sábado, 7 de junho de 2014
sexta-feira, 6 de junho de 2014
Escola: como devastar as crianças
Agostino Nobile
Muito provavelmente os nossos jardins de infância, em breve, seguirão o exemplo sueco do jardim de infância chamado Egalia. O que aí se ensina? No Egalia não existem rapazes ou raparigas. Todos são chamados pelo nome de família neutro e nada se refere a estereótipos demasiados retrógrados como masculino e feminino. Além disso, ensina-se os meninos a beijarem-se na boca e da mesma maneira entre meninas. Neste ponto nasce espontânea uma pergunta: as discriminações são contra os homossexuais ou contra os heterossexuais?
A ONU e o governo de Bruxelas, juntamente com a Maçonaria e os poderes fortes, usam a economia, as finanças e os meios de comunicação como uma arma apontada à cabeça, para forçar os governos de todos os países a introduzir nas constituições as novas regras sociais. Quem imprime o dinheiro tem nas suas mãos a política, a escola e os media. Os governantes que não aceitarem as «novas regras» não terão ajuda económica, e estarão sujeitos a multas onerosas. Não é preciso ser um génio para perceber que através da união monetária privaram cada país da comunidade europeia à auto-determinação sócio-económica. Os governos nacionais, quer de direita quer de esquerda, estarão sempre a mendigar e a dizer «sim» a todas as leis decididas por legisladores anónimos. E dizemos anónimos, porque estes senhores que dão ordens aos nossos governantes, não foram eleitos pelos cidadãos. De facto são quase desconhecidos.
Os antropólogos e os sociólogos não têm dúvidas sobre isso: através do aborto, da eutanásia, da eugenia, da liberdade sexual e da supressão da família natural, o Ocidente encaminha-se para uma estrada que o levará ao suicídio cultural e demográfico. Os mações já no século XIX, escreviam que os católicos são uma raça de imbecis, muito fácil de enganar. O importante é agir com circunspecção. Step by step.
Se os pais controlam as avaliações dos filhos na escola primária, verão que, no boletim de avaliações, depois da data e do nome, foi adicionada uma pergunta onde a criança deve escrever o seu sexo. Será que se pode imaginar que um rapaz que se chama Marco, ou Mário, etc..., ou uma rapariga que se chama Madalena ou Laura, etc... precisem de definir o seu próprio sexo? Sim, porque, como explicam os legisladores de Bruxelas, que decidiram criar crianças multissexuadas, uma criança de quatro ou de seis anos de idade pode escolher ser lésbica, gay, travesti, bissexual, interssexual (neologismo para hermafrodita), ou assexuado. O próximo passo será, como já vimos, obrigar as crianças do mesmo sexo a beijarem-se na boca.
A Maçonaria e os lobbies a ela ligados, consideram-se o verdadeiro deus. Eles decidem sobre a nossa vida, a nossa morte, os nossos filhos e a nossa vida sexual.
Um pequeno conselho: acabemos de nos dividir em partidos de esquerda e de direita. A coisa é muito mais grave do que se possa pensar. A devassidão sexual sem limites visa enfraquecer qualquer forma de reacção às injustiças sociais. Se não nos opusermos todos juntos a esta nova ditadura, acabaremos fatalmente como carne moída. Os pais e os políticos que renunciarem a lutar tornar-se-ão cúmplices dos carrascos dos seus próprios filhos.
quinta-feira, 5 de junho de 2014
Espanha
Viva la tricolor!
Heduíno Gomes
1 – Como consequência dos vários casos de corrupção em que está envolvido, o chefe da casa real de Espanha acaba de abdicar. Era coisa esperada como tentativa de salvar a monarquia espanhola do imenso desprestígio em que caiu, o que veio reforçar as convicções republicanas já existentes.
2 – Apesar da corrupção do rei e familiares, a que a pouco recomendável Letizia se juntou, os espanhóis, principalmente os castelhanos, estavam de certa forma gratos a Juan Carlos por este ter feito sem sobressaltos a transição do franquismo para a democracia. Mas esta gratidão esgotou-se.
