sábado, 31 de janeiro de 2015


A guerra do Islão


José António SaraivaJornal Sol, 26 de Janeiro de 2015

Depois dos atentados em Paris, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, e a chanceler alemã, Angela Merkel, fizeram uma declaração solene: «A luta é contra o terrorismo, não é contra o Islão».

O pior inimigo dos muçulmanos que hoje vivem na Europa é a inacção dos Governos nacionais – permitindo uma liberdade de acção aos fundamentalistas que acaba por virar a opinião pública contra toda a comunidade islâmica

A intenção era óbvia: tentar precaver acções racistas contra os muçulmanos – e, ao mesmo tempo, acalmar os países islâmicos amigos.

Mas dizer isto é tentar tapar o sol com a peneira.

Porque este tipo de terrorismo é indissociável do Islão.

Os terrorismos não são todos iguais – e o terrorismo islâmico tem características próprias, sendo completamente diferente dos terrorismos que conhecemos na Europa.

As organizações terroristas europeias das últimas décadas – o Baader-Meinhof na Alemanha, as Brigadas Vermelhas em Itália, o Sinn Fein na Irlanda, a ETA no País Basco, as FP-25 em Portugal – actuavam geograficamente e tinham objectivos políticos concretos.

O terrorismo islâmico, pelo contrário, não é localizado geograficamente – está disseminado por todo o planeta – e não tem um objectivo político determinado – visa atingir a civilização Ocidental no seu conjunto.

Há quem, como Ana Gomes, tente explicar o terrorismo islâmico com base nas más condições de vida ou numa deficiente integração dos muçulmanos nos países de imigração.

Ora, dizer isto é não compreender o fenómeno.

Se as condições de vida produzissem terroristas, já teríamos visto muitos pobres em Portugal, atingidos pela austeridade, pegarem em metralhadoras e irem por aí fora a matar pessoas.

E se fosse pela deficiente integração, muitos africanos em Portugal já se teriam transformado em homens-bomba.

As condições de vida e o desenraizamento podem facilitar o recrutamento de operacionais, mas a raiz do terrorismo islâmico é outra.

E se fosse esta também não teria solução, pois a Europa não vai sair da crise tão cedo e a integração dos muçulmanos nas sociedades europeias nunca será completa...

Como se vê em França, na Bélgica, em Inglaterra ou na Alemanha, as populações de origem árabe, por exemplo, conservam em geral os seus hábitos de vida: comem a sua comida, vestem à sua maneira, professam a sua religião, lêem os seus jornais, vivem nos seus bairros.

E depois, em virtude de serem cada vez mais associados ao terrorismo, os muçulmanos são olhados com desconfiança pelo resto da população – o que agrava a segregação.

Perante um muçulmano, as pessoas hoje pensam: quem sabe se por detrás deste homem não se esconde um terrorista?

Ao contrário de outros terrorismos, o terrorismo islâmico é de natureza religiosa – embora haja dificuldade em aceitar esta ideia, porque a cartilha marxista, que continua a condicionar o pensamento de muita gente, contempla sobretudo as condições socio-económicas.

Mas basta olhar para a História para o perceber: a guerra entre o Islão e o Ocidente cristão vem de muito longe (e nós sabemos isso melhor do que ninguém, pois ajudámos a expulsar os «infiéis» da Península).

Sucede que, ao contrário do cristianismo, o islamismo conservou uma vertente fundamentalista e violenta, bem expressa nas atrocidades de Khomeyni, de Bin Laden ou do Estado Islâmico.

E o fundamentalismo não tem parado de crescer nos últimos tempos – conquistando cada vez mais terreno no Norte de África e multiplicando os atentados terroristas pelo mundo fora.

Neste momento, a Europa é um paraíso para os terroristas islâmicos, pela ausência de fronteiras nacionais, pela liberdade de movimentos, pela liberdade de propaganda, etc.

Em nenhuma parte do mundo existem tais condições.

Ora isto pode fazer do continente europeu, nos tempos que aí vêm, um palco privilegiado para os ataques terroristas.

Até porque aqui vivem 50 milhões de muçulmanos, possibilitando que eles se escondam com tremenda facilidade (procurar um muçulmano em certos países da Europa é como procurar agulha em palheiro) e oferecendo um campo de recrutamento  muito grande.

Enfrentar o terrorismo islâmico na Europa é uma tarefa ciclópica.

Mas há uma coisa a fazer antes de mais nada: abandonar os preconceitos ideológicos, os complexos de esquerda e os clichés – e aceitar pôr tudo em questão.

A recusa dos partidos do sistema em debater descomplexadamente a imigração, está a entregar à extrema-direita o monopólio do debate sobre este tema.

Ora, isso é perigosíssimo.

Os partidos centrais têm de ser mais activos e firmes no combate a este flagelo.

Não podem revelar a passividade e a inocência que têm demonstrado.

Como aceitar, por exemplo, que alguns imãs continuem a pregar livremente a violência e a recrutar  homens nas mesquitas de Paris ou Bruxelas para ataques terroristas?

