sábado, 8 de novembro de 2014


Só agora é que deram conta dos aviões russos?


José Milhazes

Se alguém tem dúvidas das intenções do presidente russo preste atenção ao facto de 25% do Orçamento de Estado da Rússia ir para «fins secretos», ou seja, despesas militares.

Num comunicado ontem publicado pela Nato, esta organização alertou para as «manobras aéreas incomuns» e de «grande escala», mas Portugal só acordou para este problema quando dois bombardeiros russos se aproximaram das águas territoriais portuguesas. Se as notícias fossem apenas relativas a incidentes semelhantes nos mares Negro ou Báltico, que acontecem regularmente, talvez não merecessem destaque.

Mas ainda bem que isso aconteceu connosco, pois talvez só assim despertemos para o que realmente está a acontecer na Europa, e compreendamos que a «guerra fria» já é uma realidade pelo menos desde o segundo mandato presidencial de Vladimir Putin na Rússia (2004-2008). Desde então ficou claro que Moscovo iria passar das palavras aos actos para manter o seu poder de influência no chamado «estrangeiro próximo», ou seja, no antigo espaço soviético.

Quando da guerra entre a Rússia e a Geórgia (2008), esta perdeu parte significativa do seu território, mas a União Europeia não fez mais do que se apressar a congelar o problema, segundo o princípio: o fundamental é pôr fim aos combates e depois veremos o resto. Nicolas Sarkozy, então presidente de França, veio a Moscovo para acordar o cessar de fogo e estava com tanta pressa que se esqueceu de definir para onde iriam os observadores da OCSE. O Kremlin decidiu que eles só poderiam estar do lado georgiano da fronteira, Bruxelas protestou um pouco e calou-se.

Talvez os dirigentes da NATO e da UE tenham decidido que Vladimir Putin se ficaria por aí, mas enganaram-se. O dirigente russo, aproveitando-se de uma crise interna na Ucrânia, ocupou silenciosamente a Crimeia, justificando-se com o antecedente do Kosovo, o que não corresponde à verdade. O antecedente seria equivalente se a Crimeia passasse a ser formalmente independente como o Kosovo, mas o Kremlin deixou-se de cerimónias e simplesmente transformou esse território em mais uma república sua.


Logo a seguir ateou o fogo do separatismo no Leste da Ucrânia e a explicação também foi encontrada: se os EUA têm direito, porque é que nós não temos? Mas os dirigentes do Kremlin continuam a falar de respeito pelo direito internacional com uma superioridade tal como se fossem anjinhos. E aqui a história volta a repetir-se: quando os EUA enviavam tropas para algum território, isso significava invasão. A União Soviética fazia exactamente o mesmo mas chamava-lhe «internacionalismo proletário». Hoje, o Kremlin encontrou outra fórmula: «defesa do mundo russo», ou, como afirmou recentemente Vladimir Putin, «o urso não vai pedir autorização a ninguém» na defesa da sua taiga. É verdade que o dirigente russo prometeu que esse animal «não tenciona ir para outras zonas climatéricas», mas a Ucrânia já não é propriamente taiga.

E se alguém tem dúvidas das intenções do presidente Russo preste atenção ao facto de 25% do Orçamento de Estado da Rússia ir para «fins secretos», ou seja, despesas militares. Aliás, o Kremlin não faz muita questão de esconder que está a gastar enormes meios financeiros para modernizar as suas forças armadas.

Os países da NATO, até há bem pouco tempo, decidiram relaxar-se e poupar nos orçamentos militares talvez considerando que as boas relações com a Rússia se iriam prolongar eternamente e, agora, irão ter de fazer esforços que países como Portugal e outros não conseguirão fazer.

Além disso, e isto parece-me ser o mais importante, a UE e a NATO parecem não saber como travar a expansão russa no antigo espaço soviético, criando esse desconhecimento um clima de insegurança nas populações dos países que são vizinhos da Rússia. Se falarem com estónios, por exemplo, verão que a maioria está convencida de que o Kremlin irá criar problemas nos países do Báltico sem que a UE ou a NATO venham em sua defesa. Eles foram abandonados aos caprichos de Hitler e Estaline e a história, como é sabido, tende a repetir-se.

Posso estar a exagerar? Talvez, mas dentro em breve terá lugar ou não um acontecimento que responderá a essa pergunta. Dmitri Rogozin, vice-primeiro-ministro russo encarregado do sector militar-industrial, anunciou que a França irá entregar o primeiro porta-helicópteros «Mistral» ao seu país e começar a construir o segundo a 14 de Novembro. Paris diz não existirem condições para isso.