3 – Subsistindo o republicanismo entre castelhanos e principalmente entre as nações dominadas por Castela, os republicanos apenas aguardavam a boa altura de se tornarem mais activos do que até agora, como já se viu em prelúdio nas ruas de Madrid, Barcelona e noutras cidades.
4 – Com o novo rei, e com aquela rainha plástica que em compostura não chega aos calcanhares da rainha Sofia, veremos aumentar a contestação à monarquia. Esta contestação vai inevitavelmente provocar a queda da monarquia. É uma questão de tempo e de conjuntura política.
5 – Ora, sendo indubitavelmente a monarquia o cimento do Estado espanhol, com a queda desta, veremos em três dias a autodeterminação pelo menos da Galiza, de Euskadi e da Catalunha.
6 – O que convirá a Portugal? O que convém a Portugal é que aquilo, aquele Estado vizinho centralizador e agressor, se desmorone. Nas nossas relações bilaterais com cada um desses novos estados assim restaurados seremos mais fortes.
La tricolor, bandeira da República Espanhola |
7 – Por esta razão, qualquer bom português monárquico deve ser republicano em
Espanha. Contudo, a apreciar a situação vamos ouvir monárquicos de salão sem
perspectivas e convivas politicamente correctos lamentar a
crise da monarquia espanhola e defendê-la. É por serem mais monárquicos do que
portugueses ou defenderem mais os seus interesses ou vaidades pessoais do que
Portugal.
8 – E com a recuperação da nossa querida Olivença sempre presente. Com monarquia espanhola ou com república castelhana.
A portuguesíssima igreja da Madalena |
quarta-feira, 4 de junho de 2014
A quarta revolução secularista
Agostino Nobile
O objectivo é educar as crianças de acordo com as leis decididas por alguns legisladores, os quais definem o que é o bem e o que é o mal, segundo o seu critério.
No início do ano lectivo de 2013-2014, o ministro francês da Educação, Vincent Peillon, decidiu exibir em todas as escolas uma notícia de duas páginas, dividida em dezassete pontos e dois capítulos que declaram: «La République est laïque» e «L'école est laïque». O que é que isso significa? O ministro Peillon apresentando o seu livro La Révolution française n'est pas terminée (Le Seuil, Paris 2008) afirmou que «nunca podemos construir um país livre com a religião católica». O ministro da Educação, em absoluta harmonia com o presidente Hollande, esclarece o seu pensamento: «não se pode fazer uma revolução só no sentido material, deve ser feita no espírito. Até hoje fizemos a revolução essencialmente política, mas não aquela dita moral e espiritual. Assim, temos deixado a moral e a espiritualidade entregues à Igreja Católica.
Devemos substituí-los, (...), é preciso inventar uma religião republicana e essa nova religião é o secularismo». O melhor lugar para realizar esta transformação é a escola, e Peillon confirma: «A revolução implica estabelecer o esquecimento de tudo o que antecedeu a nova revolução. Então a escola passa a ter um papel importante, porque a escola deve fazer com que a criança corte todas as suas ligações pré-republicanas para ensiná-la a ser um verdadeiro cidadão. É como um novo nascimento, uma transubstanciação para trabalhar na escola e para a escola. Precisamos de uma nova igreja com os seus novos ministros, a sua nova liturgia e as suas novas Tábuas da Lei».
Na prática, os pais não têm quaisquer direitos na educação moral da criança e, aqueles que se opuserem serão perseguidos pela lei. O objectivo é educar as crianças de acordo com as leis decididas por alguns legisladores, os quais definem o que é o bem e o que é o mal, segundo o seu critério. De que maneira se aplicam essas novas leis? Peillon, no rescaldo da aprovação do casamento gay, mandou que todas as escolas recebessem uma circular ministerial com uma ordem clara e urgente para educar os seus alunos a aceitar a igualdade de género, na luta contra a homofobia. Como resultado, o snuipp, o sindicato principal dos professores, promoveu livros com títulos sugestivos, como por exemplo: «Jean a deux mamans» (O João tem duas mães), ou «Tango a deux papas» (Tango tem dois papás), ou «Papa porte une robe» (O papá usa um vestido). Pergunta-se: afinal o que é que se pretende?
