sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Teologia da Evolução: Teilhard de Chardin
e o darwinismo teológico

Um dos acontecimentos religiosos que mais despertaram o interesse dos teólogos no final da década de cinqüenta foi a popularidade póstuma do cientista e místico jesuíta Pedro Teilhard de Chardin (1881-1955), fundador de um sistema teológico que ficou conhecido como teologia da evolução.
 
Durante a sua vida, este teólogo foi impedido de publicar os seus livros, considerados pela igreja católica como sendo nocivos e de conteúdo herético. Porém, quinze anos depois da sua morte, esses livros suprimidos durante toda a sua vida começaram a aparecer.
 
Embora tenha sido um teólogo católico, alguns dos seus comentaristas mais apaixonados são cientistas e teólogos protestantes. A sua influência pode ser percebida até nos países que compõem o nosso terceiro mundo. Francisco Bravo, estudioso equatoriano, publicou uma obra meticulosa sobre Teilhard. As suas ideias conseguiram arrancar elogios de Dom Hélder Câmara, arcebispo do Recife.
 
Muitos factores ajudam a explicar a repentina popularidade que alcançou a teologia de Teilhard. A sua destacada personalidade e o seu carácter humanitário podem ser percebidos por qualquer pessoa que o tenha conhecido ou lido algo acerca da vida deste destacado sacerdote católico, que apesar das restrições que o Vaticano impôs aos seus livros, permaneceu fiel à sua ordem durante toda a vida. Os seus conhecimentos de geólogo e paleontólogo são grandes atractivos para o mundo científico.

12.1 – Conhecendo a proposta teológica de Teilhard de Chardin.

O ponto de partida do pensamento teológico de Telhard é a evolução, à qual ele chama «luz que ilumina todos os factos, curva a que devem seguir todas as linhas». A terra, segundo ele, foi formada há cinco ou dez milhões de anos e desde então vem desenvolvendo-se através da evolução. Este processo evolutivo avança segundo o que Teilhard chama de «lei da consciência e da complexidade», com o qual ele alude que na evolução existe uma tendência por parte da matéria, que a faz tornar-se cada vez mais complexa. O processo, segundo ele, pode ser resumido como consta no seguinte esquema: Partículas elementares (chamadas de Ponto Alfa) => Átomos => Moléculas => Células Vivas => Organismos Pluricelulares. Ele admite que a terra existe por meio de um processo lento, que pode ser descrito na seguinte ordem: Barisfera (época da «terra derretida») => Formação da crosta => Formação da água e do ar => Formação da atmosfera. Nesta fase da história evolutiva da terra aparece a vida biológica ou biosfera. Para descrever a etapa seguinte, em 1920, Chardin criou o termo noosfera, que significa a «camada mental» da terra. Essa noosfera nada mais é do que o surgimento do homem pensante sobre a terra.Esta é a etapa mais importante na história do mundo, e também é chamada de hominização. Nesta fase, o processo evolutivo adquire consciência de si mesmo.
 
Nesta etapa da sua teoria evolutiva, Teilhard começa a apoiar-se na teologia para predizer o futuro da evolução. Ele vê todo o processo evolutivo que começa com as partículas, o ponto Alfa; e converge no que ele chama de Ponto Ômega, ou seja, a união sobrenatural de todas as coisas em Deus. Assim sendo, Deus vem a ser a causa final, mais que a causa eficiente do universo, dando a perfeição a todas as coisas. Nesta etapa, Deus será tudo em todos (1Coríntios 15.28), numa forma superior de panteísmo, a expectativa da unidade perfeita, na qual cada um dos elementos alcançará a sua consumação, ao mesmo tempo que o universo.
 
Na teologia darwiniana de Teilhard, Cristo é o centro do processo evolutivo e o seu princípio básico. O Cristo de Teilhard é o reflexo no coração do processo do ponto Ômega, e encontra-se no final do processo. Por meio de um acto pessoal de comunhão, Cristo incorpora em si o «psiquismo» total da terra, e o universo se auto-realiza em Cristo. Esse movimento para o centro, para Teilhard, é o processo do amor. O amor, segundo ele, não é exclusividade humana, e sim propriedade geral de toda a vida, sendo ele a afinidade do «ser» com o «ser». Movidos pelas forças do amor, os fragmentos do mundo buscam-se para que o mundo possa chegar a «ser».

