sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Os pregadores do Anticristo


Cuidai que ninguém vos seduza. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu o Cristo. E seduzirão a muitos. Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas, que farão milagres a ponto de seduzir, se isto fosse possível, até mesmo os escolhidos. (Cf. Mateus 24)

Visão de São João


I

Os livros santos que entram em tantos detalhes sobre o homem do pecado, fazem-nos conhecer um misterioso agente de sedução que lhe submeterá a terra.

Este agente, ao mesmo tempo um e múltiplo, é, segundo São Gregório, uma espécie de corpo ensinante que propagará por toda a parte as perversas doutrinas da Revolução.

O Anticristo terá os seus ajudantes da ordem e os seus generais; possuirá um inumerável exército. Mal se ousa compreender (tomar ao pé da letra) o número que São João nos dá falando da sua cavalaria (Ap 9, 16). Mas ele terá sobretudo ao seu serviço falsos profetas como ele, iluminados do diabo, doutores de mentiras; inimigo pessoal de Jesus Cristo, macaqueará o divino Mestre, cercando-se de apóstolos ao contrário.

Falemos então, segundo São João, destes doutores ímpios que chamaremos pregadores do Anticristo.


II

São João, no capítulo XIII do seu Apocalipse, descreve uma visão parecida com a de Daniel. Ele vê surgir do mar um monstro único, reunindo em si mesmo uma horrível síntese de todos os caracteres das quatro bestas vistas pelo profeta.

Este monstro parece o leopardo; tem pés de urso, goela de leão; tem sete cabeças e dez chifres.

Ele representa o império do Anticristo, formado por todas as corrupções da humanidade. Ele representa o próprio Anticristo que é o nó de todo esse conjunto violento de membros incoerentes e díspares.

Chega-se a ver o impostor, com o cortejo de cristãos apóstatas, muçulmanos fanatizados, judeus iluminados, que o seguirão por todo o lado.

Ora, enquanto São João considerava esta Besta, viu uma das cabeças ferida de morte; depois a chaga mortal foi curada. E toda a terra se maravilhou com a Besta. Os intérpretes vêm nisto um dos falsos prodígios do Anticristo; um dos seus principais ajudantes da ordem ou talvez ele mesmo, aparecerá ferido gravemente, acreditar-se-à que morreu, quando de repente, por um artifício diabólico, se recuperará cheio de vida. Esta impostura será celebrada por todos os jornais, muito crédulos nesta ocasião; o entusiasmo irá ao delírio.

«Então, continua São João, os homens adorarão o dragão que deu o poder à Besta, dizendo; quem é semelhante a ela, e quem poderá pelejar contra ela?».

Assim, tanto o diabo será adorado como o Anticristo; e não será um duplo culto, o primeiro sendo adorado no segundo. São João faz-nos assistir em seguida à perseguição contra a Igreja.

«E foi dada à Besta uma boca que proferia coisas arrogantes e blasfémias; e foi-lhe dado o poder de fazer a guerra durante quarenta e dois meses».

Esta é a mesma palavra de Daniel e designa o tempo da perseguição no seu paroxismo. Quarenta e dois meses, é exactamente três anos e meio.

«E abriu a sua boca em blasfémias contra Deus para blasfemar o seu nome, o seu tabernáculo e os que habitam no céu».

«E foi-lhe permitido fazer a guerra aos santos e vencê-los. E foi-lhe dado poder sobre toda a tribo, povo, língua e nação».

«E adoraram-na todos os habitantes da terra, cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro, que foi imolado desde o princípio do mundo».

«Se alguém tem ouvidos, ouça!».

«Aquele que levar para o cativeiro, irá para o cativeiro; aquele que matar à espada, importa que seja morto à espada. Aqui está a paciência e a fé dos santos». (13, 3-11).

É assim que o apóstolo bem amado descreve a terrível perseguição. A todas as ameaças juntam-se todas as seduções; disto resultará um fanatismo delirante que lançará o mundo inteiro aos pés da Besta. Mas todos os assaltos do inferno fracassarão diante da «paciência e a fé dos santos».

III

São João descreve-nos em seguida o grande agente da sedução que dobrará os espíritos dos homens ao culto da Besta.

«E vi outra besta que subia da terra e que tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro, mas que falava como o dragão».

«E ela exercia todo o poder da primeira besta na sua presença; e fez com que a terra e os que a habitam adorassem a primeira besta, cuja ferida mortal tinha sido curada».

«E realizou grandes prodígios, de maneira que até fez descer fogo do céu sobre a terra à vista dos homens».

