sábado, 3 de abril de 2010

Exorcista diz que ataques contra o Papa
por pedofilia são obra de Satanás

Os ataques contra o Papa Bento XVI devido ao grande números de acusações contra padres pedófilos são sugestões de Satanás -- afirmou o sacerdote e famoso exorcista Gabriele Amorth.
Amorth, um dos mais famosos exorcistas do mundo, disse à rede de televisão News Mediaset, que "não existe dúvida alguma" que os ataques da imprensa internacional ao Pontifíce nos últimos dias "foram sugeridos pelo demónio", já que se trata de um papa maravilhoso, digno sucessor de João Pablo II.
Ele acrescentou que o demónio utiliza os padres para atacar a Igreja, pois odeia-a de morte por ser "a mãe dos santos".
O exorcista disse recentemente que o diabo está dentro do Vaticano e, embora seja difícil encontrar provas, há cardeais que não acreditam em Cristo e bispos relacionados com o demónio.
Amorth assegurou há anos que João Paulo II realizou em 2001, na praça de São Pedro do Vaticano, um exorcismo para tirar o diabo de uma rapariga que participava numa audiência geral.






Avatar: promoção sub-reptícia
da religiosidade ecologista radical

Luís Dufaur

Com a finalidade de promover o ecologismo como religião, o filme Avatar sugere que quem não professar o radicalismo anticristão estilo Nova Era e não praticar o culto panteísta da “mãe terra” é necessariamente “mau”.
A finalidade do filme “Avatar” é promover ladinamente o ecologismo como religião.

Ele sugere que quem não professa o radicalismo anticristão estilo Nova Era e não pratica o culto panteísta da “mãe terra”, ou Gaia, é necessariamente “mau”.

O ardiloso método para veicular uma religião panteísta anticristã foi denunciado em várias publicações. Os “bons” do filme, ou “Na’vi”, são humanóides com rabo que se conectam com os animais que aparecem com figuras próximas às de certa antiga demonologia.

Eles reproduzem os cultos à natureza pregados pelo ecologismo radical e o missionarismo comuno-progressista.
Os ritos dos Na'vi foram tirados dos festivais hippies dos anos 70.

Os humanos aparecem como uns exploradores “maus”, exterminadores da vida e da natureza por razões comerciais.

O filme representa o dogma oficial de Hollywood de uma religião sem Deus e sem moral.

“Avatar” reproduz num cenário muito diverso a mesma mensagem do filme hoje desprestigiado de Al Gore “Uma verdade inconveniente”: o homem é ruim e destrói a natureza.

Numerosas cenas têm significado político anticapitalista, antiguerra e de ódio aos EUA.







Uma agressão ao Papa

Marcello Pera, Filósofo, agnóstico e senador, 
Corriere della Sera de 17.3.2010

Caro Director,

A questão dos sacerdotes pedófilos ou homossexuais, que rebentou recentemente na Alemanha, tem como alvo o Papa. E, dadas as enormidades temerárias da imprensa, cometeria um grave erro quem pensasse que o golpe não acertou no alvo – e um erro ainda mais grave quem pensasse que a questão morreria depressa, como morreram tantas questões parecidas. Não é isso que se passa. Está em curso uma guerra.

Não propriamente contra a pessoa do Papa porque, neste terreno, tal guerra é impossível: Bento XVI tornou-se inexpugnável pela sua imagem, pela sua serenidade, pela sua limpidez, firmeza e doutrina; só aquele sorriso manso basta para desbaratar um exército de adversários. Não, a guerra é entre o laicismo e o cristianismo.

Os laicistas sabem perfeitamente que, se aquela batina branca fosse tocada, sequer, por uma pontinha de lama, toda a Igreja ficaria suja, e se a Igreja ficasse suja, suja ficaria igualmente a religião cristã. Foi por isso que os laicistas acompanharam esta campanha com palavras de ordem do tipo: «Quem voltará a mandar os filhos à igreja?», ou «Quem voltará a meter os filhos numa escola católica?», ou ainda: «Quem internará os filhos num hospital ou numa clínica católica?» Há uns dias, uma laicista deixou escapar uma observação reveladora: «A relevância das revelações dos abusos sexuais de crianças por parte de sacerdotes mina a própria legitimação da Igreja Católica como garante da educação dos mais novos.»

