terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Os filhos da mentira

P. Gonçalo Portocarrero de Almada










O milagre da multiplicação dos pais e das mães

Jesus Cristo fez o milagre da multiplicação dos peixes e dos pães, mas a igualdade de género faz mais: multiplica, desgraçadamente, os pais e as mães.

Se uma criança pode ter duas «mães», a verdadeira e a falsa, já que não pode ter sido gerada por ambas, pode ter ainda mais. Com efeito, se a verdadeira mãe morre, ficando a filha ao cuidado da falsa e a dita «viúva» casar com outra, também esta será, pela mesma razão, «mãe» da menor, portanto sua «mãe» duplamente falsa. Se aquela «viúva» morrer e lhe sobreviver a pessoa com quem casou, em segundas núpcias, pode esta, a dita «mãe» duplamente falsa, por sua vez casar com uma nova mulher, que será portanto a quarta «mãe» da criança em causa, ou sua «mãe» triplamente falsa. Portanto, se mãe verdadeira há só uma, falsas podem ser três, ou muitas mais!


O mesmo se diga dos «pais». O finlandês Juha Jämsä, casado com o pai de três filhos, que têm mãe, também quer ser «pai» deles: se o conseguir, os ditos terão simultâneamente três «pais» legais: dois progenitores mais um falso pai. Se a mãe voltar a casar com um homem, ainda podem ter quatro: uma mãe e três «pais»!

E se dois homens casados quiserem adoptar um órfão? Não é possível, porque a lei não o permite. Que fazer? Basta dar prioridade ao «interesse da criança», em detrimento da «ideia antiga» de que a adopção deve imitar a «reprodução biológica». Quer isto dizer que um menor deveria poder ser adoptado por um clube de futebol, por um rancho folclórico ou por uma esquadra da PSP. Genial, não é?

E, ainda, se uma mulher quiser ter um filho, mas não casar? Não pode porque, segundo a actual legislação, a procriação medicamente assistida só é viável a pedido da mulher e do seu marido. Mas – contradizem os activistas da ideologia de género – é uma «violência» obrigar uma mulher a casar, ainda por cima com um homem, para que possa recorrer à fecundação artificial! Se for, também o será que, para casar ou conceber, precise de alguém… Se a geração é um direito individual, invente-se então a reprodução assexuada!

Dois conceitos a distinguir: matrimónio e filiação. São cônjuges os casados, são progenitores os pais. O marido da mãe não é, necessariamente, o pai dos filhos dela, nem a mulher do pai é, por força, mãe da geração dele. Por isso, o marido da mãe que não é pai, é padrasto; e madrasta a mulher do pai, que não é mãe. Substituir padrasto ou madrasta por «pai» ou «mãe» é mentir ao filho sobre a sua identidade e filiação.

Há quem entenda que é a competência parental que conta e não a consanguinidade. Mas então, a adopção deveria ser concedida a equipas de especialistas: quinze «pais» peritos em puericultura, culinária infantil, pedopsiquiatria, línguas estrangeiras e dança substituiriam, com vantagem, pai e mãe, ou duas «mães» ou «pais» menos versáteis.

Mais ainda: se é a competência que interessa e não o parentesco, então mesmo o filho do casal natural, pai e mãe à antiga portuguesa, não deveria ser dado aos seus progenitores, como exige a ideologia de cariz biologista, mas entregue ao Estado, que depois o adjudicaria aos que provassem ser os «pais» mais aptos. Assim sendo, todos os cidadãos portugueses que quisessem «ter» geração, mas não «ser» pais, deveriam provar as suas aptidões parentais em exames nacionais: ser-lhes-iam depois dadas as crianças disponíveis, consoante as suas notas. Logicamente, o primeiro classificado teria direito ao bebé do ano.

Foi à revelia da vontade popular que Portugal entrou no restrito grupo dos países que apostaram na falsificação da família e do matrimónio naturais e, pelo menos 62% dos portugueses, não quer que casais do mesmo sexo possam adoptar menores.

