quinta-feira, 26 de abril de 2012

China: Mais de 22 mil pessoas
foram baptizadas na Páscoa


Três quartos dos novos católicos são adultos, adianta Serviço de Informação do Vaticano


O Serviço de Informação do Vaticano revelou que mais de 22 mil novos católicos receberam o baptismo no domingo de Páscoa, 8 de abril, 75% dos quais eram adultos.

Os dados foram recolhidos pelo «Study Center of Faith» (Centro de estudos da fé), da província chinesa do Hebei, e publicados pela Agência Fides, do Vaticano.

Os fiéis eram oriundos de 101 dioceses, com 3500 novos católicos em Hong Kong, onde existem 360 mil baptizados.

O VIS destaca que algumas dioceses não celebram todos os baptismos no dia de Páscoa, pelo que o número total deverá aumentar até final do ano.

O Vaticano acolhe até quarta-feira uma nova reunião da comissão criada por Bento XVI, em 2007, para debater as «questões de maior importância» para a Igreja Católica na China.

O encontro reúne os superiores de organismos da Cúria Romana e alguns representantes do episcopado chinês e congregações religiosas.

Na China existem entre oito a 12 milhões de católicos, segundo o Vaticano, divididos entre os que pertencem à Igreja «oficial» (Associação Patriótica Católica – APC, controlado por Pequim) e à «clandestina», fiel a Roma.

As relações diplomáticas entre a China e a Santa Sé terminaram em 1951, após a expulsão de todos os missionários estrangeiros, muitos dos quais se refugiaram em Hong Kong, Macau e Taiwan.


terça-feira, 24 de abril de 2012

Vaticano avaliará religiosas dos Estados Unidos visando uma «renovação paciente»



Considerando a existência de desvios doutrinais por parte de ordens religiosas femininas, a Congregação para a Doutrina da Fé publicou uma nota dirigida às superioras das ordens religiosas nos Estados Unidos, onde incentiva a «uma renovação paciente» apoiada na doutrina católica.

O Cardeal William Levada explicou que o documento procura animar uma renovação paciente «para dotar suas múltiplas e louváveis iniciativas e actividades de um maior fundamento doutrinal" devido à existência de "problemas doutrinais sérios que correspondem a muitas pessoas na vida consagrada». 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A insustentabilidade da Segurança Social



Pi-Erre *

A propósito das notícias sobre as dificuldades da Segurança Social e que levou o Governo a suspender as Reformas antecipadas, é interessante relembrar o historial associado a esta matéria.

A Segurança Social nasceu da Fusão (Nacionalização) de praticamente todas as Caixas de Previdência existentes, feita pelos Governos Comunistas e Socialistas, depois do 25 de Abril de 1974. As Contribuições que entravam nessas Caixas eram das Empresas Privadas (23,75%) e dos seus Empregados (11%). O Estado nunca lá pôs 1 centavo. Nacionalizando aquilo que aos Privados pertencia, o Estado apropriou-se do que não era seu. Com o muito, mas muito dinheiro que lá existia, o Estado passou a ser «mãos largas»! Começou por atribuir Pensões a todos os Não Contributivos (Domésticas, Agrícolas e Pescadores). Ao longo do tempo foi distribuindo Subsídios para tudo e para todos. Como se tal não bastasse, o 1º Governo de Guterres(1995/99) criou ainda outro subsídio (Rendimento Mínimo Garantido), em 1997, hoje chamado RSI. Os deputados também se autoincluiram neste pote mesmo sem o tempo de descontos exigidos aos beneficiários originais. E tudo isto, apenas e só, à custa dos Fundos existentes nas ex-Caixas de Previdência dos Privados. Os Governos não criaram Rubricas específicas nos Orçamentos de Estado, para contemplar estas necessidades. Optaram isso sim, pelo «assalto» àqueles Fundos. Cabe aqui recordar que os Governos do Prof. Salazar, também a esses Fundos várias vezes recorreram. Só que de outra forma: pedia emprestado e sempre pagou!