Pouco importa que semelhante sentença seja desprovida de qualquer base de prova, porque a mesma aparece cuidadosamente latente: «A relevância das revelações»; quantos são os sacerdotes pedófilos? 1%? 10%? Todos? Pouco importa também que a sentença seja completamente ilógica; bastaria substituir «sacerdotes» por «professores», ou por «políticos», ou por «jornalistas» para se «minar a legitimação» da escola pública, do parlamento, ou da imprensa. Aquilo que importa é a insinuação, mesmo que feita à custa de um argumento grosseiro: os sacerdotes são pedófilos, portanto a Igreja não tem autoridade moral, portanto a educação católica é perigosa, portanto o cristianismo é um engano e um perigo. Esta guerra do laicismo contra o cristianismo é uma guerra campal; é preciso recuar ao nazismo e ao comunismo para se encontrar outra igual. Mudam os meios, mas o fim é o mesmo: hoje, como ontem, aquilo que se pretende é a destruição da religião. Ora, a Europa pagou esta fúria destrutiva ao preço da própria liberdade.

É incrível que sobretudo a Alemanha, que bate continuamente no peito pela memória desse preço que infligiu a toda a Europa, se esqueça dele, hoje que é democrática, recusando-se a compreender que, destruído o cristianismo, é a própria democracia que se perde. No passado, a destruição da religião comportou a destruição da razão; hoje, não conduz ao triunfo da razão laica, mas a uma segunda barbárie.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Hino da visita de Bento XVI a Portugal

Bem-vindo, Santo Padre!

Heitor Morais e A. Cartageno

1. Bem-vindo sejas, bem-vindo,
Pai e Mestre Universal!
A nossa Fé robustece
E abençoa Portugal!
Bem-vindo, bem-vindo, Pastor Universal!
Santo Padre, bem-vindo a Portugal!

2. Tua palavra segura
Nos conduza à santidade.
E nos leve a ser, em Cristo,
Caridade na Verdade.

3. Ao transmitir a mensagem
De Jesus, Nosso Senhor,
Recordas ao mundo inteiro
Que o nosso Deus é amor.

4. Servindo sempre a Verdade,
A nossa Fé não se cansa.
Sentindo que nos conduzes,
Caminhamos na Esperança.

5. Quais peregrinos do eterno
Recebendo a tua luz,
Queremos seguir contigo
As pegadas de Jesus.

6. Rosto visível de Deus,
“Doce Cristo” nesta terra,
Lutando pela verdade,
Quem contigo for, não erra.

(Em Fátima)

7. Neste lugar que Maria
escolheu para seu altar,
Cantamos com alegria
Para te acolher e saudar.

Beja, 28 de Fevereiro de 2010

http://www.bentoxviportugal.pt/

Para ouvir a música do Hino:

http://www.bentoxviportugal.pt/ficheiros/media/BEM-%20VINDO%20SANTO%20PADRE%20Hino%20da%20visita%20de%20Bento%20XVI%20a%20Portugal.mp3



Especialistas respondem a artigo
do «Washington Post»

A Grande Mentira sobre os abusos

Weigel, conhecido apologeta americano, e o Pe. Jay Scott Newman, canonista, respondem com precisão a um artigo publicado pelo Washington Post no domingo de Ramos, escrito pela polémica cantora irlandesa Sinead O'Connor. Para ambos os peritos, este texto é uma peça mais da engrenagem mediática que busca enlodar o Papa Bento XVI apresentando-o como "encobridor" de alguns casos de abusos sexuais cometidos por membros do clero, quando não o é nem nunca foi.

Satanás representado no filme A Paixão de Cristo, de Mel Gibson.
A activista anti-Igreja Sinead O' Connor.
Pura coincidência visual?

No artigo titulado "Difundindo a Grande Mentira: porque o Washington Post publica no Domingo de Ramos um malicioso artigo do Sinead O' Connor sobre os abusos na Igreja Católica?", os especialistas explicam que a controvertida cantora tem direito a expressar-se, inclusive contra o Papa, mas "não tem direito a manipular o ensino e as leis da Igreja Católica para apoiar a sua alegação por escrito de que a Igreja é uma 'organização abusadora' e que ameaça com a excomunhão quem denuncia os abusadores sexuais entre o clero".

