quarta-feira, 22 de junho de 2011

Terá o Cardeal-patriarca lido
a Carta Apostólica Ordinatio Sacerdotalis
de João Paulo II?

Diz D. José Policarpo segundo a Agência Ecclesia:

Cardeal-patriarca:
Ordenação das mulheres só quando «Deus quiser»

«Teologicamente não há nenhum obstáculo fundamental», diz D. José Policarpo

Boletim OA. Maio 2011
Cardeal José PolicarpoLisboa, 22 jun 2011 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca considera que a ordenação sacerdotal das mulheres vai acontecer quando “Deus quiser” e que, até , é preferível não tocar no assunto, mesmo sabendo que os impedimentos desta opção são mais tradicionais do que teológicos.

“Teologicamente não há nenhum obstáculo fundamental”, afirma D. José Policarpo em entrevista publicada na mais recente edição do boletim da Ordem dos Advogados, datada de maio, acrescentando que a tradição da Igreja tem tido a última palavra: “Nunca foi de outra maneira”.

Diz o Papa João Paulo II:

Ver o post anterior com o texto integral da Carta Ordinatio Sacerdotalis.



Ordenação de mulheres?

CARTA APOSTÓLICA

ORDINATIO SACERDOTALIS

DO PAPA

JOÃO PAULO II

SOBRE A ORDENAÇÃO SACERDOTAL

RESERVADA SOMENTE AOS HOMENS


Veneráveis Irmãos no Episcopado!

1. A ordenação sacerdotal, pela qual se transmite a missão, que Cristo confiou aos seus Apóstolos, de ensinar, santificar e governar os fiéis, foi na Igreja Católica, desde o início e sempre, exclusivamente reservada aos homens. Esta tradição foi fielmente mantida também pelas Igrejas Orientais.

Quando surgiu a questão da ordenação das mulheres na Comunhão Anglicana, o Sumo Pontífice Paulo VI, em nome da sua fidelidade o encargo de salvaguardar a Tradição apostólica, e também com o objectivo de remover um novo obstáculo criado no caminho para a unidade dos cristãos, teve o cuidado de recordar aos irmãos anglicanos qual era a posição da Igreja Católica: "Ela defende que não é admissível ordenar mulheres para o sacerdócio, por razões verdadeiramente fundamentais. Estas razões compreendem: o exemplo - registado na Sagrada Escritura - de Cristo, que escolheu os seus Apóstolos só de entre os homens; a prática constante da Igreja, que imitou Cristo ao escolher só homens; e o seu magistério vivo, o qual coerentemente estabeleceu que a exclusão das mulheres do sacerdócio está em harmonia com o plano de Deus para a sua Igreja" (1).

Mas, dado que também entre teólogos e em certos ambientes católicos o problema fora posto em discussão, Paulo VI deu à Congregação para a Doutrina da Fé mandato de expor e ilustrar a este propósito a doutrina da Igreja. Isso mesmo foi realizado pela Declaração Inter Insigniores, que o mesmo Sumo Pontífice aprovou e ordenou publicar (2).

2. A Declaração retoma e explica as razões fundamentais de tal doutrina, expostas por Paulo VI, concluindo que a Igreja «não se considera autorizada a admitir as mulheres à ordenação sacerdotal»(3). A tais razões fundamentais, o mesmo documento junta outras razões teológicas que ilustram a conveniência daquela disposição divina, e mostra claramente como o modo de agir de Cristo não fora ditado por motivos sociológicos ou culturais próprios do seu tempo. Como sucessivamente precisou o Papa Paulo VI, «a verdadeira razão é que Cristo, ao dar à Igreja a Sua fundamental constituição, a sua antropologia teológica, depois sempre seguida pela Tradição da mesma Igreja, assim o estabeleceu»(4).

Na Carta Apostólica Mulieris dignitatem, eu mesmo escrevi a este respeito: «Chamando só homens como seus apóstolos, Cristo agiu de maneira totalmente livre e soberana. Fez isto com a mesma liberdade com que, em todo o seu comportamento, pôs em destaque a dignidade e a vocação da mulher, sem se conformar ao costume dominante e à tradição sancionada também pela legislação do tempo» (5).

