sexta-feira, 31 de maio de 2013

Extraordinária desfaçatez

Nuno Serras Pereira

Um dito-cujo casou-se, emprenhou a sua esposa, nasceu-lhes um filho, divorciou-se da mulher, apegou-se sodomiticamente com um macho, «casou-se» ficcionalmente (nos termos da «lei» intrinsecamente injusta que colabora na farsa fraudulenta), por circunstâncias várias fica só ele com a paternidade do filho; agora exige num berreiro de vitimização que o seu cobridor possa co-adoptar o filho, que será um desgraçado se assim não for.

Dois ideólogos homonazis ou gayzis (o livro) decidem, em nome da «homoparentalidade», ter um filho para estabelecerem «família». Encomendam a um estranho a semente, que é introduzida por técnicos numa lésbica amiga; passado o tempo, deu ela à luz a criança, que entregou àqueles dois, que se autoproclamam orgulhosamente pais; um deles adopta «legalmente» a criança; mais tarde entram os dois em estridentes zaragatas, que desembocam no apartarem-se; em nome do «superior interesse» e dos «direitos» do «filho» é gizada e reivindicada a co-adopção.
Após todas estas brutalidades, coisificando friamente as crianças, reclamam, com extraordinária desfaçatez, como salvaguarda imprescindível do «bem» dos «filhos» mais essa violência desumana chamando-lhe co-adopção!

E depois nós é que somos os agressores, violentos ofensores e algozes de seus «filhos»; pois...





O padre Carlos Cabecinhas
ao lado de quem?

Luís Lemos

O novo Reitor do Santuário de Fátima, o padre Carlos Cabecinhas, proibiu no Santuário, no dia 12 de Maio, a recolha de assinaturas a um movimento contra o aborto. Para tal, invocou argumentos falaciosos que, no fundo, significariam que a luta contra o aborto não seria uma luta também da Igreja.



Ao lado de quem estará
o padre Cabecinhas?










quinta-feira, 30 de maio de 2013

Mais uma manipulação «progressista»
de um escriba da Ecclesia

Luís Lemos

A Agência Ecclesia publica uma peça do seu jornalista Luís Filipe Santos (LFS) que constitui um exemplo de desavergonhada e alta manipulação e que por isso não pode passar em claro.

Luís Filipe Santos começa por referir-se a uma declaração do Papa Francisco, no dia 15 de Maio, assinalando o 1700.º aniversário do Édito de Milão. Isto é, temos, para começar, Papa Francisco.

De seguida, Luís Filipe Santos constrói as teses que quer impingir ao leitor.

Primeira tese: o bispo António Ferreira Gomes seria uma referência teológica e política – quando afinal este senhor não passou de uma nulidade em qualquer destes campos.

Segunda tese: o bispo Carlos Azevedo seria uma pessoa com autoridade moral para falar de coisas da Igreja – quando afinal deveria era estar retirado, muito caladinho, e discreto para que ninguém se lembrasse que ele existe, para não conspurcar mais a imagem da Igreja. Ora, o que Luís Filipe Santos tenta fazer é lavar o bispo Carlos Azevedo.

Entretanto, avança com os nomes de teólogos nada recomendáveis, como Chenu (que viu um dos seus livros colocados no Index) e Kasper (assistente de Hans Kung, um dos principais críticos de Bento XVI).

Finalmente, Luís Filipe Santos chama de novo à baila o Papa Francisco, como se tudo e todos bebessem da mesma água. Mas, na realidade, que sintonia teológica, política e moral existirá entre o Papa Francisco, por um lado, e os dois referidos bispos e os dois referidos teólogos, por outro?

Luís Filipe Santos faz assim uma sandes em que o pão, a abrir e a fechar, é o Papa Francisco. E depois mete lá no meio a porcaria teológica, política e moral. E assim está a dizer ao leitor desprevenido: come, que isto tem a ver com o que diz o chefe da tua Igreja.