"Isso, em última instância, falso. Se a Sra. O'Connor é consciente da falsidade disto, então mentiu. O que é mais provável é que ela tenha tomado estes argumentos sem sentido de quem está tratando de mostrar a Igreja Católica como uma conspiradora global formada por predadores sexuais, para esmagar a Igreja moral e financeiramente e levá-la à vergonha em meio da esfera pública".

Os peritos explicam logo que "o actual turbilhão de controvérsia que gira ao redor do Papa Bento XVI está repleto de Grandes Mentiras. Uma delas [que Bento, quando era Cardeal Ratzinger, impediu que se sancione o diabólico sacerdote que tinha abusado de 200 meninos surdos confiados a seu cuidado] foi explorada recentemente. Outra Grande Mentira é que Bento XVI é suave ante os abusos, e como a Sra. O'Connor sugere, está mais preocupado em defender a reputação de clérigos maiores que em ir à raiz do mal do abuso sexual".

"A aguda resposta do Papa aos bispos da Irlanda e sua franca condenação aos sacerdotes e religiosas abusadores no último 20 de Março em sua carta aos católicos irlandeses revelam quão falsa é a alegação por escrito da cantora".

Outra das Grandes Mentiras que citam ambos os autores está relacionada com a afirmação de que "os abusos por parte de clérigos e o má gerência episcopal dos mesmos foram permitidos por um documento vaticano de 1962 chamado Crimen sollicitationis (O Crime de Solicitação)" assim como por uma carta do então Cardeal Ratzinger do ano 2001, De delictis gravioribus (Sobre crimes mais sérios).

Weigel e o Pe. Newman explicam que o primeiro foi escrito para "assegurar que se um sacerdote solicitava a um católico cometer um pecado sexual durante a confissão, ele ou ela podia denunciar o presbítero sem ser exposto ao escândalo público. Sinead O'Connor (e muitos, muitos outros que difundiram esta Grande Mentira em particular) o entenderam absolutamente mal".

A Crimen sollicitationis "não foi escrita para proteger a sacerdotes abusadores do castigo, mas para permitir que a Igreja chegue à verdade sobre estes sacerdotes sem envergonhar as suas vítimas ou romper o segredo de confissão. De facto, o amparo requerido neste documento alentava as vítimas de abuso a dá-lo a conhecer. Ao exigir o segredo ao bispo e aos sacerdotes que dirigem uma denúncia sobre um sacerdote-confessor que era um predador sexual, a Igreja tratava de proteger a confidencialidade do confessionário e a privacidade da vítima, não procurava prevenir que se denunciara à polícia, quem nunca esteve obrigada ao secreto".

Esta mesma analogia, explicam, de outra coisa que Sinead O' Connor não entende, poder ser vista "no segredo daqueles jornais que escolhem não publicar os nomes das vítimas de violação".

Este documento de 1962 manteve-se em vigor até o ano 2001, quando o então Cardeal Ratzinger, como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, publicou um novo documento De delictis gravioribus "que prosseguiu no esforço de proteger a confidencialidade da confissão e a privacidade dos católicos abusados por confessores e permitia à Igreja responder efectiva e consistentemente às acusações contra sacerdotes, que como qualquer outro, têm o direito à presunção de inocência".

"Qualquer um com um mínimo de conhecimento de como Ratzinger dirigiu estes casos nesse dicastério entende que Bento XVI está muito comprometido em uma honesta recontagem da más condutas sacerdotais e na reforma que está em marcha para a vida e ministério dos sacerdotes".

"Estes são os factos Podem ser verificados por qualquer canonista competente. Por que o Washington Post escolheu o domingo do Ramos, enquanto Bento XVI celebrava uma das mais belas liturgias do ano na Praça de São Pedro, para publicar um artigo malicioso e ignorante de Sinead O'Connor, cuja aversão pela Igreja é conhecida, não é algo que nos corresponde julgar".