Em 1996/97 o 1º Governo Guterres nomeou uma Comissão, com vários especialistas, entre os quais os Prof’s Correia de Campos e Boaventura de Sousa Santos, que em 1998, publicam o «Livro Branco da Segurança Social».

Uma das conclusões, que para este efeito importa salientar, diz respeito ao Montante que o Estado já devia à Segurança Social, ex-Caixas de Previdência, dos Privados, pelos «saques» que foi fazendo desde 1975.

Pois, esse montante apurado até 31 de Dezembro de 1996 era já de 7.300 Milhões de Contos, na moeda de hoje, cerca de 36.500 Milhões €. De 1996 até hoje, os Governos continuaram a «sacar» e a dar benesses, a quem nunca para lá tinha contribuído, e tudo à custa dos Privados.

Faltará criar agora outra Comissão para elaborar o «Livro NEGRO da Segurança Social», para, de entre outras rubricas, se apurar também o montante actualizado, depois dos «saques» que continuaram de 1997 até hoje.

Mais, desde 2005 o próprio Estado admite Funcionários que descontam 11% para a Segurança Social e não para a CGA e ADSE. Então e o Estado desconta, como qualquer Empresa Privada 23,75% para a SS? Claro que não!…

Outra questão se pode colocar ainda. Se desde 2005, os Funcionários que o Estado admite, descontam para a Segurança Social, como e até quando irá sobreviver a CGA e a ADSE?

Há poucos meses, um conhecido Economista, estimou que tal valor, incluindo juros nunca pagos pelo Estado, rondaria os 70.000 Milhões €!… Ou seja, pouco menos, do que o Empréstimo da Troika!…

Ainda há dias falando com um Advogado amigo, em Lisboa, ele me dizia que isto vai parar ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Há já um grupo de Juristas a movimentar-se nesse sentido.

A síntese que fiz, é para que os mais Jovens, que estão já a ser os mais penalizados com o desemprego, fiquem a saber o que se fez e faz também dos seus descontos e o quanto irão ser também prejudicados, quando chegar a altura de se reformarem!…

Para finalizar e quem pretender fazer um estudo mais técnico e completo, poderá recorrer ao Google e ao INE.

* Comentário de Pi-Erre em Blasfémias

As feridas da Igreja VI



Por esta altura, já um ou outro leitor se terá interrogado como é que são conhecidas as secretas manobras do inimigo. Como já dissera anteriormente, alguns dos seus planos foram tornados públicos por órgãos de imprensa cristã, ou em livros de valentes soldados da Fé.

Pessoalmente, tive conhecimento de um caso, do qual, por razões óbvias, não posso identificar. Trata-se do caso do pai de uma escritora que, em sua bondade, me tem como amigo. Ele era um alto cargo do Estado. Quando esta minha amiga era ainda muito jovem, sua mãe, senhora muito piedosa, ao fazer umas arrumações descobriu uns papéis que o marido tinha escondidos. Empalideceu completamente, ao ver que se tratava de uma coisa terrível, de algo que jamais julgara ser possível.

À semelhança deste caso, foi assim que, de um ou de outro modo, saíram das escuras sombras do secretismo todos os que já vieram a público. De entre todos, penso que aquele que deve merecer toda a nossa atenção é o que foi tornado público pelo Dr. Dominguez em Julho de 1973. Era nada mais, nada menos, do que um plano mestre para derrubar a Igreja. Fora tão bem elaborado que os católicos estão a ser regidos por ele sem que disso se apercebam. Vejamos então como é que este plano surgiu e em que contexto.

