sexta-feira, 27 de maio de 2016
O cardeal Canizares denuncia a aliança
contra a família do império dos invertidos,
feminismo e classe política
El cardenal y arzobispo de Valencia, S.E.R Antonio Cañizares, defendió ayer el «bien precioso de la familia cristiana» al tiempo que ha lamentó que en los últimos años «ha asistido a una importante escalada contra la familia por parte de dirigentes políticos, ayudados por otros poderes como el 'imperio gay' y ciertas ideologías feministas».
En una misa celebrada en el Pontificio Instituto Juan Pablo II de Valencia, Cañizares recordó a Benedicto XVI cuando, antes de su llegada a Valencia en el 2006 para el quinto Encuentro Mundial de las Familias, animó a todos los pueblos a «no ignorar el bien precioso de la familia» fundada sobre el matrimonio.
El cardenal dijo a continuación que ese llamamiento papal sigue siendo especialmente necesario en España, que en los últimos años «ha asistido a una importante escalada contra la familia por parte de dirigentes políticos, ayudados por otros poderes como el 'imperio gay' y ciertas ideologías feministas». Y añadió
«España ocupa uno de los últimos lugares de Europa en política familiar; junto con Grecia es el país con más bajo índice de natalidad, donde la población juvenil ha decrecido más en los últimos veinte años; y donde más se ha incrementado el número de abortos, las rupturas matrimoniales y las uniones de hecho»
En cuanto a la próxima aprobación en la Comunidad Valenciana y en otras regiones de una ley que formenta «la ideología de género», el prelado opinó que se trata de «la más insidiosa que ha habido en toda la historia de la humanidad».
Todo ello, a su juicio, provoca que se esté socavando «el núcleo central de toda sociedad, que es la familia, ámbito inigualable de la solidaridad y escuela de convivencia pacífica que merece toda tutela y ayuda para cumplir su cometido». Ante esta situación, el cardenal indicó que la Universidad Católica de Valencia «no puede permanecer inerte en absoluto» a estos «ataques», sino que toda la comunidad universitaria «debe trabajar por la familia, ya que es ahí donde está el futuro del hombre y de la humanidad».
quinta-feira, 26 de maio de 2016
quarta-feira, 25 de maio de 2016
«Toda a Vida tem Dignidade»
Para: Assembleia da República
Uma Sociedade baseada no Estado de Direito e no respeito pelos Direitos
Humanos Fundamentais não pode ignorar nem calar-se perante as tentativas de
ameaça ao Direito à Vida, de ameaça à Dignidade, e ameaça à Vida concreta de
cada homem e de cada mulher.
Assim, considerando:
1 – Que a Vida Humana é o primeiro dos Direitos Fundamentais, donde decorrem todos os outros direitos, e que ela é inviolável, inalienável, indisponível, que esse é um valor estruturante da vida em sociedade e isso não depende de ideologias nem da decisão de um outro;
2 – Que cabe ao Estado, como guardião dos Direitos Humanos e da Dignidade Humana, garantir e defender a Vida de todos os seres humanos, em quaisquer circunstâncias;
3 – Que só se contribui para uma cultura construtiva e de solidariedade com opções claras em favor da Vida de cada homem e de cada mulher, como Bem superior que a todos importa, numa visão que entende que o exercício da Liberdade individual não pode ser uma afirmação de individualismos perigosos;
4 – Que a eutanásia é sempre um homicídio apoiado pelo Estado (pretensamente através de algum profissional de saúde) ou um suicídio assistido pelo Estado, e que a este não cabe criar o direito de alguém ser morto por outrem, nem validar esta opção como legítima perante o colectivo;
5 – Que o exercício da Liberdade e a vida humana comporta em si mesmo perdas e sofrimentos que, numa sociedade solidária, devem ser acautelados, devidamente prevenidos e evitados e, caso ocorram, serem apoiados pelas famílias, pela Sociedade e pelo Estado a fim de não se tornarem disruptivos para o individuo;
Considerando,
6 – Que a solidão, a vulnerabilidade e as fragilidades se combatem com políticas sociais efectivas, com apoio e a promoção activa de esperança;
7 – Que a doença, a dor e o sofrimento associados têm remédios a que todos devem ter acesso e que tais circunstâncias em nada diminuem a Dignidade da Vida Humana, nem lhe retiram qualquer valor;
8 – Que em Portugal são ainda insuficientes as políticas de combate à exclusão de idosos e incapacitados, os apoios concretos às famílias para suporte dos mais debilitados, as respostas adequadas para o sofrimento dos doentes em estado terminal, nem existem informação e formação suficientes ao dispor da população sobre este tema;
Entendemos e peticionamos à Assembleia da República que, usando dos poderes ao seu dispor, adopte as seguintes providências:
1. Legisle no sentido de reforçar e proteger o valor objectivo da Vida Humana, garantindo, tal como previsto no art.º 24.º da Constituição Portuguesa, a sua inviolabilidade, independentemente das circunstâncias em que se encontre.
