sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Todos os cristãos devem opor-se
à agenda escolar da União Europeia

Para unir-se a esta iniciativa, entre em:




Durão Barroso convidado
por loja maçónica do GOL

Maçonaria anuncia presença do presidente da Comissão Europeia em Lisboa, a confirmar. Assessoria de Durão diz que não está nada na agenda

O Grande Oriente Lusitano (GOL), a mais importante corrente maçónica portuguesa, está a anunciar internamente a presença, ainda que sujeita a confirmação, do presidente da Comissão Europeia num ciclo de conferências sobre o futuro da União Europeia. À SÁBADO, a assessoria de Durão Barroso diz que nada está marcado na agenda do presidente da Comissão Europeia. “Ou não aceitou ou ainda não aceitou”, referiu a assessora Leonor Ribeiro da Silva.

Um Documento interno da Loja Europa a que a SÁBADO teve acesso refere que Durão Barroso deverá encerrar, em Junho, ainda sem data exacta designada, um ciclo de sete conferências sobre a União Europeia.

A sessão deverá decorrer entre as 19h e as 20h30 na sala Magalhães Lima, na sede do GOL, no Bairro Alto, em Lisboa. As inscrições estão ainda a fazer-se para o próprio endereço electrónico da Loja Europa (europa.gol [at] gmail.com), anunciando-se também a participação de António Reis, grão-mestre do GOL, que falará sobre o tema Os valores europeus.

[...]

Este mês já se realizou urna sessão, no dia 2, com a presença de Ernâni Lopes, director do Instituto de Estudos Europeus, prevendo-se que nesta quinta-feira, dia 25, seja o presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Rui Vilar, o convidado principal no evento realizado pela maçonaria.

Com ou sem Durão Barroso, ainda irão passar pelo GOL, em Abril, Carlos Santos Ferreira, presidente do Millenium BCP, e, Em Maio, o antigo Presidente da Republica Mário Soares.

In Revista Sábado



quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A fé dos Demónios

Nuno Serras Pereira

1. Poderá um Sacerdote ou um Bispo aconselhar em quem votar ou desaconselhar de votar. Segundo o Cardeal Pell, que recentemente se pronunciou sobre o assunto, qualquer um deles tem plena legitimidade de o fazer, em circunstancias habituais, pois qualquer um deles é cidadão, como todas as outras pessoas.

Em Maio do ano passado escrevi dois pequenos textos sobre as presidenciais[1] nos quais sugeria que não se votasse em Cavaco Silva, em virtude das “leis” injustas, iníquas e criminosas que promulgou, cooperando desse modo formalmente com o mal intrínseco das mesmas e tornando-se moralmente responsável por todos os males, previstos e imprevistos, cometidos ao abrigo dessa mesmas “leis” [2] . Neles propunha, uma vez que os restantes candidatos padecem do mesmo mal, uma abstenção generalizada, com um propósito determinado. O facto de não sugerir o voto branco não se deveu somente ao facto de ele não contar como voto expresso mas também à circunstância de me parecer praticamente impossível persuadir um número significativo de pessoas a saírem de casa para irem votar desse modo. Continuo pois a favorecer a desmobilização eleitoral, pela abstenção.[3]
 