Esta imposição institucional é promulgada tendo em vista a realização plena dos direitos dos homossexuais, ou é, como parece evidente, a favor da «homossexualização das crianças»? Semanários como Le Point e Le Nouvelle Observateur, durante anos, descreveram como funciona a política francesa, e parece óbvio que a Maçonaria francesa representa um dos poderes que influenciam fortemente os candidatos a cargos políticos. Quem quiser subir nas fileiras da política deve antes vergar-se obedientemente diante do poder dos pedreiros livres, ou seja, dos mações. Segundo os dois semanários franceses o «Grande manipulador das consciências» intervém sempre com muito peso, não só em termos económicos, mas acima de tudo, sobre os princípios, valores, mentalidade e cultura, numa palavra, sobre os costumes e tradições dos franceses.
terça-feira, 3 de junho de 2014
Magistrados do TC & políticos da III República
Heduíno Gomes
Dado que os magistrados do Tribunal Constitucional se comportam como os políticos da III República, o respeito que merecem é igual ao que merecem esses políticos.
Talvez mais ainda pela nobre missão a que estariam destinados.
Em que país pensa que vive este TC?
José António Lima, Sol
O Tribunal Constitucional chumbou, agora, o alargamento dos cortes salariais dos funcionários públicos a partir dos 675 euros, previstos no Orçamento do Estado, bem como a redução nos subsídios de doença e de desemprego e até, imagine-se, o corte nas pensões de sobrevivência de viuvez acima de 2 mil euros.
Em que país pensarão estes senhores, funcionários públicos, que vivem? Na superavitária Finlândia? Ou numa estatista república do velho bloco de Leste?
Tendo o TC posto de lado a retroactividade do chumbo e deixado a porta aberta a que o Governo e a maioria PSD/CDS apresentem ainda uma nova proposta, rectificada, de corte nos salários do funcionalismo público (só para vencimentos acima dos 1.000 ou 1.100 euros), isso significa que o rombo desta decisão do TC no OE poderá ficar pelos 600 milhões de euros (substancialmente abaixo dos 1.500 milhões de que se falava). O que, ainda assim, poderá levar a aumentar o IVA em 0,75% ou 1% para compensar esse rombo.
Mas, para lá deste «chumbo mitigado» e do facto de as decisões terem agora dividido mais o TC (com votações de 8-5), a verdade é que se mantém a filosofia predominante nos juízes do Palácio Ratton.
Em 2012, consideraram inconstitucionais os cortes nos subsídios de funcionários públicos e pensionistas. Em 2013, impediram a lei da convergência das pensões públicas, que pouparia centenas de milhões de euros aos cofres do Estado.
Agora, em 2014, volta a mesma lógica empedernida do TC: que o poder político reduza o défice do Estado e faça a consolidação orçamental pelo lado da receita, mesmo que isso implique mais um «enorme aumento de impostos», porque o TC travará o essencial das medidas que visem reduzir substancialmente a incomportável despesa pública. Seja em cortes nos salários, nas reformas, nos subsídios ou até nas pensões de viuvez. Matérias em que os próprios juízes do TC se sentem directamente atingidos.
O problema não é de qualquer violação da Constituição. O problema é a interpretação restritiva e corporativa que estes juízes fazem do «princípio da igualdade» ou só deixarem o aumento de impostos como saída para se cumprir o «princípio da proporcionalidade». Em que país pensarão estes senhores, funcionários públicos, que vivem? Na superavitária Finlândia? Ou numa estatista república do velho bloco de Leste?
O «Bate-Estradas»
A Ala dos Antigos Combatentes da Milícia de São Miguel deu início à edição da sua carta electrónica, cujo nome é Bate-Estradas, como era popularmente designado o aerograma, que permitia, gratuitamente, a correspondência entre os militares que se encontravam no Ultramar e as suas famílias, namoradas e amigos.
Um aerograma é uma carta de correio aéreo que consiste numa folha dobrada de certa maneira dispensando o sobrescrito, ficando, no entanto, com o aspecto deste. Consta que foi inventado por Fernando Pessoa.