"O que podemos dizer, como outro facto, é que ao fazê-lo sem a básica recontagem de factos concretos, os editores do Post contribuíram à difusão de uma Grande Mentira", concluem.

 
 

Bispos do Próximo-Oriente
sublinham mão firme e transparência
de Bento XVI perante abusos

Diversos bispos do Próximo-Oriente expressaram sua solidariedade ao Papa Bento XVI ante a campanha de media orquestrada por diversos meios de comunicação que procuram apresentá-lo como um "encobridor" de abusos sexuais cometidos por alguns membros do clero. Os prelados ressaltam além disso o grande trabalho do Santo Padre perante estes dolorosos factos.

Em entrevista concedida à agência italiana SIR, o Arcebispo de Mosul, Dom Nona Emil, assinalou que no Iraque "os nossos fiéis estão convencidos de que tudo isto se trata de uma propaganda contra a Igreja, para inundá-la aos olhos do mundo. Certamente há dor pelo que aconteceu. Pela nossa parte estamos explicando o que o Papa declarou contra este escândalo e as medidas adoptadas para dar luzes sobre os diversos casos nos quais se está trabalhando com firmeza, transparência e severidade".

"Os graves enganos cometidos por poucos não podem pôr em discussão tudo o que a Igreja dá sempre para favorecer as crianças, jovens e todas as pessoas que são mais vulneráveis", acrescentou.
Por sua parte o Bispo caldeu de Beirut, Dom Michel Kassarji, indicou que "um escândalo que golpeia a Igreja não pode ser usado para desacreditá-la. Há muita superficialidade em quem cria opiniões também superficiais. A Igreja, com o Papa à cabeça, enfrenta com firmeza este escândalo e é bom que isto se saiba".

"A confiança na Igreja [acrescentou] não pode ser minada por actos deste tipo que não envolvem a todos. Nunca como agora é necessário então o testemunho da intensa oração".Por outro lado, o Bispo de Alep dos caldeus (Síria), Dom Antoine Audo, comentou que "estamos assistindo a uma grave forma de propaganda anticatólica que deve ser confrontada e que gera dificuldades. Conforta-nos a firmeza de Bento XVI ao tratar este tema. De nossa parte estamos fazendo o possível para informar correctamente os nossos fiéis inclusive quando é difícil já que não temos meios de comunicação social".

Ao seu turno, o Vigário Patriarcal de Jerusalém dos Latinos, Dom Salim Sayegh, assinalou que a Igreja Católica "é a única que tem a coragem de olhar em seu interior para reparar os enganos e isto é muito evidente. Estamos próximos de Bento XVI neste momento em que ele e a Igreja são atacados e nutrimos uma profunda confiança em todas as iniciativas adoptadas para evitar que coisas similares possam repetir-se".

"Aqui na Jordânia, os nossos fiéis estão próximos ao Pontífice e empenhados em testemunhar toda sua fé. Acreditam que esta é a melhor resposta àqueles que, incluindo grupos fundamentalistas, querem sem êxito instrumentalizar estes factos".


Padres pedófilos e a pedofilia: ponderações

D. Henrique Soares da Costa *

"Caro Leitor, em algumas partes do mundo – também no nosso País [Brasil] – têm surgido escândalos provocados por padres pedófilos (há também outros vários escândalos ligados à vida sexual dos sacerdotes). Na Europa, sobretudo, a imprensa e certos ambientes da Igreja ditos progressistas vêm procurando associar esses tristes e inaceitáveis casos ao celibato. Eis algumas ponderações que gostaria de fazer:
1. Há, sim, na Igreja, sacerdotes pedófilos. É triste, é vergonhoso, mas é verdade. Eles não estão nela porque a Igreja os promove e os acolhe... Há sacerdotes pedófilos, como há pastores evangélicos pedófilos, pais de família pedófilos, professores pedófilos, juízes pedófilos, médicos, psicólogos, militares e jornalistas pedófilos... Nem mais nem menos! Aliás, como já acenei, a grande maioria dos abusos de menores dá-se no recinto do próprio lar. Quando era padre, acompanhei muitos desses dramas dolorosos e de difícil resolução... Então, por que aparecem muito mais os casos de padres pedófilos? Por vários motivos. Eis alguns: (1) É muito mais difícil para um sacerdote se esconder, (2) os casos com padres são mais divulgados pelo potencial de escândalo e de atrair atenção, (3) há o contacto de muitos padres com jovens coroinhas e jovens educandos nas escolas católicas, (4) em alguns países há uma indústria mafiosa para arrancar dinheiro da Igreja com casos de pedofilia verdadeiros ou forjados...

