terça-feira, 29 de setembro de 2009

The Lost Symbol: "Dan Brown aos pés da Maçonaria"?

Depois de se enfrentar com a Igreja no Código Da Vinci Dan Brown desta vez enfrenta-se com os maçons? Não propriamente.

É claro que Dan Brown ainda é Dan Brown, um escritor que nunca ninguém argumentou como sabendo fazer investigação histórica séria para escrever os seus livros.

No entanto, enquanto O Código Da Vinci era um livro anti-católico e anti-cristão, The Lost Symbol não é um livro anti-maçónico.

Certamente, os maçons irão lamentar-se de algumas imprecisões e exageros. Mas aqui, a maçonaria não é "o mau da fita".


Dan Brown sai em defesa [da tese segundo a qual] a base comum que unia os pais fundadores dos Estados Unidos não era o cristianismo, mas sim o deísmo típico da maçonaria, utilizado como um suave verniz filosófico para encobrir ideias gnósticas, esotéricas, naturalísticas e neo-pagãs.

Nos jardins da Casa Branca, o Papa disse (...) os direitos da Constituição Americana são todos "fundados na lei da natureza e no Deus desta natureza": o Deus, disse Bento XVI, da "fé bíblica."

É legítimo que os historiadores continuem a debater.

Mas o Papa, nos Estados Unidos, desvendou o jogo de quem maliciosamente apresenta as origens dos Estados Unidos como exclusivamente maçónicas para legitimar a marginalização do cristianismo na vida política de hoje.


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Dois anos de aborto: apelo à solidariedade do poder local

A experiência mostra que é possível ajudar mulheres e homens em circunstâncias difíceis

Desde que foi liberalizado o aborto, mais de 22.875 crianças deixaram de ver a luz do sol, porque foram abortadas. É o número da nossa vergonha! Que seria deste país com mais 22.875 crianças? Quantas salas de aula, infantários e creches não teriam de abrir para estas 22.875 crianças? Quantos professores teriam emprego ao dar aulas a 22.875 crianças? Quanta alegria teríamos ao dar de comer a mais 22.875 crianças?
A lei foi a ferro e fogo imposta ao país e as vítimas aí estão - somos hoje uma sociedade mais pobre e menos solidária, mais violenta e menos ousada. As vítimas são também, muito em particular, as mulheres (mais de 22.000) que no último ano e meio se submeteram ao flagelo de ir ao centro de saúde, receber uma "guia de marcha" ou credencial que as conduziu ao aborto. Quantas mulheres o fizeram sob ameaça? Quantas o fizeram sob pressões sociais? Quantas mulheres o fizeram solitariamente? Quantas tiveram uma mão amiga, um ombro ou um gesto de carinho que lhes apontasse outro caminho? Quais as respostas sociais a este flagelo? O Estado oferece o aborto. Ponto. Porém, não baixamos os braços.
Muitos de nós, nas instituições de apoio à vida, temos estado ao lado de mulheres que caminhavam para o aborto e têm hoje consigo o filho ou a filha, com muita alegria. A experiência mostra que é possível ajudar mulheres e homens em circunstâncias difíceis. É um imperativo de solidariedade. É um trabalho difícil, mas com um retorno e uma nobreza incomensuráveis.
Por isso, apelamos a todos aqueles que disseram "não ao aborto" (mais de 1.700.000 portugueses) para que, no seu local de trabalho, no seu grupo de amigos, de relacionamento, na colectividade a que pertencem, no centro de saúde onde são utentes, estejam atentos, informem e intervenham ao lado de cada mulher que está em vias de fazer um aborto. Que nos organizemos em pequenos grupos (duas a três pessoas) para, pelo menos, dar uma palavra amiga, de coragem e de ajuda, a cada mulher que está em risco de aborto e também àquelas que o fizeram e agora descobriram as suas terríveis sequelas. Ninguém é feliz sozinho. O sofrimento que vive paredes-meias connosco é também uma dor nossa.
E, por fim, um forte apelo aos 308 presidentes de câmara, aos 4259 presidentes de juntas de freguesia do meu país. As mulheres do vosso concelho, da vossa freguesia precisam de ajuda, quando em risco de aborto.
É preciso criar em cada freguesia, em cada concelho estruturas de apoio às mulheres em risco de aborto. Senhores presidentes de câmara, tendes ao vosso dispor as comissões de Protecção de Crianças e Jovens que podem lançar mão deste trabalho. Senhores presidentes de junta de freguesia, os gabinetes de atendimento podem ajudar a que a vossa freguesia dentro em breve tenha mais felicidade na cara de cada mulher e tenha mais crianças e mais jovens nas creches e nas escolas. Bastará criar o apoio, noticiar a oferta, informar os centros de saúde e hospitais e tudo será diferente.
Perante o vazio de respostas do poder central, vamos mostrar que o poder local é solidário e amigo da vida.