12.2- Principais objecções à teologia evolucionista de Chardin.

Os princípios de Teilhard de Chardin apresentam várias dificuldades para o crente ortodoxo. A sua linguagem é oblíqua e o seu esforço hercúleo para fazer de Cristo o centro da evolução é desonesto e contraditório. A sua teologia é o reflexo do pensamento naturalista do seu tempo. A sua ênfase na personalidade autónoma que, desde Kant aparece e reaparece na teologia contemporânea, é também contrária à Bíblia.
 
Dessa síntese filosófico/naturalista procedem as demais divergências de Teilhard com a teologia ortodoxa. Assim como as teorias evolutivas seculares, a teologia evolucionista deste teólogo descaracteriza a criação, tal como aparece na Bíblia. Há muitos teólogos contemporâneos que concordam com a teoria da antiguidade da terra, e com a evolução das espécies a partir das espécies criadas por Deus (Génesis 1.21-25), fazendo diferenciação entre microevolução e macroevolução. Microevolução é a mutação que ocorre dentro das espécies e seria o factor responsável pelas diferentes raças de cães, diferentes tons de pele, etc., mas nenhuma dessas concessões desabilita o esquema de criação conforme narrado no Génesis. Ao contrário disso, a teoria de Teilhard é macroevolucionista e negligencia completamente o ponto mais básico da criação que é Deus fazendo todas as coisas do nada pela sua palavra, e criando cada ser em conformidade com a sua espécie. Assim como todas as teorias evolucionistas seculares, a teologia de Teilhard Chardin parte do pressuposto de que o homem alcança a sua verdadeira dignidade e plenitude espiritual por meio do processo evolutivo. Isso também é contrário à doutrina da graça, segundo a qual o aperfeiçoamento advém da comunhão com Cristo Jesus.
 
Como todas as teorias evolucionistas, a teologia da evolução de Teilhard é demasiado optimista. Ele divaga pela senda do universalismo e do panteísmo, prometendo um final feliz para todos, sem fazer nenhuma alusão à graça de Deus. Talvez essa seja uma das razões da sua difusão rápida. O homem moderno está disposto a aceitar qualquer tipo de droga entorpecente que se apresente sob o pseudónimo de ciência.
 
A teologia de Chardin não permite que a graça seja graça e nem permite que o pecado seja pecado. A proclamação da evolução constante por parte de Chardin nunca se vê alterada pela realidade bíblica do pecado no homem. Por essa mesma razão, a doutrina bíblica do juízo quase não se vê na obra de Teilhard. O mal, para ele, é uma superabundância da estrutura de um mundo em evolução, que se manifesta em planos diferentes, através da desordem material, morte, solidão e angústia.
 
A ideia de Teilhard de união do universo com Cristo, sendo que o universo representa o corpo orgânico de Cristo ainda em evolução, apresenta dois grandes inconvenientes: Primeiro, tal união tem como conseqüência lógica a deificação da criação (panteísmo). Em segundo lugar, a cristologia de Chardin transforma o Cristo da Bíblia num Cristo cósmico. Em última análise, o resultado de tal união é a perda tanto do mundo, como de Cristo.
 
A teologia da evolução, bem como as teorias evolucionistas seculares, são antagónicas à Bíblia. Não há como sustentar esse sistema teológico sem perder a identidade cristã. Teilhard foi um homem totalmente deslumbrado com as teorias científicas do seu tempo, chegando ao ponto de afirmar que a evolução é «o sucesso mais prodigioso que a história jamais se referiu». Ele  emociona-se tanto com a evolução que esquece-se que, segundo a fé cristã, o maior sucesso da história é a vinda de Cristo, e não a teoria da evolução.
 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Jornal do Vaticano critica política
antivida da Fundação Gates

Num artigo publicado no jornal do Vaticano L'Osservatore Romano, a jornalista Giulia Galeotti criticou a disposição da Fundação Bill & Melinda Gates de investir 450 milhões de euros nos próximos anos, começando por África, para promover os anticoncepcionais.
 