2. Associar a pedofilia ao celibato é pura má fé! Uma coisa é totalmente independente da outra. Um pedófilo pode mascarar-se por baixo do ministério sacerdotal como pode encapar-se num casamento! E são tantos! O celibato é um dom de Deus para a Igreja e, que fique bem claro: não há nenhuma propensão do Papa e do episcopado de suspender a disciplina actual, que exige o celibato dos sacerdotes! A crise de vocação não é motivada pelo celibato, como também a crise de fidelidade não tem no celibato sua causa! A crise é de fé, não de celibato!
3. É preciso deixar claro o seguinte: o actual processo de secularização, de banalização do sagrado, da redução do sacerdócio a uma profissão e do padre a um fazedor de pastoral - esquecendo a ontologia mesma do sacerdócio, isto é, a essência, o ser mais profundo do padre, que pelo sacramento da Ordem torna-se um homem de Deus, um outro Cristo, um homem inteiramente consagrado "às coisas de Deus" -, é isto, precisamente, que leva ao relaxamento e ao enfraquecimento da vida moral de tantos padres. Há uma tendência, até mesmo em certos sectores da Igreja, de ver o padre de modo secularizado, tirando-lhe todo o sentido sagrado e místico. Até na nomenclatura, quantas vezes, em tantos ambientes teologicamente doutos, evita-se chamar o padre de sacerdote para denominar-lhe simplesmente presbítero... é de fé católica e é indispensável recordar: o padre deve ser um homem de Deus, um homem sagrado e consagrado, um homem cujo modo de ser e de viver deve trazer claramente as marcas do Eterno!
4. Nunca esqueçamos: somos pecadores! O padre, como qualquer outro ser humano, é membro de uma humanidade ferida, com falhas, com más tendências, com fraquezas. Os padres são assim, os casados são assim, a humanidade toda é assim! O cristianismo ensina claramente que todos somos marcados pela ferida do pecado original. Não somos certinhos, bonzinhos, cheirosinhos! Somos lavados por Cristo, salvos por Cristo, recuperados, curados pela cruz de Cristo! Não é por acaso e não é jogo de cena que ao início de toda Missa comecemos por bater no peito pedindo perdão. O pecado é uma realidade concreta, forte, próxima, presente na nossa existência. Contra o pecado é necessária a vigilância, a oração, a mortificação, uma profunda adesão ao Senhor. Nunca nos deveríamos assustar com o pecado, mas olhar para o remédio, que é Cristo, e dele fazer uso! Sempre houve padres com más tendências na área sexual-afetiva. Muitos desses conseguiram superar e integrar suas misérias com uma vida espiritual séria e devota. Com a oração, a sincera busca da direcção espiritual, a confissão e os demais meios que a Igreja nos oferece para buscar a santidade, é possível ir superando as feridas e quedas e ser um santo sacerdote, um verdadeiro homem de Deus. O padre, o cristão não são uns impecáveis, mas pessoas a caminho no seguimento de Cristo, olhando para ele, nele colocando a esperança, nele procurando o perdão e nele crescendo dia por dia, até o Dia eterno. O problema é que com a secularização e o relativismo actuais, tudo parece permitido, tudo é jogado na conta da misericórdia de Deus, tudo é resolvido psicologicamente! Penso que um dos maiores problemas para uma verdadeira e leal vivência do celibato dos padres é, precisamente, a secularização, isto é, a mundanização, a perda da consciência e dos sinais de uma clara identidade que mostra que o sacerdote é um homem de Deus. Muitos na Igreja alegam que os sinais de uma identidade (no agir, no rezar, no modo de viver, no vestir , no modo de se divertir...) são uma capa para esconder insegurança e vida dupla... Não concordo de modo algum! Há, realmente, aqueles, que se prendem de modo exagerado e patológico a sinais externos, como as vestes eclesiásticas e paramentos, descuidando-se de outros aspectos importantes e até mesmo do cultivo de