Heduíno
Gomes
(A propósito da professora porno de Mértola e dos seus chefes muito
«compreensivos»)
Antigamente,
ser professora – e professor – constituía uma referência moral. Com a chamada
«democratização do ensino», na escola tudo foi «democratizado» e lá se vai a
referência...
Alguns
professores e professoras perderam a compostura e daí também a sua autoridade
moral. Vestuário chunga, despudor chunga (passo o pleonasmo), cabeleira chunga,
linguagem chunga, higiene chunga, postura chunga, «educação sexual» chunga. E
ainda, por vezes, com umas passas à mistura.
Contou-me
uma professora normal – que ainda há – duma escola secundária que, certa
vez, lhe chegaram ao pé uns alunos já matulões a pedir-lhe que dissesse à stôra
de educação física que não andasse pela escola vestida daquela maneira...
Eles lá sabiam porquê. E a stôra certamente também sabia porque andava
assim.
Que
exemplo darão tais mestres aos seus alunos? Que ordem moral e disciplinar
poderão impor?
Neste
ambiente «democraticamente» permitido e permissivo, quando as próprias chefias,
logo a partir do Ministério, são liberais, relativistas, militantes «do
género» e sem referências morais, os professores normais nada podem fazer.
Os professores normais sentem-se marginalizados, botas-de-elástico,
impotentes... e desmobilizados!
Agora
veio a público o caso de uma professora do agrupamento de escolas de Mértola
que faria filmes porno para vender, utilizando mesmo a sala de aula nos
intervalos, o que teria proporcionado a um aluno assistir a uma parte do
espectáculo. A confirmar-se este caso, não é a primeira vez que uma professora
tem comportamentos incompatíveis com a qualidade de educadora.
Mas a
gravidade de comportamento não está apenas na professora. Pior ainda é o
comportamento dos seus superiores do agrupamento escolar. Segundo a imprensa, a
direcção da escola começou por referir-se ao assunto como sendo da «vida
privada» da professora. Vida privada depravada de uma educadora pública?
Então exige-se moral às figuras públicas políticas e depois tolera-se a
bandalheira às figuras públicas da educação de crianças? E com a
agravante da sujeita utilizar a sala de aula da escola como estúdio de
Hollywood?
É
grave a pornografia, e mais grave se praticada por um agente da educação, e
mais grave ainda se realizada no interior de uma escola. Mas este episódio
pontual não nos deve fazer esquecer a origem da bandalheira: a juntar à
permissividade do liberalismo temos a chamada «educação sexual» pro-invertidos
imposta pelo lobby corruptor instalado no Ministério da Educação (e televisões),
que procura conduzir rapazes e raparigas ao amoralismo, à libertinagem e à
homossexualidade. Tais dirigentes da educação nunca poderão tratar devidamente
os casos pontuais porque estes têm origem precisamente no ambiente de
permissividade e militância antivalores vindos de cima – e bem de cima.
Partindo
do princípio de que, quanto maior a responsabilidade, maior é a culpa, cabe
perguntar até que ponto vai a badalhoquice destes responsáveis nacionais,
regionais e locais pela educação das nossas crianças.
Como
mais uma vez se vê, urge proceder a uma limpeza séria nas estruturas do sistema
de ensino – dos professores chungas e dos quadros chungas do Ministério da
Educação – e repor a decência nesta nobre actividade que é a educação.
Certamente não serão governantes cobardes, oportunistas e permissivos que
o farão.