Os recém-nascidos têm direito à família de que e em que nasceram: ao pai e à mãe que os geraram. Só a sua inexistência, ou manifesta incapacidade, pode legitimar a sua substituição por pais adoptivos. Mas nunca dois «pais» ou duas «mães», um verdadeiro e outro falso, porque uma mãe não é outro pai, nem o pai uma outra mãe. Além do mais, o pai do filho de duas «mães», como a mãe do filho de dois «pais», não podem, nem devem, ser excluídos da relação parental.

Esta não é, apenas, mais uma causa fracturante, mas uma questão aberrante. A adopção por casais do mesmo sexo é contrária à dignidade humana e ao superior interesse das crianças. Contra este mal maior, há que defender, sempre, o bem do indefeso menor.

Aprovação do Papa ao Caminho Neocatecumenal não se aplica
ao seu modo de celebrar a Missa

A aprovação que o Papa Bento XVI outorgou a algumas celebrações do Caminho Neocatecumenal, anunciada no dia 20 de Janeiro, somente se aplica às orações não litúrgicas em sua catequese e não à Missa nem outras liturgias da Igreja.
Conforme assinalou ao grupo ACI uma fonte do Vaticano este 21 de Janeiro, «com respeito às celebrações da Santa Missa e de outras liturgias da Igreja», as comunidades do Caminho Neocatecumenal devem «seguir as normas da Igreja como se indica nos livros litúrgicos. Fazê-lo de outra forma se entende como um abuso litúrgico».

No dia 20 de Janeiro o Papa Bento XVI recebeu mais de 7 mil membros deste movimento na Sala Paulo VI para o envio anual de famílias missionárias. O convite para o evento assinalava que «o propósito deste encontro será que o Santo Padre assine um decreto da Congregação para o Culto Divino com a plena aprovação das liturgias do Caminho Neocatecumenal».

Entretanto, a aprovação das práticas não litúrgicas proveio de outro dicastério. Foi o Pontifício Conselho para os Laicos o que emitiu um decreto, com a vénia da Congregação para o Culto Divino, para as celebrações presentes em seu Directório Catequético.
Neste processo, «o Caminho Neocatecumenal não obteve até o momento uma nova autorização», disse a fonte do Vaticano familiarizada com o processo de aprovação para orações e liturgias.

«Essencialmente o Pontifício Conselho só está aprovando nestas celebrações as que se encontram no Directório Catequético do Caminho Neocatecumenal, que de nenhuma forma se refere aos conteúdos dos livros litúrgicos».

A fonte vaticana indicou que o decreto serve apenas para assegurar que «não há nada errado nas orações que eles usam no contexto de suas sessões catequéticas».

Desde sua fundação, o Caminho Neocatecumenal recebeu advertências do Vaticano por inserir novas práticas às Missa que realizam. Estas incluem a predicação de leigos, estar de pé durante a oração eucarística, a recepção da Eucaristia sentados e sob as duas espécies, passando o cálice sagrado do vinho de pessoa a pessoa.

«O Caminho Neocatecumenal não tem permissão para nenhuma destas coisas», afirmou a fonte vaticana e assegurou que o Vaticano ainda recebe queixas referentes a que este movimento «não cumpre as normas universais para a liturgia».

A fonte do Vaticano disse ademais ao grupo ACI que «o decreto (da sexta-feira 20) não tem nada a ver com as inovações litúrgicas do Caminho Neocatecumenal» que «devem ser detidas imediatamente porque não correspondem às normas sobre a forma em que a Missa e os sacramentos devem ser celebrados».

As únicas excepções são duas permissões para que o grupo pudesse mover a saudação da paz para fazê-la antes da apresentação dos dons e receber a comunhão sob as duas espécies. Mas estas mudanças requerem ademais a permissão do Bispo local.

«A liturgia da Igreja está definida claramente como o culto público da Igreja» como a Missa e a liturgia das horas, esclareceu a fonte a ACI Digital. As normas da Igreja para a liturgia, acrescentou, «estão nos livros litúrgicos aprovados e o Caminho Neocatecumenal também deve observá-los sem distinção de qualquer outro grupo da Igreja Católica».