De facto, os Evangelhos e os Actos dos Apóstolos atestam que este chamamento foi feito segundo o eterno desígnio de Deus: Cristo escolheu os que Ele quis (cfr Mc 3,13-14; Jo 15,16) e fê-lo em união com o Pai, «pelo Espírito Santo» (Act 1,2), depois de passar a noite em oração (cfr Lc 6,12). Portanto, na admissão ao sacerdócio ministerial (6), a Igreja sempre reconheceu como norma perene o modo de agir do seu Senhor na escolha dos doze homens que Ele colocou como fundamento da sua Igreja (cfr Ap 21,14). Eles, na verdade, não receberam apenas uma função, que poderia depois ser exercida por qualquer membro da Igreja, mas foram especial e intimamente associados à missão do próprio Verbo encarnado (cfr Mt 10,1.7-8; 28,16-20; Mc 3,13-16; 16,14-15). O mesmo fizeram os Apóstolos, quando escolheram os seus colaboradores (7) que lhes sucederiam no ministério (8). Nessa escolha, estavam incluídos também aqueles que, ao longo da história da Igreja, haveriam de prosseguir a missão dos Apóstolos de representar Cristo Senhor e Redentor (9).

3. De resto, o facto de Maria Santíssima, Mãe de Deus e Mãe da Igreja, não ter recebido a missão própria dos Apóstolos nem o sacerdócio ministerial, mostra claramente que a não admissão das mulheres à ordenação sacerdotal não pode significar uma sua menor dignidade nem uma discriminação a seu respeito, mas a observância fiel de uma disposição que se deve atribuir à sabedoria do Senhor do universo.

A presença e o papel da mulher na vida e na missão da Igreja, mesmo não estando ligados ao sacerdócio ministerial, permanecem, no entanto, absolutamente necessários e insubstituíveis. Como foi sublinhado pela mesma Declaração Inter Insigniores, "a Santa Madre Igreja auspicia que as mulheres cristãs tomem plena consciência da grandeza da sua missão: o seu papel será de capital importância nos dias de hoje, tanto para o renovamento e humanização da sociedade, quanto para a redescoberta, entre os fiéis, da verdadeira face da Igreja" (10) Os Livros do Novo Testamento e toda a história da Igreja mostram amplamente a presença na Igreja de mulheres, verdadeiras discípulas e testemunhas de Cristo na família e na profissão civil, para além da total consagração ao serviço de Deus e do Evangelho. "A Igreja defendendo a dignidade da mulher e a sua vocação, expressou honra e gratidão por aquelas que - fiéis ao Evangelho - em todo o tempo participaram na missão apostólica de todo o Povo de Deus. Trata-se de santas mártires, de virgens, de mães de família, que corajosamente deram testemunho da sua fé e, educando os próprios filhos no espírito do Evangelho, transmitiram a mesma fé e a tradição da Igreja" (11)

Por outro lado, é à santidade dos fiéis que está totalmente ordenada a estrutura hierárquica da Igreja. Por isso, lembra a Declaração Inter Insigniores, "o único carisma superior, a que se pode e deve aspirar, é a caridade (cfr 1 Cor 12-13). Os maiores no Reino dos céus não são os ministros, mas os santos" (12)

4. Embora a doutrina sobre a ordenação sacerdotal que deve reservar-se somente aos homens, se mantenha na Tradição constante e universal da Igreja e seja firmemente ensinada pelo Magistério nos documentos mais recentes, todavia actualmente em diversos lugares continua-se a retê-la como discutível, ou atribui-se um valor meramente disciplinar à decisão da Igreja de não admitir as mulheres à ordenação sacerdotal.

Portanto, para que seja excluída qualquer dúvida em assunto da máxima importância, que pertence à própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar os irmãos (cfr Lc 22,32), declaro que a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja.

Invocando sobre vós, veneráveis Irmãos, e sobre todo o povo cristão, a constante ajuda divina, concedo a todos a Bênção Apostólica.