«E seduziu os habitantes da terra com os prodígios que lhe foi permitido fazer diante da besta, persuadindo os habitantes da terra que fizessem uma imagem da besta, que tinha recebido um golpe de espada e conservou a vida».

«E foi-lhe concedido animar a imagem da besta, de modo que falasse; e obrigar todos os homens, sob pena de morte, a adorar a besta».

«E fará que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, tenham um sinal na sua mão direita, ou nas suas frontes; e que ninguém possa comprar ou vender, excepto aquele que tiver o sinal ou o nome da besta, ou o número do seu nome».

«É aqui que está a sabedoria. Quem tem inteligência, calcule o número da besta. Porque é número do homem; e o número dela é seiscentos e sessenta e seis». (Ap 13, 11-18).

Tal é a segunda parte da profecia de São João. São Gregório interpreta esta misteriosa passagem no sentido, como dissemos, de que o Anticristo terá o seu colégio de pregadores e de apóstolos ao contrário. E esses doutores da mentira serão qualquer coisa como os nossos sábios modernos, misto de mágico ou espírita.

Eles terão a aparência do Cordeiro. Adoptarão na aparência as máximas evangélicas de paz, de concórdia, de liberdade, de fraternidade humana; e debaixo dessas aparências propagarão o ateísmo mais desavergonhado.

Eles terão a aparência do Cordeiro. Apresentar-se-ão como agentes de persuasão, respeitosos para com as consciências; e depois, farão morrer entre tormentos aqueles que se recusarem a ouvi-los.

«Os seus ouvintes, diz fortemente São Gregório, serão todos (réprobos) banidos; a sua táctica, diz ele ainda, consistirá em proclamar que o género humano, durante as épocas de fé, estava mergulhado nas trevas; e saudarão o advento do Anticristo como a aparição do dia e o despertar do mundo» (Mor. in Job. lib. XXXIII).

Essas pregações serão apoiadas por falsos prodígios. Instruídos pelo diabo e por o seu agente a respeito de segredos naturais ainda desconhecidos, os missionários do Anticristo espantarão e seduzirão as multidões com toda a espécie de sortilégios; farão descer fogo do céu, e farão falar as imagens do Anticristo que terão erigido.

Mas isso não é tudo. Forçarão os homens, sob pena de morte, a adorar essas imagens falantes. Obrigarão os homens a levarem na mão direita ou na testa, o número do monstro. E aquele que não tiver esse número não poderá nem comprar nem vender.

Aí aparece o terrível requinte da suprema perseguição. Aquele que não levar a estampilha do monstro estará por isso mesmo fora da lei, fora da sociedade, passível de morte.

Mas não vemos desde o presente se desenhar alguns ensaios dessa tirania?

O que são todos esses mestres do ensino sem Deus, senão os precursores do Anticristo? A Revolução quer ter o seu corpo ensinante, encarregado oficialmente de descristianizar a juventude, e de imprimir na testa de todos, pequenos e grandes, pobres e ricos, a estampilha do Deus-Estado. O ensino obrigatório e leigo não tem outro fim. Já se preparam leis para interditar a entrada nas carreiras públicas de quem não tenha recebido a assinatura das escolas do Estado. No dia em que essas leis abomináveis passarem, pode-se pôr luto pela liberdade humana. Estaremos sob uma tirania sombria, sufocante, infernal. O Anticristo poderá chegar.

Esperemos, a consciência pública é ainda bastante cristã e não suportará tal tortura. Também procura-se, de todas as maneiras possíveis, adormecê-la.

Além disso, que os fiéis se consolem! Todos esses extremos só servirão, nos desígnios de Deus, ao brilho da paciência e fé dos santos.

(In O Drama do Fim dos Tempos – Pe. Emmanuel André – Pags. 20-24)





quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Turquia volta a permitir a utilização
de véu islâmico em instituições públicas

A Turquia, país da NATO e que pretende entrar na União Europeia, acabou com a proibição da utilização de véu islâmico nas instituições públicas.
A interdição vigorava desde os tempos de Kemal Ataturk, pai da república moderna, que proibiu o uso do véu em locais públicos como parte das medidas de modernização e ocidentalização do país.

O actual primeiro-ministro, Tayyip Erdogan, é de um partido islamita e tem tomado medidas islamizantes. Depois de ter permitido a utilização do véu islâmico nas universidades, autoriza a possibilidade de se trabalhar em instituições do Estado com véu.
A própria mulher de Erdogan já foi criticada por aparecer em público, ao lado do marido, com véu a cobrir-lhe o cabelo.