2. Promova uma política mais eficaz de combate à exclusão de idosos e incapacitados, nomeadamente através de apoios concretos às Famílias.
3. Recomende ao Governo, a extensão a toda a população e território português dos Cuidados Continuados e Paliativos, o reforço da formação dos profissionais de saúde nas questões de fim de vida, assim como o reforço de meios à disposição das unidades já existentes, garantindo os meios necessários a todos aqueles que deles necessitam.
4. Rejeite toda e qualquer proposta que vá no sentido de conferir ao Estado o direito a dispor ou apoiar a eliminação de Vidas Humanas, ainda que com o alegado consentimento da pessoa.
Assim, considerando:
1 – Que a Vida Humana é o primeiro dos Direitos Fundamentais, donde decorrem todos os outros direitos, e que ela é inviolável, inalienável, indisponível, que esse é um valor estruturante da vida em sociedade e isso não depende de ideologias nem da decisão de um outro;
2 – Que cabe ao Estado, como guardião dos Direitos Humanos e da Dignidade Humana, garantir e defender a Vida de todos os seres humanos, em quaisquer circunstâncias;
3 – Que só se contribui para uma cultura construtiva e de solidariedade com opções claras em favor da Vida de cada homem e de cada mulher, como Bem superior que a todos importa, numa visão que entende que o exercício da Liberdade individual não pode ser uma afirmação de individualismos perigosos;
4 – Que a eutanásia é sempre um homicídio apoiado pelo Estado (pretensamente através de algum profissional de saúde) ou um suicídio assistido pelo Estado, e que a este não cabe criar o direito de alguém ser morto por outrem, nem validar esta opção como legítima perante o colectivo;
5 – Que o exercício da Liberdade e a vida humana comporta em si mesmo perdas e sofrimentos que, numa sociedade solidária, devem ser acautelados, devidamente prevenidos e evitados e, caso ocorram, serem apoiados pelas famílias, pela Sociedade e pelo Estado a fim de não se tornarem disruptivos para o individuo;
Considerando,
6 – Que a solidão, a vulnerabilidade e as fragilidades se combatem com políticas sociais efectivas, com apoio e a promoção activa de esperança;
7 – Que a doença, a dor e o sofrimento associados têm remédios a que todos devem ter acesso e que tais circunstâncias em nada diminuem a Dignidade da Vida Humana, nem lhe retiram qualquer valor;
8 – Que em Portugal são ainda insuficientes as políticas de combate à exclusão de idosos e incapacitados, os apoios concretos às famílias para suporte dos mais debilitados, as respostas adequadas para o sofrimento dos doentes em estado terminal, nem existem informação e formação suficientes ao dispor da população sobre este tema;
Entendemos e peticionamos à Assembleia da República que, usando dos poderes ao seu dispor, adopte as seguintes providências:
1. Legisle no sentido de reforçar e proteger o valor objectivo da Vida Humana, garantindo, tal como previsto no art.º 24.º da Constituição Portuguesa, a sua inviolabilidade, independentemente das circunstâncias em que se encontre.