A notícia, que foi capa da edição do dia 29 de Julho, especificou que Melinda Gates, que diz ser católica, considera que garantir um melhor acesso aos métodos de contracepção é um compromisso que assume a tempo integral, «anda desencaminhada».
 
Para o jornal do Vaticano, Melinda Gates «está confusa por uma má informação e por alguns estereótipos que persistem neste tema. Acreditar ainda numa Igreja Católica que, é contrária ao preservativo, deixa morrer mulheres e crianças por intransigência misógina é uma leitura infundada e grosseira».
 
Galeotti referiu no seu texto que «como escreveu Paulo VI na Humanae Vitae (também a vítima mais notável deste tipo de deformação), a Igreja é favorável a uma regulação natural da fertilidade, quer dizer, aos métodos fundados na escuta das indicações e das mensagens proporcionadas pelo corpo».

«Para demonstrar que não se trata de bizantinismos abstratos, mas sim de medidas concretas e eficazes, recordemos o casal de australianos John e Evelyn Billings, que descobriu o método de regulação natural da fertilidade chamado BOM (Billings Ovulation Method): assim as mulheres podem saber se são férteis ou não, e partindo desta realidade podem escolher o seu comportamento sexual».

L'Osservatore Romano sublinhou o êxito exemplar do método Billings aplicado na China, onde o governo comunista ficou muito interessado num método de regulação gratuito e que não prejudicasse a saúde da mulher. Os especialistas consideram que o método Billings tem uma segurança de 98 por cento.

O jornal do Vaticano lamentou o cepticismo com que alguns olham para o Billings, ao ser qualificado por alguns como um recurso não científico, pré-científico ou um método ingénuo, e sublinhou que estas são acusações sem fundamento provavelmente difundidas não por acaso.
 
Galeotti indicou que um dos inconvenientes do método Billings perante os olhos de alguma parte do mundo é que é simples e fácil de adoptar, inclusive pelas pessoas analfabetas, sem nenhuma forma de mediação de terceiros.
 
O outro «inconveniente» é que é um método completamente gratuito, o que ocasiona a antipatia da indústria farmacêutica, que tem lucros enormes com a anticoncepção química.
 
«Cada um é livre de fazer beneficência a quem quer. Mas não deve teimar e persistir na desinformação, apresentando as coisas pelo que não são», concluiu Galeotti.
 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A opção por um matrimónio
civil indissolúvel

Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada

Liberdade cristã num Estado Laico

Alguns Estados e instituições europeias, à conta de um laicismo que pretende relegar a fé cristã para a intimidade das consciências, ou os esconsos das sacristias, não aceitam que alguém possa, livre e responsavelmente, assumir compromissos definitivos, uma vez que uma tal opção parece contrariar o sacrossanto princípio da liberdade.

É o caso dos esposos cristãos, que contraem canonicamente um matrimónio indissolúvel que, no entanto, o ordenamento jurídico positivo não admite como tal, na medida em que qualquer casamento é legalmente passível de rescisão, até mesmo contra a vontade do cônjuge inocente.

Promova-se, com empenho, o direito à liberdade de todos os cidadãos. Contudo, o reconhecimento formal e efectivo desta exigência decorrente da comum e universal dignidade humana, não deve ficar circunscrito ao volúvel capricho do legislador, ou da moda do politicamente correcto, mas comtemplar todas as legítimas modalidades do seu responsável exercício. Ora um compromisso conjugal definitivo não só não é uma excepção a essa irrenunciável prerrogativa da condição humana, como uma sua excelente e muito meritória realização.

Compete ao Estado garantir que a todos sejam dadas todas as condições necessárias para que as suas opções sejam verdadeiramente livres, mas não lhe cabe impedir aquelas escolhas que, mesmo não devendo ser exigidas a todos, podem legitimamente ser queridas por alguns. Um ordenamento jurídico que proíbe qualquer compromisso sério, como é o que pressupõe uma entrega definitiva, com o pretexto de assim salvaguardar a autonomia dos cidadãos, não é apenas uma lei paternalista, mas uma norma que não respeita a liberdade dos indivíduos e que, neste sentido, é potencialmente totalitária.