Os defensores do Estado secular estão muito preocupados com o que consideram ser uma deriva islamita da sociedade turca. Esta preocupação esteve também na base das contestações violentas ao regime que tiveram lugar nas principais cidades turcas a partir de Maio deste ano.

Por outro lado, na Europa, a pressão muçulmana acentua-se.

A França está a ver-se obrigada a ponderar proibir véus islâmicos nas universidades.

A Bélgica, país igualmente pressionado pelos muçulmanos  tem de obrigar mulher, já com nacionalidade belga, a retirar véu islâmico.

E aqui ao lado, o Supremo espanhol revogou a proibição do uso do véu islâmico e «burka».





quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Leia com atenção e partilhe, por favor...
é de extrema importância salvar as nossas
crianças desta barbárie que lhes está sendo
presentemente preparada

Não se esqueça de que essas crianças, podem um dia, vir a ser os seus filhos ou os seus netos... por isso leia e assine.


O Documento Padrões para a Educação Sexual na Europa, publicado pelo gabinete europeu da Organização Mundial de Saúde, recomenda «masturbação para a primeira infância»... «Brincar de médico» aos 4 anos de idade e explorar as «relações entre o mesmo sexo» aos 6 anos.

Pretende-se que o documento seja usado para ensinar educação sexual às crianças. Porém, parece mais um documento criado para corrompê-las. Por isso queremos que o documento seja removido o mais rápido possível.

Envie a sua solicitação à Dra. Margaret Chan, Directora da Organização Mundial de Saúde.

Veja abaixo mais alguns exemplos do que o documento propõe para diferentes faixas etárias:

0-4 anos: diversão e prazer ao tocar o corpo de alguém; diferentes tipos de amor; tomar consciência da identidade de género e direito a explorar a identidade de género, etc.

4-6 anos: consolidar identidade de género; relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo, etc.

6-9 anos: a ideia básica sobre a contracepção; diferentes métodos de contracepção; direitos sexuais das crianças; papéis de género, etc.

9-12 anos: reprodução e planeamento familiar; primeira experiência sexual; orientação de género; direitos sexuais, etc.





terça-feira, 15 de outubro de 2013

João Paulo II sobre a «obsessão»
de defender a vida


João Paulo II uma vez concedeu uma entrevista ao respeitado jornalista Vittorio Messori, que lhe perguntou se ele não seria porventura «obsessivo» na sua pregação contra o aborto. O Santo Padre retorquiu-lhe:

«A legalização da terminação da gravidez é apenas a autorização dada a um adulto, com a aprovação de uma lei estabelecida, de tirar a vida a crianças ainda não nascidas e por isso incapazes de se defenderem. É difícil conceber uma situação mais injusta, e é muito difícil falar de obsessão nesta matéria, pois trata-se de um imperativo fundamental de toda a consciência recta – a defesa do direito à vida de um ser humano inocente e indefeso».

(Em Atravessando o Limiar da Esperança, 1994, livro-entrevista baseado nas perguntas de Vittorio Messori)




O segredo dos privilégios
dos políticos já é lei


(De autor que não identificámos)

Já tem a forma de lei n.º 64/2013, de 27 de Agosto, o sigilo dos privilégios dos políticos e foi (hoje) publicado no Diário da República.

Portanto, por protecção da Lei agora aprovada pela Assembleia da República, com os votos favoráveis do PSD, CDS/PP e do PS, passaram a ser secretos os privilégios dos políticos.
Vejam-se, neste caso e segundo esta lei, por exemplo, as chamadas pensões de luxo atribuídas aos ex-políticos (ex-deputados, ex-Presidentes da República, ex-ministros e ex-primeiros-ministros, ex-governadores de Macau, ex-ministros da República das Regiões Autónomas e ex-membros do Conselho de Estado) e os ex-juízes do Tribunal Constitucional, passaram a ser escondidas do povo português.

A partir de agora e na vigência desta lei, os portugueses e contribuintes ficam a desconhecer quem são e quanto recebem financeiramente do erário público e do orçamento geral do estado os ex-políticos e governantes.

O que é o mesmo que dizer que os políticos e governantes passam a poder decidir secretamente entre eles a atribuição a si mesmos dos benefícios, regalias, subsídios ou outras mordomias, sem que os portugueses, o povo português portanto, ou até mesmo os tribunais, tenham direito a saber o que os políticos fazem com o dinheiro que é de todos nós.