Vaticano, 22 de Maio, Solenidade de Pentecostes, do ano de 1994, décimo-sexto de Pontificado.

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(1) Cfr PAULO VI, Rescrito à carta de Sua Graça o Rev.mo Dr. F.D. Coggan, Arcebispo de Cantuária, sobre o ministério sacerdotal das mulheres, 30 de Novembro de 1975: AAS 68 (1976), 599-600: «Your Grace is of course well aware of the Catholic Church's position on this question. She holds that it is not admissible to ordain women to the priesthood, for very fundamental reasons. These reasons include: the example recorded in the Sacred Scriptures of Christ choosing his Apostles only from among men; the constant practice of the Church, which has imitated Christ in choosing only men; and her living teaching authority which has consistently held that the esclusion of women from the priesthood is in accordance with the God's plan for his Church» (p. 599).
(2) Cfr CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Declaração Inter Insigniores sobre a questão da admissão das mulheres ao sacerdócio ministerial, 15 de Outubro de 1976: AAS 69 (1977), 98-116.
(3) Ibid. 100.
(4) PAULO VI, Alocução sobre O papel da mulher no desígnio da salvação, 30 de Janeiro de 1977: Insegnamenti, vol. XV (1977), 111. Cfr também JOÃO PAULO II, Exort. ap. Christifideles laici, 30 de Dezembro de 1988, 51: AAS 81 (1989), 393-521; Catecismo da Igreja Católica, n. 1577.
(5) JOÃO PAULO II, Carta ap. Mulieris dignitatem, 15 de Agosto de 1988, 26: AAS 80 (1988), 1715.
(6) Cfr Const. dogm. Lumen gentium, 28; Decreto Presbyterorum Ordinis, 2b.
(7) Cfr 1 Tm 3,1-13; 2 Tm 1,6; Tt 1, 5-9.
(8) Cfr Catecismo da Igreja Católica, n. 1577.
(9) Cfr Const. dogm. Lumen gentium, 20 e 21.
(10) CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Decl. Inter Insigniores VI: AAS(1977), 115-116.
(11) JOÃO PAULO II, Carta Ap. Mulieris dignitatem 27: AAS 80(1988), 1719.
(12) CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Decl. Inter Insigniores VI: AAS(1977), 115.















Viva o aborto!

Nuno Serras Pereira

Durante a guerra civil espanhola, a 12 de Outubro de 1936, na Universidade de Salamanca, durante um empolgado discurso de Francisco Maldonado, alguém, mais tarde secundado pelo general José Millán-Astray y Terreros, gritou “viva a morte!”. Miguel de Unamuno, que presidia à mesa da sessão, não se conteve e no comentário improvisado insurgiu-se contra aquele urro denominando-o “grito necrófilo e insensato”, “paradoxo ridículo” e “repelente”.

Este episódio veio-me à memória no dia de ontem aquando da eleição de Assunção Esteves ao cargo de presidente da assembleia da república com a unanimidade dos deputados a ovacionarem-na de pé, a comentarem elogiosamente o seu percurso político, o seu elevado sentido de estado, o seu empenho aguerrido e obstinado a favor da liberalização do aborto, nos dois referendos sobre o mesmo, demonstrando assim estar ao lado do futuro. Como se não bastara a eficaz necrófila Maria de Belém exclamou que ela, Assunção, fora a primeira escolha do seu tétrico partido. Soube-se também, pela comunicação social, que o cds, o tal partido que se proclama pró vida, deu indicação de voto aos seus deputados para a elegerem e que o funesto presidente da república logo lhe telefonou a felicitá-la - só falta, mas não deverá tardar, a costumeira lisonja pública de alguns Bispos a personagens da mesma espécie. A própria dedicou (?) aquele momento de alegria “às mulheres políticas que (supõe-se, como ela) trazem para o espaço público o valor da entrega e a matriz do amor e “sobretudo às mulheres anónimas e oprimidas”. Como uma ungida compromete-se a “dignificar” o cargo “com sentido de missão” e a dedicar cada dia “à redenção histórica da … circunstância” das “mulheres” e tudo isto com uma “alegria cristã” pois a “política é … o exercício de virtude” (os itálico são meus). O Anticristo não se expressaria melhor.

