quinta-feira, 1 de julho de 2010

Testemunho do futebolista Kaká

Ricardo Izecson dos Santos Leite, mais conhecido como Kaká, campeão da Europa e do mundo com o Milão em 2007, recebeu a Bola de Ouro e também o título da FIFA de Melhor Jogador do Mundo.
Em quatro anos, desde que foi campeão do mundo com o Brasil em 2002, ganhou todos os títulos possíveis a nível colectivo e individual com que sonha qualquer futebolista, porém com um atributo especial: a sua fé em Deus.
Quando recebeu o reconhecimento como futebolista do ano, o avançado brasileiro do Milão disse emocionado: "Hoje é um dia muito especial para mim, porque quando eu era pequeno sonhava em tornar-me futebolista profissional em São Paulo e jogar pelo menos uma partida com a selecção, mas a Bíblia diz que Deus tem mais para nós do que podemos pensar ou querer. Isso foi exactamente o que aconteceu na minha vida”; Desta forma deixou transparecer a sua convicção evangélica. Sem sombra de dúvida o futebolista galardoado revelou que o segredo do seu reconhecido êxito, tem um fundo espiritual atribuído à sua fé em Deus, porque, dando mostras de um amplo conhecimento bíblico, repetiu quase textualmente o versículo bíblico expresso pelo Apóstolo São Paulo que disse: "Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém"
Isto demonstra que para o craque carioca o seu êxito não dependeu somente da sua força física ou da sua preparação técnica, e muito menos do seu estado anímico, mas sim de um profundo sentimento religioso, de uma força espiritual que existe dentro do seu ser.
Por isso, Kaká entende que o valor associado ao êxito e às nossas aspirações dependerá antes de mais de outro factor: “A medida ou magnitude do poder de Deus que deixemos actuar em nós.”



Mais um artigo fatal

Bernardo Motta
 
Frei Bento Domingues, em defesa da sua teologia dissidente, invoca incessantemente o Concílio Vaticano II. Desse modo, ele procura alicerçar a sua teologia pessoal na teologia da Igreja, mormente na do Concílio.
Para elucidar a falsidade deste argumento de Frei Bento, nada como comparar a sua posição pessoal com as decisões do próprio Concílio.
 

Primeiro, fala Frei Bento:
« Quem viveu de forma consciente a época anterior ao Concílio e a comparar com os gestos e os documentos do Vaticano II não pode deixar de se espantar com a revolução cultural que eles significam. (…) Depressa surgiu, neste clima, um documento fatal – a Humanae Vitae (1968) – acerca da concepção ética da vida sexual de solteiros e casados. (…) Volto, porém, ao primeiro ponto deste texto, à maior redescoberta da eclesiologia do Vaticano II: a hierarquia não é a Igreja. A hierarquia é um serviço indispensável à Igreja, na Igreja de todos.»