2. Promova uma política mais eficaz de combate à exclusão de idosos e incapacitados, nomeadamente através de apoios concretos às Famílias.
3. Recomende ao Governo, a extensão a toda a população e território português dos Cuidados Continuados e Paliativos, o reforço da formação dos profissionais de saúde nas questões de fim de vida, assim como o reforço de meios à disposição das unidades já existentes, garantindo os meios necessários a todos aqueles que deles necessitam.
4. Rejeite toda e qualquer proposta que vá no sentido de conferir ao Estado o direito a dispor ou apoiar a eliminação de Vidas Humanas, ainda que com o alegado consentimento da pessoa.
As sociedades dizem-se tanto mais modernas e avançadas quanto melhor
valorizam e tratam os seus elementos mais vulneráveis.
Desta forma, contribuiremos todos para um Portugal mais humano e mais
moderno, um Portugal mais Livre e onde Toda a Vida Tem Dignidade.
Lisboa, 13 de Maio de 2016
Lisboa, 13 de Maio de 2016
segunda-feira, 23 de maio de 2016
Kinsey, um inspirador da decadência sexual
Américo Brito Vitorino
Poucos são os políticos que estudam as ideias politicas que suportam os movimentos políticos e sociais.
Kinsey e o «Relatório Kinsey» é uma das bases ideológicas dos movimentos LGBTT e de muitos outros movimentos amorais e políticos que tem sido protagonizados em Portugal pelo Bloco de Esquerda (onde existe desde sempre um activo núcleo LGBTT) e cujas ideias tem encontrado eco em políticos de outros partidos e infiltrado muitas organizações.
Kinsey é um dos fundamentos ideológicos porque cada vez mais se fala de sexo e de género na politica portuguesa e para as últimas alterações legislativas.
O doente invertido doutor Kinsey |
A tese de Kinsey coloca todos os actos sexuais ao mesmo nível moral, social e biológico, dentro ou fora do casamento, entre pares do mesmo sexo ou de sexo diferente, com crianças e até com animais.
Kinsey defendeu que todos os comportamentos sexuais que se consideravam desviantes eram normais e, em particular, que o comportamento exclusivamente heterossexual era anormal e fruto de inibições culturais e condicionamentos sociais.
Kinsey defendeu e praticou a actividade sexual livre (não só com pessoas) e abominou a distinção entre homem e mulher, diferença que, para Kinsey, não estaria determinada pelo sexo, mas sim pela cultura.
Segundo Kinsey, as relações sexuais entre os animais eram um modelo para o comportamento sexual humano. A única diferença residia no facto de os animais actuarem sem inibições, as quais eram impostas pela sociedade aos seres humanos para impedir um «comportamento sexual natural» iniciando assim a fundamentação do movimento em prol de um novo comportamento sexual natural enquanto outros, e por outras razões, humanizam os animais.
Kinsey afirma que: «Levar a cabo qualquer tipo de actividade sexual é libertar-se do condicionamento cultural que a sociedade impõe, e que leva a fazer distinções entre o que é bem ou mal, entre o lícito e o ilícito, entre o normal e o anormal, entre o aceitável e o inaceitável na nossa sociedade».
No livro de Kinsey, todos os «desafogos sexuais» são aceitáveis e normais, embora a bissexualidade pareça surgir como a mais equilibrada de todas as orientações por incluir as actividades heterossexuais e as homossexuais.
Kinsey empenhou-se em fazer desaparecer do catálogo das doenças patológicas a homossexualidade tendo em 17 de Maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirado a homossexualidade da lista de doenças do Código Internacional de Doenças.
Pugnou por liberalizar as leis e reduzir as penas relacionadas com os crimes sexuais, processo este que continua em curso nas democracias ocidentais.
