Mensagem de Natal do Bispo da Guarda
D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, apresentou aos jornalistas a sua mensagem para o Natal 2009, na qual defende a «verdadeira natureza do casamento» e critica os que tentam anular a «presença de Deus na cidade».
No documento, publicado pela Agência ECCLESIA, o prelado condena os que «apelidam de retrógrados, saudosistas do passado e de costas voltadas para o futuro quantos continuam a defender a dignidade e os direitos da instituição familiar e a verdadeira natureza do casamento».
Este responsável assinala que «não é ao Estado, mas às famílias, que compete definir esse projecto educativo» e que «a vida humana é o valor dos valores, desde o primeiro momento da sua concepção até à morte natural».
D. Manuel Felício fala numa «sociedade onde parece não haver lugar para Deus». «Os grandes mentores do estilo de vida que nos é proposto e muitas vezes imposto não têm resposta para as grandes interrogações que preocupam o ser humano, como são as relacionadas com o sofrimento e com a morte».
O Bispo da Guarda diz mesmo que «a grave crise que continuamos a atravessar» é mais do que económica e financeira, «é crise de civilização e essencialmente uma crise dos valores necessários para dar verdadeiro sentido à nossa vida pessoal e comunitária».
A mensagem denuncia uma «estratégia concertada» para apagar a «presença de Deus na cidade», com o objectivo de «o empurrar para as periferias da cultura, remetendo-o, quando muito, para as consciências individuais ou, pior ainda, querendo culpabilizá-lo por todos os males e atropelos que as pessoas e a sociedade diariamente produzem».
«Por sua vez, todos os símbolos que possam lembrar a presença de Deus na cidade, mesmo aqueles que, de facto, fazem parte integrante da nossa tradição cultural de povo multissecular, procuram arredá-los, o mais possível, da praça pública».