sexta-feira, 29 de abril de 2016


Dois cidadãos contaram duas histórias


História do cidadão americano


Comprei uma casinha, dessas abertas, para alimentar pássaros, pendurei-a na varanda e coloquei-lhe alpista. Ficou maravilhosa! Nos primeiros dias, apareceram alguns pássaros simpáticos e eu carinhosamente nunca deixei faltar as sementes para os alimentar.

Ao fim de duas semanas, tivemos centenas de aves que se deleitavam com o fluxo contínuo de comida livre e facilmente acessível. Então, os pássaros começaram a construir ninhos nas beiras do pátio, acima da mesa e ao lado da churrasqueira, ou seja, por todo o lado.

Depois veio a porcaria, porque faziam as suas necessidades em toda a parte: nas cadeiras, na mesa ..., enfim, em tudo! Algumas aves alteraram o seu comportamento, tentando-me atacar em voo de mergulho e me bicar, apesar de eu ser o seu benfeitor.


Outras aves faziam tumulto e eram barulhentas. Pousavam no alimentador e a qualquer hora, ruidosamente, exigiam mais comida quando esta ameaçava acabar.

Chegou um momento em que eu não conseguia sentar-me na minha própria varanda. Então, desmontei o alimentador de pássaros e em três dias acabaram indo embora. Limpei toda a porcaria e acabei com os ninhos que fizeram por todo o lado.

Tudo voltou a ser como costumava ser: calmo, sereno e nenhum pássaro exigindo direitos a refeições grátis.

História do cidadão europeu


O nosso Estado dá comida de graça, habitação, subsídios, assistência médica e educação gratuita a qualquer pessoa nascida num País de outro continente, que diga ser refugiada, o que originou que, de repente, chegassem dezenas de milhares de pessoas. De repente, os nossos impostos terão que subir para pagar os serviços gratuitos, os apartamentos, os custos gratuitos de saúde dessas pessoas.

Na escola querem retirar a carne de porco e salsichas da alimentação porque essas pessoas dizem que é contra a sua religião, querem arranjar espaços para construir locais onde esses possam praticar a sua religião, querem que as suas raparigas andem cobertas, as suas mulheres não aceitam ser atendidas num hospital por médicos do sexo masculino porque é contra a sua religião, e muitas outras situações que se as contássemos provocariam um pânico generalizado.

As caixas de cereais matinais, o leite e outros alimentos vêm com rótulos bilingues.

Sou obrigado a usar teclas especiais para poder falar com o meu banco no nosso idioma e a ver pessoas estranhas acenando bandeiras, que não são a nossa, e ouvi-las berrando e gritando pelas ruas, exigindo mais direitos e liberdades gratuitas.

É apenas a minha opinião, mas talvez seja hora de também o governo desmontar o alimentador de pássaros.






quinta-feira, 28 de abril de 2016


Na Rússia só existe uma escola católica legal


Típico primeiro dia de aula
na Escola Franciscana da Natividade de Novosibirsk.

Luís Dufaur

Em todas as áreas religiosas do mundo – pagãs, muçulmanas, fetichistas, etc., etc. – há escolas católicas mantidas por Ordens religiosas ou por missionários, às vezes com heróicos esforços. As escolas católicas têm prestigio até em países insólitos.

Por isso elas atraem uma multidão de muçulmanos no Paquistão e na Jordânia, de hinduístas na Índia ou no Nepal, de taoístas e agnósticos em Taiwan, e de ateus até em países comunistas como o Vietname.

Mas na Rússia de Vladimir Putin não podem existir. São fechadas por via policial ou ameaças de origem oficial. Na Rússia, país de 143 milhões de habitantes que ocupa a sexta parte das terras emergidas, a única excepção é a escola infantil católica de Novosibirsk, na Sibéria, informou o site «Religión en Libertad».

Foi fundada cinco anos após a queda do Muro de Berlim, como uma experiência clandestina de frades franciscanos, num pequeno apartamento que depois foi sendo ampliado.

Quase ninguém se atreve a denunciar a anomalia da ausência na Rússia de escolas católicas. Para alguns, a excepção da escolinha de Novosibirsk funciona como um pará-vento da repressão.

Correm rumores da existência de academias católicas em cidades siberianas. Noutras cidades haveria maternidades católicas semiformais, mas agindo na clandestinidade, como no tempo do comunismo soviético.

O director de Novosibirsk, o sacerdote franciscano Corrado Trabucchi, explica que a escola fornece um currículo completo com todas as matérias.

Começou num tempo em que havia alemães católicos enviados para campos de concentração soviéticos da região e que queriam um ensino católico para os filhos e netos.

Os franciscanos de Novosibirsk, gerem a única escola católica da Rússia
O nível de cultura religiosa em Novosibirsk é paupérrimo, como resultado do ateísmo de Estado e do desinteresse da igreja cismática pela formação religiosa. De início, as crianças nada sabem de religião, nem mesmo quem foi Jesus Cristo.

A escola sobrevive com uma licença estatal exclusiva. Em geral, o regime de Putin considera suspeitas as actividades católicas, chegando a ameaçar tornar a Igreja católica ilegal, acusando-a de agente que encoberta serviços secretos estrangeiros.

A escola católica tem popularidade na cidade e atrai crianças cujos pais professam outras religiões, mas desconfiam dos estabelecimentos públicos. A oração conjunta católica é obrigatória todos os dias. As crianças de famílias ortodoxas são convidadas a baptizarem-se, pois o clero cismático faz muito pouco nesse sentido.

As crianças aprendem a celebrar festas como a de Natal. Recebem educação patriótica, aprendem o alfabeto russo e a sua origem no grego, a História Sagrada, o Antigo e o Novo Testamento. A escola mantém-se com donativos vindos do exterior. O Estado ajuda pouco ou nada.

Um dos maiores problemas é que pela ausência de moral na Rússia, a maioria das famílias está destruída. Muitas crianças só conhecem a avó ou a tia com quem vivem.

As celebrações, orações e festas comuns como a de São Nicolau devem evitar o risco de serem acusadas de «ópio do povo».





segunda-feira, 25 de abril de 2016