sábado, 10 de agosto de 2013

O acordo ortográfico
e o futuro da língua portuguesa

Maria Clara Assunção

Tem-se falado muito do Acordo Ortográfico e da necessidade de a língua evoluir no sentido da simplificação, eliminando letras desnecessárias e acompanhando a forma como as pessoas realmente falam. Sempre combati o dito Acordo mas, pensando bem, até começo a pensar que este peca por defeito. Acho que toda a escrita deveria ser repensada, tornando-a mais moderna, mais simples, mais fácil de aprender pelos estrangeiros.

Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas.

É um fato que não se pronunciam. Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se? O que estão lá a fazer? Aliás, o qe estão lá a fazer? Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade.

Outra complicação decorre da leitura igual qe se faz de letras diferentes e das leituras diferentes qe pode ter a mesma letra.

Porqe é qe «assunção» se escreve com «ç» e «ascensão» se escreve com «s»?

Seria muito mais fácil para as nossas crianças atribuír um som único a cada letra até porqe, quando aprendem o alfabeto, lhes atribuem um único nome. Além disso, os teclados portugueses deixariam de ser diferentes se eliminássemos liminarmente o «ç».

Por isso, proponho qe o próximo acordo ortográfico elimine o «ç» e o substitua por um simples «s» o qual passaria a ter um único som.

Como consequência, também os «ss» deixariam de ser nesesários já qe um «s» se pasará a ler sempre e apenas «s».

Esta é uma enorme simplificasão com amplas consequências económicas, designadamente ao nível da redusão do número de carateres a uzar. Claro, «uzar», é isso mesmo, se o «s» pasar a ter sempre o som de «s» o som «z» pasará a ser sempre reprezentado por um «z».

Simples não é? se o som é «s», escreve-se sempre com s. Se o som é «z» escreve-se sempre com «z».

Quanto ao «c» (que se diz «cê» mas qe, na maior parte dos casos, tem valor de «q») pode, com vantagem, ser substituído pelo «q». Sou patriota e defendo a língua portugueza, não qonqordo qom a introdusão de letras estrangeiras. Nada de «k».

Não pensem qe me esqesi do som «ch».

O som «ch» pasa a ser reprezentado pela letra «x». Alguém dix «csix» para dezinar o «x»? Ninguém, pois não? O «x» xama-se «xis». Poix é iso mexmo qe fiqa.

Qomo podem ver, já eliminámox o «c», o «h», o «p» e o «u» inúteix, a tripla leitura da letra «s» e também a tripla leitura da letra «x».

Reparem qomo, gradualmente, a exqrita se torna menox eqívoca, maix fluida, maix qursiva, maix expontânea, maix simplex. Não, não leiam «simpléqs», leiam simplex. O som «qs» pasa a ser exqrito «qs» u qe é muito maix qonforme à leitura natural.

No entanto, ax mudansax na ortografia podem ainda ir maix longe, melhorar qonsideravelmente.

Vejamox o qaso do som «j». Umax vezex excrevemox exte som qom «j» outrax vezex qom «g». Para qê qomplicar?!?

Se uzarmox sempre o «j» para o som «j» não presizamox do «u» a segir à letra «g» poix exta terá, sempre, o som «g» e nunqa o som «j». Serto? Maix uma letra muda qe eliminamox.

É impresionante a quantidade de ambivalênsiax e de letras inuteix qe a língua portugesa tem! Uma língua qe tem pretensõex a ser a qinta língua maix falada do planeta, qomo pode impôr-se qom tantax qompliqasõex? Qomo pode expalhar-se pelo mundo, qomo póde tornar-se realmente impurtante se não aqompanha a evolusão natural da oralidade?

Outro problema é o dox asentox. Ox asentox só qompliqam!

Se qada vogal tiver sempre o mexmo som, ox asentox tornam-se dexnesesáriox.

A qextão a qoloqar é: á alternativa? Se não ouver alternativa, pasiênsia.

É o qazo da letra «a». Umax vezex lê-se «á», aberto, outrax vezex lê-se «â», fexado. Nada a fazer.

Max, em outrox qazos, á alternativax.

Vejamox o «o»: umax vezex lê-se «ó», outrax vezex lê-se «u» e outrax, ainda, lê-se «ô». Seria tão maix fásil se aqabásemox qom isso! Para qe é qe temux o «u»? Para u uzar, não? Se u som «u» pasar a ser sempre reprezentado pela letra «u» fiqa tudo tão maix fásil! Pur seu lado, u «o» pasa a suar sempre «ó», tornandu até dexnesesáriu u asentu.

Já nu qazu da letra «e», também pudemux fazer alguma qoiza: quandu soa «é», abertu, pudemux usar u «e». U mexmu para u som «ê». Max quandu u «e» se lê «i», deverá ser subxtituídu pelu «i». I naqelex qazux em qe u «e» se lê «â» deve ser subxtituidu pelu «a».

