terça-feira, 8 de junho de 2010

Que Deus te cuide!

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Cristãos no Irão estão em perigo de extinção

A jornalista e observadora das igrejas do Próximo Oriente Camille Eid considerou que os cristãos no Irão estão em perigo de extinção devido às severas limitações quotidianas e pressões políticas que sofrem.
Em declarações ao programa radial "WhereGodWeeps (Onde Deus chora)", produzido pelo Catholic Radio and Television Network (CRTN) da associação Ajuda à Igreja que Sofre, Eid explicou o problema do Irão é contar com um regime teocrático muçulmano que restringe a vida diária dos cristãos.
É difícil para os cristãos encontrarem trabalho na administração pública. Inclusive os directores das escolas cristãs são muçulmanos a não ser em alguns casos excepcionais. E os convertidos ao cristianismo sofrem perseguições.
No exército, há alguns anos, descobriram que um coronel se converteu ao cristianismo. Este foi processado e só pôde sair do Irão pela pressão internacional. É muito difícil para os cristãos trabalharem em postos governamentais.
Os convertidos ao cristianismo não podem tornar público este processo no país e costumam abandonar o Irão para viver sua fé. Dentro do Irão não podem expressar ou demonstrar sua fé, pois enfrentariam a morte.
Segundo Eid, embora a pressão política afecte não-muçulmanos e muçulmanos, os cristãos têm dupla pressão porque sentem que a sua liberdade está restringida. É por isso que existe esta fuga massiva e de facto existe um risco real do desaparecimento, de uma extinção do cristianismo no Irão.



domingo, 6 de junho de 2010

O segredo da vida

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A questão dos lefebvristas:
um problema para o diálogo e o tempo resolverem

Há um dossier ecuménico sobre o qual Bento XVi se debruça: o dos fiéis ao Arcebispo Marcel Lefebvre, que continuam na situação de cismáticos em relação à Igreja de Roma por recusarem integralmente o Concílio Vaticano II e o magistério dos papas que se seguiram ao Concílio.
Em 2009, a decisão do Papa levantar a excomunhão aos quatro bispos ordenados ilicitamente por Lefebvre (foto) provocou mal entendidos e polémicas.

Para fazer luz sobre o sentido do seu gesto, Bento XVI escreveu uma carta aos bispos [ver em baixo].
Nessa carta, o Papa reafirma que a procura de reconciliação ainda continua porque o diferendo é de natureza doutrinal, sobre a aceitação do Concílio e o magistério pos-conciliar dos papas.
Nesta carta aos bispos, Bento XVI explica que o apelo à unidade da fé é válido para todos os cristãos. E também que não teria sentido «deixar à deriva, longe da Igreja, 491 padres, 215 seminaristas, 6 seminários, 88 escolas, 2 institutos universitários, 117 monges, 164 religiosas e milhares de fiéis que integram a comunidade lefebvrista».
Ao mesmo tempo, o Papa lamenta que se manifeste na Igreja uma intolerância contra os lefebvristas e mesmo contra aqueles que ousam aproximar-se deles.
O próprio Papa é um dos alvos dessa intolerância. Alguns grupos, por vezes sob formas teologicamente sofisticadas, até acusaram abertamente o Papa de «pretender fazer marcha-atrás, ao tempo antes do Concílio Vaticano II».
Dialogar com os lefebvristas é de facto correr o risco de ser acusado de trair o Concílio Vaticano II. O Papa tenta-o, apesar das incompreensões dos radicais antilefebvristas. E a verdade é que, com o diálogo, muitos grupos tradicionalistas já se reconciliaram com a Igreja. 
(Elementos recolhidos num artigo de Sandro Magister, que poderá ler integralmente em

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Texto integral do discurso de Bento XVI a 22 de Dezembro de 2005, sobre a interpretação do Concílio Vaticano II – Ler em especial a partir do décimo parágrafo:
[em português]

Carta dirigida pelo Papa aos bispos a 10 de Março de 2009 depois do levantamento da excomunhão aos lefebvristas:

[em português]