Mas Kinsey também defende a naturalidade do incesto e da pedofilia e para tentar provar que as crianças podiam ter actividade sexual desde o seu nascimento serviu-se de uma metodologia que implicou abusos sexuais cometidos de modo continuado em mais de 300 crianças menores de 2 meses, em sessões que chegavam a durar mais de 24 horas.
Kinsey defendeu a ideia de que as crianças deviam ser livres e autónomas para decidir por elas mesmas por que tipo de actividade sexual queriam enveredar, sem qualquer tipo de restrições ou regulações por parte do Estado ou dos pais.
Para tentar suportar esta afirmação, Kinsey baseou-se em entrevistas feitas a pedófilos, os quais «por serem adultos, eram capazes de reconhecer e interpretar as suas experiências com as crianças».
Em 1981, a dr.ª Judith Reishman pôs a descoberto, no 5.º Congresso de Sexologia de Jerusalém, o abuso sexual usado como método nos estudos de Kinsey.
Em 1990, Reishman e Edward W. Eichel publicaram «Kinsey, sexo e fraude», um livro que evidencia os horrores do Relatório Kinsey.
Kinsey é a suposta «justificação científica» do incesto e da pedofilia.
Kinsey afirmou que o problema da actividade sexual entre adultos e crianças era «a histeria e a super-protecção por parte dos pais e autoridades»; pensava que «as crianças precisavam da ajuda dos adultos para desenvolver técnicas sexuais efectivas e que, portanto «a sociedade devia reflectir isto, alterando os seus códigos morais».
Kinsey defendia que «se estas relações sexuais forem levadas a cabo em circunstâncias adequadas, ou seja, se o adulto sente genuinamente afecto pela criança tal como sentiria um pai ou outro parente, tais relações poderiam ser uma experiência saudável para a criança (…). Os resultados são desfavoráveis só quando as autoridades públicas ou os pais fizeram crer à criança que este comportamento é imoral ou incorrecto».
Wardell Pomeroy, co-autor do Relatório Kinsey, escreveu que a investigação de Kinsey descobriu «muitas relações agradáveis e satisfatórias entre os pais e as filhas». Ele mesmo afirmou que «o incesto entre adultos e crianças pequenas também podia ser uma experiência satisfatória; as relações incestuosas podem ser boas e, frequentemente, o são».
Um outro colaborador de Kinsey e pioneiro da educação sexual, Lester Kirkendall, escreveu em 1985 ; «que uma vez que o nosso sentido de culpabilidade diminua, as relações sexuais entre crianças e adultos e outras formas de expressão sexuais tornar-se-ão legítimas».
A este respeito no seu livro de educação sexual, «Crianças e sexo», defendeu as possíveis «relações sexuais» entre crianças e animais.
Kinsey reconheceu que algumas das suas experiências sexuais implicaram o uso da força física com os participantes não voluntários: «As crianças reagiram às manipulações sexuais por parte dos adultos de diversas maneiras: retorciam-se, gritavam horrivelmente, tinham violentas convulsões, grandes tremores e/ou experimentavam dores horríveis».
Segundo Paul Gebhard, colaborador do «Relatório Kinsey», os investigadores sabiam que as experiências eram ilegais: «Nós sempre insistimos para que fosse mantida a confidencialidade mesmo quando era amoral no melhor dos casos e criminoso no pior deles. (…) Um exemplo de criminalidade é a nossa renúncia em cooperar com as autoridades para apanhar um pedófilo que estava a ser procurado por um assassinato sexual com violação».
De Kinsey existem cartas de agradecimento dirigidas ao oficial nazi Fritz von Balluseck, pelos seus relatórios acerca das suas actividades de pederastia, advertindo-o, porém, para que «se precavesse de ser surpreendido durante as mesmas».