Poder-se-ia eventualmente objectar que nada impede que uma pessoa celebre um casamento religioso indissolúvel, mas uma tal observação não colhe porque, para poder fazê-lo, teria que professar alguma religião, o que nem sempre acontece. Com efeito, o sacramento do matrimónio é apenas acessível aos cristãos, pelo que o indivíduo que o não é seria, por este motivo, descriminado pela sua não crença, o que parece ser manifestamente injusto e talvez até anticonstitucional. Por outro lado, não basta que a lei admita essa possibilidade teórica, mas importa que reconheça, de facto, a sua efectividade jurídica, ou seja, que garanta que o regime conjugal livremente escolhido será depois responsavelmente observado.

É justo que o Estado a ninguém obrigue a casar e é tolerável que admita, no contexto de uma sociedade secularizada, que alguns o possam fazer em regime precário, porque até a Bíblia admitia o repúdio, que Cristo revogou. Mas não é razoável que o ordenamento jurídico não contemple a possibilidade de um matrimónio civil indissolúvel. Portanto, a existência legal de uma união conjugal para sempre deveria ser garantida a todos os cidadãos, quer tenham ou não qualquer filiação religiosa, até porque mesmo os cristãos casados canonicamente carecem do reconhecimento civil da indissolubilidade do seu vínculo conjugal, a que têm direito em nome do princípio da liberdade. É certo que o próprio não se divorciará se não quiser, mas também é verdade que, só se a lei reconhecer eficácia jurídica à indissolubilidade assumida no pacto nupcial, poder-se-á opor eficazmente ao divórcio pretendido pelo cônjuge.

Quando o Estado e as instituições internacionais, que aceitam e até impõem o reconhecimento legal das mais abstrusas e instáveis uniões, não permitem a possibilidade jurídica de um matrimónio civil indissolúvel, não só potenciam a falência da família e da sociedade, como também incorrem na mais insanável contradição porque, em nome da liberdade, combatem uma das suas mais nobres e altruístas expressões.
 

Será legítimo baptizar as crianças?

Bento XVI

No final permanece a questão — apenas uma breve palavra — do Baptismo das crianças. É justo fazê-lo, ou seria mais necessário percorrer primeiro o caminho catecumenal para alcançar um Baptismo autenticamente realizado? E outra pergunta que se apresenta sempre é a seguinte: «Mas podemos impor a uma criança qual religião ela quer viver ou não? Não devemos deixar àquela criança a escolha?». Estas perguntas demonstram que já não vemos na fé cristã a vida nova, a vida verdadeira, mas vemos uma escolha entre outras, e também um peso que não se deveria impor sem obter o assentimento da parte do sujeito. A realidade é diferente. A própria vida é-nos doada sem que nós possamos escolher se queremos viver ou não; a ninguém pode ser perguntado: «Queres nascer ou não?». A própria vida é-nos doada necessariamente sem consentimento prévio, nos é concedida assim e não podemos decidir antes «sim ou não, quero viver ou não». E, na realidade, a pergunta verdadeira é: «É justo doar a vida neste mundo, sem ter recebido o consentimento — queres viver ou não? Pode-se realmente antecipar a vida, doar a vida sem que o sujeito tenha tido a possibilidade de decidir?». Eu diria: só é possível e justo se, com a vida, podemos oferecer também a garantia de que a vida, com todos os problemas do mundo, é boa, que é bom viver, que existe uma garantia de que esta vida é boa, é protegida por Deus e que é um dom autêntico. Só a antecipação do sentido justifica a antecipação da vida. E por isso o Baptismo como garantia do bem de Deus, como antecipação do sentido, do «sim» de Deus que protege esta vida, justifica também a antecipação da vida. Por conseguinte, o Baptismo das crianças não é contrário à liberdade; é precisamente necessário oferecê-lo, para justificar também o dom — diversamente questionável — da vida. Só a vida que está nas mãos de Deus, nas mãos de Cristo, imersa no nome do Deus trinitário, é certamente um bem que se pode oferecer sem escrúpulos. E assim estamos gratos a Deus que nos concedeu esta dádiva, que se doou a Si mesmo a nós. E o nosso desafio consiste em viver este dom, em vivê-lo realmente, num caminho pós-baptismal, tanto as renúncias como o «sim», sempre no grande «sim» de Deus, e deste modo viver bem.
 