Isilda Pegado, Presidente da Federação Portuguesa pela Vida

A urgência de trazer Deus para a vida social

Na recente encíclica social, o Papa Bento XVI diz que o desenvolvimento é uma vocação, Deus, tendo criado os homens, chama-os continuamente para que se empenhe no desenvolvimento. O Papa não defende um cessar do desenvolvimento, não condena a tecnologia, não desconfia do bem estar, mas pede que tudo tenha em vista o homem e que nunca se olhe para o homem sem ter em conta toda a sua humanidade. É assim que o Papa mostra que não pode haver desenvolvimento integral do homem quando se põe Deus de lado. Deus não está ao lado da vida do homem, e não pode ser posto ao lado da vida social. «O humanismo que exclui Deus é um humanismo desumano. Só o humanismo aberto ao Absoluto pode guiar-nos na promoção e realização de formas de vida social e civil preservando-nos do risco de cairmos prisioneiros das modas do momento» (Caritas in veritate, 78).
Na política, na vida familiar, no trabalho, quando se abordam as questões como as migrações, o ambiente ou a bioética, quando se procuram soluções para os desafios da educação, da economia, da cultura e da arte, nunca se terá uma visão completa se Deus ficar de lado. É o coração do homem, a sua capacidade de perguntar pelo sentido das coisas e o seu desejo de infinito que obrigam a pôr a questão de Deus, a procurá-Lo e a reconhecer os sinais da Sua presença.
O estranho é que hoje dizer isto é entrar numa grande batalha cultural. Não se pode falar de Deus em todo o lado. Vêm logo acusações de que somos alucinados, tontinhos, ou fundamentalistas. São mesmo várias as «forças» que defendem que Deus seja dispensado da vida social. Velhos e novos ateísmos aparecem com o mesmo olhar redutor que fecha a humanidade à eternidade e a limita ao tempo e ao espaço em que vivem. Estamos numa apaixonante batalha. Não podemos ter medo. Temos Deus connosco.
Em Portugal avizinham-se as eleições, um pouco por toda a Europa se fala de política, a todos preocupa o desemprego e a crise económica. Há problemas ambientais que exigem colaboração de todos. Sente-se uma falta de segurança crescente nas cidades. Na comunicação Social cada vez se sabe menos o que é verdade e o que é mentira. A droga continua a seduzir e destruir muitos jovens e menos jovens. A vida vai perdendo o valor que tem em si mesma para passar a ser uma coisa que depende da «utilidade» e, por isso, depois de se aprovar o aborto, aparecem os defensores da Eutanásia com ar de compaixão, mas perdidos sem saber bem o que se está a fazer na vida. Enfim tantas questões que mostram bem como estamos mesmo diante de questões que tocam connosco.
É exactamente por tudo isso que os cristãos são convocados a intervir na vida social. Fazendo a experiência do Amor de Deus temos o dever de O anunciar. Não podemos ter vergonha, não podemos aceitar sem mais que Deus saia da vida. Não podemos reduzir a nossa vida cristã ao que fazemos na Igreja ou à oração pessoal e escondida. Deus tem direito de cidadania. A vida familiar, o ambiente social e até a política precisam de Deus. A Igreja na Europa, neste velho continente laicizado tem esta obrigação. Se aqui, ao contrário do que se passa na Ásia, na América e em África, a Igreja não está a crescer é, provavelmente, porque os cristãos, aceitando o secularismo como uma fatalidade, também puseram Deus num canto. E, no entanto, não podemos desanimar e todos os dias podemos recomeçar. Como recorda o Santo Padre, «Deus dá-nos a força de lutar e sofrer por amor do bem comum, porque Ele é o nosso Tudo, a nossa esperança.» (Caritas in Veritate 78).

