sexta-feira, 17 de maio de 2013

A Igreja precisa de fervor apostólico
e não de cristãos de salão,
diz Francisco


O Papa Francisco assinalou esta manhã (16 de Maio) que a Igreja precisa de cristãos com fervor apostólico e não cristãos de salão que não o vivem, por exemplo o de São Paulo que anunciou o Evangelho sempre com coragem.

O Papa disse em seguida que «Paulo esteve sempre com problemas, mas não com problemas pelos problemas, mas sim por Jesus» porque anunciá-lo «tem estas consequências». O fervor apostólico compreende-se sozinho «numa atmosfera de amor». Este zelo «tem um pouco de loucura, uma loucura espiritual, uma loucura sadia» que São Paulo também tinha.

«Existem também os cristãos de salão, não é? Aqueles educados, que fazem tudo bem, mas que não sabem fazer filhos da Igreja com o anúncio e com o ardor apostólico. Hoje peçamos ao Espírito Santo que nos dê este fervor apostólico a todos nós e que nos dê a graça de incomodar as coisas que estão muito sossegadas na Igreja, a graça de avançar para as periferias existenciais. A Igreja precisa muito disto!»





quinta-feira, 16 de maio de 2013

Satanás é um mau pagador
e engana-nos sempre,
ensina o Papa Francisco


O Papa Francisco disse hoje (14 de Maio), na sua habitual homilia da Missa que preside na Casa de Santa Marta no Vaticano, que Satanás é um mau pagador e engana-nos sempre; e perante essa realidade temos que rezar pedindo ao Espírito Santo um coração capaz de amar como Jesus, porque o que ama nunca está sozinho e não «perde» a sua vida mas sim a encontra.

Na Eucaristia concelebrada pelo Arcebispo de Medellín (Colômbia), Dom Ricardo Antonio Tobón Restrepo, e na qual participaram alguns empregados dos Museus Vaticanos, assim como alguns alunos do Pontifício Colégio Português, o Santo Padre disse que se de verdade queremos seguir Jesus, devemos «viver a vida como um dom» para doá-la aos outros, «não como um tesouro que devemos conservar».

O Santo Padre refletiu sobre a oposição entre o caminho do amor e o do egoísmo. Evocando a palavra forte que Jesus nos diz: «Ninguém tem amor maior que este: dar a sua vida.», o Pontífice destacou que a liturgia de hoje mostra também a Judas, que tinha precisamente a atitude contrária: «e isso porque Judas nunca compreendeu o que é um dom».

«Pensemos naquele momento, quando Madalena lava os pés de Jesus com um perfume, tão caro: é um momento religioso, um momento de gratidão, um momento de amor. E ele (Judas) afasta-se e critica amargamente: «Mas … isso poderia ser usado para os pobres!». Esta é a primeira referência que eu encontrei no Evangelho da pobreza como ideologia. O ideólogo não sabe o que é o amor, porque não sabe doar-se».

Judas estava «isolado na sua solidão», e esta atitude de egoísmo foi crescendo «até trair Jesus.», acrescentou o Papa Francisco, destacando logo que o que ama «a sua vida como dom»; enquanto que o egoísta «cuida da sua vida, cresce neste egoísmo e torna-se um traidor, mas sempre sozinho».

Entretanto, quem «dá a sua vida por amor, nunca está sozinho: está sempre em comunidade, em família.» Além disso, quem «isola a sua consciência no egoísmo,» acaba «perdendo-a», reiterou o Papa, destacando que foi isso o que aconteceu com Judas, que «era um idólatra, apegado ao dinheiro»:

«E João o diz: ‘era um ladrão’. E esta idolatria levou-o a isolar-se da comunidade: este é o drama da consciência isolada. Quando um cristão começa a isolar-se, também isola a sua consciência do sentido comunitário, do sentido da Igreja, daquele amor que Jesus nos dá. Ao invés disso, o cristão que doa a sua vida, que a perde, como diz Jesus, encontra-a, na sua plenitude. E o que, como Judas, quer conservá-la para si mesmo, no fim perde-a. João diz-nos que «nesse momento, Satanás entrou no coração de Judas». E, devemos dizê-lo: Satanás é um mau pagador. Engana-nos, sempre!».