Uma das conclusões do suposto estudo que mais se difundiram é que 10% da população seria homossexual. Para além do facto do Relatório Kinsey não dar este dado quantitativo, (o qual procede antes da manipulação mediática de organizações e instituições partidárias da homossexualidade), o verdadeiro dado fornecido por Kinsey relativamente a pessoas exclusivamente homossexuais era de 4% da população.
Se por um lado, a amostra estatística usada continha presidiários e ex-presidários, violadores, exibicionistas, pedófilos, proxenetas, prostitutas e homossexuais, por outro lado Kinsey levou a cabo experiências aberrantes com centenas de crianças, com idades entre 2 meses e 15 anos.
Contudo, os números fornecidos pelas investigações sérias mais recentes situam-se muito abaixo de 1% da população; estas investigações demonstram que considerar uma percentagem pré-estabelecida implicaria uma série de afirmações contrárias aos postulados ideológicos do lobby LGBTT.
Kinsey é já Hollywood e a base de algumas alterações politicas e legislativas em Portugal...
E se fosse connosco?
Alberto Gonçalves, Diário de Notícias, 22 de Maio de 2016
Parece que a SIC exibe regularmente um programa chamado E Se Fosse Consigo?, que segundo os autores «testa a capacidade de intervenção dos portugueses na defesa do outro, a partir de situações ficcionadas». O problema é que nem todas as situações até agora ficcionadas exigem intervenção alheia, de portugueses ou de quem calha. Que eu visse — e não vi tudo dado passar imenso tempo à procura do «outro» para defender —não há simulação de terramotos, guerras, terrorismo islâmico, Rock in Rio ou calamidades afins. Há, ao que pude espreitar no site da estação, o tipo de comportamentos patetas que inspiram as almas sensíveis a fomentar a denúncia ao Estado, o Estado a produzir leis, as leis a legitimar um observatório e duas comissões de protecção (ou metade de um ministério).
Trata-se, claro, da «agenda» própria da época, que segrega bem segregadinhos os «oprimidos» (mulheres, gays, minorias étnicas, pobres, obesos, etc.) e os «opressores» (machos brancos, de preferência endinheirados) por categorias rígidas, num processo de simplificação que oscila entre o atraso mental e o puro preconceito. E, algures no meio, os tiros nos pés: parafraseando a Helena Matos, quantas apresentadoras da SIC são gordas, aborígenes, lésbicas e habitam um T2 de renda técnica em Chelas?
Num dos «casos» transmitidos, sobre o (atenção: aproximação de linguagem «especializada») bullying, três crianças aliviam a mochila de uma quarta e, enquanto lhe chamam «princesa», atiram-lhe os cadernos ao chão. Desde Treblinka que não se via semelhante drama humano. A SIC, porém, entende que tamanha irrelevância é de uma gravidade extrema, ou pelo menos a suficiente para que cada transeunte «consciente» (os restantes são uns bandalhos) ajude a vítima, a qual, se não for completamente choninhas, acabará ainda mais enxovalhada. Noutro «caso», uma senhora reclama, sem grande convicção (os «actores» não foram exactamente recrutados na Julliard), das intimidades de um casal homossexual na paragem de autocarro.
Mas o episódio de que se fala tenta exemplificar, evidentemente sem o conseguir, a violência no namoro. Num parque, um casal heterossexual (os homossexuais não têm desavenças) discute a propósito de um telemóvel. O rapaz encarrega-se do berreiro (as raparigas nunca levantam a voz) e das agressões, cujo alvo é um banco de jardim. A cena é tão ridícula e mal interpretada (?) que, naturalmente, leva quase todos os transeuntes a passar ao largo, com receio de interferirem nas filmagens de Morangos com Açúcar. Uma senhora, porém, atira-se de cabeça para o vórtice da discussão: coincidência das coincidências, é a dona Catarina do Bloco de Esquerda, que oferece ajuda à rapariga (o banco só se salvaria pela nacionalização imediata) e descarrega um sermão em cima do rapaz. O rapaz, com auricular e vontade de rir, olha para a dona Catarina. A dona Catarina olha para a câmara e dá o aval à coisa. A SIC exibe-a. O país descobre uma heroína.