2. Desde então, e agora com maior frequência, tem-se advogado a escolha de Cavaco Silva em nome do “mal menor”. Este mal dito menor é defendido fundamentalmente por dois motivos. O primeiro consiste em pensar que Cavaco Silva é uma garantia que muito poderá ajudar na resolução da grave crise económica. Mutatis mutandi essa seria uma razão para votar em Hitler em vez de Stalin, caso a eleição se disputasse entre os dois. Julgue o leitor se seria oportuno e lícito escolher o primeiro. Eu, por mim, recusar-me-ia, evidentemente, a votar em qualquer um deles. O segundo motivo prende-se com a Fé. Cavaco diz que acredita em Deus e que é um católico praticante. Alegre pelo contrário professa o ateísmo. Ora, segundo alguns sempre será melhor eleger alguém que acredita em Deus do que quem n’ Ele não crê. Esta afirmação, porém, parece esquecer duas coisas. A primeira prende-se com o que o Papa Bento XVI e toda a história da Igreja têm ensinado, a saber, que os piores inimigos da mesma se encontram dentro dela e não fora. E a segunda de que há uma fé que é pior do que a ausência dela. Trata-se da fé dos demónios, de que fala S. Tiago na sua Carta. O P. António Vieira, desenvolvendo este tema num dos seus sermões acusa, num tempo dado à perseguição dos judeus, os cristãos de serem piores do que esses nossos irmãos mais velhos, precisamente, por terem uma fé como a dos demónios[4]. Essa fé acredita em todas as verdades acerca de Deus, de Cristo, da Igreja, etc., mas não se conforma com a vontade de Deus, não é operante, ignorando não só a Caridade e a Justiça mas indo mesmo contra elas. É uma fé cadavérica, morta, aquela que não tem obras. E se as que tem são contra o Amor e a Justiça é escabrosa, macabra, pestilencial, diabólica. E essa fé, segundo um filósofo judeu, que era ateu e se converteu ao catolicismo, Fabrice Hadjadj, é pior do que o ateísmo[5].

Alguém tem dúvidas, do tipo de fé que é revelado pelas leis promulgadas pelo actual presidente da república? As árvores conhecem-se pelos seus frutos, diz o Senhor no Evangelho.

3. Dantes, alguns manuais de moral, nos dias de hoje superados pela Encíclica O Esplendor da Verdade, diziam que entre dois males inevitáveis devia-se escolher o menor. Ora ninguém é obrigado a votar em qualquer um dos candidatos pelo que não está perante uma escolha má inevitável. A verdade, porém, é que nunca se pode escolher o mal e mesmo que alguém pense em consciência que deve escolher entre algum deles terá de fazê-lo por um bem e nunca por um mal.

De qualquer modo, parece-me claro que nas últimas décadas os eleitores têm vindo a escolher de “mal menor” em “mal menor” caindo sucessivamente nos piores males.

4. Uma vitória à primeira volta e retumbante do actual presidente-candidato constituiria uma consagração triunfal de todas as infâmias e crueldades de que foi cúmplice, uma sagração das políticas antivida, antifamília, antiliberdade de ensino e de educação, antiliberdade religiosa, anti, enfim, princípios e valores inegociáveis. Seria uma validação e premiação do maquiavelismo, da mais baixa imoralidade do falso e pernicioso axioma de que os fins justificam os meios. Seria uma proclamação de que tudo é permitido e nada impedido. Se desta vez não é penalizado nem punido nas urnas quem tanto mal fez em tão breve tempo, será imparável e irreversível, por muitos anos, a degradação e estragação dos católicos na política.

 

A Igreja não deve fazer concessões
na questão do aborto
e “casamento” de mesmo sexo

Chuck Colson

27 de Julho de 1945. Londres está ainda aos poucos se recuperando de seis anos de guerra com a Alemanha. Centenas de milhares de soldados britânicos estão mortos. As cidades britânicas estão em ruínas. À medida que o noticiário dos cinemas vai expondo os recentes horrores dos campos de morte nazis, o povo britânico fica pensando: “Será que não haverá limite para as atrocidades alemãs?”

Por isso, não foi de surpreender que muitos britânicos tivessem reagido com espanto ao ficarem a saber que haveria um culto na Igreja da Santa Trindade de Londres: um culto em memória, não dos mortos de guerra da Inglaterra, mas de um alemão morto. O culto seria transmitido pela BBC. Muitos ficaram a pensar: será que existiria um bom alemão, digno de tal honra?