É preciso ser um grande manipulador e ter uma grande falta de vergonha para escrevinhar deste modo. Luís Filipe Santos revela-se como estando à altura daqueles que o Papa Francisco tem vindo a denunciar: os oportunistas no seio da Igreja.


Nota: era melhor que o indivíduo fosse aprender pontuação para não transformar o sujeito em atributo do sujeito. Não falando já no «Acordo Ortográfico», que adopta.





quarta-feira, 29 de maio de 2013

Professora universitária, após esoterismo e ocultismo, recorre a exorcista

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Roma demite padre católico maçom
em França

[Para quando a limpeza em Portugal de padres e bispos?]

Jean-Marie Guénois, jornal Le Figaro

O pároco de Megève (França), Pascal Vesin, foi demitido das suas funções pastorais pela Santa Sé em razão da sua pertença maçónica.
O facto é raro. Roma suspende um padre católico francês, Pascal Vesin, de 43 anos, pároco de Megève (Haute-Savoie), pela sua «pertença activa» a uma loja maçónica do Grande Oriente de França. O anúncio foi feito sexta-feira através de um comunicado da diocese de Annecy, cujo bispo é D. Yves Boivineau.

O caso remonta a uma carta anónima que denunciou esta situação, recebida em 2010 pelo bispo e pela Nunciatura Apostólica de Paris. Interrogado, o padre em questão inicialmente negou totalmente, mas, confrontado em 2011, foi-lhe expressamente pedido que deixasse o seu envolvimento maçónico.

Acabou por rejeitar esse pedido, depois de um longo diálogo com o seu bispo.

Este sacerdote, ordenado em 1996 e membro do Grande Oriente desde 2001, declarou ao Figaro: «Eu não escolhi a Maçonaria contra a Igreja. Este gesto não é, portanto, um combate maçonaria versus Igreja Católica. É, sim, a expressão da minha liberdade absoluta de consciência dentro da instituição católica.»

Para ele, «o tempo do confronto passou[Exactamente a mesma argumentação do bispo Carlos Azevedo na televisão, o tal bispo envolvido nas histórias de homossexualidade] «Sereno», ele desejava poder viver uma «dupla filiação», e acrescenta que ele propôs ao bispo retirar-se para formar um grupo de trabalho e reflexão em vista de um «melhor diálogo» entre a Igreja Católica e a Maçonaria. Mas, em Roma, a Congregação para a Doutrina da Fé, responsável por esta área, não pensou da mesma maneira. Este organismo do Vaticano comunicou ao bispo, no passado 7 de Março – pouco antes do Conclave, que elegeu a 13 de Março o Papa Francisco após o final do pontificado de Bento XVI em 28 de Fevereiro – a ordem de demitir das suas funções o padre Pascal Vesin.





terça-feira, 28 de maio de 2013

Nossa Senhora de Fátima e Lenin

Gonçalo Portocarrero de Almada

Nossa Senhora de Fátima, aliás Maria de Nazaré, e Vladimir Ilitch Ulianov, mais conhecido por Lenin, têm algumas curiosas afinidades, que, se não forem meras coincidências, são inquietantes manifestações de um desígnio transcendente.

O primeiro facto que os relaciona é a «conversão da Rússia», que ambos, embora de forma diametralmente oposta, se propuseram realizar. Lenin, através da revolução de Outubro de 1917, converteu o império ortodoxo dos czares na ateia URSS. Maria, a 13 de Julho de 1917, também se propôs converter a Rússia… mas no sentido contrário! Não é estranho que um revolucionário queira converter um Estado cristão num país ateu, mas tem que se lhe diga que alguém queira converter numa sociedade cristã um país que já o é, porque sabe que, entretanto, vai deixar de o ser!

Com efeito, naquela altura ninguém podia supor necessária a conversão da Rússia, para voltar a ser o que na data já era! Terá sido mera casualidade que, ante de aparecido o mal, já tivesse sido preconizada a cura?!