Agora, deixemos falar o Concílio:
« O ministério episcopal de ensinar
25. Entre os principais encargos dos Bispos ocupa lugar preeminente a pregação do Evangelho (75). Os Bispos são os arautos da fé que para Deus conduzem novos discípulos. Dotados da autoridade de Cristo, são doutores autênticos, que pregam ao povo a eles confiado a fé que se deve crer e aplicar na vida prática; ilustrando-a sob a luz do Espírito Santo e tirando do tesoiro da revelação coisas novas e antigas (cfr. Mt. 13,52), fazem-no frutificar e solicitamente afastam os erros que ameaçam o seu rebanho (cfr. 2 Tim. 4, 1-4). Ensinando em comunhão com o Romano Pontífice, devem por todos ser venerados como testemunhas da verdade divina e católica. E os fiéis devem conformar-se ao parecer que o seu Bispo emite em nome de Cristo sobre matéria de fé ou costumes, aderindo a ele com religioso acatamento. Esta religiosa submissão da vontade e do entendimento é por especial razão devida ao magistério autêntico do Romano Pontífice, mesmo quando não fala ex cathedra; de maneira que o seu supremo magistério seja reverentemente reconhecido, se preste sincera adesão aos ensinamentos que dele emanam, segundo o seu sentir e vontade; estes manifestam-se sobretudo quer pela índole dos documentos, quer pelas frequentes repetições da mesma doutrina, quer pelo modo de falar. » - Constituição Dogmática “Lumen Gentium”.
A contradição é evidente: quando Frei Bento chama “documento fatal” à encíclica “Humanae Vitae” do Papa Paulo VI, ele está em contradição com o que a Constituição Dogmática “Lumen Gentium” afirma sobre o ministério episcopal de ensinar, em particular sobre a necessidade de prestar “sincera adesão aos ensinamentos” do ministério petrino.
De nada vale, como se constata lendo a “Lumen Gentium”, discutir se a “Humanae Vitae” é ou não doutrina infalível. Todo o católico digno desse nome deve aceitar todos os ensinamentos doutrinais e morais do magistério petrino, sejam eles formalmente declarados infalíveis ou não, e só poderá dissentir do Santo Padre em questões que não tenham a ver com a doutrina ou com a moral. Ora, claramente, a sexualidade humana cai na esfera da moral, e portanto na esfera do ensinamento petrino. A “Humanae Vitae” deve ser aceite por todos os católicos.
Frei Bento, se é católico, deve aceitar a “Humanae Vitae”. Logo, não pode apelidá-la de “documento fatal”. E não se argumente que os ensinamentos vertidos na “Humanae Vitae” ainda estão em aberto para discussão teológica: não estão. O Santo Padre, Papa Pio XII, foi bastante claro nessa matéria, no ponto 20 da sua encíclica “Humani Generis”:
 
«20. Nem se deve crer que os ensinamentos das encíclicas não exijam, por si, assentimento, sob alegação de que os sumos pontífices não exercem nelas o supremo poder de seu magistério. Entretanto, tais ensinamentos provêm do magistério ordinário, para o qual valem também aquelas palavras: "Quem vos ouve a mim ouve" (Lc 10,16); e, na maioria das vezes, o que é proposto e inculcado nas encíclicas, já por outras razões pertence ao património da doutrina católica. E, se os romanos pontífices em suas constituições pronunciam de caso pensado uma sentença em matéria controvertida, é evidente que, segundo a intenção e vontade dos mesmos pontífices, essa questão já não pode ser tida como objecto de livre discussão entre os teólogos.»
Ironicamente, Frei Bento, nas críticas que tece a outros católicos, acaba por se criticar a ele mesmo e aos seus congéneres ideológicos:
«Os grandes obstáculos vieram daqueles que se diziam a favor do Concílio e das suas reformas, mas para as contrariar.»
Na sua recusa de ensinamentos centrais ao Vaticano II, e enquanto se diz a favor desse Concílio, Frei Bento constitui um obstáculo de não pequena monta, dada a clara simpatia dos “media” pelos teólogos dissidentes, à prossecução dos objectivos do Vaticano II. Porque razão quer Frei Bento contrariar o Vaticano II, ao mesmo tempo que se diz a favor dele?

 
Ps: Uma extraordinária exposição do valor doutrinal da “Humanae Vitae”: http://www.ewtn.com/library/Theology/AUTHUMVT.HTM
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In http://espectadores.blogspot.com/





 

Conclusões e conclusões

Nuno Serras Pereira, 26. 06. 2010

Hoje li um texto de um padre católico dissidente e infiel à Verdade e, portanto, ao Amor que a propósito de uma sondagem conclui que Magistério da Igreja está mal e errado porque não se conforma com a mentalidade deste mundo [1], a que uma grande parte dos católicos já aderiu. [2] Eu, pelo contrário, deduzi que uma parte significativa dos Pastores e Prelados não andam a fazer e a ensinar o que deviam. Logo senti um ímpeto para escrever e contra-argumentar. Porém, de imediato, fui acometido por uma modorra. Outros que o façam, não posso ser sempre eu. Ainda me vão acusar, como de costume, de atacar e agredir a Igreja, de a dividir e a escavacar; de ser mais cruel que Herodes, mais furioso que Átila e mais escarnecedor do que Voltaire.

Não obstante, enquanto percorria a imprensa na linha (on line) permanecia em mim uma inquietação perplexa até que deparei com a resposta ideal que mostrava exemplarmente aquilo que queria dizer. Uma entrevista de um bispo manifestava com toda a clareza como andam a ser pastoreados os fiéis. Este afirma de viva voz aquilo que mais alguns outros pensam e comunicam embora, geralmente, de modo mais discreto[3].



