sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Bento XVI:
«Escolas católicas devem ensinar a Verdade necessária para a salvação das almas»

Ao receber um grupo de 23 bispos da Conferência Episcopal da Índia em visita "ad limina", o Papa Bento XVI assinalou que uma das grandes contribuições da Igreja à sociedade são as escolas católicas, que devem ensinar a Verdade para a salvação das almas e a construção da sociedade.

No seu discurso no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo o Santo Padre ressaltou a grande contribuição da Igreja através de seus membros e de suas muitas obras de ajuda como os orfanatos, hospitais e clínicas, entre os quais as escolas católicas são lugares especiais: "elas são um testemunho excepcional do vosso compromisso com a educação e formação dos nossos queridos jovens", afirmou o Papa.

Por isso, o Papa convidou os prelados a "prestar muita atenção para a qualidade do ensino nas escolas presentes nas vossas dioceses, para garantir que elas sejam genuinamente católicas e, portanto, capazes de transmitir as verdades e os valores necessários para a salvação das almas e a edificação da sociedade".

Bento XVI afirmou também aos bispos que "certamente, as escolas católicas não são o único meio pelo qual a Igreja pretende instruir e edificar seu povo intelectual e moralmente".

"Como vocês sabem, todas as actividades da Igreja são feitas para glorificar a Deus e encher o seu povo com a verdade que nos torna livres", acrescentou.

"Esta verdade salvadora, no coração do depósito da fé, deve permanecer como fundamento de todo o esforço da Igreja, propondo aos outros sempre com respeito, mas também com compromisso".

O Papa assinalou mais adiante que a "capacidade de apresentar a verdade delicadamente, mas com firmeza, é um dom a ser alimentado especialmente entre aqueles que ensinam nas instituições católicas de ensino superior e aqueles que estão encarregados da tarefa eclesial de educar os seminaristas, religiosas ou os fiéis leigos, seja na teologia, na catequese ou no estudo da espiritualidade cristã".

"Aqueles que ensinam em nome da Igreja têm uma obrigação especial nas suas mãos: transmitir fielmente a riqueza da tradição, de acordo com o Magistério e de uma forma que responde às necessidades de hoje; enquanto os alunos têm o direito de receber a plenitude da herança intelectual e espiritual da Igreja".

Autoridade vaticana:
Leis da Igreja vêm da vontade de Deus

O Presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos no Vaticano, Dom Francesco Coccopalmerio, realizou uma apresentação do seu dicastério à comunidade académica da Faculdade de Teologia Pontifícia e Civil de Lima (Peru), onde expressou que as leis dadas por uma autoridade eclesiástica devem ser recebidas porque "vêm da vontade de Deus".

"As leis dos homens são imperfeitas, mas de qualquer modo vêm de uma autoridade eclesiástica. Mesmo sendo imperfeitas devemos recebê-las porque vêm da vontade de Deus", disse Dom Coccopalmerio neste 1.º de Setembro perante centenas de estudantes que encheram o Salão Magno do mencionado centro de estudos.

A autoridade vaticana explicou que a finalidade de seu dicastério é "a mesma que o Papa deve cumprir para com o serviço da Igreja universal", que é velar por ela, e "o Pontifício Conselho para os Textos Legislativos desenvolve suas funções com a finalidade: de ajudar o Santo Padre neste tema".

"Sabemos que o Direito Canónico é o conjunto de leis que regulam a vida do baptizado, mas grande parte delas estão já no evangelho".

Para o serviço do Direito Canónico, disse, "o Papa desenvolve actividades de legislação, vigilância, interpretação e de promoção do conhecimento da verdade".

"O Pontifício Conselho para os Textos Legislativos pode tirar uma norma porque está obsoleta ou pode ser nociva, se o Papa o autorizar, e com a mesma ideia pode-se criar novas", explicou.

O Arcebispo visitou o Peru para participar como conferencista do 6.º Curso de Actualização em Direito Canónico, iniciativa organizada pela Associação Peruana de Canonistas.

"A tarefa é fazer que o conjunto legislativo da Igreja esteja sempre em dia e se façam normas novas quando for oportuno", acrescentou.

Ante a pergunta sobre as mudanças nas normas da Igreja nos casos de abusos sexuais o prelado referiu que "temos normas novas mais eficazes. Por exemplo, é necessário que os bispos diocesanos tenham uma normativa que descreve a maneira de proceder nestes casos, cada Conferência Episcopal tem o dever de fazer esta normativa".

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Educação
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Da doença mental pedagogista
e igualitarista
ao egoísmo liberal

Heduíno Gomes

Vivemos há decénios sob o domínio dos doentes mentais pedagogistas e igualitaristas na educação, que produziram a miséria de ensino que conhecemos. Eis que agora os liberais ganham fôlego e pretendem tomar o seu lugar para conduzirem o sistema à anarquia total (sim, ainda é possível haver mais anarquia do que a que existe!), bem calculada ao sabor dos interesses do complexo pedagogico-industrial e das famílias com posses para colocar os seus rebentos nos colégios ricos.

Curiosamente, esta guerra tem vindo a ser especialmente travada por um certo número de católicos de salão atrás do «Fórum para a Liberdade de Educação», que assim demonstra bem os seus sentimentos caridosos a coçar-se para dentro.

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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A Igreja da Áustria e a de Portugal
perante a dissidência de alguns padres...

Cardeal de Viena de Áustria:

«Rebeldia de sacerdotes dissidentes
não pode continuar»

 



Enquanto alguns responsáveis da Igreja em Portugal recentemente se revelaram rebeldes em relação ao Magistério da Igreja, dando assim aos seus sacerdotes de beber da mesma água, na prática  instigando os sacerdotes portugueses igualmente à rebeldia, eis que o exemplo contrário vem da Áustria. O Arcebispo de Viena de Áustria, Cardeal Christoph Schönborn, assinalou que a rebeldia de um grupo de sacerdotes que nesse país promovem, entre outras coisas, a abolição do celibato e a ordenação de mulheres, "não pode continuar".

Assim indicou o Cardeal austríaco ao referir-se aos pouco mais de 300 sacerdotes (dos 2 mil que há na Áustria) que assinaram um manifesto aparecido em Junho na Internet intitulado "Chamado à desobediência" no qual propõem também que homens casados sejam ordenados, que a comunhão seja dada aos não católicos e que leigos possam dirigir paróquias.

Os dissidentes que assinaram este texto são liderados pelo sacerdote Helmut Schüller, Vigário Geral da Arquidiocese de Viena entre 1995 e 1999 e ex-director da Cáritas Áustria.

Perante a dissidência deste grupo de sacerdotes, o Cardeal Schönborn comparou-os a jogadores de futebol que entram em campo mas se negam a respeitar as regras do jogo.

"Se alguém decide ser dissidente, evidentemente isso terá consequências", assinalou o Cardeal em declarações ao jornal Der Standard.

O Arcebispo de Viena expressou ainda a sua surpresa pelo manifesto e recordou a estes sacerdotes que fizeram livremente um voto de obediência ao seu bispo quando foram ordenados, "por isso quem quebra este princípio dissolve a unidade".

Por seu lado, o Bispo de Graz (Áustria), Dom Egon Kapellari, qualificou o manifesto como "um perigo para a unidade da Igreja".