De facto e de Lei, passou a haver uma qualidade superior de sujeitos, casualmente os políticos, governantes e juízes do Tribunal Constitucional, que estão isentos do escrutínio público, não se encontram mais obrigados a revelar as fontes, as origens e a natureza dos seus rendimentos de proveniência pública, ou seja, que fazem com o dinheiro público o que muito bem entendem e não estão obrigados a prestar contas públicas do que fazem.

Lida esta nova Lei tive de socorrer-me do Código Penal, onde fui encontrar semelhantes comportamentos e condutas nos dois artigos 308º e 375º do Código Penal, respectivamente o crime de «Traição à Pátria» por abuso de órgão de soberania e o crime de «Peculato».

Triste república esta em que vivemos, onde a delinquência já tem protecção de lei !





segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A estrutura moral da pedofilia
(e outros abusos)

Anthony Esolen

Na América contemporânea a condenação da pedofilia tem por base as emoções e não o raciocínio moral. Não há quem consiga explicar porque é que a pedofilia é uma coisa tão vil e, ao mesmo tempo, sustentar o primeiro mandamento da revolução sexual: Satisfazei os vossos desejos.

A estrutura moral da pedofilia é tão simples como isto: o bem-estar das crianças subordina-se à satisfação sexual dos adultos.

Jerry Sandusky, ex-coordenador defensivo da equipa de futebol Americano Penn State, criou uma IPSS chamada The Second Mile, para crianças, a maior parte das quais sem pais, que viviam em lares difíceis. Não se sabe se o fez com a intenção de atrair os rapazes para uma armadilha, mas a realidade acabou por ser essa, de acordo com o testemunho de homens que recordaram, com vergonha e nojo, a forma como foram iniciados à sodomia.


Ver mais em
http://www.uniaodasfamiliasportuguesas.blogspot.pt/2013/10/a-estrutura-moral-da-pedofilia-e-outros.html





domingo, 13 de outubro de 2013

15 perguntas cruciais a protestantes


Coloco neste artigo algumas perguntas de vários sites apologéticos para protestantes e que certamente não conseguem responder defendendo as suas ideias.

Lembrando que não coloco estas perguntas nos meus artigos para nós os católicos atacarmos os protestantes, mas apenas para «evangelizar» mostrando as falhas do protestantismo, não podemos fazer o mesmo que eles atacando porque senão seremos iguais a eles, e nós católicos não temos a habilidade para usar esta metáfora «protestante de protestante».

Rogai sempre discernimento ao Senhor para não cairmos neste pecado irmão e veja estas perguntas:

1 – Porque negaria as bênçãos do baptismo para as suas crianças quando a Bíblia não o proíbe, e é prática universalmente aceite pela Igreja Católica e até pelos reformadores Lutero e Calvino?

2 – Se Lutero é proclamado como a pessoa que Deus levantou contra as práticas da Igreja Católica para trazer o cristianismo de volta às suas fontes originais, então porque é que os protestantes de hoje não são todos luteranos?

3 – Porque é que o protestantismo do último reavivamento é tão criticado pelos protestantes clássicos, e estes por aqueles, se todos proclamam que são membros de uma única Igreja invisível e que as doutrinas secundárias são apenas meros costumes e que o que os une é Cristo?

4 – Se a Igreja Anglicana é protestante, e utiliza o dogma de «somente a Escritura» como meio de obtenção de claridade da palavra de Deus, e acredita na real presença de Jesus na Eucaristia e na regeneração baptismal, o que faz com que os outros protestantes, como os pentecostais e neopentecostais, que também utilizam a mesma «somente a Escritura», portanto o mesmo meio, cheguem a uma conclusão diferente da Igreja Anglicana?

5 – Porque é que alguns protestantes dizem que a Igreja não deve ser hierárquica, mas possuem uma hierarquia nas suas igrejas?

6 – Se os primeiros cristãos se apoiavam na doutrina dos apóstolos, e Paulo  disse que a Igreja está edificada conforme os apóstolos, isso quer dizer que a Igreja de Cristo tem sucessão apostólica e essa onde tem a doutrina dos apóstolos, como pode dizer que está na Igreja de Jesus se a sua seita não tem mais que 150 anos? Você pode traçar uma linha ligando a sua Igreja até aos apóstolos?

«Perseveravam eles a doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum, na fracção do pão e nas orações» (At 2,42).

