sexta-feira, 28 de março de 2014

Isto é a Rússia


Conheça as «crianças-soldado» russas. Há clubes de treino militar, na Rússia, especialmente dedicadas a crianças com idades a partir dos cinco anos.

Algumas crianças russas são encorajadas a usar armas reais. Os «Berkut», clubes militares, treinam crianças russas que sonham vir a pertencer às unidades de elite do exército russo e lutar sob o comando de Vladimir Putin.

Crianças a partir dos cinco anos são enviadas para praticar marchas militares, treino de combate com armas e homem para homem. Com 12 anos, aprendem também a disparar metralhadoras Kalashnikov e outras armas de combate. As outras actividades incluem paraquedismo, queda livre e escalada.

O clube apela aos pais russos para não esperarem que os filhos se tornem drogados ou alcoólicos e os alistarem logo. O clube, formado na era soviética, oferece um curso de jovem paraquedista, que inclui várias disciplinas militares e de desenvolvimento físico.


Ver 10 fotos na fotogaleria em:

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/internacional/mundo/conheca-as-criancas-soldado-russas





quinta-feira, 27 de março de 2014

A verdadeira história de Aristides Sousa Mendes


O embaixador Carlos Fernandes é um homem de elevada cultura e detentor de um currículo impressionante. Diplomata de carreira, foi também professor universitário e tem uma vasta obra publicada. Conheceu Aristides Sousa Mendes e, cansado de ler e ouvir tão abundantes como mirabolantes fantasias a seu respeito, decidiu escrever o livro «O Cônsul Aristides Sousa Mendes. A Verdade e a Mentira» para repor a verdade histórica, sem deixar de evidenciar a sua simpatia pessoal por Aristides. O jornal Diabo foi recebido em casa do embaixador e entrevistou-o.

O Diabo – O seu livro está a ter um grande sucesso?


Embaixador Carlos Fernandes – Sim, é notável. Mal saiu tive imensos telefonemas e pedidos de livrarias. A primeira edição esgotou rapidamente. A segunda edição estará disponível esta semana. Muita gente me tem contactado para saber onde pode adquiri-lo. Normalmente indico a Livraria Apolo 70, em Lisboa, mas já tive pedidos de outras livrarias. Isso significa que as pessoas têm interesse no tema... As pessoas andavam adormecidas. O português é assim, anda calado até que um dia explode. Ninguém quer ondas e deixa andar, até que há um dia em que as pessoas dizem que «a galinha é gorda demais».

O seu livro é principalmente uma contestação
ao livro de Rui Afonso?
Exactamente. É um livro de História, completamente imparcial (se alguém achar que não é, que me diga que eu corrijo), não é a favor de ninguém, nem contra ninguém. Também não me meto na vida privada do Aristides – acho que as pessoas não se devem meter na vida privada dos outros – até porque ele teve uma vida muito complicada.

Conheceu Aristides Sousa Mendes,
como era a sua relação com ele?
Nada me move contra o Aristides, pelo contrário. Conheci-o num período muito difícil da vida dele e depois ajudei dois dos seus filhos. Um, o Geraldo, a quem fiz a prova escrita de concurso para o Ministério, mas ele não era capaz. Nem ele nem o filho do secretário-geral, que estavam juntos. O Rui Afonso diz que o filho foi perseguido. O filho do secretário-geral também foi? Também ajudei outro filho, o Sebastião, em Nova Iorque.

Há quem ponha Aristides Sousa Mendes
como uma questão de esquerdas e direitas... 
Quem vir a coisa assim vicia a solução à partida. Até porque ele era da extrema-direita. Era monárquico da extrema-direita e por isso foi para Vigo como cônsul político. Há uma carta dele, que eu publico em anexo no livro, em que ele se gaba de ter perseguido os políticos vencidos no 28 de Maio. É triste, essa carta... Nunca ninguém a publicou.

Como foi possível a construção do mito
de Aristides Sousa Mendes?
Eles pensavam, naturalmente, que ninguém apareceria a contar a verdade.
Mas deviam saber que eu não poderia ficar calado.






terça-feira, 25 de março de 2014

XX Aniversário do Ano Internacional da Família



XX ANIVERSÁRIO
DO
ANO INTERNACIONAL DA FAMÍLIA

CONFERÊNCIA COMEMORATIVA
EM BRUXELAS

15 de Maio de 2014
No Comité Económico e Social Europeu





Ratos

José Miguel Pinto dos Santos

Será que já não há ratos em Portugal? Ou será que estão tão gordos que já nem parecem ratos?

Os contactos entre portugueses e japoneses ao longo dos séculos apresentam dos aspectos mais coloridos nas histórias das duas nações.

É verdade que houve longos períodos em branco, de ignorância mútua. Mas também existiram períodos a verde, cheios de esperanças e expectativas. Viveram-se épocas douradas e cor-de-rosa, de comércio e cultura. Sofreram-se episódios tingidos a vermelho, de escaramuças armadas e martírios. E passaram-se ocorrências negras. Ou roxas, se o roxo for a cor da vergonha.

Em 1903, Murakami Naojiro (1868-1966) descobriu no Lyceu Passos Manuel, em Lisboa, uma Doctrina Christan. Este livro, raríssimo, tinha sido impresso em Amakusa em 1592. Culturalmente era um volume valiosíssimo: era a primeira tradução existente de uma obra numa língua europeia para o japonês, um dos primeiros livros escritos em japonês com letras latinas e também um dos primeiros a ser impresso, no Japão, com tipos móveis. Este volume tinha sido oferecido por Alessandro Valignano (1539-1606), um dos responsáveis pela missão jesuíta no Extremo Oriente, a D. Theotónio de Bragança (1530-1602), que por sua vez o tinha doado a um convento de cartuxos. Os bons frades zelaram pela sua integridade durante dois séculos. O eles não saberem japonês terá contribuído para o seu parco uso e boa conservação. A seguir à revolução liberal, no séc. XIX, o Estado expropriou-lhes tudo o que tinham e palmou-lhes o livro, que passou para o Lyceu Nacional, criado por decreto do ministro Passos Manuel (1801-1862) em 1836.

Alertado pela descoberta de Murakami, Jordão de Freitas (1866-1950) inspeccionou a obra uns tempos depois. Em 1910 o Lyceu foi transferido para as belas e imponentes instalações actuais, e inaugurado com muita pompa e circunstância a 9 de Janeiro de 1911. Não era caso para menos, atendendo a ser a primeira grande obra pública feita pelo novo regime. Quando, passados alguns meses, Freitas visita as novas instalações e pede para ver o livro, foi-lhe laconicamente dito por um funcionário cinzento: «Já não o temos, os ratos comeram-no».

Esta Doctrina Christan reapareceu em 1913, no catálogo de um livreiro madrileno. Foi vendida a um americano anónimo e, em 1915, é oferecida para venda no catálogo de Martinus Nijhoff, famoso livreiro na Haia. Em 1917 foi comprada pelo barão Iwasaki Hisaya (1865-1955), um magnata ligado ao grupo Mitsubishi, que o passou ao Toyo Bunko, uma biblioteca, por ele fundada, em Tóquio – onde ainda hoje se encontra, em bom estado de conservação.

Será que já não há ratos em Portugal? Ou será que estão tão gordos que já nem parecem ratos?





segunda-feira, 24 de março de 2014

Aaron Hunt (Werder Bremen):
exemplo de moral no desporto


Aaron Hunt (Werder Bremen – Alemanha)

Os chicos espertos dirão que ele é parvo...


Ver em

https://www.youtube.com/watch?v=oN9YddQWHOo