uma piedade profunda, madura e integrada, de um zelo pastoral verdadeiro, de uma simplicidade de vida, sem ostentações ou luxos e sem excessivas preocupações materiais. Mas, daí, a se afirmar, como é costume hoje em muitos meios da Igreja, que valorizar o sagrado do sacerdócio é sinal e sintoma de hipocrisia, de carreirismo, de exibicionismo, de auto-afirmação e mascaramento, é realmente um passo muito comprido e serve somente para justificar o outro extremo: a secularização, a vida sem piedade, uma compreensão do sacerdócio de modo simplesmente humano, funcional e mesmo profissional...
5. Vivemos num mundo complexo, paganizado, em crise de valores... Os jovens que entram no seminário não vêm do céu, mas do mundo. É fácil tirar o menino do "mundo", mas tirar o "mundo" do menino, como é difícil. Aqui a urgência de uma formação seminarística que dê mística sacerdotal sólida, madura e profunda aos candidatos ao sacerdócio, também a necessidade de conhecer a dinâmica afectiva dos seminaristas. É preciso ter bem claro: um rapaz que não consiga ser casto no celibato não pode, de modo algum, ser padre! Um rapaz com tendências pedófilas tem que ser imediatamente mandado embora do seminário. Do mesmo modo, um sacerdote que se mostra incapaz de viver seu celibato deve ser aconselhado a deixar o exercício do ministério e, no caso de pedofilia, deve ser realmente excluído do exercício do sacerdócio: deve ser demitido do estado clerical. Quanto à tão propalada condescendência de Igreja com padres pedófilos no passado, é bom não esquecer que não se tinha nem de longe ideia da extensão e da gravidade da situação dessas pessoas pedófilas... O problema da pedofilia na sociedade é uma realidade que emergiu há poucas décadas atrás e ainda nos surpreende a todos!
6. É bom também que se saiba que na Igreja há o Direito Canónico: ninguém pode ser condenado sem uma acusação formal, sem ser antes advertido, sem o direito de defender-se. Não é justiça e é contra a caridade promover pura e simplesmente uma caça às bruxas. Como também é pecado grave de omissão por parte da autoridade eclesiástica simplesmente fechar os olhos para os escândalos e delitos dos sacerdotes: é necessário tomar corajosamente as medidas cabíveis!
7. Uma coisa importante: a infidelidade de muitos não pode deixar na sombra a fidelidade heróica e silenciosa de muitos e muitos tantos que, no dia-a-dia, sem aparecer em jornais, dão um esplêndido testemunho de amor a Cristo e aos irmãos. Que ninguém duvide: a grande maioria de nossos padres vive com alegria e amor a Cristo o seu celibato e é digna de todo o respeito e toda a confiança de nossa parte! Os católicos devem ter muito cuidado com uma imprensa em geral anticristã e sensacionalista, preocupada não com a verdade, mas com o escândalo. Quanto já se tentou incriminar o Santo Padre dos mais variados modos! Quanto já se deturpou atitudes e palavras do Papa! Que inferno fizeram os meios de comunicação com o caso da menina do aborto de Alagoinha, em Pernambuco... Até quando seremos ingénuos, achando que os meios de comunicação transmitem a mais pura verdade, sem escusos interesses por trás da notícia?
8. Uma última observação: nos momentos de glória e beleza da vida da Igreja (como, por exemplo, no funeral de João Paulo II) é fácil estufar o peito e declarar-se católico. O católico verdadeiro, o verdadeiro filho da Igreja, é aquele que nos momentos de dor e de escândalo, quando a Igreja é apedrejada, chora com sua Mãe católica, crava os olhos em Cristo, reza e permanece fiel. Para este, vale a palavra do Salvador: "Fostes vós que permanecestes comigo em todas as minhas tribulações!" Nunca esqueçamos: o mundo não está preocupado com o bem da Igreja ou das vítimas da pedofilia, mas com o escândalo, o sensacionalismo e a imposição hipócrita do politicamente correcto. É só!"