Vamos ver em que vai acabar este braço de ferro e o que vale a solidariedade europeia.





sexta-feira, 7 de novembro de 2014


Presépio na cidade


Queridos amigos,

É verdade! Mais um ano, e será a 15.ª edição do Presépio na Cidade em Lisboa!

Não queríamos deixar de convidar todos a participarem nas iniciativas que se vão organizar e ainda ajudarem a chegar mais longe, este anúncio tão bom e tão urgente no mundo, o Nascimento de Jesus Cristo, Deus feito homem para que os homens se aproximem de Deus.

O tema este ano como não podia deixar de ser é a FAMÍLIA! E  o lema será «Faça-se em mim, segundo a Tua vontade» (Lc1,38).

Visitem-nos desde já no site www.presepionacidade.org e ficam a saber o que se está a organizar.

Chamamos a atenção para a construção das imagens da Sagrada Família, que mantendo o mesmo modelo, usa novos materiais. Todos os anos são centenas e centenas destes pequenos presentes que são distribuídos por muitos lugares e que têm um enorme significado para quem os constrói, os oferece e os recebe.

Com um abraço em nome de toda a equipa do Presépio na Cidade  e agradecendo desde já a ajuda, a companhia e a participação, pedimos que rezem por este projecto, para que em cada dia se faça apenas a vontade de Deus.


                                                                                       Sofia Guedes






quarta-feira, 5 de novembro de 2014


«A Igreja, nem antes, nem durante,
nem depois do Sínodo

pode mudar o que vem do ensinamento
de Cristo»


HÁ BISPOS QUE SE DEIXARAM CEGAR

Nasz Dziennik, uno de los más importantes medios de comunicación polacos, ha realizado una extensa entrevista con el cardenal Gerhard Müller, Prefecto de la Congregación para la Doctrina de la fe. El cardenal habla abiertamente acerca de la influencia nociva sobre el Sínodo y confirma que la enseñanza de la Iglesia sobre la sagrada Comunión para los «vueltos a casar» civilmente está absolutamente prohibida, por ser contrario al Evangelio. Asímismo, añade, todos y cada uno de los actos homosexuales, contrarios a la naturaleza, son un grave pecado. Y lanza una advertencia: hay «obispos, que se han permitido ser cegados, de alguna manera, por una sociedad secularizada».


O cardeal Müller abordou diversas questões na entrevista

Sobre os meios de comunicação

Desafortunadamente, en las sociedades modernas, diversos medios, organizaciones internacionales e incluso gobiernos de varios países, están intentando sembrar confusión en la mente de la gente. En muchos países, las relaciones están destruidas, y esto también se aplica al modelo cristiano de matrimonio y familia. La verdad sobre el matrimonio y la familia es relativizada. Estas tendencias, por desgracia , han entrado, de alguna manera, dentro de la Iglesia y los obispos, a los cuales los medios de comunicación intentan presionar... Nosotros tenemos a Cristo y al Evangelio. Este es nuestro punto de referencia, el fundamento de la única y adecuada enseñanza de la Iglesia...

Sobre o matrimónio

Hay un montón de medios pero sólo hay un mediador, que es Jesucristo y su Evangelio. Por lo tanto, la palabra de Dios no puede ser ignorada de ninguna manera y no se puede ceder en ninguna parte. Se debe aceptar totalmente. La Iglesia, ni antes, ni durante, ni después del Sínodo puede cambiar lo que viene de la enseñanza de Cristo. Respecto al matrimonio, éste está definido, ante todo, por las palabras: «lo que Dios ha unido, que no lo separe el hombre».

Sobre a homossexualidade

Hay algunas voces que después del Sínodo de la Iglesia introdujeron el «camino para una nueva apertura a los homosexuales». ¿Suena esto como si la Iglesia fuera a dejar de calificar los actos homosexuales como pecado y de condenarlos?

Por supuesto, para la Iglesia, el punto de partida de las relaciones siempre es el amor, de un hombre para con una mujer y de una mujer para con un hombre. La Iglesia se centra en esta relación y en ella construye su doctrina social, incluyendo la doctrina moral, lo cual abarca toda la ciencia de la sexualidad humana. Hay situaciones en las que una persona orienta su sexualidad hacia una persona del mismo sexo. Y esta tendencia en sí misma no es un asunto primordial para la Iglesia.