Sempre. Simplex i sem qompliqasõex.

Pudemux ainda melhurar maix alguma qoiza: eliminamux u «til» subxtituindu, nus ditongux, «ão» pur «aum», «ães» – ou melhor «ãix» - pur «ainx» i «õix» pur «oinx».

Ixtu até satixfax aqeles xatux purixtax da língua qe goxtaum tantu de arqaíxmux.

Pensu qe ainda puderiamux prupor maix algumax melhuriax max parese-me qe exte breve ezersísiu já e sufisiente para todux perseberem qomu a simplifiqasaum i a aprosimasaum da ortografia à oralidade so pode trazer vantajainx qompetitivax para a língua purtugeza i para a sua aixpansaum nu mundu.

Será qe algum dia xegaremux a exta perfaisaum?





sexta-feira, 9 de agosto de 2013

O prelado do lobby gay

Sandro Magister

Les faits et les personnages du scandaleux passé de l'homme que le pape François, qui n'en était pas informé, a délégué pour le représenter à l'IOR. Voici comment vit et prospère au Vatican un pouvoir parallèle qui intrigue au détriment du pape.

«À la curie on parle d’un ‘lobby gay’. Et c’est vrai, il y en a un. Voyons ce que nous pouvons faire», a déclaré le pape François à des religieux latino-américains qu’il recevait en audience, le 6 juin.

Il a également affirmé : «Ce n’est pas facile. Il y a ici un grand nombre de ‘patrons’ du pape et ils ont une grande ancienneté de service». Il a fait cette confidence, il y a quelques jours, à son ami et ancien élève argentin Jorge Milia.

Et en effet certains de ces «patrons» ont tendu à Jorge Mario Bergoglio le plus cruel et le plus sournois des pièges qui ont été ourdis contre lui depuis son élection comme pape.

Ils lui ont caché des informations significatives qui, s’il les avait connues à temps, l’auraient détourné de nommer Mgr Battista Ricca «prélat» de l’Institut pour les Œuvres de Religion (IOR).

Ver mais em
http://www.maislusitania.blogspot.pt/2013/08/o-prelado-do-lobby-gay.html




quinta-feira, 8 de agosto de 2013

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Doze euros/mês para cortar o cabelo

António Sílvio Couto

Por estes dias foi noticiado, primeiro num jornal diário de teor económico e depois noutros, que os trabalhadores da Carris – empresa rodoviária de transportes colectivos em Lisboa – vão solicitar – ao que parece será uma continuação e não uma reivindicação! – um subsídio mensal de doze euros para cortar o cabelo. Esta proposta pretende dar, assim, uma compensação aos ditos trabalhadores pela desactivação da rede de barbearias que serviu a empresa... até finais de 2007.

Por ser (quase) paradigmático de todo um processo reivindicativo e de outras tantas regalias adquiridas, este caso deveria merecer que atendessemos ao seu significado mais amplo... particularmente no sector do trabalho em Portugal. Com efeito, sem pretendermos exacerbar as discrepâncias entre sector público, onde quase tudo é permitido e quase nada tem retorno nem que isso possa parecer desonesto ou até imoral versus o sector privado onde, na maioria dos casos, as conquistas não têm louros de irreversibilidade... parece-nos que o preço do trabalho, no nosso país e em certas regiões urbanas, em particular, está inflacionado, dependendo de quem o vende e de quem o pretenda adquirir... sem contar com as condicionantes reivindicativas – vulgo greves, paralisações e manifestações – que a todos atingem para beneficiar (só) uns tantos!

Tentando fazer ainda um esforço de racionalidade, este pequeno «fait-divers» – havia até quem desejasse, de forma irónica, obter uma ajuda idêntica para compor as sobrancelhas, referia alguém do género feminino – parece ser um pouco revelador de certas regalias (ou direitos adquiridos) que ultrapassam a normalidade das ajudas em matéria de complementos de salário. Se formos analisar outras empresas e serviços poderemos ver múltiplas alcabalas que fazem encarecer a prestação do trabalho em razão da produtividade e dos encargos sociais públicos envolvidos... à custa dos nossos implacáveis impostos.

Não deixa de ser também preocupante que o escalonamento de trabalho seja (quase) sempre em desfavor dos que vivem fora das grandes áreas metropolitanas, esses que pagam também impostos e são, muitas vezes, tratados como menores em matéria de serviços sociais, tanto da saúde, como da segurança e mesmo no âmbito cultural.

Parece, por isso, que é chegada a hora de sacudir as peias de um certo sindicalismo, que já não conhece o espaço de trabalho, mas antes parece viver, na organização de protestos e tentando arrecadar louros que não lhe pertence... embora lhe convenha em matéria de ascensão política... a curto e médio prazo.