«Homomafia» na Igreja?


D. Dariusz Oko
Reportamos algumas passagens de um longo artigo de D. Dariusz Oko, doutor de investigação do departamento de filosofia da Universidade Pontifícia João Paulo II de Cracóvia, sobre um tema escaldante: a homossexualidade na Igreja.
 
O texto foi publicado em várias revistas, incluindo a revista alemã de teologia Theologisches.

«Em muitos semanários da Polónia tem lugar uma acesa discussão sobre a ‘homossexualidade clandestina na Igreja’ causada pelas declarações de D. Tadeusz Isakowicz-Zaleski no seu último livro Importa-me a verdade. Alguns negam a existência deste mundo subterrâneo e divulgam teses completamente contrárias aos ensinamentos da Igreja. Em ambos os casos isto não corresponde à verdade.

Dada a seriedade do problema, sinto-me no dever de tomar a palavra porque também quero a verdade, mas sobretudo quero o bem, o bem fundamental do homem e da Igreja, a comunhão fundamental da sua vida.»

Scrive Oko : «Il dovere di prendere posizione sul problema dell’omosessualità clandestina nella Chiesa è legato al mio impegno nella critica filosofica dell’ideologia e della propaganda omosessuale (in breve omoideologia e omopropaganda), della quale mi occupo da tanti anni su richiesta e con l’incoraggiamento di molti cardinali e vescovi». «Ho iniziato il mio lavoro come una lotta contro una mortale minaccia esterna al cristianesimo, ma poco, a poco ho scoperto che la divisione fra esterno ed interno non è così facile.

L’avversario non è soltanto all’esterno della Chiesa, ma è anche già ben radicato al suo interno, pur se spesso dissimulato come un «cavallo di Troia». Il problema dell’omoideologia e dell’omolobby non esiste soltanto all’esterno della Chiesa, ma è ben presente anche al suo all’interno, dove l’omoideologia diventa omoeresia». E continua: «Per prima cosa bisogna denunciare una menzogna generalizzata da parte dei mass media che parlano continuamente della pedofilia del clero, mentre il più delle volte si tratta di efebofilia, cioè una degenerazione che non consiste nella attrazione sessuale da parte di maturi maschi omosessuali per i bambini, ma per ragazzi adolescenti in età puberale. È una tipica deviazione legata all’omosessualità.

Le conoscenze principali su questo argomento derivano dal fatto che più dell’80% dei casi di abusi sessuali del clero scoperti negli Stati Uniti sono costituiti da efebofilia, e non da pedofilia. Eppure tutto questo non sarebbe successo senza l’esistenza di quel mondo sommerso del quale i pubblici ministeri hanno svelato soltanto la punta dell’iceberg». L’autore ricorda alcuni casi eccellenti: quello di mons. Julius Paez in Polonia, di mons. Magee in Irlanda, di Rembert Weakland negli Stati Uniti, oltre al bisessuale fondatore dei Legionari di Cristo. «La condotta di Rembert Weakland, un arcivescovo particolarmente ‘liberale’ e ‘aperto’, che negli anni 1977-2002 ha diretto la diocesi di Milwaukee negli Stati Uniti, dimostra fino a che punto possono spingersi i combattenti preti gay in abito talare. Lui stesso ha ammesso di essere gay e di aver avuto rapporti sessuali continuativi con molti partner.

Nel corso di tutti i 25 anni del suo ufficio, si è sempre opposto al papa ed alla Santa Sede in molte questioni, ed ha particolarmente criticato e respinto l’insegnamento del Magistero della Chiesa cattolica sull’omosessualità. Per di più ha appoggiato e protetto gli omosessuali attivi nella sua diocesi, aiutandoli a sottrarsi alla responsabilità per i reati di carattere sessuale ripetutamente da loro commessi. Alla fine del suo esercizio ha anche attuato una malversazione gigantesca, sottraendo circa mezzo milione di dollari dalla cassa della diocesi per mantenere il suo ex-partner». Tutti e quattro per molto tempo sono rimasti impuniti, nonostante insistenti voci e ripetute accuse, pervenute a Roma nel corso di molti anni.