El catecismo de la Iglesia católica enseña que «las personas homosexuales están llamadas a la castidad». El papa Francisco dice que él no intenta crear una nueva doctrina de la Iglesia, pero está intentando mostrar que nadie que se ha equivocado y tenga una tendencia homosexual es juzgado por la Iglesia. Nadie está intentando aislar a estas personas; aún son totalmente personas. Pero hay que decir con claridad que la Iglesia ha juzgado negativamente los actos homosexuales. ¡Tomar parte de un acto homosexual no es aceptable! Y la Iglesia nunca abandonará esa valoración. Son contrarios a la ley natural y es un pecado.

Sobre os bispos

Desafortunadamente, hay representantes de la Iglesia, e incluso obispos, que se han permitido ser cegados, de alguna manera, por una sociedad secularizada, la cual les ha influenciado tanto que les ha hecho perderse el meollo de la cuestión o los ha sacado de las enseñanzas de la Iglesia basadas en la Revelación.

Ellos empiezan a pensar a cerca de las diferentes posibilidades, si es o sería posible, olvidando el fundamento... quizás sugiriendo algunas soluciones cuestionables en algún asunto comprometido, en situaciones difíciles en las que la gente se puede encontrar, quizás guiados por el deseo de ayudar a otro ser humano...

Todo está bien pero siempre se debe recordar que hay una agenda para nosotros, la agenda de la Iglesia, la cual está basada en la Revelación de Dios comunicada por Jesucristo. Y esto es realmente lo que es más importante para nosotros, si esto se pierde, se pierde todo.






A «cultura» e «sociologia»

cunhalo-cavaquista de Pacheco Pereira


Heduíno Gomes

Pacheco Pereira, como é sabido, dispõe de bastante tempo nas antenas do regime, que é dizer do sistema instaurado com a porca III República, que nos conduziu a onde estamos. Não é por acaso que lhe concedem esse tempo de antena.

Um dos seus programas de televisão, na SIC-N, é o Ponto Contraponto, uma espécie de Borda d’Água em formato etéreo, cheio de pretensiosismos sociologistas, isto é, de banalidades e curiosidades de almanaque. É a sua grande cultura.

Na última edição deste programa (1.11.2014), Pacheco Pereira termina em beleza com mais uns elogios à cultura do grande amor intelectual da sua vida: Álvaro Cunhal. No caso, Pacheco põe Cunhal nos píncaros como competente crítico de dança porque viu com os seus próprios olhos, calcule-se, e escreveu sobre uma encenação do ballet Spartacus, de Khachaturian! Pacheco na Roménia e seria ele o cronista ideal de serviço a louvar os dotes científicos da investigadora Elena Ceausescu!

Mas antes, nesta edição do programa, já havia feito outras. Vejamos esta, de actualidade.

Como é sabido, Pacheco Pereira, estava na área do PS, sector Mário Soares, concretamente no MASP (Movimento de Apoio Soares à Presidência). Perante a oferta de lugar como deputado, vendeu o passe ao cavaquismo, à sombra do que ascendeu no PSD e nas antenas do regime, conciliando – o que não é difícil – o seu apoio à tecnocracia cavaquista com a sua concepção de esquerda do mundo. A sua carreira política, deve-a ao cavaquismo. Na federação laranja de interesses e rivalidades, os seus amigos são os cavaquistas.

Na luta pelo poder que actualmente se desenvolve dentro do PSD, Pacheco Pereira está presente. Do lado dos cavaquistas, claro. E utiliza as suas antenas para, por tudo e por nada, atacar as outras facções, especialmente a de Passos Coelho por estar no poder. Com razão algumas vezes – o que não é difícil, diga-se de passagem – mas quase sempre na base da pura dor de corno, demagogia e má língua. Assim, tudo quanto sirva para deitar abaixo o Passos Coelho é bom. Mesmo que seja porcaria.

É o caso, na referida edição do programa Ponto Contraponto, a propósito de uma suposta censura a um «estudo» da revista Análise Social. Não vale a pena repetirmo-nos, pelo que reproduzimos o comentário de Jorge Almeida Fernandes sobre essa suposta censura com a qual o democrata Pacheco tanto se indignou no seu programa da SIC-N. Esse mesmo democrata que andou a apoiar a ditadura cavaquista sobre os militantes do PSD.

Apenas há a acrescentar que Jorge Almeida Fernandes indica o link onde o leitor pode ver as ordinarices contidas nesse «estudo», com as quais Pacheco não se importa de conviver por considerar úteis para mandar abaixo o Passos Coelho. A utilidade é o seu critério moral. Já sabíamos.