A Presidente do Movimento Nacional Feminino e criadora do
popular Bate-Estradas, Cecília Supico Pinto (Lisboa, 30 de Maio de 1921 — 25 de Maio de 2011). |
O Bate-Estradas foi uma iniciativa do Movimento Nacional Feminino, organização patriótica de apoio material e moral aos militares, e era transportado graciosamente pela TAP. Era mantido pelo Serviço Postal Militar.
A carta electrónica Bate-Estradas inicia a sua publicação por ocasião deste dia 10 de Junho, dia emblemático das forças militares que, durante catorze anos, combateram e derrotaram em África o inimigo soviético, aí representado pelos chamados «movimentos de libertação».
Aerograma especial de Natal |
segunda-feira, 2 de junho de 2014
O direito ao erro
Brad Miner
Fala também de sodomia, um comportamento claramente
antinatural e que, como Reilly comprova meticulosamente, sempre foi visto como
tal. Veja-se Sócrates, Platão e Aristóteles – todos gregos, claro, cuja cultura
é frequentemente (e erradamente) descrita como homofílica – todos eles
criticaram a sodomia como desordenada.
A prova do homossexualismo emergente na América tem
estado diante dos nossos olhos há décadas, mas a maioria, tendo visto os
sinais, simplesmente partiu do princípio que o objectivo final não seria muito
mais do que a tolerância. Quem diria, há vinte anos sequer, que o movimento
pelos direitos homossexuais procurava uma autêntica transformação cultural?
Aliás, há apenas dois anos podia-se dizer – com o
que hoje parece um optimismo absurdo – que afinal de contas, sempre que os
cidadãos tinham sido chamados a decidir sobre a questão do «casamento» entre
pessoas do mesmo sexo, a iniciativa tinha sido chumbada. Mas depois vieram os
tribunais, na sua sabedoria, para corrigir a vontade torta do povo. Como é que
chegámos a isto?
A filosofia política ocidental dividiu-se em dois
ramos distintos no século XVIII: Um radica em Edmund Burke e William Blackstone
e atravessa a fundação dos Estados Unidos, desembocando no conservadorismo
moderno; outro, com origem em Jean-Jacques Rousseau e a Revolução Francesa,
levou ao liberalismo contemporâneo. Este segundo ramo, o liberal, continua sob
a influência da visão antiteleológica de Rousseau e foi reforçada pelo
existencialismo, multiculturalismo e outros entusiasmos de esquerda. O primeiro
ramo, o conservador, que manteve a teleologia, tem passado grande parte dos
últimos dois séculos a tentar encontrar uma forma, que não o totalitarismo, de
subjugar as paixões pagãs soltas pelo segundo.
Porque se o Homem é a última fonte do sentido, se a
humanidade não discerne os fins morais inerentes à Natureza, fixados pelo Deus
da Natureza, então, como escreve Reilly, encontramo-nos diante de um paradoxo,
sobretudo para os que defendem os «direitos homossexuais», isto porque...
… os proponentes da homossexualidade estão a
defender uma causa que apenas pode vingar se obliterar a própria compreensão de
Natureza da qual depende a nossa existência enquanto povo livre... A sua
reivindicação de direitos subverte os direitos que reivindicam. Porquê? «Se
a Natureza for negada, então a justiça reduzir-se-á necessariamente a aquilo
que é desejado o que, por sua vez, se transforma na lei do mais forte».
Dizer que as uniões homossexuais são normais, após milhares de anos a acreditar no contrário, implica «pôr de lado Sócrates, Platão, Aristóteles, o Antigo Testamento e o Novo, Agostinho e Aquino». Reilly cita exemplos de mudança de normas culturais e de decisões judiciais recentes, através dos quais este pôr de lado já começou.
Claro que não é só a sodomia que tem sido libertada
por este determinismo anti-teleológico, mas a contracepção e o aborto também,
bem como o divórcio, sexo pré-matrimonial e em breve, quiçá, a pedofilia e o
bestialismo.