Oko denuncia una vera e propria «lobby» interna alla Chiesa: «Per riuscire a nascondere ed a far tollerare un Male del genere bisogna avere uomini nelle cariche importanti, bisogna formare non più soltanto una omolobby, ma una potente congrega, perfino una omomafia. Era d’accordo in tal senso anche Jarosław Gowin, attuale ministro della giustizia polacco, quando, ancora da senatore, parlava dello scandalo degli abusi omosessuali, dei reati di molestie sessuali su giovani e seminaristi, nonché dell’occultamento di questi fatti, commessi da sacerdoti della diocesi di Płock.

Il ministro Gowin ha rivelato che in un suo intervento in Chiesa, durante la causa contro il vescovo Paetz, ha avuto l’impressione di avere a che fare con una sorta di mafia, che, a difesa del proprio interesse, arrivava a negare brutalmente fatti e principi, perfino quelli più evidenti». Don Oko afferma che «Tutto inizia dal fatto che per un seminarista, con tendenze o con orientamento omosessuale profondamente radicato, è molto più difficile diventare un buon prete». E per l’omosessuale seminarista o prete le difficoltà sono molte: «Si viene a trovare in una situazione analoga a quella in cui si troverebbe un uomo normale, che per alcuni anni (oppure anche per tutta la vita) ogni giorno dovesse vivere con molte donne attraenti sotto lo stesso tetto, nelle stesse camere da letto e negli stessi bagni. La probabilità di perseverare nella castità diminuirebbe sensibilmente. Bisogna comprendere e cercare di rispettare nel miglior modo possibile i nostri fratelli omosessuali, come ogni persona umana. Essi molte volte provano con tutte le forze a resistere alle loro tentazioni, ed alcuni ci riescono anche, e vivono in modo onesto e perfino santo».

Per la Chiesa il problema è grandissimo: «Comunque sanno molto bene di rischiare lo smascheramento e il discredito, e perciò si supportano a vicenda. Formano dei gruppi informali, delle combriccole, e perfino una specie di mafia, cercando di dominare soprattutto i luoghi dove albergano potere e denaro. Una volta raggiunta una carica decisionale, cercano di appoggiare e di promuovere prima di tutto le persone dalla natura simile alla loro oppure almeno quelle di cui sono certi che non si opporranno mai per il loro debole carattere.

In tal modo può avvenire che la Chiesa si trovi ad avere in posizioni direttive persone profondamente corrotte, persone molto lontane dal livello spirituale degno di una carica importante, persone false e particolarmente esposte ai ricatti degli avversari del cristianesimo». E la situazione per chi all’interno della Chiesa tenta di opporsi può essere difficilissima. «Altre volte, quando un vicario tenta di difendere i giovani dalle molestie sessuali di un parroco è proprio lui, e non il parroco, ad essere richiamato all’ordine, vessato ed infine trasferito. Per aver svolto con coraggio il proprio dovere costui si ritrova a vivere esperienze dolorose. Succede che, con un’azione organizzata, egli venga ricattato, umiliato e diffamato sia nell’ambiente parrocchiale che sacerdotale. Inoltre, quando un prete o un frate subiscono loro stessi delle molestie sessuali da altri colleghi e superiori e cercano di chiedere aiuto e difesa ai livelli più alti, può accadere che incontrino un omosessuale ancora più importante». Don Oko parla dell’esperienza personale nel caso del vescovo Paez, e di altri casi ancora.

