação". Como é que eu conseguirei conciliar essas afirmações com a experiência que tenho, em muitas paróquias diferentes, de que o sentido sacrificial da Missa foi completamente eliminado da linguagem litúrgica e a Missa é agora entendida apenas como uma refeição ou "fracção do pão"? Como é que podemos justificar esta mudança profunda baseando-nos no Concílio?(...)

Não seria difícil estender esta ladainha. Deve perceber-se por que peço mais honestidade no actual debate sobre o Concílio. Em vez de acusar outros, Papa incluído, por desejarem volta a um passado anterior ao Concílio, seria melhor aconselhar todos a estudar os livros que escrevem, e voltar a examinar a sua posição sobre o Concílio.

Porque nem tudo o que foi dito e feito depois do Concílio, foi levado a cabo em concordância com o Concílio - e isto também se aplica à diocese de Basileia.
As últimas semanas mostraram que um problema primordial da situação actual foi um muito pobre, e, em parte, muito unilateral entendimento e aceitação do Concílio, mesmo por parte dos católicos que o defendem "incondicionalmente".

Neste sentido todos nós - novamente digo que eu estou incluído - temos muito por fazer. Por isso, novamente repito o meu pedido urgente.
Por favor, um pouco mais de honestidade!
 
+ Kurt Koch, Bispo de Basileia, em 19 de Junho de 2009

Em entrevista ao jornal i, José Maria Martins denuncia PS, maçonaria e sistema judicial

(Extractos)

«Não acredito que seja feita justiça no processo Casa Pia»


Entrevista de Carlos Ferreira Madeira,14 de Novembro de 2009



Advogado de Carlos Silvino, o Bibi da Casa Pia, recorda os tempos em que era polícia na 21.ª Esquadra do Parque Eduardo VII.


Chegados a 2009 qual é o ponto da situação do processo Casa Pia?

Estou céptico, porque a população portuguesa já não acredita no sistema de justiça. Já tive oportunidade de dizer isso à sra. dra. juíza. Ninguém acredita que o processo seja imparcial. São quase cinco anos de julgamento e andamos a marcar passo. Completamente, ao sabor dos interesses políticos do PS.

O que pode mudar?

(...) No julgamento da Casa Pia é o poder político que o tem travado, não tenho a mínima dúvida que tem havido pressões sobre os magistrados para não cumprir os prazos, andamos ali, não tem sentido nenhum.

Como têm corrido as audiências, qual o ambiente no tribunal?

O tribunal vai deixando fazer tudo aquilo que é necessário para se prolongar o julgamento. Estar cinco anos a discutir uma acusação contra seis ou sete pessoas com vinte e poucas vítimas, com vinte e poucos queixosos, não é possível, prejudicando os advogados, como eu, que comecei a defender o sr. Carlos Silvino sem cobrar dinheiro, sem honorários. A páginas tantas, aquilo foi-se prolongando, ouvindo as mesmas testemunhas dez, quinze ou vinte vezes...

Como caracteriza a juíza Ana Peres, responsável pelo julgamento?

Ela sabe o que penso dela. Entendo que não tem condições nenhumas neste momento para continuar à frente deste julgamento. Já lhe disse isso directamente. (...)

Há pessoas que deviam ser condenadas neste processo?

Há, sim. (...) Todas. Todas elas. É claro que isto é um processo político em que o Partido Socialista se envolveu ainda na oposição. O Partido Socialista só consegue isto mesmo na oposição porque domina o submundo da política, que é a maçonaria. É aquilo que, como dizia um dia destes um magistrado, no caso um juiz da Relação, o juiz que é maçon vê-se confrontado com irmãos da mesma loja de grau superior, os mestres, sentados no banco dos réus. É impossível, porque na maçonaria, há códigos e leis próprias entre os irmãos.

Está a acusar o Partido Socialista de proteger a maçonaria?

Sim, sem dúvida nenhuma. Nem que me cortassem o pescoço eu diria o contrário.
(...)