Não pretendo insinuar que a SIC manipula o entretenimento de modo a favorecer políticos da sua simpatia, e que a dona Catarina participou na encenação. Pela seriedade com que engole as cabeludas patranhas que lhe põem à frente, apenas verifico que a credulidade dela em matérias políticas, económicas e sociais se estende aos pormenores do quotidiano. Subiu na minha consideração, perdão, comiseração.
De resto, na melhor das hipóteses, E Se Fosse Consigo? é uma alternativa particularmente infantil aos velhos «apanhados» de Joaquim Letria, e uma promoção da bisbilhotice, virtude que dispensaria incentivos. Na pior, procura consagrar o rol de «causas» admissíveis, e assim depreciar problemas autênticos ou complexos ou inconvenientes. Duvido, por exemplo, que venha a haver um episódio dedicado às vítimas do socialismo, os infelizes que, espezinhados pela prepotência dos poderes públicos, começam a ver o caso (sem aspas) malparado. São muitos, esperam alguém que os ajude e sabem que não será a dona Catarina. E se fosse consigo? É connosco.
Apelo sobre a Justiça em relação
ao caso Brandão Ferreira vs Manuel Alegre
e os comentários de um combatente
e de uma poetisa
À consideração de Sua Ex.ª o Presidente da
República:
Justiça estranha em Portugal
Caso Brandão Ferreira versus Manuel Alegre
Juntam-se quatro anexos, sendo todos referentes a
um caso da queixa de Manuel Alegre contra o tenente-coronel Brandão Ferreira.
Depois do julgamento e do recurso para o Tribunal da Relação de Lisboa, este
publicou um acórdão em que se confirma a sentença da 1.ª instância, com
absolvição deste militar (Anexo I). Salienta-se que no final é assinado em
26-02-2015, pelo juiz desembargador Dr. Carlos Benido, posteriormente jubilado.
A revista «Sábado» de 03-03-2015, deu o destaque ao
sucedido. (Anexo II)
Mais de um ano depois, nesta 2.ª quinzena de Maio
de 2016, surge uma notícia no «Público» de 17-05-2016, assinada pela jornalista
Natália Faria (Anexo III), onde dois outros juízes tomam a decisão oposta à
primeira.
O comentador Teixeira da Mota nesta data
(20-05-2016), publica no «Público» um artigo de opinião onde avança com o
ocorrido, dizendo que a decisão e a fundamentação dos dois últimos juízes é
absurda e muito difícil de se perceber! (Anexo IV).
Quanto ao sucedido neste Tribunal apenas o
caracterizo como inaceitável e inadmissível, sendo tal elucidado pelos
referidos anexos.
Em relação à escrita da jornalista Natália Faria,
considero feita com falta de ética profissional, pois em relação a um oficial
que tem colaborado com o jornal era no mínimo exigível que fosse ouvido sobre a
mesma. E que não fosse praticada a técnica da omissão para beneficiar Manuel
Alegre perante a opinião pública. Como «salta à vista», para esta jornalista, o
primeiro acórdão do Tribunal da Relação não existiu! E dois dias depois, o
«Correio da Manhã» (19-05-2016) «embarca» nesta notícia com um texto intitulado
«Jornalista absolvido e militar condenado».
Também convém lembrar que não se pode rotular
alguém de ex-militar, pois quem entra para o quadro das Forças Armadas,
normalmente apenas sai com a sua morte. O tenente-coronel Brandão Ferreira
depois de sair do serviço activo, passa (passou) para a situação de reserva e
finalmente de reforma, continuando sempre a ser militar. Isto sucede na maioria
dos países civilizados. Na internet circula um vídeo com a significativa
cerimónia que se realiza nos EUA, no falecimento de um militar.