«Mas Jesus ama sempre e sempre se doa. E este seu dom de amor leva-nos a amar para dar fruto. E o fruto permanece», disse o Papa Francisco.

Para concluir o Santo Padre encorajou para que nestes dias à espera da Festa do Espírito Santo, Pentecostes «peçamos: Vem, Espírito Santo, vem e dê-me um coração aberto, um coração que seja capaz de amar com humildade e com mansidão, mas sempre um coração aberto que seja capaz de amar. Peçamos esta graça ao Espírito Santo. E que nos liberte sempre do outro caminho, do caminho do egoísmo, que termina sempre mal. Peçamos esta graça!».





quarta-feira, 15 de maio de 2013

Não há crise para quem a comenta


«O império dos comentadores onde quem manda são os políticos» é o título de artigo de hoje no Público, que contém alguns números estonteantes.

Para começar este: «Se aos quatro canais generalistas se juntarem os canais de informação portugueses no cabo (RTP Informação, SIC Notícias e TVI24), é possível assistir a 69 horas de comentário político por semana. O equivalente a quase três dias completos em frente à televisão.» Que ninguém se queixe de falta de interesse das televisões pela política: mais do que isto só futebol!

Dos 97 comentadores com presença semanal na televisão, 60 são actuais ou ex-políticos. Sem espanto, em termos de número de comentadores, o primeiro lugar do pódio é ocupado pelo PSD, seguido pelo PS e pelo CDS. E embora o PCP tenha mais deputados na Assembleia da República do que o Bloco, este está quantitativamente melhor representado.

Mas os números de facto impressionantes, se verdadeiros, são alguns (poucos) que são divulgados quanto à maquia que estes senhores levam para casa. E se não me suscita qualquer aplauso o facto de José Sócrates ter querido falar pro bono na RTP (a que título?), considero um verdadeiro escândalo que Marcelo Rebelo de Sousa ganhe 10.000 euros / mês (mais do que 20 salários mínimos por pouco mais de meia hora por semana a dizer umas lérias), Manuela Ferreira Leite metade disso e que Marques Mendes tenha preferido passar para a SIC por esta estação ter subido a parada da TVI que só lhe propunha 7.000. Claro que estamos a falar de estações privadas, em guerras de concorrência. Mas algo de muito estranho e esquizofrénico se passa num país quando o valor de mercado destes senhores é deste calibre. Estaremos em crise, mas comentá-la compensa e recompensa – e de que maneira!

DE – João José Cardoso





domingo, 12 de maio de 2013

O fedorento, abortista e apoiante
do chamado «casamento» dos invertidos
Ricardo Araújo Pereira
«educa para a alegria»
na Universidade Caótica

Recebemos e temos o dever de reproduzir
a nota seguinte de Carlos Leitão.

Como é do conhecimento público, o humorista Ricardo Araújo Pereira fez campanha no referendo de 2007 pela despenalização do aborto provocado do estado de gravidez até um determinado período desse estado

Como sabemos o resultado desse referendo traduziu-se não apenas na despenalização do referido acto, mas também na sua liberalização total e, na prática, verifica-se um enorme facilitismo e até promoção do referido acto, em detrimento do encaminhamento para soluções de efectiva ajuda a todos os envolvidos. Daí para cá perderam a vida, a coberto da nova «legislação», mais de 100 mil irmãos nossos.

Não é do conhecimento público de que esse nosso concidadão tenha manifestado algum desagrado pelo trágico resultado na prática do referido referendo ou mesmo arrependimento pela campanha realizada.

Assim, não consigo entender como é que a Universidade Católica Portuguesa, que «insere-se no conjunto da missão da Igreja, enquanto serviço específico à comunidade eclesial e humana»
oferece uma palestra a proferir por esse nosso concidadão, ainda para mais com o tema de educação para a alegria

Além do escândalo pelo seu apoio público ao homicídio de inocentes, o que é que a verdadeira Alegria, numa perspectiva cristã, tem a ver com o tipo de humor realizado por Ricardo Araújo Pereira?