Como viu o desfecho do caso Paulo Pedroso?

Toda a gente sabe que o meu cliente disse que o Paulo Pedroso é culpado.

E acredita no seu cliente?

Tenho de acreditar no meu cliente, se não acreditasse não o estava a defender. Mas há factos objectivos, há pessoas que o conhecem, há dados concretos de que o dr. Paulo Pedroso em 1991, pelo menos, estava a fazer entrevistas a miúdos da Casa Pia, o que ele sempre desmentiu até eu o ter confrontado com o seu próprio livro, que conseguimos descobrir e que apresentei no processo. Portanto, o dr. Paulo Pedroso terá feito na Casa Pia mais de 700 entrevistas. Estas coisas começam a bater certo com o que os miúdos dizem, as datas, 1991, 1992. O meu cliente sempre confirmou que o viu, descreveu até a camisa, as calças, quando foi, numa reunião na Casa Pia.
(...)

Quem mais devia estar sentado no banco dos réus da Casa Pia?

Várias pessoas.

Ligadas ao PS?

Também. E a outros partidos. Outras pessoas que deviam lá estar e não estão.

Mas durante o julgamento falou da influência do poder político?

Os miúdos falaram do PS. Não sei porque não falaram de outros. Agora, o que os partidos não podem fazer é uma troca de cromos. O que o PS fez foi atacar o PSD e fazer publicar no "Le Point" um artigo em que atacava dois ministros do PSD. Se alguém do PS, CDS ou de outro partido tem informações, que as denuncie. (...)

É hoje mais próximo do PSD?

Não. Estive 22 anos no PS. E saí em divergências quanto à linhas políticas para a justiça e para a PSP. Mandei entregar uma carta de sete ou oito páginas à Presidência do Conselho de Ministros.
(...)

E os outros acusados no processo?

Não me quero meter nisso, mas o Carlos Cruz saberá muita coisa. Este processo só se manteve assim porque há fortes pressões políticas para abafar isto.
(...)

Os métodos de investigação deviam ter sido outros?

Não podiam porque o poder político movimentou-se sobre a Polícia Judiciária e o Ministério Público. E tentou, de uma forma mortal, castrar a investigação e mesmo o juiz Rui Teixeira. Hoje, o que os portugueses esclarecidos podem ver é um sistema igual ao da ditadura. Não há diferença nenhuma.

Que pode ser feito contra isso?

Só quando os portugueses tiverem coragem para responder. O PS está a destruir completamente o Estado de Direito. E não há forças que se oponham porque o PSD está fragilizado. Temo uma revolta popular. O Estado vai mantendo esta paz podre com subsídios e inserção social.

Como vê este novo caso das escutas. E o processo Face Oculta?

O primeiro-ministro só pode ser escutado se houver uma ordem do Supremo. Mas se ele for escutado noutra conversa, isso não pode constituir base para crime. Não pode ser. O PS alterou a lei para se proteger, é pior que o Berlusconi. (...)
(...)

Como olha para a reforma do processo penal?

Foi uma reforma que resultou da necessidade de o Partido Socialista ter de travar o processo Casa Pia. O PSD e o CDS na altura foram a reboque, talvez porque tivessem também telhados de vidro. O mal não está todo no Partido Socialista, como é óbvio, está no sistema e na mentalidade dos políticos, que há uns anos não eram nada e hoje têm tudo.
(...)

E sobre o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto?

É um homem do PS e nunca o vi defender ninguém em julgamento. Sempre que o oiço falar é a falar a favor do Partido Socialista.

Preferia os antecessores de Marinho Pinho, nomeadamente José Miguel Júdice?

É óbvio que o dr. José Miguel Júdice foi o pilar da estratégia do Partido Socialista no processo Casa Pia. A Ordem dos Advogados dominou o caso todo, através do dr. José Miguel Júdice. Funcionou no processo como o pivô de toda a trama.
(...)