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[1] Romanos, 12, 2

Removida propaganda abortista no México
promovida por falsas católicas

O município de Querétaro, no México removeu cinco grandes anúncios instalados em diversas zonas da cidade, parte de uma campanha de desinformação das autodenominadas "Católicas pelo Direito a Decidir" (CDD) que, manipulando o Código de Direito Canónico, pretendem apresentar "excepções" em que o aborto não seria penalizado com a excomunhão.
Esta manipulação foi explicada pelo Bispo de San Cristóbal de Las Casas, Dom Felipe Arizmendi, que advertiu que as CDD interpretaram tendenciosamente o cânon 1323 do Código de Direito Canónico, que "contém uma série de atenuantes, que exoneram não do pecado, mas sim da pena imposta pela legislação eclesiástica"."Este cânon exime do pecado do aborto? Não", advertiu o bispo. "Quando é livre e conscientemente provocado, o aborto é um acto intrinsecamente mau; é mal em si mesmo, pois é privar da vida a um ser humano, inocente e indefeso, que não é um injusto agressor. Pode haver isenção da pena de excomunhão, mas não do pecado", explicou.

CDD são contrárias à vida

As CDD pretendem enganar às mulheres católicas em diversos estados mexicanos.
Por sua parte, o Arcebispo de Guadalajara, Cardeal Juan Sandoval Iñiguez, também advertiu que este agrupamento anticatólico promove "a todo custo acções contra a vida".
Numa circular de 4 de Junho, o Cardeal alertou que "umas mulheres activistas que se denominam a si próprias «Católicas pelo direito a decidir», estão a usar todos os meios ao seu alcance para difundir, dizem elas, a doutrina da Igreja que permite o aborto". "Estas mulheres não são católicas" e trata-se na realidade de uma organização paga "por organismos internacionais empenhados em promover a todo custo acções contra a vida, sobretudo no terceiro mundo, tais como a pílula, ligações (de trompas), a homossexualidade e agora o aborto" um inocente para remediar algum outro mal".



segunda-feira, 28 de junho de 2010

Funcionário cala jogador de futebol inglês
entrevistado sobre sua fé católica

Um funcionário da Associação de Futebol da Inglaterra calou o avançado Wayne Rooney, estrela da equipe britânica que participou no Mundial África do Sul 2010, quando estava a ser entrevistado sobre sua fé católica.

Nos últimos dias, Rooney foi fotografado exibindo um terço durante os treinos. Num encontro com a imprensa, um jornalista perguntou por que razão o exibia.

Rooney respondeu: «Eu uso-o há quatro anos e vocês não vêem os treinos. Obviamente não o posso usar durante os jogos. É a minha religião».

Quando os jornalistas se dispunham a fazer-lhe outra pergunta sobre a sua fé, o chefe de relações públicas da AF, Mark Whittle, interrompeu Rooney dizendo «Nós não falamos sobre religião».

Segundo The Sunday Times, há algum tempo o jogador de futebol –- conhecido pela sua postura séria e jogo forte -– revelou numa série de televisão que «poderia ter sido sacerdote» porque desfrutou muito da sua educação religiosa que recebeu enquanto criança.

O jornal entrevistou o sacerdote Edward Quinn sobre o terço de Rooney. Este foi seu pároco em Croxteth, Liverpool, e presidiu ao seu matrimónio há dois anos.

O Padre Quinn pensa que o terço é um presente da sua esposa, pois ambos provêm de famílias com uma forte fé católica.

«Quando presidi ao seu matrimónio na Itália, todos os convidados receberam de presente um terço, pois o terço significa muito para eles», indicou o Pe. Quinn.

Conhecida actriz mexicana narra em teatro
conversão do médico «rei do aborto»

A actriz mexicana Laura Zapata, irmã da conhecida cantora Thalía, realizou a peça teatral Vida por Amor com o objectivo de as pessoas terem um pouquinho de consciência sobre o valor da vida humana, em qualquer das suas etapas.

A actriz lançou a obra consciente de que «não há nada melhor na vida que ser mãe. Vida por Amor é algo no que pensei durante muito tempo e agora que o público a recebeu tão bem, dá-me muita felicidade».