A resposta foi um enfático sim. O culto foi em memória do Pastor Dietrich Bonhoeffer, executado pelos nazis três semanas antes do final da guerra. Bonhoeffer é muitas vezes lembrado por sua resistência a Hitler, aliás, por participar da conspiração para matá-lo. Mas Bonhoeffer é também celebrado por seu papel num acontecimento importante na vida da Igreja — a elaboração da Declaração de Barmen.

Depois de Hitler subir ao poder, os nazis tentaram cooptar as igrejas alemãs, misturando a verdade cristã com a doutrina nazi. Alguns líderes cristãos deixaram-se atrair para esse acordo com o diabo. Outros, como Karl Barth e Bonhoeffer, recusaram.

Como o meu amigo do passado Eric Metaxas escreve no seu recente livro inspirador Bonhoeffer, em Maio de 1934, “os líderes da Liga de Emergência dos Pastores realizaram um sínodo em Barmen. Foi ali, à beira do rio Wupper, que eles escreveram a famosa Declaração de Barmen, que originou o que veio a ser conhecido como a Igreja Confessante”.

A Declaração declarava ousadamente independência tanto do Estado como da Igreja cooptada. A Declaração deixava claro que os signatários e suas igrejas não se estavam a separar da igreja alemã; pelo contrário, era a igreja alemã cooptada que havia rompido com todos.

Para Bonhoeffer, escreve Metaxas, a Declaração de Barmen “repetiu o esclarecimento do que a legítima e real Igreja alemã de facto cria e defendia”. A Declaração rejeitava a “falsa doutrina” de que a Igreja podia mudar de acordo com as “posições ideológicas e políticas predominantes”.

Essa rejeição é uma parte essencial do que significa ser a Igreja. César, em todos os seus disfarces, exortar-nos-á a fazer concessões e adaptar a nossa mensagem para atender à agenda dele. A nossa situação não é tão horrenda como a de Bonhoeffer, mas o governo hoje está a tentar forçar a igreja a prostrar-se aos ventos políticos do momento — como, por exemplo, o tão chamado “casamento” de mesmo sexo e as questões de vida como aborto e decisões de fim de vida.


Como Bonhoeffer e seus colegas, temos de lembrar constantemente onde repousa a nossa lealdade máxima. Temos também de estar dispostos a praticar a grande virtude da coragem cívica*.

Nós, a igreja, temos de declarar onde nos situamos. É por isso que, motivados pelo exemplo de Barmen, nós escrevemos a Declaração de Manhattan — e é por isso que um milhão de crentes a assinou. Mas fazer uma declaração é uma coisa. Viver à altura do que declaramos, como Bonhoeffer fez, é outra.

E isso exigirá coragem nos anos que estão vindo. Muita coragem.

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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Votar em consciência

P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Os católicos têm a mais absoluta liberdade de voto, pois só em circunstâncias de excepcional gravidade a Igreja, através da voz autorizada da sua hierarquia, pode exigir aos seus fiéis que exerçam esse direito de uma forma concreta. Mas não sendo este o caso, na medida em que o episcopado não se pronunciou nesse sentido, cada cidadão cristão está chamado a decidir, em consciência, a modalidade da sua participação no próximo acto eleitoral.

Que a Igreja respeite a liberdade política dos seus crentes não quer dizer que esta decisão não tenha relevância moral, nem que seja indiferente votar ou não e, votando, apoiar qualquer candidato ou partido. Muito pelo contrário. Os cristãos também têm toda a liberdade matrimonial e profissional, mas a escolha do cônjuge ou do ofício não são indiferentes, como também a prática laboral ou a vivência conjugal se devem pautar por exigências éticas. E casos haverá em que determinadas situações – como é o caso do aborto, por exemplo – ainda que legais, não são admissíveis para um católico, porque incompatíveis com o seu padrão moral.

