quarta-feira, 9 de maio de 2012

Festa em Família - 13 de Maio de 2012


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A disciplina de Educação Sexual continua a rondar a educação dos nossos filhos...
estejamos atentos...

A disciplina de Educação Sexual continua a rondar perigosamente a educação dos nossos filhos... estejamos atentos.

Os interesses que estão em causa não têm nada a ver com a formação humana das crianças, mas somente com interesses geo-políticos e estratégicos americanos.

Veja esta apresentação para se manter informado... Proteja os seus filhos. Proteja a sua família. Proteja Portugal.

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terça-feira, 8 de maio de 2012

A lógica da decadência



D. Nuno Brás

Não gosto de ser «profeta da desgraça» mas, infelizmente, creio que nem é preciso ser profeta. Basta, simplesmente, darmo-nos conta da realidade. No mundo ocidental, vivemos numa clara «lógica da decadência». Em todos os âmbitos e de há vários anos a esta parte.

Na economia, a «ciência das ciências» sem a qual parece que ninguém pode sobreviver, o que importa são os números, as estatísticas, e particularmente o crescimento da riqueza. De tempos-a-tempos vem uma crise, uns quantos declaram falência, outros passam por momentos mais difíceis, mas como, depois, o mecanismo se reajusta por si mesmo, tudo parece acabar bem, como num qualquer romance cor-de-rosa. Só nos esquecemos dos dramas humanos que, entretanto, foram vividos, e daqueles outros criados pela nova situação.

Na vida social, impôs-se o «politicamente correcto» ditado pelos telejornais e respectivos comentadores. Basta que cada um viva de acordo com os padrões estéticos (muito mais importantes hoje que os valores éticos), tenha dinheiro suficiente, gaste bastante em roupa e produtos tecnológicos, e possa viver como egoisticamente lhe apetece. Deixámos de ser uma sociedade, para sermos um conjunto de indivíduos que vivem ao lado uns dos outros, na esperança que ninguém retire ao outro o sossego que lhe é devido. E o direito passou a tutelar esse modo de viver. A família deixou de ter qualquer valor. Tanto dá que possa ou não ser o berço da vida. A lei só tem que defender o egoísta e aquilo que lhe apetece no momento.

Aliás, há muito que a vida humana deixou, efectivamente, de contar. Somos capazes de defender com tenacidade a vida das baleias, dos golfinhos e das plantas raras ou em vias de extinção; mas só em Portugal o Estado patrocinou cerca de 80.000 abortos (80.000 portugueses que foram mortos com a cobertura da lei e das instituições, sem terem cometido qualquer crime), mesmo que, depois, se mostre preocupado com a crescente diminuição da população portuguesa. Não tardará a que surjam opiniões nacionais a defender, como aconteceu numa recente revista britânica, que é perfeitamente legítimo matar recém-nascidos que não se integrem nos padrões decididos pela sociedade.

A própria fé não raras vezes é olhada como sendo demasiado exigente. Por isso, cada um faz os «descontos» que lhe apraz – cada crente (infelizmente, mesmo alguns sacerdotes) acha que a deve viver de uma forma mais suave (leia-se: menos exigente), até para que não o chamem de «fundamentalista» (pecado mortal numa sociedade em decadência e onde tudo vale), e as suas incapacidades, pecados e falta de coragem se vejam pretensamente justificados aos olhos de Deus.

E poderíamos continuar… Mas recuso-me a ser profeta da desgraça. Até porque é neste mundo, que se encaminha a passos largos para a decadência, que Deus nos enviou a proclamar com ousadia a Boa Nova do Evangelho. E essa propõe a todos uma vida nova, «radicalmente nova» – ou seja, nova de raiz, não a partir do homem mas de Deus. Ou melhor, a partir de Jesus de Nazaré.

Se Camões fosse vivo escreveria assim...


                               I

As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana
Que agora se encontram instalados
Fazendo o que lhes dá na real gana
Nos seus poleiros bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se do quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!

                                II

E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
Do Minho ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas valiosas
Desprezam quem de fome vai chorando!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!

                               III

Falem da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que andarem à solta só me espanta.

                             IV

E vós, ninfas do Coura onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modo a que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já têm no seu gene
A besta horrível do poder perene!

Luiz Vaz Sem Tostões

domingo, 6 de maio de 2012

Fim do Euro preocupa. E o fim dos europeus?



D. Nuno Brás lamenta que os europeus se preocupem mais com a possibilidade de acabar a moeda única do que com a sua própria existência e futuro. Só assim entende que em vários países se esteja a liberalizar cada vez mais quer o aborto quer a eutanásia. 

«Não deixa de ser interessante quando estamos muito aflitos que o euro vai desaparecer, ou que a União Europeia vai desaparecer, depois não ficamos nada aflitos, antes pelo contrário, fazemos estas leis e estas normas. Eu creio que aqui se vê muito bem o que é que conta para a Europa neste momento - é o dinheiro, é o ter, os valores estão completamente invertidos», refere o bispo-auxiliar de Lisboa. 

Para D. Nuno Brás a Europa tem de alterar o rumo porque corre o risco de desaparecer: «Eu espero que Portugal e a Europa toda, a dada altura, ponham a mão na consciência e percebam que assim caminhamos para o desaparecimento da Europa. Agora, não me parece que seja inevitável. Espero eu, quando chegar aos 70 anos, que já existam leis que proíbam claramente a eutanásia e o aborto. Espero que sim, que a humanidade seja capaz de caminhar para uma viragem de razoabilidade. Temos de ser pessoas de esperança». 