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* Bispo Auxiliar de Aracaju





 

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Bispo de Beja
fala em «lobbies dos poderes anti-Igreja»

D. António Vitalino aborda notícias que têm posto em causa
as opções do Papa e o comportamento de alguns padres

D. António Vitalino considera que as celebrações pascais deste ano e a visita de Bento XVI a Portugal não podem passar ao lado das notícias que têm posto em causa as opções do Papa e o comportamento de alguns padres.
“Os lobbies dos poderes anti-Igreja, que não aceitam a verdade da fé cristã, que o sucessor de Pedro, a tempo e a contratempo, continua a proclamar, montaram uma campanha, que tem como objectivo denegrir e derrubar o actual Papa (…) desde a sua eleição em 2005”, escreve o bispo de Beja na mensagem pascal.
Para o prelado, “os católicos portugueses devem preparar-se para acolher com alegria a visita de Sua Santidade, (…) abafando as vozes discordantes e contestatárias com a oração, o canto e a festa”.
Em Ano Sacerdotal, o documento assinala que “a comunicação social tem posto na praça pública muitos podres, mesmo de pessoas chamadas para o serviço na Igreja, e também muitos sofrimentos de crianças inocentes”, acontecimentos que para o prelado têm de ser um motivo acrescido para a celebração da Páscoa.
Este tempo litúrgico, diz o texto, realça “a certeza de que não estamos condenados a viver no pecado e no fracasso, mas que Deus vem em auxílio da nossa fraqueza, nos liberta e nos salva”.
Depois de sublinhar que o serviço realizado pelos padres “tem sido espezinhado na praça pública pela infidelidade de alguns e pela calúnia e clima de suspeição reinante”, o presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana salienta que “a inveja não tolera o diferente” nem “o esforço de alguns em ser santos e ajudar a que outros também o sejam”.
Referindo-se às celebrações anuais da Páscoa, o prelado questiona se não se tornaram numa “rotina” ou se delas “brota alguma força de transformação e aperfeiçoamento das nossas vidas”.



A Igreja e o crime da pedofilia

RR - Nota de Abertura 30. 03. 2010

 Naquilo que sobre a pedofilia tem vindo a público é necessário fazer a distinção entre notícias e boatos, entre factos e suposições, entre interpretação e manipulação.
No que diz respeito à Igreja, importa distinguir entre o que são crimes hediondos, praticados contra crianças indefesas, e aquilo que surge como uma ofensiva, programada e violenta, contra o Papa Bento XVI.
De igual modo, é necessário perceber que sendo a pedofilia um crime repugnante, ele atinge diferentes patamares sociais e diversos ambientes familiares; pessoas que não têm fé e outros que a têm; pais de família e celibatários; variadas confissões religiosas e não apenas uma delas.
O problema da pedofilia não pode ser desligado também da sexualidade irresponsável, flagelo recorrente na História da Humanidade.
É por ser uma tragédia multifacetada, envergonhando diferentes sectores da vida social, que o fenómeno da pedofilia é mais preocupante. Estivesse a pedofilia circunscrita a uma só área e seria mais fácil combatê-la.
A complexidade do tema implica uma análise séria e responsável, obrigando todas as Instituições a assumir a verdade e a colaborar com a Justiça; procurando proteger as vítimas e reforçando a prevenção.
Essa é, de resto, a orientação da Igreja Católica.






Bento XVI, Fátima e o Centenário da República

P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Por uma muito feliz coincidência, o Papa Bento XVI visita Portugal, pela primeira vez nessa sua qualidade de sucessor de Pedro, no preciso ano do centenário da República. Sendo Fátima a principal razão da vinda do Vigário de Cristo à Terra de Santa Maria e etapa culminante desta sua visita pastoral, vem a propósito relembrar a atitude da primeira República em relação às aparições da Cova da Iria.
Como é sabido, não foi a Igreja que impôs Fátima, mas Fátima que se impôs à Igreja, na feliz frase do Cardeal Cerejeira. A instituição eclesial, desde o prelado diocesano até ao pároco local, olhou inicialmente com algum cepticismo para os acontecimentos de que eram protagonistas três crianças analfabetas, a mais velha das quais de apenas dez anos de idade. Mas, não obstante a sua prudente reserva original, a hierarquia não se opôs às manifestações da piedade popular, que imediatamente irromperam no local das aparições marianas. Mais tarde, a Igreja viria a reconhecer oficialmente o carácter sobrenatural do fenómeno.