O que o decreto da sexta-feira aprovou foram «aquelas celebrações do Directório que não estão incluídas nos livros litúrgicos» o que seria equivalente «a aprovar as orações, por exemplo, das reuniões dos Cavaleiros de Colombo ou de uma confraternidade ou talvez as orações que grupos como as missionárias da caridade fazem logo depois da Missa».

No encontro da sexta-feira 20 de Janeiro do Papa com os neocatecumenais, o Santo Padre agradeceu pelo valioso serviço à Igreja que realizam e os animou a proclamar a Cristo recordando que as comunidades neocatecumenais não devem estar separadas das paróquias nas que estão presentes.

Os estatutos do Caminho Neocatecumenal foram aprovados pela Santa Sé em 2008.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Outro bispo deixa anglicanismo para ingressar na Igreja Católica

Robert Mercer, que durante dez anos foi bispo anglicano em Zimbábue e liderou por 17 anos a Igreja Anglicana Tradicional no Canadá, acolherá este sábado a fé católica em uma cerimónia presidida pelo ordinário Keith Newton, outro ex-bispo anglicano.

Mercer será recebido como católico no ordinariato de Nossa Senhora de Walsingham, criado no ano passado pelo Papa Bento XVI para acolher a anglicanos que querem manter aspectos de sua liturgia e tradições.

A cerimónia de crisma em St. Agatha, Portsmouth, será presidida pelo ordinário Keith Newton, quem até pouco era bispo anglicano de Richborough e agora é o líder dos ex-anglicanos britânicos.

Em declarações ao ENInews, Mercer tinha falado sobre sua conversão e como «durante 400 anos as Igrejas católica e anglicana falaram de forma bastante estéril sobre reconciliar-se».

«Agora isto está acontecendo. Cruzarei a Roma assim que o Vaticano me permita», afirmou.

Mercer, que será recebido como leigo na Igreja Católica, afirmou que o Papa Bento XVI «é um revolucionário e o que está fazendo é revolucionário. Isto é a conclusão lógica do Movimento de Oxford do século XIX».

Do mesmo modo, lamentou que no anglicanismo tenha se difundido um «feminismo extremista que converte a Deus em uma figura materna e a Jesus em uma filha; estiveram fazendo uma rebelião contra a tradição cristã universal».

O site Religiónenlibertad.com destacou que em cinco anos, oito bispos anglicanos ingressaram na Igreja Católica. «É um facto insólito que nunca aconteceu antes (…). Trata-se de pastores com grandes conhecimentos de história e de teologia e com um anseio missionário e evangelizador».

«Pelo contrário, não se conhece nenhum caso de bispos católicos que se tenham tornado anglicanos ou episcopalianos, excepto os que se submeteram a Enrique VIII em seu cisma há 5 séculos: quase todos os da Inglaterra, excepto São João Fisher, que morreu mártir decapitado por sua oposição», acrescentou.

PSD tomado pela maçonaria

(Circula na net sem assinatura)

1 -- Há informações que as pessoas deviam ter, mas que, pela sua própria natureza, são difíceis de transmitir. É o caso das seitas secretas, em particular, da Maçonaria.

Justamente porque são secretas, não são noticiadas na comunicação social, ou melhor, quando os jornais delas falam, raramente conseguem identificar os seus membros, porque é impossível apresentar provas inequívocas.

Somos jornalistas que temos informação relevante sobre essa matéria, mas que, por razões óbvias, não a podemos divulgar pelos meios tradicionais e no exercício normal da nossa profissão. Apesar de todos os perigos a ela inerentes, a Internet permite hoje dar algumas informações às pessoas que a comunicação social clássica não consegue.
Enquanto jornalistas, o mais que podemos fazer pelos «leitores», é informá-los por esta via e não desperdiçar o fruto do nosso trabalho e do nosso conhecimento.

2 -- No início do século passado, a Maçonaria teve um papel relevante em termos ideológicos. Hoje, em Portugal não passa de uma seita secreta que apenas existe para conseguir promover e defender quem a ela pertence.