Em 1928, a Santa Sé viu-se obrigada a dissolver a Associação Pax super Israel, na qual militavam muitos clérigos, bispos incluídos. Mas como aquele que é a cabeça da Maçonaria nunca dorme e procura sempre uma janela quando lhe é fechada a porta, depois de ter bebido o sangue de milhões de seres humanos com a II Guerra Mundial, levou os seus discípulos a trabalharem com vista ao Concílio Vaticano II, preparando este «Masterplan». Eis, nas palavras do próprio Dr. Dominguez, como foi descoberto:

«Alguém esqueceu no meu consultório médico um grande envelope fechado. Dois meses depois, como ninguém o reclamou, abri-o para averiguar a identidade do seu proprietário. O que encontrei, foi uma grande surpresa: O Plano para destruir a Igreja. Não havia assinatura de ninguém, não havia endereço, nada mais do que um rigoroso plano para destruir a Igreja de Cristo. Nele se afirma que existem mais de 1300 comunistas que se tornaram Padres Católicos para destruir a Igreja de Cristo por dentro, para implodi-La desde o seu interior. Conforme o Plano, a Igreja deve estar “arruinada” pelo ano de 1980. Encorajei-me a publicá-lo porque tenho a certeza de que ajudará a abrir os olhos de muitos Padres e bons cristãos, antes que seja tarde demais.»

Para melhor podermos discernir sobre o que é o correcto e o que está errado nas nossas Celebrações, torna-se obrigatório que conheçamos melhor a liturgia e que ouçamos a voz do Sumo Pontífice. A partir daí, conhecidas também as diabólicas maquinações, facilmente perceberemos que é o Maligno quem sai mais satisfeito connosco. Os dois aspectos referidos, conjugados com a simplicidade de coração, torna o Católico apto a perceber o fedorento hálito do diabo nas coisas de Deus. Espante-se agora o leitor com esta afirmação, mas na verdade, para garantir o êxito da sua luta contra o Sagrado, o diabo também vai à missa.

Ao conhecer o Masterplan, verá que as celebrações (umas mais do que outras) em nossas igrejas traduzem na perfeição o que nele foi delineado (quantas vezes eu tenho saído da Santa Missa sem ter prestado o devido culto à Santíssima Trindade, impedido pela tristeza que de mim se apodera…).

O Plano ataca a devoção aos Santos, a deípara Virgem Maria, as devoções como o santo rosário, os hábitos religiosos e o traje eclesiástico, o uso de objectos religiosos, muito confiando ainda na acção dos 1300 marxistas introduzidos no Sacerdócio para erodir a Igreja por dentro. Por absurdo que pareça, o que torna ainda mais funesta essa erosão, é o serem os bons Padres e os bons fiéis quem, de certo modo, mais trabalha em favor do Inimigo. Chega-se assim ao paradoxo de serem a levedura dessa massa infernal que tem crescido desconformemente na masseira que é a Igreja.

O Masterplan, incrivelmente simples e meticuloso, foi de facto eficaz. Não fosse Deus a interpor-lhe em 1978 a grande barreira que foi João Paulo II, e o mais provável seria o assistirmos ao seu completo domínio sobre a Igreja no início da década de 80, como por eles fora preconizado. Essa intransponível barreira vinda de Leste, que se mantém com o germânico sucessor, não nos deve sossegar ao ponto de cruzarmos os braços. Não nos basta ter conhecimento. Há que ir à luta. E ela deve começar pelas mudanças a operar em nós próprios, sem descurarmos o cuidado a termos com outros.

No exército de Cristo, como já devemos ter percebido, muitos dos comandantes dos batalhões são contrários às orientações do comandante supremo (o Papa). Desta forma, e dado que sob o comando daqueles estão outros na cadeia hierárquica, o grau de preparação que é dado às tropas que formam as grandes fileiras (os fiéis), revela-se desastroso perante a capacidade do inimigo. Mas como a tendência natural dos soldados é preferirem um comandante que não lhes exija o sacrifício inerente ao alto grau de preparação necessária, vivem contentes e felizes porque nada mais lhes é exigido do que estarem na matinal formatura em parada… E ao comandante basta que veja muitos na formatura para já ficar contente... Este ocioso exército que vive em completa lassidão disciplinar, insurge-se, se algum oficial ou sargento que não perdeu o sentido do dever anuncia os exercícios que o regulamento diz serem obrigatórios…

Com esta metáfora procuro demonstrar o rumo que leva este exército, que marcha a caminho da hecatombe.