Escrevendo sobre Lawrence v. Texas, a decisão do
Supremo Tribunal de 2003 que considerou inconstitucional uma lei que bania o
sexo «gay», Reilly pergunta: «Porque é que levou mais de dois séculos
para que o tribunal descobrisse um direito à sodomia?» Responde que
foi porque o Tribunal considerou que os fundadores simplesmente não tinham
compreendido a liberdade e «as suas múltiplas possibilidades».
Pelos vistos o próprio tribunal também não o tinha
compreendido no caso de Bowers v. Hardwick, 17 anos antes, quando declarou que
não existia qualquer direito constitucional à sodomia.
Os juízes e os seus apoiantes nos media decidiram
que a tradição é, frequentemente, um sinónimo de opressão. Quanto aos que se
mantêm agarrados «aos nossos deuses e às nossas armas», as elites vêem-nos como
perdidos naquilo a que Engels chamou «falsa consciência».
O Governo tem sido movido a agir não tanto por
compaixão, mas mais por pressão dos media e dos lobbies. O mesmo tem acontecido
através da cultura.
Foram essas pressões que levaram a uma campanha
bem-sucedida, em 1973, para retirar a homossexualidade do Manual de Diagnóstico
e Estatística, a bíblia de desordens mentais da Associação Psiquiátrica
Americana, onde constava desde 1952.
A indústria do entretenimento tem feito todos os
esforços para povoar os filmes, comédias e séries de personagens homossexuais,
com o objectivo de nos dessensibilizar para o «amor que não ousa
manifestar-se», agora conhecido como o «amor que não nos dá um minuto de
descanso».
Making Gay Okay inclui
capítulos curtos sobre o impacto e as consequências de parentalidade
homossexual, «estudos» homossexuais e a influência do homossexualismo nas
Forças Armadas, política externa e o movimento dos escuteiros.
Nos anos 80 estava num jantar em que um activista
homossexual disse a umas feministas que os homens gay apoiavam absolutamente o
aborto. Questionei-me na altura sobre a coincidência de interesses. Era
demasiado bronco, ou ingénuo, para compreender a forma como partilham esta
inversão da realidade.
Talvez porque, em mais novo, abracei brevemente
(mas com vigor) a moda da «liberdade sexual», quem sabe, a primeira das
inversões da verdade. Há muitos na minha geração que sentem relutância em
criticar as escolhas sexuais dos outros, tendo tomado decisões tão erradas
quando eram mais novos.
Chegou a hora de crescer.
Making Gay Okay é
uma lição em filosofia, psicologia, história, direito, política e ciência. Para
dizer a verdade, até vai aprender coisas que preferia não saber, como o
significado de bug chasing, por exemplo. Mas para isso vai ter
de comprar o livro.
As eleições e os «cientistas» da «ciência Europa»
Heduíno Gomes
O evento eleitoral para o parlamento dito europeu traz mais uma vez à ribalta os «cientistas» da «ciência Europa». São os «europólogos». Todos profissionais dessa «ciência».
Uns são especialistas dos «aspectos jurídicos». Sobre estes, até se compreende a sua especialidade, dado que o emaranhado do monstro europeu é uma realidade com que tem de se lidar e ela exige que haja quem possa fazer de GPS para que o Estado não meta demasiada água. Mas não é da sua competência definir como deveria ser a Europa civilizada.
A grande «cientista» Isabel Meirelles |
E outros têm uma «grande experiência europeia», ou porque por lá passaram, ou porque por cá estagiaram. Sobre estes, há que notar que não são os experts mas sim os espertos. São os que não conhecem nada de nada a não ser os corredores do poder, eurocrático ou de cá, e utilizam esse conhecimento exclusivamente para fazer carreira. Querem lá saber da Europa civilizada!
O grande «cientista» das causas marginais na Europa |
Que vão eles defender para o parlamento dito europeu?
Defendem os valores da Civilização ou a barbárie?
Defendem a família natural ou a agenda dos invertidos e fufas?
Defendem o respeito pela vida ou a barbárie da eutanásia, do aborto e da experimentação sobre seres humanos?
Defendem o bem comum ou os seus interesses carreiristas e de grupos egoístas?