Como admitir que em Londres haja municípios ostentando à entrada placas dizendo: «Está a entrar numa zona controlada pela sharia [lei islâmica]»?

É inadmissível.

Muitos europeus começam a estar cansados, com medo, aterrorizados mesmo – e, se os Governos não derem respostas concretas, o racismo anti-muçulmano na Europa pode ficar fora de controlo.

E os partidos da extrema-direita continuarão a crescer eleitoralmente e começarão a ganhar eleições.

O tempo urge.

O discurso politicamente correcto já deu o que tinha a dar e não convence ninguém.

Os próprios muçulmanos estão fartos dele, pois a sua vontade é que se comece a separar o trigo do joio, não pagando o justo pelo pecador.

O pior inimigo dos muçulmanos que hoje vivem na Europa é a inacção dos Governos nacionais – permitindo uma liberdade de acção aos fundamentalistas que acaba por virar a opinião pública contra toda a comunidade islâmica.





sexta-feira, 30 de janeiro de 2015


Bergoglio «crisma-se» (confirma-se)... (2)




O casal paraguaio Víctor e Stella Domínguez viajou para Roma de 22 a 24 de Janeiro para participar no Congresso internacional de movimentos, grupos e associações de família e vida, cujo tema foi «A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo», onde compartilharam a sua experiência na pastoral para divorciados em nova união.

O Congresso serve como preparação para a XIV Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos em Outubro de 2015, e foi organizado pelo Pontifício Conselho para a Família, que acolheu 80 movimentos e mais 300 peritos para falar sobre a pastoral familiar.





quinta-feira, 29 de janeiro de 2015


Laicos acusam o secretário do Sínodo

de semear a confusão (actualizado)



Juanjo Romero

La preparación del «Sínodo de la Familia» 2015 continúa. El Pontificio Consejo para la Familia convocó en Roma (22-24 de enero) a los responsables de los principales movimientos laicales para conocer la opinión sobre las 46 preguntas que serán el fundamento del «Instrumentum Laboris».

Se ha llevado con bastante discreción. Y no quiero pensar que no hayan transcendido las conclusiones porque el resultado no haya sido el esperado por la secretaría del Sínodo. En general el clima era de satisfacción por parte de los asistentes. Como cuenta el sacerdote Santiago Martín, fundador de los Franciscanos de María: «Laicos católicos: «rebajas, no gracias».

La práctica totalidad de los movimientos presentes en Roma está a favor de mantener la doctrina tradicional.

[…], el resultado no ha podido ser más claro y contundente. La práctica totalidad de los movimientos presentes en Roma, unos ochenta – entre los cuales los más significativos y numerosos – está a favor de mantener la doctrina tradicional. Todos quieren que se agilicen las nulidades matrimoniales, sin caer en el divorcio católico, y que se trate con el máximo amor a los divorciados para que no se sientan excluidos de la Iglesia, pero sin que eso suponga devaluar la Eucaristía y permitir que se pueda acceder a ella sin estar en gracia. La base ha dicho claramente: «Rebajas no, gracias».

Y es que los laicos tienen mucha más de esa parresía que pedía el Papa Francisco para el Sínodo, porque exceptuando un contado grupo de valientes cardenales, los demás, parecen figurantes.

Sin embargo, el cardenal Lorenzo Baldisseri, secretario del Sínodo, se quitó la careta ante algunos asistentes y:

  • defendió el derecho del Cardenal Kasper a afirmar que se debería permitir la Sagrada Comunión a los adúlteros («personas divorciadas que viven en uniones no reconocidas por la Iglesia»)
  • dijo que los asistentes no deberían «sorprenderse» porque haya teólogos que contradicen la enseñanza de la Iglesia
  • afirmó que los dogmas pueden evolucionar y que «no tendría ningún sentido la celebración de un Sínodo si fuéramos simplemente a repetir lo que siempre se había dicho»
  • y sugirió que «sólo porque una comprensión particular tuviese lugar hace 2.000 años, eso no significa que no pueda ser cuestionada».
La reacción no se hizo esperar. Patrick Buckley, el enviado internacional para la «Society for the Protection of Unborn Children», comentó:

«La enseñanza de la Iglesia sobre la indisolubilidad del matrimonio se funda en las palabras de Jesucristo. Estas palabras pueden haber sido dichas hace 2.000 años, pero para los católicos siguen siendo ni más ni menos que inmutables mandatos de Dios».

Maria Madise, directora de Voice of the Family, se une a la queja y relata los hechos con más detalle:

«El cardenal Baldisseri corrigió públicamente un delegado que protestó por los ataques a la enseñanza católica. Es notable que se negara a hacer lo mismo cuando la enseñanza de la Iglesia sobre la anticoncepción fue negada unos momentos después por un delegado diferente. La impresión que da es que el único pecado hoy es defender lo que la Iglesia siempre ha enseñado.