Outra foi a atitude das autoridades públicas, na pessoa do então Administrador do Concelho, que era também Presidente da Câmara local e Juiz da respectiva comarca, cujo laicismo maçónico e acirrado anticlericalismo logo se fez sentir de forma brutal. Com efeito, à medida que crescia o número dos peregrinos, crescia também o seu ódio à religião católica e a sua feroz determinação em impedir que, no território sob a sua jurisdição, renascesse uma fonte da fé que o regime instaurado sete anos antes se propusera extinguir. Se, em nome da laicidade, seria desculpável a sua indiferença e, em nome da liberdade, seria de admitir a sua descrença, em nome da legalidade e dos mais fundamentais direitos humanos não eram minimamente aceitáveis os procedimentos então empregues pelo referido representante do poder central, autarca e magistrado judicial, com manifesto abuso de poder, contra os videntes, não obstante a sua pouca idade e a sua atitude civicamente irrepreensível.

Em nome da República e com a sua autoridade, o Latoeiro, alcunha por que era conhecido o então Administrador do Concelho de Vila Nova de Ourém, permitiu-se raptar as três crianças, sem o consentimento de seus pais, detê-las por algum tempo na prisão municipal, junto aos presos de delito comum, e, depois, aterrorizá-las com interrogatórios, ameaças de morte e torturas psicológicas que a mais severa e desumana polícia política não desdenharia. Todos estes comportamentos – escusado será dize-lo – tipificam acções puníveis pela lei e todos estes flagrantes delitos perpetrados contra os inocentes pastorinhos foram realizados por um representante do Estado republicano, no exercício das suas funções oficiais.
A Igreja em Portugal não quer certamente indemnizações, nem qualquer tipo de reparação pelas ofensas sofridas há quase um século por três dos seus mais egrégios fiéis, a Irmã Lúcia, de santa memória, e os Beatos Francisco e Jacinta Marto. Mas ao Estado português não lhe ficaria mal, no próximo 13 de Maio, pedir perdão à Igreja, na pessoa de Sua Santidade o Papa, pelas ofensas que a primeira República cometeu em geral contra a Igreja Católica e, em particular, contra os videntes de Fátima.
Em nome da justiça e da verdade, espera-se que o máximo representante da República portuguesa não deixe de aproveitar a imensa graça da visita do Santo Padre, para apresentar as desculpas a que o Estado português está moralmente obrigado. Em prol da reconciliação da República com a Igreja e para o bem de Portugal.





Apelo a dadores

Cidália Maria Silva Pereira

Olá amigos,
Um dia perguntaram-me:
Como consegues energia para ultrapassar os obstáculos sempre de sorriso?
Ao que respondi:
Na vida o que não mata fortalece…
Estou viva!
A vida pregou-me mais uma partida! Encontro-me desde o dia 26 de Fevereiro internada na Unidade de Doentes Neutropénicos do Hospital de São João no Porto...
Foi-me diagnosticada uma doença de sangue bastante grave - Leucemia Linfoblástica Aguda Tipo B.
Apesar de ter consciência e noção do meu estado de saúde, estou optimista!
Ao longo da minha vida, muitos têem sido os obstáculos e etapas difíceis…no meu caminho com muito esforço, empenho e coragem, tenho conseguido vencer com sucesso todos eles!
E com esta determinação e confiança de que dentro em breve estarei curada, dando apoio a todos aqueles que neste momento vivem a mesma situação, aqui estou eu……não desistam!
Não pensem que acontece só aos outros!
Eu já estava inscrita como dadora há alguns anos e vejam a ironia…neste momento sou eu quem necessita de um dador compatível.
Assim faço um apelo,
Ajudem, Contribuam, Não custa nada,
Podem estar a salvar uma VIDA!


Contactar Carlos Rocha
rochafcarlos@gmail.com




domingo, 28 de março de 2010

Para nos salvar!






(Excepto a última, imagens do filme A Paixão de Cristo, de Mel Gibson)