No panorama eleitoral português há várias opções, mas não se vislumbra nenhuma que corresponda aos principais valores cristãos, como são, entre outros, a vida, que a Igreja defende desde a concepção e até à morte natural; o casamento, entendido como a união indissolúvel entre um homem e uma mulher; a família e a educação. De facto, a maioria das propostas eleitorais são assumidamente favoráveis ao aborto, à eutanásia, ao divórcio, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e são também contrárias à liberdade de educação. Por outro lado, a candidatura ideologicamente mais próxima dos valores humanistas está, à partida, descredibilizada junto do eleitorado cristão, pelo seu reiterado apoio às leis anti-vida, anti-casamento e anti-família.

De acordo com o princípio evangélico – dê-se a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus – não seria desejável a existência de um partido ou candidato oficialmente católico, porque um tal absurdo seria uma expressão do mais anacrónico clericalismo que, para além de coarctar a liberdade política dos católicos, atentaria contra a natureza sobrenatural da Igreja que, como é sabido, não tem ambições temporais. Mas seria de esperar que, num país de tão arreigadas tradições cristãs, se apresentassem vários candidatos que, pela sua ideologia humanista e a sua consequente prática política, pudessem constituir uma opção legítima para o eleitorado que se identifica com os princípios da Doutrina Social Cristã e procura quem possa viabilizar as suas aspirações de justiça e de solidariedade social.

Não sendo este o caso, os cristãos coerentes ver-se-ão assim na contingência de se absterem; de votarem em branco; de votarem contra a sua consciência, se o fizerem em forças políticas assumidamente anti-cristãs; ou à margem da sua consciência, se votarem em quem, mesmo professando, em teoria, os princípios cristãos, na prática favoreceu uma política contrária aos princípios éticos e ao bem comum, nomeadamente viabilizando o aborto, o divórcio e o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Se o voto contra a consciência é sempre reprovável, é eticamente aceitável, num contexto de mal menor, votar no menos mau dos candidatos, embora seja um voto à margem da consciência.

Votar em consciência é um imperativo ético para todos os cidadãos, mormente para os cristãos. Mas, que fazer quando a consciência – por falta de ciência ou por falta de coerência – não se apresenta às eleições?!

 

domingo, 16 de janeiro de 2011

Com Bento XVI,
reaprender as coisas essenciais

P. José Jacinto Ferreira de Farias, scj

Ainda está muito viva em todos nós a viagem apostólica de Bento XVI a Portugal no mês de Maio passado. Foi seguramente um momento único na história espiritual e humana de Portugal nos últimos tempos. Nessa altura estava no Canadá, a acompanhar uma peregrinação mariana dos emigrantes portugueses na região de Toronto, mas segui todos os momentos através da televisão. Num dos momentos, só me foi possível acompanhar por um canal de língua inglesa e pude registar a surpresa dos comentadores pelo ambiente de recolhido silêncio que acompanhava a viagem apostólica, e ao mesmo tempo pelo vivo e são entusiasmo que a passagem de Sua Santidade em toda a parte provocava. Foi uma lição para todos, o modo como toda a sociedade portuguesa, nas suas diversas instituições, de simples associações e movimentos às mais altas estruturas do Estado, se sentiu mobilizada pelo Santo Padre, dando assim sinais bem visíveis do sentido profundamente humano, cordial e cristão que inspira o nosso modo de ser e estar no mundo.

Meses depois, é bom que aquela chama se mantenha viva e que revisitemos não só aqueles momentos, que agora estão registados em imagem e mesmo em livro recentemente publicado por uma das nossas editoras católicas mais prestigiadas, a Princípia, mas também pela releitura das sucessivas mensagens que nas diversas circunstâncias Bento XVI foi pronunciando.

Foi neste espírito que reli o diálogo de Bento XVI com os jornalistas durante a sua viagem para Portugal, na qual aborda três temas, que de certo modo estruturam toda a sua visita e que ele foi desenvolvendo nos diversos discursos: a situação de Portugal na história e no mundo contemporâneo; a situação da Europa contemporânea no contexto da actual crise; e importância da mensagem de Fátima.