Tudo isto se poderia, a meu parecer, sintetizar no grito repugnante de “viva o aborto!”.

Escrevi, numa pressa de emergência, há tempos uma ladainha pedindo a Deus que nos livrasse dos políticos católicos. Muitos acharam que eu estava a brincar e outros acusaram-me, inclusive, de blasfémia sacrílega. É verdade que nunca pedi a aprovação eclesiástica para a mesma. Por isso, não a mandei imprimir mas limitei-me a partilhá-la com os amigos habituais. Porém, devo confessar que, na minha opinião, essa oração é mais urgente que nunca. Mas eu não passo de um bisbórrias.







terça-feira, 21 de junho de 2011

A ideologia de género
é uma "apresentação sinistra"
da sexualidade humana

O Arcebispo de Paris e Presidente da Conferência Episcopal Francesa (CEF), Cardeal André Vingt-Trois, advertiu que a chamada "ideologia do género", que está na moda em alguns meios, mesmo católicos, é uma representação "escura e sinistra" da sexualidade humana.

Numa entrevista concedida à Rádio católica Notre Dame, o Cardeal comentou que a inclusão da ideologia do género nos manuais de assuntos sociais de todas as aulas de première (que corresponde ao penúltimo ano do segundo grau onde a idade média é de 16 anos) obrigatórias a partir do ano escolar 2011-2012.
Esta ideologia, explicou o Cardeal, não tem nenhuma valorização do aspecto afectivo da sexualidade humana. Ao contrário, "aborda a experiência humana neste campo de maneira puramente mecânica, com a premissa de que a orientação sexual é uma construção puramente cultural".

O jornal vaticano L'Osservatore Romano (LOR), que recolhe na sua edição da terça-feira 21 de Junho as declarações do Cardeal, explica que a ideologia do género nasceu nos Estados Unidos há 30 anos, desenvolveu-se logo na Europa seguindo "linhas particulares do primeiro feminismo e logo do pensamento homossexual".

Esta ideologia, segundo o LOR, "pretende afirmar que no mundo moderno a diferença entre homem e mulher é um facto social (uma 'construção') em vez de algo biológico. Dessa forma a orientação sexual e com isso a identidade do género e o papel do género – contaria mais do que o sexo biológico".

O Arcebispo de Paris disse também que com a ideologia do género incluída na educação dos jovens franceses se propõe "uma sexualidade que se reduz às relações sexuais, sem considerar como estas estão articuladas no desenvolvimento de uma pessoa".

As autoridades procuram uma educação sexual centrada exclusivamente nas doenças sexualmente transmissíveis, em dar conselhos sobre como evitá-las, na interrupção da gravidez (aborto), que representa a 'chave mestra" do programa.

Este é um dos aspectos mais "tristes" dos manuais, continuou, porque "quando os educadores não conseguem gerar uma verdadeira introdução à vida afectiva, são reduzidos a fazer dela um tema de ciências naturais".

O Cardeal sublinhou finalmente a importância de ajudar os jovens a compreender que a sua sexualidade e energia afectiva não constituem simplesmente um fenómeno hormonal mas é algo constitutivo da pessoa que deve crescer harmoniosamente "e sempre ao interior de uma autêntica relação humana".


domingo, 19 de junho de 2011

Leigos católicos devem participar
na política sem sucumbir à sede de poder
--- afirmou o Papa

O Papa Bento XVI assinalou que os leigos católicos devem participar pessoalmente na vida pública e política para oferecer a sua contribuição à sociedade sem “sede de poder”.

O Santo Padre disse também aos bispos: “não hesitem estimular os fiéis leigos a vencerem todo o espírito de isolamento, afastamento e indiferença e a participar pessoalmente na vida pública”.