Defendem a Europa das nações ou o esmagamento das nações pelos grandes?
Defendem a identidade nacional ou a uniformização cultural?
Defendem a independência de Portugal ou a submissão a poderes estrangeiros?
O lobby controlador |
domingo, 1 de junho de 2014
Eleições para o Parlamento Europeu
A esmagadora abstenção
faz estremecer os chulos do sistema
Heduíno Gomes
A esmagadora abstenção de 2/3 nas eleições para o Parlamento Europeu demonstra que a grande maioria dos Portugueses não se reconhece no sistema nem nas suas batotas – quer no sistema da União Europeia, quer no sistema da III República –, à sombra do qual uma minoria da alta finança, da burocracia de Bruxelas e dos seus criados de cá engorda.
Democracia? Sim, democracia. Democracia formal, como é o sistema assim designado. Que tudo permite. Por isso mesmo é que a democracia não é própria e necessariamente sinónimo de respeito pelo povo, de servir o bem comum, de servir a Nação, de educar segundo os valores da Civilização.
Poderá ser sinónimo ou não.
Mas não o é, certamente, quando a democracia é praticada pelos mediocres, pelos liberais decadentes e pela ladroagem. E, ao fim de 40 anos da dita, os Portugueses finalmente perceberam. Por isso se escusam a legitimar com o seu voto esta gente e o seu sistema.
Perante o alheamento popular em relação ao sistema, o que dizem os democratas (como se vê, a palavra não leva aspas porque a democracia pode ser isto mesmo, desde que legitimada pela formalidade do voto)?
Os entusiastas democratas deste sistema, isto é, os chulos do sistema, em pânico, lamentam a abstenção, «autocriticam-se» e procuram explicações e soluções – à sua medida. Mas alguns vão mais longe e tocam a criticar os próprios eleitores por, ao não votar, terem falta de civismo, calcule-se! E, muito democraticamente, como é o caso da consciência crítica do regime Miguel Sousa Tavares, sugerem tornar obrigatório o voto. Isto é, os democratas, tal como o menino Carlinhos que «ajudou» a velhinha a atravessar a rua, querem democraticamente obrigar as pessoas a serem democratas... Isto é, querem obrigar as pessoas a formalmente legitimar o seu sistema corrupto!
Portanto, caros Portugueses, preparem-se para as medidas correctivas dos democratas da III República.
Como foi desestabilizada a economia italiana
Agostino Nobile
Este sistema era baseado na competição não regulada entre as empresas e as nações, no pressuposto de que tudo seria ajustado pelo mercado. Na verdade, não foi assim que aconteceu, porque o sistema Atlântico, exportado para todo o Ocidente, ao fim e ao cabo criou a crise actual. Incompetência? Parece que sim. O sistema Atlântico é baseado na desregulamentação, ou seja, numa economia que se opõe às regras e onde o Estado (os governos) só pode assistir como um mero espectador. Esta fórmula falhou por duas razões: a falta de ética económica criou monstros financeiros; o mercado, ao contrário de como o achavam os defensores do sistema Atlântico, não só não tem «ajustado» a financia, mas tornou-se uma selva financeira. O resultado temo-lo à frente dos olhos: aumentos de impostos e empobrecimento dos cidadãos para encher os cofres dos bancos. Mas afinal, porque é que os poderes da finança Atlântica se preocuparam tanto com o sucesso italiano a ponto de o definir como «milagre económico»? (como se fosse um milagre e não uma escolha económica vencedora). Tal explica-o Ettore Bernabei no livro-entrevista A Itália do milagre e do futuro (livro já mencionado no meu artigo anterior). «Nos círculos ocidentais, desde há muito tempo, não se suportava mais que a Itália, um país liderado por um partido de inspiração cristã, se tornasse o quarto entre os sete países mais industrializados do mundo. Esse dado estatístico fez parecer quanto eram infundadas as acusações, de matriz protestante-maçónica, desde há várias décadas dirigidas aos católicos de serem incapazes de assegurar o bem-estar e liberdade dos seus povos. O «milagre italiano» tinha porém desmentido todos esses preconceitos».