A «segunda morte» de Sedas Nunes

Público, 2014.11.02 
JORGE ALMEIDA FERNANDES

A revista 
Análise Social (AS), fundada em 1963 por Adérito Sedas Nunes e editada pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS), produziu insolitamente o escândalo da semana: censura na universidade. O director do ICS, José Luís Cardoso, retirou da circulação o último número da AS. Porquê? Um «ensaio visual» intitulado «A luta voltou ao muro» e composto por uma selecção de graffiti conteria imagens «chocantes, ofensivas e de gosto duvidoso». Diz tratar-se de uma peça «inapropriada para publicação numa revista académica» e que, por ser considerada «decorativa», não foi sujeita «a avaliação e arbitragem científica».

O «director cessante» da revista, João de Pina Cabral, acusa Cardoso de «censura» e de «ataque de lesa-ciência». Os 
graffiti em causa, argumenta, «reflectem a frustração popular que se vive em Portugal contra as políticas de austeridade». A palavra «censura» — «censura pura e dura» — espalha-se pelos blogues e comentários de leitores dos jornais.

graffito que se reproduz — numa foto do PÚBLICO — é o único imaginativo. Outros são mera grosseria. No que encerra a série, lê-se: «Nos bolsos dele / Estão os teus sacrifícios /Américo Amorim / Ricardo Salgado / Belmiro de Azevedo / Soares dos Santos / Pingo Doce / Sacrifícios / O caralho.» O «ensaio visual» pode ser lido em 
http://www.esquerda.net/sites/default/files/as_212_ev.pdf.

Os 
graffiti são um excelente objecto de estudo. O que este caso tem de interessante é colocar uma velha questão: está-se perante um estudo «científico» ou perante um panfleto «cientificamente» justificado? Que é próprio de uma revista académica e que é próprio de uma revista de combate político? Na História ou na Sociologia, há regras do ofício que não devem ser atropeladas. A linha divisória nem sempre é evidente. No caso dos graffiti da AS, a leitura parece-me inequívoca: um panfleto. Este insólito incidente e os comentários que provocou espelham o estado duma academia em que cresce o «contrabando», se procuram «temas sexy» e se perde o espírito do rigor — a chave da sua credibilidade. Se são lamentáveis as derivas do jornalismo, mais chocantes são as da academia. Falo como mero leitor das suas publicações.

Declaração de interesses: fui secretário de redacção da 
AS durante cinco anos, na era de Sedas Nunes. Testemunho o cuidado que ele punha não apenas no rigor dos estudos mas também na separação de águas entre o trabalho científico e os textos de intervenção política a coberto da «ciência». Morreria pela segunda vez ao folhear esta Análise Social.



Graffito na Avenida Fernando de Sousa, em Lisboa,
por ocasião da visita da chanceler Angela Merkel






A III Grande Guerra – a Família, a Liberdade

e a Igreja sob perigosíssimos ataques


Poderá ser difícil de acreditar mas infelizmente é verdade que o que se estar a passar, como poderão verificar nos textos, principalmente nos que vão em Bold, é de extrema gravidade para os vossos filhos e os vossos netos. Se os amam, como não duvido, não se poderão calar e terão de reagir e tomar medidas.

Who’s the bigot now? – by Michael Cook

Increasingly it seems that the touchstone of success for supporters of same-sex marriage is shifting from accommodation and acceptance to unconditional surrender. Disagreement and criticism will not be tolerated.

In a recent speech in Washington DC Robert P. George, a professor at Princeton University in the US and vice chairman of the United States Commission on International Religious Freedom explained why.


How the pro-family movement helped spread «gay marriage» across America – Mass resistance

How activists can stop the «gay marriage» steamroller – Mass resistance

Six North Carolina judges quit after gay «marriage» legalized

Bisexual prof raised by lesbians never knows «whether I’m going to get killed» thanks to LGBT lobby

New York appeals court unanimously OKs some incestuous marriages

Ultimatum del governo inglese alle scuole religiose: «Insegnate il pensiero gender o vi chiudiamo» – di Massimo Introvigne

Prof di religione vittima della caccia all'omofobo – di Antonio Amato

I veri discriminati siamo noi, ex gay – di Luca Di Tolve

Gay e Divorciati – Sinodo, il cardinale Marx sa come finirà. Come vuole lui – di Luisella Scrosati

Autism Group Slams Decision Allowing Mother to Kill Her Disabled Daughter

Surrogacy, human dignity and the best interests of the child – by José Ramos-Ascensão