A segunda ocorrência dá-se a 13 de Maio de 1917, dia da primeira aparição na Cova da Iria e data em que Lenin redige o seu «credo ateu». Esta sua profissão de fé ateia – Dostoievski disse que os russos têm tanta fé que alguns até são ateus! – foi provocada pelo assassinato, em Sampetersburgo, a futura Leningrado, de uma professora e das crianças a quem dava catequese.

Meras coincidências? Talvez. Mas para a ciência, como para a fé, não há acasos. O que a razão humana não consegue explicar cientificamente, a fé entende que pode ser uma manifestação da Providência que, como alguém disse, é Deus quando viaja incógnito pelos caminhos dos homens, fazendo-os divinos.





segunda-feira, 27 de maio de 2013

Papa critica «capitalismo selvagem»

Francisco visitou a casa de acolhimento gerida
pelas religiosas de Madre Teresa Calcutá

O Papa deixou críticas ao «capitalismo selvagem» durante uma visita à casa «Dom de Maria», dirigida pelas religiosas de Madre Teresa de Calcutá, que acolhe pessoas necessitadas, no Vaticano.

«O capitalismo selvagem ensinou a lógica do lucro a qualquer custo», disse Francisco, numa intervenção divulgada hoje pelo portal de notícias «news.va».

A visita, que decorreu na tarde de Terça-Feira, visou assinalar o 25.º aniversário da entrega da gestão desta casa de acolhimento a Madre Teresa por João Paulo II.

O Papa Francisco elogiou a hospitalidade «sem distinção de nacionalidade ou religião» que se vive na instituição, pedindo que se recupere o «sentido do dom», da gratuidade e da solidariedade.

A intervenção sublinhou a importância de travar a «exploração que não olha às pessoas».

«Vemos os resultados nesta crise que estamos a viver», acrescentou.





domingo, 26 de maio de 2013

Advogados contestam
posição de Marinho Pinto
sobre adopção gay


(Artigo do jornal Público)

Bastonário tinha defendido proibição da adopção
por casais homossexuais.

Um grupo de advogados enviou nesta quarta-feira ao Parlamento uma carta aberta em que contesta as posições assumidas pela ordem profissional que os representa sobre a adopção de crianças por casais homossexuais. A questão será votada quinta-feira na Assembleia da República, tendo o bastonário, Marinho e Pinto, defendido que «o desenvolvimento harmonioso da personalidade da criança exige um pai homem e uma mãe mulher – e não um homem a fazer de mãe e uma mulher de pai».

Para os subscritores da carta aberta, entre os quais se conta a mãe de Francisco Louçã, Noémia Anacleto, o parecer da ordem «não respeita os princípios enformadores do Direito, carece de fundamentação factual de suporte e ilegitimamente assume uma posição que, certamente, uma parte muito significativa dos advogados deste país não subscreverá». Ou, como diz uma das suas promotoras, Lúcia Gomes, «revela um grande preconceito».

«O Instituto Superior de Psicologia Aplicada afirmou em documento de Janeiro de 2013 que, do ponto de vista do desenvolvimento emocional e psicológico das crianças, não há motivos que justifiquem a impossibilidade legal de nascerem ou de serem educadas quer por um casal do mesmo sexo quer por uma pessoa singular de orientação sexual homossexual ou bissexual», assinala a carta.

Marinho Pinto não se mostra incomodado com a contestação e diz que enquanto for bastonário a Ordem dos Advogados «não mudará de maneira nenhuma de posição», mesmo que os «colegas homossexuais se sintam discriminados».

«Manterei este parecer contra ventos e marés», declara o representante máximo dos advogados. «Reflecte uma posição largamente maioritária entre os advogados. A natureza exige o masculino e o feminino para fecundar. Não permite que duas pessoas do mesmo sexo procriem».