Porque era o sistema económico italiano tão odiado pelos poderes do sistema Atlântico? Por ser o mais democrático, o mais lógico e, em última análise, o mais cristão, pois baseava-se na distribuição equitativa de rendas e riquezas pelas várias classes sociais. O modelo económico italiano inspirava-se na Doutrina Social da Igreja, que tem as suas raízes na encíclica Rerum Novarum (15 de Maio de 1891 – portanto, 26 anos antes da Revolução Bolchevique) do Papa Leão XIII. «O sucessor de Pedro – escreve-se na introdução do livro – deseja direccionar o pensamento dos católicos na economia (...) para defendê-los das ideologias ateístas que circulam na Europa». Assim o sucesso da política económica italiana teve que ser eliminado de todas as maneiras, caso contrário teria sido capaz de expandir-se noutros países, retirando o poder económico preponderante ao sistema Atlântico. Como muitas vezes acontece na história, o primeiro passo era destruir internamente o equilíbrio social. A quinta coluna, ou os idiotas úteis, dependendo do ponto de vista de cada um, foram os meios de comunicação e os intelectuais de esquerda, que nos anos 60/70 deram início a uma campanha difamatória contra o governo democrata-cristão. Desde os anos 70, as Brigadas Vermelhas ensanguentaram a Itália durante 25 anos. O seu trabalho criminoso, que teve como objectivo o abate dos democratas-cristãos, terminou com o sequestro e assassinato do presidente da Democrazia Cristiana Aldo Moro. Os meios de comunicação descreveram as Brigadas Vermelhas, de matriz marxista-leninista, mais ou menos como heróis que lutavam a favor do proletariado. Na verdade, os juízes que processaram os líderes das Brigadas Vermelhas não tinham quaisquer dúvidas. As Brigada Vermelhas, como sublinha Bernabei, eram «conduzidas pela agência Hyperion, que tinha a sua sede em Paris, sob a fachada de uma escola de línguas, agindo em conexão com a organização terrorista alemã da R.A.F.A agência Hyperion (...) sendo-lhes fornecidas armas, provenientes principalmente do Líbano. O objectivo principal do terrorismo em Itália – continua Bernabei – foi sempre o de criar dificuldades à Igreja Católica».
Em 2007, o norte-americano Steve Pieczenic no livro-entrevista Matámos Aldo Moro. A Verdadeira História do sequestro de Moro, Ed.Cooper, afirmou: «Eu esperei 30 anos para revelar esta história. Espero que isso venha a ser útil. Sinto muito pela morte de Aldo Moro, peço perdão à sua família e lamento muito por ele. Acho que eu e Moro iríamos ficar de acordo, mas tivemos que instrumentalizar as Brigadas Vermelhas para matá-lo».
Até hoje as palavras do senhor Pieczenic não foram desmentidas. Moro foi assassinado por interesses políticos, porque os americanos e os soviéticos eram contrários à abertura que Moro deu ao partido comunista italiano, para formar um governo de coligação, definido como «compromisso histórico». Aos motivos económicos somavam-se assim os geopolíticos. Bernabei, que conhece os documentos dos processos, sublinha: «Foi calculado que um brigadista vermelho ganhava vários milhões de liras de salário por mês (uns milhões de liras corresponde a 1000 euros actuais), além de alojamento e alimentação, com muitos extras para a ‘dolce vita’».
No início dos anos 90 na RAI (Rádio Televisão Italiana) foram demitidas 1 200 pessoas da liderança médio alta. «Destes – lembra Bernabei, que de 1960 a 1974 foi director geral da RAI – cerca de 1 000 eram católicos (...). Era então considerado um ‘pecado’ ser católico. Foi um verdadeira operação de ‘limpeza étnica’». Dois anos depois, com a operação «Mãos Limpas», alguns juízes de esquerda, através de processos sumários que levaram ao suicídio de alguns empresários, eliminaram definitivamente o Partido Democrata Cristão. A partir dos anos 90 até hoje, muitas indústrias e empresas italianas caíram nas mãos de holdings estrangeiras, que se apropriaram também da maioria do artesanato, enfraquecendo as raízes económicas italianas.
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