De Portugal, Bento XVI evocava a sua história gloriosa de dar novos mundos ao mundo, sobretudo ter dado ao mundo uma alma profundamente humanista e cristã, mas num contexto de coexistência relativamente pacífica não só do pluralismo decorrente dos novos mundos, de África às Américas e à Ásia, mas também da interligação em muitos momentos dialéctica, da tensão entre racionalidade e fé, tensão que deverá ser mantida ainda hoje como caminho para um futuro humanista e cristão. Bento XVI dizia dirigir-se a Portugal com "sentimentos de alegria, gratidão, por tudo quanto fez e faz este país no mundo e na história, e pela profunda humanidade deste povo…". No contexto de uma cultura aberta como é a do mundo contemporâneo, dizia o Papa ser tarefa de Portugal e da Europa hoje "encontrar este diálogo, integrar a fé e a racionalidade moderna numa única visão antropológica…".

Muito lúcidas foram as suas palavras a propósito de Fátima e da sua mensagem, na qual ele reconhece a indicação dos sofrimentos do Papa e da Igreja, "a necessidade de uma paixão da Igreja…, dos sofrimentos da Igreja que se anunciam. O Senhor disse-nos que a Igreja seria sempre sofredora, de diversos modos, até ao fim do mundo…". Nisto Bento XVI mostrava ser um atento discípulo de Santo Agostinho que escreveu, na Cidade de Deus, que a Igreja peregrina na história entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus. Neste sentido, o que acontece hoje na Igreja, em termos de perseguições cruentas nas pessoas dos mártires ou de calúnias contra a Igreja, está em sintonia com a existência da violência do mal no mundo, a respeito do qual a Igreja representa uma instância crítica, e mal estaria ela verdadeiramente se o mundo, com a qual ela não se pode por natureza identificar, dissesse bem dela.

Mas outra coisa são os sofrimentos e a paixão da Igreja que vêm do seu interior. E aqui muito lucidamente Bento XVI diz, de um modo lapidar, que "a maior perseguição da Igreja não vem de inimigos externos, mas nasce do pecado na Igreja, e que a Igreja, portanto, tem uma profunda necessidade de reaprender a penitência, de aceitar a purificação, de aprender por um lado o perdão, mas também a necessidade de justiça. Numa palavra, devemos reaprender precisamente estas coisas essenciais: a conversão, a oração, a penitência e as virtudes teologais".

Esta foi, na verdade, uma das palavras mais fortes de toda a viagem e que marcou o estilo e o tom de toda a viagem apostólica, mas que termina com uma visão ainda mais profunda, pois recorda que "o Senhor é mais forte que o mal, e Nossa Senhora é para nós a garantia visível, materna, da bondade de Deus, que é sempre a última palavra na história".

Aqui, nesta expressão final, vê-se nas entrelinhas como Bento XVI defende uma teologia da história que em parte, pelo conhecimento que tem da Mensagem, colheu na sua leitura. De facto, por duas vezes, encontramos na Mensagem, na versão que a Irmã Lúcia nos legou nas suas Memórias, a afirmação da força de Deus que é mais forte que o pecado do mundo e que o pecado que se pratica no interior da Igreja: Não tenhais medo, a graça de Deus será o vosso conforto. E noutra versão mais mariana: Não tenhais medo, o meu coração será o vosso conforto e o caminho que vos há-de conduzir até Deus.Então podemos ver que a crise que hoje globalmente envolve o mundo é apenas a expressão de uma crise mais profunda, do esquecimento do que é essencial. E este essencial articula-se, segundo Bento XVI, em torno de dois temas: o necessário reencontro da fé e da racionalidade, sem o qual não há verdadeira humanidade; a necessária reaprendizagem das verdades essenciais: a conversão, a oração, a penitência e as virtudes teologais.
Para nós, para quem o centro espiritual e moral de Portugal se encontra em Fátima, tudo isto representa um desafio, de conhecermos e vivermos a mensagem de Fátima, pois é nestas coisas essenciais, acessíveis aos simples, que ela se concentra.