Padre Duarte Cunha

Papa quer cristãos corajosos

Bento XVI diz que ensinamentos de Jesus são mais do que mera filosofia




Bento XVI pediu este Domingo que os cristãos sejam corajosos, deixando apelos à fidelidade ao Evangelho. Durante a recitação do Angelus, na residência pontifícia de Castel Gandolfo, o Papa defendeu que "a fé não basta para se salvar" e falou na necessidade de «uma vida recta e o amor puro e generoso para com o próximo, os irmãos».
Neste sentido, desafiou a «testemunhar a nossa fé com uma vida de serviço humilde, prontos a pagar pessoalmente para permanecermos fiéis ao Evangelho da caridade e da verdade, certos de que nada se perde de tudo aquilo que fazemos».
Citando São João Crisóstomo, Doutor dos primeiros séculos da Igreja, Bento XVI frisou que «Jesus não veio ensinar-nos uma filosofia, mas mostra-nos um caminho, melhor ainda, o caminho que conduz à vida».
«Este caminho é o amor, que é expressão da verdadeira fé. Se alguém ama o próximo com coração puro e generoso quer dizer que conhece verdadeiramente Deus. Se, pelo contrário alguém diz que tem fé mas não ama os irmãos, não é um verdadeiro crente. Deus não mora nele, porque como afirma claramente São Tiago na segunda leitura da Missa deste Domingo, «a fé sem as obras está pura e simplesmente morta», prosseguiu.
«Queridos amigos, amanhã celebraremos a festa da Exaltação da Santa Cruz., e no dia seguinte Nossa Senhora das Dores. A Virgem Maria que acreditou na Palavra do Senhor, não perdeu a sua fé em Deus quando viu o seu Filho recusado, ultrajado e crucificado. Permaneceu ao pé de Jesus, sofrendo e orando até ao fim. E viu a aurora radiosa da sua Ressurreição

Breve Apresentação da Milícia de São Miguel

1 -  O que é a Milícia de São Miguel?

A Milícia de São Miguel - União para a Cultura e Civilização Cristãs é uma associação portuguesa de direito civil. Ela responde ao chamamento de João Paulo II quando clamou «Portugal, convoco-te para a missão!» e à determinação de Bento XVI «Moldar a terra à imagem do céu».
Na ordem temporal e no concreto, a Milícia de São Miguel tem como missão promover e defender a cultura e a Civilização cristãs assim como o seu principal baluarte, a Igreja Católica Apostólica Romana.
O cumprimento desta missão exige a união de vontades dos milicianos de São Miguel, agrupados no braço orgânico da Milícia de São Miguel. Ela tem também como função proporcionar aos milicianos a sua santificação pela participação activa num combate por Jesus Cristo.

2 - Que preocupações tem a Milícia de São Miguel?

Os tempos que correm revelam em toda a extensão a força do mal na ordem temporal. Jesus finalmente triunfará sobre ele mas, entretanto, Satanás derrama a sua perversidade sobre a terra. As forças ao serviço de Satanás nunca haviam atingido, ao nível global, uma organização tão refinada, nunca tinham atingido em tanta profundidade a família, a escola, os meios de comunicação, a cultura, o direito à vida, a moral pública, o Estado e até a própria Igreja.
A Igreja Católica, presença de Cristo na terra, é o primeiro alvo de Satanás, utilizando os seus servidores.

3 - Qual o papel da Milícia de São Miguel?

O estado a que chegou a sociedade exige a mobilização geral dos católicos. Nunca o apelo de João Paulo II para uma nova evangelização fez tanto sentido como hoje.
Os católicos devem preparar-se para a guerra que vivemos e para a intervenção activa na sociedade. Os católicos não devem deixar a condução da sociedade em mãos alheias - militantes ateus e hostis à Igreja, propagandistas activos do amoralismo, da contracultura, da cultura da morte, políticos supostamente «neutros» ou cobardes para cumprirem o seu dever de opositores à degradação.
A Milícia de São Miguel propaga a verdade do Evangelho na sociedade. A sua intervenção é activa e particularmente empenhada no combate de ideias, na cultura, na defesa dos valores cristãos na sociedade. A Milícia de São Miguel exerce o apostolado por todo o lado, no trabalho, na rua, na escola, na cultura, nas artes, no desporto, na política, na administração, tendo como meta impregnar de espírito evangélico a ordem temporal.