Benedetto XVI conduce una lotta serrata contro questo male, e ribadisce che un prete deve essere eterosessuale; altirmenti la rinuncia al matrimonio e la scelta celibataria non avrebbero senso. «L’insegnamento del papa incontra opposizioni: la comunità omosessuale della Chiesa si difende ed attacca. Ha bisogno anche di strumenti intellettuali, di giustificazioni e perciò l’omoideologia assume, nei suoi ragionamenti, discorsi e scritti, la forma di omoeresia. La ribellione più aperta contro il papa e contro la Chiesa è diretta da alcuni gesuiti statunitensi che si oppongono apertamente e dichiarano che, in contrasto con i principi sopracitati, accetteranno ugualmente seminaristi con tendenze omosessuali, invitandoli perfino di proposito».
 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Mais padres pedófilos?

Nuno Serras Pereira 

Como recebi um número significativo de missivas e perguntando-me das razões de ter enviado a notícia Ex-provedora da Casa Pia diz que há outros casos de padres pedófilos e escasseia-me o tempo para retorquir individualmente peço que me desculpem esta réplica geral, tanto mais que poderão existir outros leitores perplexos ou interrogativos.

Em primeiro lugar, considero que importa muito atentar nas malsinações, de enorme gravidade, lançadas por Catalina Pestana: há mais padres pedófilos, e somente na Diocese de Lisboa, de seu conhecimento, há cinco; o Cardeal Patriarca conhece-o mas alega não o saber, e juntamente com o Arcebispo de Braga (anterior Presidente da Conferência Episcopal) limitam-se a mudar os alegados padres abusadores de lugar.

Das duas, uma: ou estas recriminações são verdadeiras ou são falsas.

a) No caso de serem exactas isso significaria que membros da Igreja, ao mais alto nível, estariam a trair gravemente a sua missão e a boicotar o esforçado empenho de Bento XVI em purificar a Igreja, que não pode admitir que no Sacerdócio ministerial haja padres que abusam de menores, como o escreveu João Paulo II. Se assim for, a Santa Sé deveria ser informada pelo Núncio Apostólico para agir em consequência. A Igreja não teme a verdade, e faz parte da sua missão expulsar os demónios, mesmo, ou principalmente, quando os possuídos receberam Ordens.

b) Se, pelo contrário, são uma colossal calúnia o Cardeal Patriarca, bem como o Arcebispo de Braga, têm ao seu dispor quer o Direito Canónico quer o Civil para limparem o bom nome e a honra da Igreja disciplinando a detraidora.

Foi lançada uma suspeição geral sobre o clero em geral e sobre o que vive em Lisboa em particular. «Quem não se sente, não é filho de boa gente». Nós, pela Graça de Deus, somos filhos da Igreja, a melhor de todas as mães. Esta, por si só, é uma razão de peso quer para estar ao facto das arguições que nos são feitas quer para as vermos esclarecidas e resolvidas.

Entretanto, resta-nos rezar pelas vítimas daqueles que chamados a ser Cristo para eles, ao invés foram o demónio, e implorar a Misericórdia infinita de Deus para a conversão dos padres desGraçados.
 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Moção de resolução sobre direitos
fundamentais no Parlamento Europeu

Mensagem de Carlos Fernandes aos deputados portugueses do Parlamento Europeu. O autor convida os leitores a utilizá-la ou a redigir outra e enviar aos deputados.

Os endereços electrónicos dos 22 deputados portugueses encontram-se em baixo.
 
Ex.mos(as) Senhores(as),
 
Venho apelar a que votem desfavoravelmente a moção de resolução sobre direitos fundamentais aprovada pelo Comité Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos que pode ser consultada na ligação abaixo.
 
 
Levanta questões sérias para os cidadãos europeus que, ou não são da competência desse parlamento, como por exemplo o Aborto; ou tenta impor aos cidadãos europeus Leis que penalizam a liberdade de expressão em questões religiosas e sociais tendentes à censura. Ainda condicionam a formação social e cívica dos cidadãos alienando os seus valores civilizacionais e culturais.
 
Por favor pensem bem antes de votar sobre os direitos e deveres dos cidadãos europeus. Cada povo é um povo e tem a sua cultura e matriz civilizacional que deverá ser respeitada. Esta moção de resolução é na sua generalidade e na maioria dos casos particulares, absolutamente contrária aos valores civilizacionais da Europa. Viva a Liberdade!

Com os melhores cumprimentos,

Carlos Fernandes
CC 8177715