«Não sei como pagar os aplausos das pessoas, mas sobretudo que levem um pouquinho de consciência com isto. É muito triste ver que agora a mulher aborta sem pensar, havendo alternativas antes de desprezar uma vida».

A história baseia-se na vida e conversão do «Rei do aborto», Bernard Nathanson, que praticou quase 5 mil abortos nos Estados Unidos, incluindo o do seu próprio filho, e 75 mil sob seu mando; assim como na vida de Norma McCorvey, que, sob o pseudónimo de «Jane Roe» e alegando falsamente ter sido violada, conseguiu a legalização do aborto no em 1973.

              O Dr. Bernard Nathanson >>>



Requiem por Saramago

Padre Gonçalo Portocarrero de Almada

Não obstante as suas irreverências literárias,
nenhum cristão pode ficar indiferente
ante o passamento do Nobel português.

José Saramago morreu: paz à sua alma. Não obstante as suas reincidentes irreverências literárias, nenhum cristão, digno desse nome, pode ficar indiferente ante o passamento do Nobel português, sobretudo porque o divino Mestre encareceu aos seus discípulos o amor aos inimigos e não há dúvida que, muito embora os fiéis o não fossem dele, ele fez questão de o ser de Cristo e da Igreja.

O sincero pesar pelo seu desaparecimento, tanto mais penoso quanto carente, ao que parece, de qualquer indício de conversão, não quer dizer, como é óbvio, que se possa ignorar que a sua vida foi vivida na teoria e prática de uma ideologia anticristã. Por isso, seria despropositada, senão hipócrita, a pretensão de "baptizar" postumamente o finado militante comunista, num disparatado aproveitamento da sua notoriedade. Por isso também, seria incoerente que a Igreja oficialmente sufragasse a alma do defunto escritor, não porque não se possa e até se deva rezar por quem quer que seja, mas porque as exéquias cristãs só podem ser oficiadas aos fiéis católicos e José Saramago, decididamente, o não era. O seu a seu dono: dêem-se a cada qual as honras fúnebres que lhes são devidas, mas de acordo com as suas convicções e no lugar correspondente, também em nome do respeito devido à memória dos que já partiram.

Surpreende que, em ocasiões desta natureza, entre as carpideiras habituais do regime laico, se oiçam também algumas lamentações cristãs. Num desconcertante exercício de retórica, esses fiéis politicamente muito correctos fazem questão em homenagear a "coerência" do defunto. Mesmo ressalvando escrupulosamente as teses que o dito professou e viveu ao longo da sua vida, essas caridosas almas sentem como que uma irreprimível e pungente necessidade de elogiar a sua "postura", a sua "verticalidade", a "firmeza" das suas convicções e até, reverentemente, se dignam prestar culto à sua incensada "irreverência".

Ora a virtude ética não pode ser apreciada senão na relação com o correspondente valor, que a fundamenta: uma boa acção não é principalmente uma questão de atitude, mas a prática do bem. Quer isto dizer que a "coerência" no mal não é virtuosa, mas defeituosa e, nesse caso, o único comportamento moral digno de louvor é, obviamente, a rejeição do mal e a opção pela verdade e pelo bem. Se ter uma convicção contrária aos mais elementares princípios éticos é lamentável, muito pior é nela persistir toda a vida, porque se errar é humano, perseverar obstinadamente no mal é diabólico. A persistência é louvável no exercício do bem, mas é detestável na prática do mal: não atenua a responsabilidade moral do sujeito, antes a agrava, porque se a falta isolada merece indulgência e perdão, a consciente e voluntária obcecação no erro não é passível de tal compaixão.

Com Cristo foram crucificados dois ladrões: um converteu-se à hora da morte e a Igreja venera-o como santo, porque Jesus lhe prometeu dar, naquele mesmo dia, a glória do céu. Do outro não consta que se tenha emendado, pelo que passou à História como o "mau ladrão". Não faria sentido louvar a sua impenitência final à conta da sua "coerência" no mal, quando a única acção que o poderia ter salvo era o corajoso reconhecimento da sua culpa.
José Saramago morreu. Queira Deus que não tenha comparecido impenitente ante a Face que perdoa os contritos de coração. Paz à sua alma.