Efesios 2:19-20 «Já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus edificados sobre os fundamentos dos apóstolos e profetas»

7 – Porque é que quando Jesus disse em Jo 6,48-51 «Eu sou o pão da vida. Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram. Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu der, é a minha carne para a salvação do mundo» e também em Joao 4:32 «Tenho um alimento para comer que vós não conheceis». Muitos dos ouvintes ficaram estarrecidos. Ouviram com os seus próprios ouvidos que Jesus disse que eles deveriam comer a Sua carne e todos sairam da presença dEle, mais ainda Jesus pergunta aos apóstolos se não queriam partir com os descrentes.

Será que não está também agindo como os descrentes que acharam Jesus uma espécie de canibal?

«Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida» (Jo 6 55).

Jesus ainda diz mais adiante Jo 6:60-63 «Muitos dos seus discípulos ouvindo disseram: «Isso é muito duro, quem o pode admitir? Sabendo Jesus que os seus discípulos murmuravam por isso perguntou-lhes: Isso escandaliza-vos?…… as palavras que vos tenho dito são espírito e vida.

«O cálice da bênção, que benzemos, não é a comunhão do sangue de Cristo? E o pão que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo?» (1Cor 10,16).

Em lugar de «comunhão» outras traduções usam a palavra «participação».

8 – Porque é que o apóstolo Paulo não explicou e disse que isso (a comunhão do corpo de Jesus) era meramente simbólico?

Mais tarde, ele diz:

«Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação». (1Cor 11,29).

Não foi perante a Reforma que este assunto foi posto em discussão, com Lutero acreditando na presença física de Cristo na Eucaristia, Calvino acreditando na presença espiritual de Cristo na Eucaristia, e Zwínglio chamando-a apenas de um «memorial». O que é mais verdadeiro: o consistente ensinamento da Igreja, durante dois milénios, ou as opiniões conflitantes dos três reformadores?

9 – Porque é que usa sumo de uva na ceia do Senhor, se Jesus usou vinho? Porque é que usa sumo de uva se a Igreja Católica sempre usou vinho?

O facto é que Jesus certamente bebeu vinho (Luc 7,33-34) e também o bebeu nas bodas de Caná (Jo 2).

A palavra grega para vinho é «oinos». A palavra grega usada no Novo Testamento para «bêbado» ou «bebedor de vinho» é derivada também de «oinos». Basicamente significa alguém que bebe vinho exageradamente.

No relato evangélico da Ceia do Senhor foi usada uma terminologia que pode ser interpretada por vinho ou sumo de uva, assim como «cálice» ou «fruto do vinho». Contudo, São Paulo na sua Primeira Epístola aos Coríntios censura-os por ficarem bêbados durante a Ceia do Senhor. Seria impossível para os Coríntios ficarem bêbados se usassem somente sumo de uva. Paulo também nunca tratou de corrigi-los, dizendo-lhes para usarem sumo de uva em vez de vinho. Portanto, a leitura mais exacta indica que foi usado vinho na Ceia do Senhor.

Olhando para o contexto histórico, a Igreja sempre usou vinho. O uso do vinho não foi objecto de discussão até ao séc. XVI. Durante a refeição da Páscoa, os judeus, hoje ainda como há 2.000 anos, celebram-na com vinho (v. Unger's Bible Dictionary, verbete «Lord's Supper»). O tabu contra o uso do vinho é uma restrição recente feita pelos homens, mas não provém de Deus (v. Deuteronómio 14,26, se você ainda acredita que Deus proibiu o uso do álcool).

10 – Porque é que obedece a uma Igreja que tem um governo presbiteral ou congregacional já que a Bíblia ensina a forma de governo episcopal? Pedro não foi eleito. Pedro, bem como os outros apóstolos, foram indicados para o ofício directamente por Jesus. Nas Igrejas Evangélicas os pastores são, na maioria dos casos, eleitos pelo voto da congregação. Qual é a evidência bíblica para se eleger pastores?

Não há nenhuma. A Igreja de Jerusalém nomeou diáconos, mas não há nenhuma evidência nas Escrituras para eleger pastores. Depois de os diáconos serem nomeados, ainda foram ordenados pelos apóstolos. Os apóstolos ordenaram sete diáconos através de preces e imposição das mãos sobre eles.

Durante as suas viagens, Paulo ordenou Tito e Timóteo. Paulo deu a Tito e a Timóteo a autoridade de ordenar anciãos: «Eu te deixei em Creta para acabares de organizar tudo e estabeleceres anciãos em cada cidade, de acordo com as normas que te tracei» (Tt 1,5). «A ninguém imponhas as mãos inconsideradamente, para que não venhas a tornar-te cúmplice dos pecados alheios» (1Tim 5,22).