No próximo número veremos alguns exemplos do domínio que a Maçonaria exerce na Igreja por meio do seu magistral Plano. Até lá, sugiro que procure ler o Masterplan, que facilmente encontrará na internet, para não ter de transcrever aqui necessárias partes de alguns de seus capítulos.



Crianças têm direito a «família normal»


Cardeal Ennio Antonelli










O responsável do Vaticano para a família defendeu dia 17  em Lisboa «o direito» das crianças a um agregado familiar «normal» e recusou que o «matrimónio de um homem e uma mulher» seja equiparado a «outras formas de convivência».

«A família normal fundada sobre o matrimónio é uma comunidade estável de vida e de pertença recíproca», enquanto outros modelos se situam na «lógica do indivíduo que pertence apenas a si mesmo e mantém com os outros só uma relação contratual de intercâmbio», sustentou o presidente do Conselho Pontifício para a Família.

Em resposta a uma pergunta colocada pela assistência presente na Aula Magna da Universidade de Lisboa, D. Ennio Antonelli declarou que «é necessário não apenas olhar aos desejos dos adultos mas aos direitos das crianças», dado que «os desejos nem sempre são direitos mas o bem objectivo das crianças é um direito».

«O mal-estar e os deslizes juvenis aparecem associados, em medida muito mais elevada às famílias desfeitas, incompletas e irregulares», afirmou na conferência de abertura do encontro «A Família e o Direito – Nos 30 Anos da Exortação Apostólica ‘Familiaris Consortio’».

O presidente do organismo da Santa Sé lembrou que «em nome da não discriminação, se reivindica o direito dos homossexuais a contrair matrimónio ou pelo menos a equiparar em tudo a sua relação ao matrimónio».

Esta posição esquece «que a justiça não consiste em dar a todos as mesmas coisas, mas em dar a cada um o que lhe pertence, e que é injusto tratar de modo igual realidades diversas», alegou.

As «pesquisas sociológicas», frisou, demonstram que, «percentualmente falando, os casados são mais felizes que os solteiros, os conviventes e os separados».

O prelado referiu que «a contestação mais forte contra a Igreja diz respeito à ética sexual», porque «aos olhos de muitos» a doutrina católica «apresenta-se como inimiga da liberdade e da alegria de viver».

A Igreja, contrapôs, «não rebaixa a sexualidade, mas, integrando-a no amor de doação, exalta-a até fazer dela uma antecipação das núpcias eternas».

O cardeal acentuou que «o objectivo fundamental» dos católicos «deve ser a formação duma cultura e duma opinião pública favorável à família».

«Para sair da crise económica actual, todos se dão conta de que há necessidade, por um lado, de inovação, investimentos e maior produtividade e, por outro, de equilibrada alternância de gerações e, consequentemente, taxa mais elevada de natalidade e melhor educação», apontou.

D. Ennio Antonelli argumentou que «são precisamente as famílias sadias que asseguram poupança, responsabilidade e eficiência, procriação generosa e compromisso educativo», pelo que a sociedade beneficia da criação de «oportunidades de trabalho» e da «harmonização» das exigências relativas ao tempo dedicado à família e à empresa.

A «felicidade», no entanto, não se centra na economia: o facto de se ter «uma família normal conta mais que os rendimentos» e «a falência do matrimónio faz sofrer mais que o desemprego», realçou.

Em declarações aos jornalistas, o cardeal italiano apelou a uma «séria preparação para o matrimónio», na Igreja Católica, com um «itinerário, um caminho prolongado, doutrinal e prático, de vida cristã».

Este responsável disse ainda esperar um milhão de pessoas no encerramento do 7.º Encontro Mundial das Famílias, entre 1 e 3 de Junho , em Milão (Itália), com a presença de Bento XVI.