O sacerdote venezuelano José Palmar foi espancado por polícias e agentes
da Guarda Nacional, ao tentar impedir que estes atacassem um grupo de
estudantes que ia na direcção da Defensoria do Povo da cidade de Maracaibo
(20.2.2014). Conforme informa a imprensa local, a agressão aconteceu na Praça da
República. Depois de ser espancado, o sacerdote foi ajudado por estudantes e
dirigentes da manifestação. Devido à gravidade das lesões e afectado pelas bombas de gás
lacrimogénio, o Pe. Palmar teve de ser levado a uma clínica para ser tratado.
A Capelania Nacional Ucraniana em Portugal e a Obra Católica Portuguesa
das Migrações (OCPM) promoveram em 20 de Fevereiro de 2014 um dia nacional de
oração pela paz na Ucrânia. A Capelania Nacional Ucraniana, de rito bizantino,
está presente em sete dioceses portuguesas e acompanha actualmente uma
comunidade emigrante composta por cerca de 60 mil pessoas. «A crescente onda de violência que está a assolar a Ucrânia, fruto de
manifestações populares e da resposta repressiva por parte das forças
policiais, e que, segundo as notícias desta manhã, já conta com 25 mortos
confirmados, é motivo de preocupação e sofrimento para todos, em particular
para o povo ucraniano e os seus imigrantes espalhados pelo mundo», refere um comunicado da
OCPM, enviado hoje à Agência Ecclesia do episcopado português. O coordenador da Capelania Nacional Ucraniana em Portugal lamentou o
ambiente de violência e morte que se vive no seu país e pediu às comunidades
portuguesas que «rezem pelo fim dos conflitos». «Neste momento, os ucranianos não têm confiança nos seus políticos nem
nos regimes, só têm confiança nas pessoas com quem estão, aqui em Portugal e em
todo o mundo, para que se juntem a eles para pedir a protecção divina para o
seu país e para todas as suas famílias», sublinha o padre Ivan
Hudz, em declarações à Ecclesia. O coordenador da Capelania Nacional Ucraniana teme que os números de
mortos e feridos com a violência sejam «ainda maiores» do que
os divulgados. Segundo o Pe. Hudz no centro desta questão está sobretudo «um
povo que não quer guerras mas sim melhorar a sua vida e viver numa sociedade
sem perseguições e corrupções, numa sociedade onde haja justiça». O responsável salienta que a comunidade ucraniana radicada em Portugal
está acompanhando esta situação com «muita preocupação» e que os
telefonemas para casa, para saberem das famílias que deixaram no país, têm sido «constantes». «Muitos ucranianos aqui também já enviaram cartas ao Governo português,
para pedir-lhe que intervenha e ajude a resolver esta questão», concluiu o sacerdote.