sábado, 4 de maio de 2013

O maior perigo para a Igreja
é que seja mundana, diz o Papa


Na homilia da Missa desta manhã (30 de Abril) na Casa de Santa Marta, o Papa Francisco disse que quando a Igreja se converte em mundana, por causa do demónio, faz-se incapaz de anunciar o Evangelho e o «escândalo» da Cruz. «Este é o maior perigo!».

Francisco explicou que «pode-se proteger a Igreja, pode-se curar a Igreja e nós devemos fazê-lo com o nosso trabalho; mas é mais importante o que faz o Senhor: Ele é o único que pode olhar cara a cara o maligno e vencê-lo. (…) Se queremos que o príncipe deste mundo não tome a Igreja nas suas mãos, devemos confiá-la ao único que pode vencê-lo». Ele pode levá-la adiante, protegê-la e fazê-la crescer, defendê-la de quem quer que a Igreja se torne mundana. «Este é o maior perigo!».





sexta-feira, 3 de maio de 2013

Putin estuda como não permitir
que «casais» invertidos adoptem
crianças russas em França


O presidente russo, Vladimir Putin, pediu esta sexta-feira que se modifiquem os acordos bilaterais em matéria de adopção com a França para evitar que as crianças do seu País sejam entregues a casais invertidos após a aprovação legal das uniões invertidas.

«Precisamos de reagir ao que acontece à nossa volta. Respeitamos os nossos parceiros, mas pedimos que respeitem as nossas tradições culturais, as nossas normas éticas, legislativas e morais», disse Putin citado pelas agências locais.

Putin respondeu assim à proposta apresentada pela presidente da assembleia do enclave báltico de Kaliningrado, Marina Orguíeva, que sugeriu mudanças no acordo com a França para que as crianças russas não sejam adoptadas por casais invertidos.

«Você tem razão (...). Considero que temos motivos para introduzir mudanças no chamado documento. O assunto está em aberto, temos que pensar sobre isso», acrescentou Putin.

O acordo bilateral com a França foi assinado em Novembro de 2011 e ratificado em Julho do ano passado.

A vice-presidente do comité para os Assuntos da Família da Duma Baixa e deputada oficialista, Olga Vatálina, assegurou que para emendar o acordo bilateral com Paris seria suficiente receber a conformidade, por escrito, dos franceses.

«A legalização das uniões invertidas preocupa muito os deputados, que reagiram de maneira sensível perante esta decisão em França e estão categoricamente contra a possibilidade da adopção de crianças russas por parte de famílias do mesmo sexo», assinalou.

O Defensor do Menor, Pável Astájov, que depende directamente do Kremlin, já expressou em várias ocasiões a sua oposição a que os casais invertidos adoptem crianças. O funcionário disse que a Rússia fará tudo o que for possível para impedir que no país se repita a situação da Espanha, Canadá ou França.





quinta-feira, 2 de maio de 2013

Os «casais» segundo a Rádio Renascença

Nuno Serras Pereira

«É verdadeiramente extraordinário que a autoproclamada, sem pingo de vergonha, rádio católica portuguesa (RR), propriedade do Episcopado português, chame sistematicamente casais àqueles que não o são nem o podem, de facto, ser, contribuindo assim, com inusitado fervor, para a propaganda lgbt.

«Mais inacreditável ainda é a passividade dos prelados portugueses, os quais porventura cuidarão que a publicação de uma nota pastoral sobre a família, aliás bem-feita e com linguagem acessível, é suficiente para se desobrigarem de qualquer outra acção no combate contra este violento vampirismo espiritual e moral. Mas a verdade é que, se puserem de lado as racionalizações autojustificativas e olharem de frente, diante de Deus, as suas consciências saberão muito bem que isso não passa de uma mentira infame. Nem será necessário meditarem atentamente na importantíssima entrevista recente, a propósito de um outro assunto, embora com este relacionado, mas igualmente aplicável neste caso, que o Cardeal Burke concedeu a uma prestigiada agência noticiosa.

«Evidentemente que quando falta o ensinamento insistente, repetido para ser assimilado, o exemplo, o encorajamento e a liderança, andam as ovelhas tresmalhadas, anuindo a tudo o que os lobos vorazes propõem, como meio mais pronto e eficaz para dizimarem facinorosamente o rebanho. Verdadeiramente há pastores que, se não são lobos, imitam muito bem.»





quarta-feira, 1 de maio de 2013

Papa Francisco: Deus nos dá a coragem
para caminhar contra a corrente


Neste Domingo, ao presidir à Missa na Praça de São Pedro, em que conferiu o Sacramento da Crisma a 44 fiéis de todo o mundo, o Papa Francisco assegurou que Deus «nos dá a coragem para caminhar contra a corrente», o qual, assegurou «fortalece o coração».

Perante 70 mil pessoas congregadas na Praça de São Pedro, o Santo Padre assegurou que «Ele nos dá a coragem para caminhar contra corrente? Sim, jovens; ouvistes bem: ir contra a corrente. Isto fortalece o coração, já que ir contra a corrente requer coragem e Ele nos dá esta coragem».







terça-feira, 30 de abril de 2013

A Sociedade Portuguesa de Autores
recusa o «Acordo Ortográfico»

A SPA não adopta o novo acordo ortográfico
perante as posições do Brasil e de Angola sobre a matéria

A SPA continuará a utilizar a norma ortográfica antiga nos seus documentos e na comunicação escrita com o exterior, uma vez que o Conselho de Administração considera que este assunto não foi convenientemente resolvido e se encontra longe de estar esclarecido, sobretudo depois de o Brasil ter adiado para 2016 uma decisão final sobre o Acordo Ortográfico e de Angola ter assumido publicamente uma posição contra a entrada em vigor do Acordo.