Já a jornalista Aura Miguel considerou particularmente alarmante, e um sinal evidente da decadência da Europa, o caso holandês onde a legislação desvaloriza cada vez mais a vida na sua fase final: «na Holanda, como sabem, agora é de tal maneira liberalizada a eutanásia que muitos idosos estão a fugir para lares na Alemanha porque têm medo de entrar no Hospital e matarem-nos. Andam com cartões a dizer: por favor não me matem». 

A questão do aborto e da eutanásia foi levantada no debate desta quarta-feira à noite, na Renascença, a propósito da «Cimeira Global Pró-Vida» que sexta-feira e sábado vai reunir, em Lisboa, responsáveis de vários países. Portugal estará representado no encontro pela Comissão Nacional Pró-Referendo à Vida que já reuniu quase metade das 75 mil assinaturas necessárias para convocar uma consulta popular visando o «reconhecimento da inviolabilidade da vida humana, desde a concepção até à morte natural». 

O juíz Pedro Vaz Patto, outro dos participantes no debate, admitiu que Portugal até possa vir a referendar de novo o aborto, mas para isso são necessárias algumas garantias: «Embora os referendos que houve não sejam vinculativos, por questões políticas, é natural que a lei em vigor só possa vir a ser alterada por outro referendo. Esta iniciativa é de saudar na medida em que representa uma reacção a esta ideia de resignação, de que não há nada a fazer. Agora, a mim parece-me que para além de requerer o referendo é necessário que haja garantias de que o resultado não seja igual ao último, a começar pela indiferença das pessoas que levou muitos a nem sequer votar». 

«Garantir que o resultado seja diferente supõe uma mudança de mentalidade que infelizmente eu ainda não vejo na sociedade portuguesa», acrescentou.

O Juiz Vaz Patto recorreu, ainda, ao exemplo da Polónia para mostrar que não há leis irreversíveis: «Neste âmbito da legislação relativa ao aborto tem-se um bocadinho a ideia de que há uma irreversibilidade,  quando há uma alteração no sentido da liberalização não se volta atrás, mas não tem sido assim em todos os países. A Polónia, por exemplo, onde no tempo do comunismo o aborto foi banalizado ao extremo, hoje tem uma lei bastante restritiva e ainda recentemente foi feita uma proposta no sentido da proibição total do aborto que por muito pouco não foi aprovada». 

No debate, moderado pela jornalista Ângela Roque, falou-se ainda do encontro da Pastoral da Saúde, a decorrer em Fátima, dos últimos dados do desemprego em Portugal, do 1º de Maio e da polémica campanha de uma cadeia de supermercados que arrastou milhares de portugueses para as compras no Dia do Trabalhador. 

Lembrou-se ainda o primeiro aniversário da beatificação de João Paulo II e a perseguição aos cristãos que fez novas vítimas no Quénia e na Nigéria.

Vaticano: Sacerdotes devem evitar
que as nações caiam em novo ateísmo



VATICANO, 02 Mai. 12  - O Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Mauro Piacenza, recordou aos sacerdotes o seu chamado à santidade e os exortou a trabalhar pela nova evangelização para evitar que as nações cristãs caiam num novo tipo de ateísmo.

«As nações cristãs já não sentem a tentação de ceder a um ateísmo genérico (como no passado), mas correm o risco de serem vítimas desse ateísmo particular que vem do facto de terem esquecido a beleza e o calor da Revelação Trinitária», advertiu o Cardeal na carta publicada por ocasião da Jornada Mundial de Oração para a Santificação do Clero.

O Cardeal disse que neste contexto, são os sacerdotes os que «devem dirigir tudo para a Comunhão Trinitária: só a partir desta e entrando nela, os fiéis podem descobrir verdadeiramente o rosto do Filho de Deus e sua contemporaneidade, e podem verdadeiramente chegar ao coração de todo homem e à pátria à qual todos estão chamados».

Dom Piacenza indicou que só assim será possível «oferecer de novo aos homens de hoje a dignidade do ser pessoa, o sentido das relações humanas e da vida social, e a finalidade de toda a criação».

A autoridade vaticana recordou que com a sua ordenação, o sacerdote aceitou não só o convite a santificar-se, mas também a converter-se em ministro da santificação. «Não podemos nos santificar sem trabalhar para a santidade de nossos irmãos, e não podemos trabalhar pela santidade de nossos irmãos sem que antes tenhamos trabalhado e trabalhemos pela nossa santidade», assinalou.

Entretanto, lamentou os «escândalos graves» que criaram também as suspeitas sobre sacerdotes honestos e coerentes.

«Como ministros da misericórdia de Deus, sabemos, portanto, que a busca da santidade sempre se pode retomar, a partir do arrependimento e do perdão. Mas ao mesmo tempo sentimos a necessidade de pedi-lo, cada sacerdote, em nome de todos os sacerdotes e para todos os sacerdotes», expressou.

Nesse contexto, o Cardeal Piacenza destacou a importância do Ano da Fé convocado pela Papa Bento XVI e afirmou que «não será realmente possível nenhuma nova evangelização se os cristãos não somos capazes de surpreender e comover novamente o mundo com o anúncio da Natureza do Amor de Nosso Deus, nas Três Pessoas Divinas que a expressam e que nos fazem partícipes de sua mesma vida».

«O mundo de hoje, com suas lacerações cada vez mais dolorosas e preocupantes, necessita o Deus-Trindade, e anunciá-lo é a tarefa da Igreja. A Igreja, para poder desempenhar esta tarefa, deve permanecer indissoluvelmente abraçada a Cristo e não deixar nunca separar-se dele: necessita Santos que vivam 'no coração de Jesus' e sejam testemunhas felizes do Amor Trinitário de Deus. E os Sacerdotes, para servir à Igreja e ao mundo, precisam ser Santos!», expressou.