Aos prelados, o Papa incitou-os a animar as iniciativas de formação para que quem é chamado à responsabilidade política e administrativa “não seja vítima da tentação de explorar a própria posição para interesses pessoais ou sede de poder”.



Invocar João Paulo II é efectivo
contra o diabo
--- diz famoso exorcista

O P. Gabriele Amorth, sacerdote exorcista da diocese de Roma e um dos mais conhecidos na matéria, assinalou à agência ACI Prensa que o agora Beato Papa João Paulo II se converteu, nos últimos anos, num poderoso intercessor na luta contra o demónio.

O P. Amorth tem 86 anos de idade e 70 mil exorcismos na sua experiência. O que disse em primeiro lugar na entrevista é que “o mundo deve saber que Satanás existe”.

No seu pequeno e singelo gabinete na zona sudeste de Roma, onde realizou milhares de exorcismos, o sacerdote contou que às vezes invoca a ajuda de Santos, homens e mulheres, entre os quais destaca João Paulo II, beatificado pelo Papa Bento XVI.

Durante os exorcismos, contou o sacerdote: “perguntei ao demónio mais de uma vez: ‘Porque João Paulo II te faz tanto medo?’ E tive duas respostas distintas, ambas interessantes”.

“A primeira foi: ‘porque ele desarmou os meus planos’. E acredito que com isso se refere à queda do comunismo na Rússia e na Europa do Leste. O colapso do comunismo”.

“Outra resposta que o demónio me deu foi ‘porque tirou das minhas mãos muitos jovens’. Há muitos jovens que, graças a João Paulo II, se converteram. Talvez alguns já fossem cristãos mas não praticantes, e com João Paulo II voltaram à prática”.

Ao ser perguntado sobre o intercessor mais efectivo de todos, o P. Amorth respondeu à ACI Prensa sem duvidar: “É óbvio que a Virgem é a mais efectiva. E quando é invocada como Maria!”

“Uma vez perguntei a Satanás: ‘Mas porque te assusta mais quando invoco Nossa Senhora que quando invoco Jesus Cristo?’ Respondeu ‘Porque me humilha mais ser derrotado por uma criatura humana do que ser derrotado por Ele”.

O sacerdote disse também que é importante a intercessão dos que ainda vivem através da oração. Os cristãos podem rezar pela liberação de uma alma, um dos três elementos que ajudam neste processo, aos quais se somam a fé e o jejum.

“O Senhor deu (aos Apóstolos) uma resposta que também é muito importante para nós, os exorcistas. Disse que para vencer o demónio se necessita de muita fé, muita oração e muito jejum: Fé, oração e jejum”.

O sacerdote, membro da Sociedade de São Paulo, explicou que “o diabo e os demónios são muitos e têm dois poderes: os ordinários e os extraordinários”.

“O poder ordinário é a capacidade de tentar o homem para distanciá-lo de Deus e levá-lo ao inferno. Esta acção realiza-se contra todos os homens e as mulheres de todo lugar e religião”.

Sobre os poderes extraordinários, o P. Amorth indicou que estes se concentram numa pessoa específica e existem quatro tipos:

“A possessão demoníaca para a qual se requer um exorcismo, o vexame demoníaco, como o que sofreu em reiteradas ocasiões o Santo Padre Pio de Pietrelcina, que era golpeado fisicamente pelo demónio; as obsessões, que levam a pessoa ao desespero; e a infestação, quando o demónio ocupa um espaço, um animal ou inclusive um objecto”.

O sacerdote alertou que estes factos são pouco frequentes mas estão a aumentar. Também referiu a sua preocupação pela cada vez maior quantidade de jovens que são afectados por Satanás através das seitas, as sessões de espiritismo e as drogas.

Finalmente na entrevista o P. Amorth propôs um breve guia a ser tomado em conta na luta contra Satanás:

“As tentações do demónio são vencidas sobretudo evitando as ocasiões, porque o demónio procura sempre os nossos pontos mais fracos. E devemos fazê-lo com a oração. Nós, os cristãos, temos uma vantagem porque temos a Palavra de Deus.”