Assim, considera a SPA que não faz sentido dar como consensualizada a nova norma ortográfica quando o maior país do espaço lusófono (Brasil) e também Angola tomaram posições em diferente sentido. Perante esta evidência, a SPA continuará a utilizar a norma ortográfica anterior ao texto do Acordo, reafirmando a sua reprovação pela forma como este assunto de indiscutível importância cultural e política foi tratado pelo Estado Português, designadamente no período em que o Dr. Luís Amado foi ministro dos Negócios Estrangeiros e que se caracterizou por uma ausência total de contactos com as entidades que deveriam ter sido previamente ouvidas sobre esta matéria, sendo a SPA uma delas. Refira-se que também a Assembleia da República foi subalternizada no processo de debate deste assunto.

O facto de não terem sido levadas em consideração opiniões e contributos que poderiam ter aberto caminho para outro tipo de consenso, prejudicou seriamente todo este processo e deixa Portugal numa posição particularmente embaraçosa, sobretudo se confrontado com as recentes posições do Brasil e de Angola.

Lisboa, 9 de Janeiro de 2013





domingo, 28 de abril de 2013

Argumento irrebatível
para «desaplicar» o AO

Ivo Miguel Barroso

1.º – A Resolução do Conselho de Ministros (RCM) n.º 8/2011, de 25-1, mandou aplicar o AO à Administração Pública e a todas as publicações no Diário da República (DR), a partir de 1-1-2012, bem como ao sistema educativo, a partir de Setembro de 2011. Ou seja, a RCM antecipou o fim do prazo de transição (17-9-2016) em 4 anos e 9 meses (!) para a Administração e DR, e em 5 anos para o ensino.

É curioso verificar que a «fonte de obrigatoriedade» no nosso país de «aplicação» do AO seja um «regulamento administrativo» independente, flagrantemente inconstitucional a título orgânico (invade a reserva de lei da AR – art. 165/1, b), da Constituição (CRP)) e formal (não é um decreto regulamentar – art. 112/6). A RCM é aplicável às publicações no DR. Ora, a RCM nunca deverá ser aplicada a actos de órgãos de pessoas colectivas que exercem outras funções jurídicas do Estado diversas da f. administrativa, sob pena de incorrer o grave vício de usurpação de poderes. A RCM não deveria ter sido aplicada nem à AR (exerce a função (f.) legislativa e a política), nem ao PR (f. política), nem aos tribunais (f. jurisdicional); nem a privados (com excepção das escolas particulares).

2.º – A maioria das normas do AO e das Resoluções que o implementam são inconstitucionais.

As pessoas que se queiram informar poderão ver as minutas (funcionários públicos, professores, pais e encarregados de educação, autores, particulares), no grupo «Em acção contra o AO», a que convido todos os anti-acordistas a aderir.

3.º – Em todo o caso, porque explicar as razões de inconstitucionalidade a não juristas pode levantar dúvidas aos superiores hierárquicos, etc., há uma forma, muito simples e eficaz de uma pessoa se eximir a uma «ordem de aplicação» do AO.

Lendo a petição, disponível no grupo «Em acção contra o AO» do Facebook, fica comprovado cientificamente que o AO é violado:

1) pelo conversor «Lince» (oficial, criado pela RCM);

2) pelos restantes instrumentos: Vocabulário Ortográfico do Português (VOP); pelos correctores privados, v. g., da Porto Editora, etc.; e ainda o VOLP brasileiro de 2009 (foi intentada uma acção popular no Brasil, por violar o AO). Este argumento, de o AO ser violado por todos os instrumentos de alegada «aplicação», é irrebatível, demonstrando as contradições de quem é «acordista», mas, ao tentar sê-lo, viola o próprio AO. Logo, ninguém pode utilizar os instrumentos aludidos, sob pena de ilegalidade sui generis, por violação do tratado internacional do AO. Basta alegar isto, para que qualquer pessoa se possa eximir à «aplicação» do AO: não se pode «aplicar» o AO violando-se o próprio AO... Com tanto mais razão, se uma pessoa for favorável ao AO («acordista»), então é que não pode mesmo utilizar o «Lince» nem os correctores; pois estaria a atraiçoar o AO.

4.º – A utilização do «Lince» viola regras elementares de citação das obras, adulterando a sua ortografia original. Viola também o direito ao nome (por ex., o apelido «BaPtista» é mudado para «Batista»).

O VOP também viola o AO (v. audição de Vasco Teixeira, da Porto Editora, no Grupo de Trabalho de Acompanhamento do AO, na 8.ª Comissão da AR).

5.º – Note-se que o AO difere do que designo por «acordês»; ou seja, dos instrumentos que, alegadamente, o «aplicam», mas que, na verdade, o violam. A «criatura» rebela-se contra o criador. O exposto deve-se às debilidades científicas na base do AO (o «critério da pronúncia»; a propalada aproximação da linguagem escrita à linguagem oral, obsoleta desde os anos 60), que geram discrepâncias, na prática, entre as várias formas de grafar um lema; e também devido às facultatividades, que o «Lince», por ex., não reconhece como válidas.

6.º – Em conclusão, exercer o direito-dever (por parte de entidades públicas) de não aplicar normas inconstitucionais, bem como o direito de resistência (por parte dos particulares – art. 21.º da CRP) podem ser muito facilmente exercidos.