A ordenação dos anciãos e diáconos está implicitamente indicada.

O Novo Testamento não nos fala em nenhum momento da congregação elegendo os seus anciãos/pastores. Em vez disso, os anciãos eram indicados pelos apóstolos ou por aqueles que receberam a autoridade dos apóstolos.

Esta forma de governo da Igreja é chamada governo episcopal. Somente após a Reforma houve Igrejas que utilizaram governos presbiterais ou congregacionais.

11 – Por favor, diga-me uma razão para aceitar a Bíblia que um muçulmano não poderia usar por considerar o Corão inspirado por Deus.

R – Os católicos aceitam a Bíblia como Palavra de Deus porque a Igreja que Cristo fundou e confiou a São Pedro (Mt 16,18), e que é a Coluna e Firmamento da Verdade (1Tim 3,15), diz que a Bíblia é a Palavra de Deus.

Como dizia Santo Agostinho, «creio nos evangelhos porque a Santa Madre Igreja me diz para crer neles».

12 – Por favor, diga-me porque é que aceita apenas uma parte da Bíblia (afinal, a lista de livros que compõem o Novo e o Antigo Testamento foi determinada ao mesmo tempo – aliás, junto com o título de Mãe de Deus para Nossa Senhora – e aceita apenas parte do Antigo Testamento), e com que autoridade o faz.

R – Os católicos aceitam a Bíblia na íntegra porque a lista de livros que a compõem foi definida pela Igreja em 397 d.C., sob a autoridade do sucessor de Pedro o Papa São Dâmaso I.

13 – Por favor, diga-me porque é que a Bíblia teria precisado de quase 1 600 anos para ser entendida correctamente, se ela é teoricamente algo que qualquer um pode ler e entender.

R – Os católicos sabem que a Bíblia não é algo que qualquer um pode ler e entender sem ajuda (2Pd 3,16, At 8,31), e sabemos que Cristo confiou a São Pedro, o primeiro Papa, a tarefa de tomar conta do Seu rebanho, a Igreja (Jo 21,15-17). Nós seguimos o que os sucessores de Pedro nos transmitem.

14 – Por favor, explique como alguém pode saber se entendeu a Bíblia correctamente, se ele só pode confiar na Bíblia, e em mais nada; afinal existem cerca de 28 000 seitas protestantes no mundo, cada uma entendendo a Bíblia de maneira diferente e todas achando que estão certas.

R – Os católicos sabem que é a Igreja que Cristo fundou e confiou a São Pedro (Mt 16,18), e que é a Coluna e Firmamento da Verdade (1Tim 3,15), quem tem a missão de ensinar (Mt 28,19), e que as Escrituras não devem sofrer interpretação particular (2Pd 2,20), pois quem o faz comete erros que o conduzem à perdição (2 Pd 3,16). Assim, sabemos que a explicação feita pela Igreja está certa, e está errada qualquer interpretação diferente desta.

15 – Por favor, prove usando apenas a Bíblia que ela é o que você considera que ela seja (ou seja, a única fonte de Verdade Revelada, composta pelos livros que você aceita, todos eles e só eles). Claro que todo mundo sabe que a Bíblia é a Palavra de Deus, boa para o ensino, etc. e tal, mas por favor, tente provar que ela é a única fonte da Palavra de Deus, composta pelos livros que você aceita, todos eles e só eles.

R – Ao contrário dos protestantes, que acreditam na heresia chamada «somente a Escritura», segundo a qual apenas a Bíblia é a Palavra de Deus, os católicos sabem que além da Bíblia, que não tem toda a Palavra de Deus e não está completa, (Jo 20,30-31; Jo 21,25; 2Ts 2,14), há ainda a Tradição Oral, também revelada por Deus, que deve ser seguida (2 Ts 2,15; 2Ts 3,6; 2Tm 1,13; 1 Cor 11,2; Gl 1,14, 1Tm 6,20; 2Tm 1,14; 2Tm 2,2, etc.). O próprio São Paulo, em At 20,35, cita palavras de Cristo que não estão em nenhum dos Evangelhos, dizendo aos bispos de Éfeso que eles devem lembrar-se delas. Sabemos ainda que os livros que compõem a Sagrada Escritura são os que a Igreja determinou em 397 d.C., mais de mil anos antes dos primeiros protestantes arrancarem sete livros das suas bíblias em 1517 d.C.