Num tempo em que urge rejuvenescer o compromisso político – pois é ainda por aqui que passa a capacidade de decidir e de eleger – não será com tricas de mau gosto que iremos sentir que somos todos iguais perante a lei e o Estado. Os actores de todo este processo ou se tornam heróis de verdade ou sobre eles convergirá o epíteto de farsantes ou mariotas de feira em saldo... ao desbarato.

Agora que temos de dar credibilidade àqueles que nos ajudam a vencer as dificuldades de tesouraria, vermos episódios como o que serviu de partida para esta reflexão farão rir os mais conceituados comediantes na arte circense, se bem que nem todos os que intervêm usufruem do papel principal... Ora, no contexto em que vivemos, os figurantes não podem usurpar a função de actores de primeira. Vejamos a caracterização dos tempos mais recentes no palco político/partidário e choraremos quais carpideiras do nosso luto nacional.

A terminar: doze euros por mês para cortar o cabelo nem é muito, o problema será o que isso denuncia de outros favores escondidos e, possivelmente, mais caros e ardilosos... nesta como noutras empresas.

Portugal, a quanto estás obrigado a pagar... injustificadamente!





terça-feira, 6 de agosto de 2013

Eutanásia:
A democracia assenta em chão firme,
não depende de uma mera opinião

José Maria C. S. André, Público, 22 de Julho de 2013

Cada vez que este jornal publica, com uma certa regularidade, os artigos de Laura Ferreira dos Santos a favor da eutanásia, fico perplexo. Muito havia a dizer, mas vou debater apenas o argumento da liberdade e da tolerância em abono da eutanásia (por exemplo, no artigo de 6 de Agosto de 2011).

Quando se diz que uma sociedade tolerante deve proporcionar o homicídio assistido a quem o pedir, invertem-se os dados da questão, porque isso não é um pedido de tolerância mas de colaboração: os defensores da eutanásia pretendem obrigar-nos a satisfazer o desejo de quem quer ser morto. Seria mais razoável que, em nome da tolerância, nos deixassem em paz.

Nos artigos referidos há uma objecção interessante, que aceito, à parte um pequeno sofisma: defender a inviolabilidade da vida humana equivale a impor uma determinada perspectiva sobre a verdade, excluindo outras. De facto, quando a sociedade toma posição em defesa da dignidade humana assume como verdade que o ser humano tem um valor intrínseco, não sujeito a transacção. No entanto, isso não é uma «determinada perspectiva sobre a verdade», é a própria verdade. Aliás, é um elemento de verdade absolutamente fundamental, sobre o qual assenta uma sociedade que se queira justa, livre e tolerante.

Uma sociedade tolerante não é aquela que aceita tudo. Não pode aceitar a guerra da Líbia, a instabilidade do Iraque, ou a violência da China... não aceita o inaceitável. Não derruba os pilares-base da vida social, nomeadamente o princípio de que a vida humana é inviolável. Esta verdade não é negociável, numa sociedade digna. Não é uma perspectiva acerca da verdade, que estejamos dispostos a trocar por qualquer outra.

Colaborar num homicídio, a pedido da vítima ou com qualquer outro pretexto, é contradizer a verdade fundacional de uma sociedade democrática e solidária. Por isso, introduzir a eutanásia é uma subversão tão grave da ordem social, em linha com aquelas contradições do slogan do Ministério da Verdade do inferno orwelliano: «Guerra é paz; liberdade é escravidão; ignorância é força».

Qualquer ordenamento jurídico, por mais bárbaro que seja, reconhece o valor de algumas vidas humanas, por razões de família, de dinheiro, ou de poder. A inovação característica da democracia é proclamar de que todas as pessoas, sem excepção, merecem esse respeito e de modo absoluto. A democracia não se fundamenta na afirmação de que todos têm êxito nos negócios, ou de que todos são saudáveis, ou têm notoriedade social. Nem sequer importa o que «têm», mas o que «são». A verdade fundacional da democracia é que o ser humano, pelo simples facto de o ser, possui uma respeitabilidade intocável.

O ponto de partida da democracia é que esta verdade ética não é uma opinião entre outras, mas uma verdade absoluta. No dia em que uma vida humana seja dispensável, quebrou-se o princípio e a vida humana passou a ser um valor relativo. Se uma sociedade aceitar que algumas pessoas sejam mortas (com um critério ou outro, o critério pouco importa), ninguém está a salvo, porque nenhum critério resvaladiço subsiste depois de se derrubar o princípio de que a vida humana é inviolável. Quem revogar este princípio intransponível não espere encontrar noutro lugar a justificação ética para uma democracia solidária.