Todo parecía puesto en duda en esta conferencia, incluyendo preguntas ya claramente resueltas por el magisterio de la Iglesia. Tal discusión distrae de la tarea de encontrar soluciones reales a los problemas que enfrentan las familias reales. Apenas se habla de graves males como el aborto, la eutanasia y los ataques a los derechos de los padres. Estas son algunas de las cuestiones clave también omitidas en el informe final del 2014 sínodo. Las familias que sufren no son asistidas por los sofismas de los disidentes profesionales, ya sea clérigos o laicos».

Ya me perdonaréis pero me parece terrible y preocupante que el Sínodo no sea «para las familias», sino para «no repetir lo que siempre se había dicho», así. Tan terrible que prefiero no seguir comentando hoy la situación. Tan preocupante que sea el secretario del Sínodo lo esté dirigiendo en esa dirección.

Nos podemos esperar cualquier cosa. Ya dio muestras en «la primera parte» cuando, según la versión de periodistas aduladores, fue un ejercicio de «transparencia».

Transparencia que se manifestó en la decisión de no publicar los discursos/comunicados de los padres sinodales. Transparencia para muñir una «relatio intermedia» con tres puntos no respondían a lo hablado en el Sínodo, tal como relataron varios cardenales. Trasparencia que se manifestó en distribuir esa «relatio» antes a la prensa que a todos los padres sinodales, intentando presionar desde fuera. Como afirmó el cardenal Napier, daba igual que se pudiese corregir dentro de las sesiones, el mal ya no se podría controlar. Transparencia a la que se acogió para no publicar las conclusiones de los «círculos menores», a lo que fue obligado por la petición al Papa de varios cardenales.

El periodista Edward Pentin ha intentado ponerse en contacto con la «oficina» del cardenal Baldisseri, por si quiere matizar los hechos. Hasta la fecha, silencio. Transparencia.

De confirmarse todos estos extremos, y sabiendo lo que hizo hace unos meses, no puedo dejar de preocuparme por el documento de discusión del próximo Sínodo.

Voice of the Family anima a rezar por los frutos del Sínodo y los padres sinodales. Me pregunto cuántos de nosotros lo hacemos.





Actualización (16:30 PM) por Edward Pentin

El cardenal Baldisseri ha respondido a las informaciones de Voice of the Family diciendo que:

«las declaraciones a mí atribuidas por Voice of the Family no se corresponden con mi pensamiento. Probablemente, hablando en italiano, algunas frases podrían haber sido limitadas por la traducción simultánea. Por eso invito a leer el texto de mi discurso»

El discurso puede encontrarse aquí.

«Voice of the Family» ha respondido a la explicación del cardenal diciendo:

«Las declaraciones recogidas fueron hechas por el cardenal Badisseri en respuesta a una pregunta formulada después del discurso por un delegado preocupado, por lo tanto no se encuentran en el texto».

Sinceramente, espero que esto no sea otra kasperada, porque las acusaciones de Voice of the Family son graves.





Bergoglio «crisma-se» (confirma-se)... (1)






quarta-feira, 28 de janeiro de 2015


O casamento torna as pessoas mais felizes


Um novo estudo desenvolvido por investigadores da Universidade da Colômbia Britânica garante que os casados são mais felizes do que os solteiros.

Um novo estudo desenvolvido por Shawn Grover e John Helliwell, dois investigadores da universidade canadiana da Colômbia Britânica, garante que os casados são mais felizes do que os solteiros. Grover, um analista do Departamento de Finanças da universidade, e Helliwell, professor emérito na mesma instituição, analisaram os dados de três questionários diferentes, de modo a medirem o grau de satisfação de vários indivíduos, antes e depois do casamento.


A análise dos dados permitiu concluir que os indivíduos casados são pessoas «mais satisfeitas», o que sugere que o casamento tem «um efeito causal». Para além disso, aqueles que são mais felizes, são também aqueles que, de um modo geral, têm mais propensão para casar.De acordo com o estudo, os efeitos positivos podem ser maiores imediatamente após o casamento, mas isso não quer dizer que desapareçam ao longo dos anos. Com o passar do tempo, o nível de satisfação tem tendência a seguir um padrão em «U», começando a deteriorar-se no início da idade adulta e por volta dos 40 anos, antes de subir novamente. Nos solteiros, a forma do «U» é mais profunda do que na maioria dos casados. «Uma hipótese que pode explicar o porquê da forma em 'U' ser mais profunda para os solteiros do que para os casados, é o facto de o apoio prestado por um cônjuge ajudar a aliviar as tensões da meia-idade», explicaram os autores.

Por outro lado, os efeitos positivos do casamento são especialmente fortes em casais com uma relação muito próxima. «Os benefícios do casamento são, de um modo geral, duas vezes maiores para aqueles cujos cônjuges são também os melhores amigos», refere o estudo.





segunda-feira, 26 de janeiro de 2015


Belgistão, a capital islâmica da Europa


Dizem eles que é uma questão de tempo...

E depois há gente a defender o multiculturalismo!



https://www.youtube.com/watch?v=lT4tFVi683g