Por esta altura, já um ou outro leitor se terá interrogado como é que são conhecidas as secretas manobras do inimigo. Como já dissera anteriormente, alguns dos seus planos foram tornados públicos por órgãos de imprensa cristã, ou em livros de valentes soldados da Fé.
Pessoalmente, tive conhecimento de um caso, do qual, por razões óbvias, não posso identificar. Trata-se do caso do pai de uma escritora que, em sua bondade, me tem como amigo. Ele era um alto cargo do Estado. Quando esta minha amiga era ainda muito jovem, sua mãe, senhora muito piedosa, ao fazer umas arrumações descobriu uns papéis que o marido tinha escondidos. Empalideceu completamente, ao ver que se tratava de uma coisa terrível, de algo que jamais julgara ser possível.
À semelhança deste caso, foi assim que, de um ou de outro modo, saíram das escuras sombras do secretismo todos os que já vieram a público. De entre todos, penso que aquele que deve merecer toda a nossa atenção é o que foi tornado público pelo Dr. Dominguez em Julho de 1973. Era nada mais, nada menos, do que um plano mestre para derrubar a Igreja. Fora tão bem elaborado que os católicos estão a ser regidos por ele sem que disso se apercebam. Vejamos então como é que este plano surgiu e em que contexto.
Em 1928, a Santa Sé viu-se obrigada a dissolver a Associação Pax super Israel, na qual militavam muitos clérigos, bispos incluídos. Mas como aquele que é a cabeça da Maçonaria nunca dorme e procura sempre uma janela quando lhe é fechada a porta, depois de ter bebido o sangue de milhões de seres humanos com a II Guerra Mundial, levou os seus discípulos a trabalharem com vista ao Concílio Vaticano II, preparando este «Masterplan». Eis, nas palavras do próprio Dr. Dominguez, como foi descoberto:
«Alguém esqueceu no meu consultório médico um grande envelope fechado. Dois meses depois, como ninguém o reclamou, abri-o para averiguar a identidade do seu proprietário. O que encontrei, foi uma grande surpresa: O Plano para destruir a Igreja. Não havia assinatura de ninguém, não havia endereço, nada mais do que um rigoroso plano para destruir a Igreja de Cristo. Nele se afirma que existem mais de 1300 comunistas que se tornaram Padres Católicos para destruir a Igreja de Cristo por dentro, para implodi-La desde o seu interior. Conforme o Plano, a Igreja deve estar “arruinada” pelo ano de 1980. Encorajei-me a publicá-lo porque tenho a certeza de que ajudará a abrir os olhos de muitos Padres e bons cristãos, antes que seja tarde demais.»
Para melhor podermos discernir sobre o que é o correcto e o que está errado nas nossas Celebrações, torna-se obrigatório que conheçamos melhor a liturgia e que ouçamos a voz do Sumo Pontífice. A partir daí, conhecidas também as diabólicas maquinações, facilmente perceberemos que é o Maligno quem sai mais satisfeito connosco. Os dois aspectos referidos, conjugados com a simplicidade de coração, torna o Católico apto a perceber o fedorento hálito do diabo nas coisas de Deus. Espante-se agora o leitor com esta afirmação, mas na verdade, para garantir o êxito da sua luta contra o Sagrado, o diabo também vai à missa.
Ao conhecer o Masterplan, verá que as celebrações (umas mais do que outras) em nossas igrejas traduzem na perfeição o que nele foi delineado (quantas vezes eu tenho saído da Santa Missa sem ter prestado o devido culto à Santíssima Trindade, impedido pela tristeza que de mim se apodera…).
O Plano ataca a devoção aos Santos, a deípara Virgem Maria, as devoções como o santo rosário, os hábitos religiosos e o traje eclesiástico, o uso de objectos religiosos, muito confiando ainda na acção dos 1300 marxistas introduzidos no Sacerdócio para erodir a Igreja por dentro. Por absurdo que pareça, o que torna ainda mais funesta essa erosão, é o serem os bons Padres e os bons fiéis quem, de certo modo, mais trabalha em favor do Inimigo. Chega-se assim ao paradoxo de serem a levedura dessa massa infernal que tem crescido desconformemente na masseira que é a Igreja.
O Masterplan, incrivelmente simples e meticuloso, foi de facto eficaz. Não fosse Deus a interpor-lhe em 1978 a grande barreira que foi João Paulo II, e o mais provável seria o assistirmos ao seu completo domínio sobre a Igreja no início da década de 80, como por eles fora preconizado. Essa intransponível barreira vinda de Leste, que se mantém com o germânico sucessor, não nos deve sossegar ao ponto de cruzarmos os braços. Não nos basta ter conhecimento. Há que ir à luta. E ela deve começar pelas mudanças a operar em nós próprios, sem descurarmos o cuidado a termos com outros.
No exército de Cristo, como já devemos ter percebido, muitos dos comandantes dos batalhões são contrários às orientações do comandante supremo (o Papa). Desta forma, e dado que sob o comando daqueles estão outros na cadeia hierárquica, o grau de preparação que é dado às tropas que formam as grandes fileiras (os fiéis), revela-se desastroso perante a capacidade do inimigo. Mas como a tendência natural dos soldados é preferirem um comandante que não lhes exija o sacrifício inerente ao alto grau de preparação necessária, vivem contentes e felizes porque nada mais lhes é exigido do que estarem na matinal formatura em parada… E ao comandante basta que veja muitos na formatura para já ficar contente... Este ocioso exército que vive em completa lassidão disciplinar, insurge-se, se algum oficial ou sargento que não perdeu o sentido do dever anuncia os exercícios que o regulamento diz serem obrigatórios…
Com esta metáfora procuro demonstrar o rumo que leva este exército, que marcha a caminho da hecatombe.
No próximo número veremos alguns exemplos do domínio que a Maçonaria exerce na Igreja por meio do seu magistral Plano. Até lá, sugiro que procure ler o Masterplan, que facilmente encontrará na internet, para não ter de transcrever aqui necessárias partes de alguns de seus capítulos.