Embora neste assunto da eutanásia esteja em desacordo com a minha colega da Universidade do Minho, isso não quer dizer que não tenha muita consideração por ela e não estejamos de acordo noutros temas.





segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Fé na agricultura?

Carlos Neves

A ligação entre a religião e a agricultura perde-se na memória dos tempos. No Antigo Testamento, lemos que a vida dos Judeus no Egipto melhorou depois de José ter interpretado bem as vacas gordas e magras do sonho do faraó, antecipando a fartura e fome provocadas pela evolução da produção de trigo. Recordemos também as inúmeras parábolas agrícolas que Jesus Cristo nos deixou: a parábola do semeador, do trigo e do joio, dos trabalhadores da vinha, da ovelha perdida, da figueira estéril…
Ao longo da história humana, foram muitos os laços que se estabeleceram entre a religiosidade popular e o ciclo das colheitas, entre a alegria pela abundância dos frutos e a angústia pelas condições atmosféricas adversas que deitam a perder o ano de trabalho e colocam em causa a própria sobrevivência.

Muitas tradições e festas populares são herdeiras e mantêm a relação entre o cristianismo e a agricultura, como a bênção de animais e oferendas dos produtos agrícolas. Mas quanta dessa fé se vive na autenticidade e quanta é apenas a tradição à flor da pele?

A prática cristã dos agricultores provavelmente ainda é superior à média da sociedade envolvente. Mas participam activamente na vida da Igreja e dos movimentos laicais ou limitam-se à Eucaristia dominical?

Beber vinho já não dá de comer a um milhão de portugueses. Portugal já não é o país rural da primeira metade do século XX. A agricultura perdeu peso económico e social à medida que avançaram primeiro a indústria, depois os serviços e as novas tecnologias. Mas veio a crise, e tal como o filho pródigo, milhares de «novos agricultores» regressam a terras antes abandonadas e juntam-se a outros milhares de «filhos mais velhos», que resistiram a partir e mantiveram viva a agricultura durante a travessia do deserto que o sector passou nas últimas décadas. Com a ajuda da crise e as ajudas de Bruxelas, perderam-se finalmente as «peneiras» e a vergonha de assumir a agricultura. Outros ainda não digeriram bem esta mudança. Durante anos, disseram-lhes que a agricultura portuguesa acabou, que não era competitiva, não tinha futuro, que fugissem do trabalho da terra como o diabo da cruz.

Meio rural só para caça e turismo, certo? Pois… Mas quando a economia pula e a população mundial avança temos de cultivar todos os terrenos disponíveis. Alimentar o mundo é um trabalho importante, não é?

Que sabem a Igreja, o clero e os diversos agentes pastorais da moderna agricultura baseada na terra, no trabalho dos Homens e no estudo das Universidades de Agronomia? Que pensa a Igreja sobre a especulação nos mercados de cereais e pressão negocial dos Hipermercados? Que pode a Igreja propor a jovens licenciados que recorrem às mais modernas tecnologias de informação e já não rezam a Santa Bárbara quando troveja? Talvez …

Fé… Apresentando e partilhando Jesus Cristo, desconhecido e distante de jovens com muita informação e formação académica, pouca formação cristã, talvez demasiado focados no trabalho mas porventura abertos a propostas de espiritualidade quando vividas e autênticas?

Esperança… Apesar do positivo entusiasmo dos novos agricultores e da recente atenção dedicada ao sector por políticos e jornalistas, a maioria dos agricultores, idosa, vive na angústia ou desânimo e precisa de quem recorde e pratique as bem-aventuranças para que se sintam também filhos amados por Deus.

Caridade… Amor ao próximo, respeito e defesa da dignidade do trabalhador agrícola na sociedade, defesa do produtor (o elo mais fraco na cadeia económica que vai do prado ao prato), promoção de consciência ecológica, segurança alimentar e respeito pelo bem-estar animal, desafio para a partilha de alimentos com os que passam fome, enfim, viver e propor todo um conjunto de valores que se resumem no amor como caminho para uma vida em plenitude…





domingo, 4 de agosto de 2013

Quando um padre é elogiado
por um mação

Heduíno Gomes

Vou contar (mais uma vez) uma elucidativa história de um socialista-comunista alemão (1840-1913) chamado August Bebel. Cito de memória, e já lá vão quase 50 anos sobre a leitura, mas o sentido está exacto. Esta citação, com as devidas adaptações, merece sempre ser repetida.

Dizia Bebel que, quando um capitalista o elogiava, pensava sempre: –– Que asneira terei eu feito?

Que deverá pensar um padre quando um mação o elogia?

Como era bom que os padres «progressistas» aprendessem essa parte da doutrina com os comunistas!

Nota:

Não cito nomes. Basta estar atento, observá-los e ouvi-los.