Na qualidade de militar que prestou serviço cerca
de uma dezena de anos nos ex-tribunais militares de Lisboa (Promotor de
Justiça, e juiz vogal e presidente) apelo a sua Excelência o Presidente da
República, desta maneira pública, para que nas suas funções de Comandante
Supremo das Forças Armadas consiga normalizar tal incrível situação, de acordo
com a Lei, e a sua conclusão seja feita de forma célere e naturalmente
efectivada no Supremo Tribunal de Justiça.
20-05-2016Coronel (Ref.)
Manuel Bernardo
Caríssimo:
Concordo plenamente não só com a exposição, como
com toda a fundamentação com que, como sempre bem, sustentou a defesa da
condição militar do Exm.º Senhor tenente-coronel Brandão Ferreira que não
poderá nunca permitir a capciosa denominação de ex, esta passível de indiciar
quem desrespeitando ou deslustrando a Instituição Militar incorreu em situação
que levou à sua expulsão da mesma.
Concordo ainda com a nítida falta de ética da dita
jornalista que se presta a escrever uma peça pouco sustentada não se dando ao
cuidado e à obrigação deontológica – de ouvir um colaborador do órgão de
informação em que ambos escrevem.
Quanto ao passado de ambos os opositores nesta
questão – o Exmº Senhor tenente-coronel na situação de reforma Brandão Ferreira
e Manuel Alegre, o passado de ambos e as atitudes praticadas pelo segundo nos
idos anos das Guerras do Ultramar, em que os homens da nossa geração cumpriram
serviço, recordados pelo primeiro em anos recentes, são para mim claros e
suficientemente gravosos para merecerem o repúdio daqueles que lutaram pela
Pátria, sem pensar nos seus interesses, nas suas ambições, ou nas suas certas
ou erradas opções políticas.
Daqueles que se limitaram humildemente a Servir a
Pátria pensando nela antes de pensarem – ou afirmarem que pensaram – mudar-lhe
as formas de governo. Certamente por terem compreendido que, nas encruzilhadas
históricas em que os interesses mundiais dos novos impérios em formação põem em
risco as Pátrias, o primeiro dever dos seus cidadãos é defendê-las em vez de
atacarem os respectivos governos, sobretudo quando se dispõem a fazê-lo
colaborando com os inimigos que as atacam e colocando, com essas acções, em
risco os seus compatriotas.
A designação dada a quem tal faz – ajudar os
inimigos duma Nação ou de um Estado a combater ou levar à morte os cidadãos
dessa Nação e desse Estado, neste caso os Portugueses – sempre foi a de
traidores. É assim em todo o mundo. Foi sempre assim ao longo dos séculos e dos
milénios.
Se os enquadramentos jurídicos alterados ao sabor
dos tempos, dos interesses e da vontade de grupos de intervenientes se despirem
das fundadas acusações para se vestirem de pseudo heróis, lhes permite esse
«travestimento», ou se se divide em tão díspares decisões que permite a
desonestos manobradores das letras impressas vestirem-nos de vítimas e de
pseudo santos idolatrados, é uma circunstância triste.
Circunstância que, no entanto, nunca poderá limpar,
ou apagar, as miseráveis atitudes dos que decidem por esta ou aquela razão
juntarem-se aos que combatem os seus compatriotas.
Subscreverei em qualquer altura que entenda
qualquer texto em que, repito, bem como sempre, decida defender a Honra e a
Dignidade do Exm.º Senhor tenente-coronel Brandão Ferreira, como a de todos
aqueles que lutaram por Portugal contra aqueles que o atacavam.
Estarei sempre ao seu lado na sua preocupada e
constante vontade de que se defenda a Justiça que os que serviram a Pátria
merecem em vez de permitir o injusto e indigno relaxamento cívico que permite
que sejam desvalorizados, atacados ou condenados.
Um grande abraço do
João Alarcão
Subscrever:
Mensagens (Atom)