4 - Que meios utiliza a Milícia de São Miguel?

Para cumprir a sua missão, a Milícia de São Miguel recorrerá aos seguintes meios: difusão da concepção cristã da vida e do mundo; combate à contracultura, ideias amorais, políticas afins e heresias do nosso tempo; intervenção quotidiana na vida cultural, social e política em defesa dos valores cristãos; envolvimento do maior número possível de católicos na missão; criação das estruturas orgânicas necessárias à missão; estabelecimento de acções comuns com pessoas e organizações mesmo que não católicas mas que se mostrem sensibilizadas para enfrentar as ameaças aos valores morais da Civilização cristã.

5 - Qual a ligação da Milícia de São Miguel à Igreja?

A Milícia de São Miguel é um órgão de acção cultural católica de direito civil, de leigos em comunhão com o Santo Padre, que serve a Igreja e a sua doutrina, apoia o seu trabalho paroquial e defende a Civilização cristã.

6 -  Como está estruturada

A formação de base da Milícia de São Miguel é a Companhia, que agrupa os milicianos de uma localidade, ou conjunto de localidades, ou de um sector de actividade social.
As actividades da companhia são coordenadas pelo seu Secretariado, que assegura a ligação com a organização.
As companhias de um distrito estão agrupadas em brigadas e as companhias de actividade social estão agrupadas em alas, cada uma delas coordenada pelo seu Secretariado, e todas elas coordenadas pelo Secretariado Nacional.

7 - Que alas são organizadas por actividades sociais?

A Milícia de São Miguel organiza à partida alas nas seguintes áreas: Artes, Comunicação, Cultura, Desporto, Economia, Educação, Emigração, Infância, Juventude, Justiça, Política, Professores, Saúde e Segurança, e outras que se venham a justificar.

8 - Quais as actividades do Miliciano de São Miguel?

O Miliciano de São Miguel estuda assiduamente a doutrina católica, reflecte permanentemente sobre os problemas da sociedade contemporânea à luz da fé cristã e trabalha com fidelidade para a causa de Deus. Participa regularmente nas reuniões de formação, nas reuniões de organização e na acção apostólica. Mantém-se permanentemente atento à vida cultural, política e social, nunca dela se alheando, observando todos os factos e fenómenos à luz dos valores cristãos. Mantém-se especialmente atento aos factos que possam constituir graves afrontas à cultura e à Civilização cristãs, à Igreja Católica e a todas as instituições em que assenta a nossa Civilização.

9  - Em que consiste a formação dos milicianos?

A formação dos Milicianos de São Miguel destina-se a prepará­-los como católicos para poderem agir na sociedade com actualidade, saber, competência, eficácia, determinação e coragem. O Miliciano de São Miguel não pode comparecer no campo de batalha apenas de cruz na mão e como o ingénuo da política.
Para agir na sociedade contemporânea, é essencial uma formação religiosa. Mas ela não é suficiente para o combate, que também é cultural e político e, como tal, multifacetado e ardiloso.
Também o pedido de ajuda a Deus pela oração não dispensa a nossa contribuição na guerra quotidiana contra o mal.
Para ter a capacidade de eficazmente servir Deus no caos da sociedade contemporânea, o Miliciano de São Miguel deve corresponder em saber e exercício às exigências dos novos tempos, estudar as realidades do mundo temporal e saber encontrar as respostas adequadas. Isso exige-lhe formação religiosa fundamental mas igualmente formação cultural e política.

10 - Como aderir à Milícia de São Miguel?

Os católicos que, tendo tomado contacto com o espírito da Milícia de São Miguel, se identifiquem com ele e desejem participar na sua missão, podem facilmente fazê-lo.
Se na sua localidade ou actividade social já existe uma companhia, podem procurar um ou vários dos seus milicianos e integrar essa companhia. Se aí não existe ainda uma companhia, podem então dar os primeiros passos para a constituição de uma nova companhia entrando em contacto com a Milícia de São Miguel.