É gente que, a coberto desse secretismo, giza estratégias de acesso ao poder e de defesa e protecção dos seus membros, agredindo, sem pudor, o interesse público.

3 -- Desde que Passos Coelho subiu à liderança do PSD, a maçonaria começou a tomar conta do partido.  Sabemos hoje, que os principais elementos que o rodeiam pertencem a essa seita.

O principal é o secretário-geral Miguel Relvas, cabeça de lista por Santarém. É ele, destacadamente, o principal obreiro da estratégia maçónica de assalto a este partido político.

A súbita presença de Fernando Nobre no PSD tem justamente a ver com o facto de ele também ser da seita e com a solidariedade maçónica que deve prevalecer sobre tudo o mais.

Carlos Abreu Amorim, que já foi da extrema-direita, do CDS, do PND (Manuel Monteiro) e agora do PSD, em boa verdade nunca foi de nenhum deles, é um peso pesado da maçonaria. Por isso, entrou inesperadamente (?) na lista de Viana.

Feliciano Barreiras Duarte, chefe de gabinete de Passos Coelho,  e agora Secretário de Estado, é igualmente da seita e, por isso, é também deputado, voltando à Assembleia da República onde, há anos, já não estava.

Marco António Costa, Vice-presidente do PSD nacional e Presidente da distrital do Porto, é outro dos mais activos maçons. No Porto pode-se ainda contar com Paulo Morais e com Ricardo Almeida, entretanto estrategicamente colocado na Câmara de Gaia.

O leitor já se questionou por que é que, por exemplo, Carlos Abreu Amorim, Gomes Fernandes (PS) e Paulo Morais, têm tanta penetração no JN? - Porque o pivô maçónico dentro desse jornal faz o seu trabalho - e que, admitimos, possa ser o próprio director José Leite Pereira.

Carlos Carreiras, Presidente da distrital de Lisboa e da Câmara de Cascais, é outro dos pivôs da seita no partido laranja.

Jorge Moreira da Silva, também Vice-presidente do PSD nacional e assessor de Cavaco Silva, e outros deputados como, por exemplo, Emídio Guerreiro ou António Rodrigues também reforçam a equipa.

Pedro Marques Lopes que, no Eixo do Mal (SIC Noticias) dá a cara pelo PSD de Passos Coelho (em tempos tantas vezes esteve contra Manuela Ferreira leite), é outro dos elementos com uma função a cumprir na estratégia de assalto da maçonaria ao PSD.

4 -- A nossa investigação ainda não consegue saber com toda a certeza o trajecto de cada um dos novos elementos «independentes», que ninguém conhece e que este «novo» Partido Social Democrata está a apresentar, mas, para nós, é seguro que muitos deles vão para o Parlamento (e /ou  para o Governo) no âmbito do assalto maçónico.

5 -- É este o estado em que Portugal se encontra. O partido do Governo está dominado, não pelos seus ingénuos militantes, mas por esta gente que se prepara para se servir do poder em benefício duma seita que o cidadão comum desconhece em absoluto.

6 -- Esta denúncia por e-mail é o máximo que está ao nosso alcance fazer no sentido de dar a conhecer aos cidadãos o que sabemos mas não podemos noticiar da forma clássica.

Dois Bispos italianos propõem evangelizar centros comerciais


O jornal Vaticano L'Osservatore Romano publicou um artigo no qual divulga a proposta de dois bispos italianos para evangelizar os centros comerciais, no marco da iniciativa «Novas formas de pastoral do ambiente».

O artigo da edição da quarta-feira aparece poucos dias antes que, no próximo 9 de Janeiro, os Arcebispos e bispos envolvidos na «Missão Metrópoles» – que busca promover a nova evangelização em 12 cidades europeias antigamente cristãs e agora secularizadas – se reúnam em Roma convocados pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização.

O texto de Fabrizio Contessa recolhe as reflexões do presidente do mencionado dicastério, Dom Rino Fisichella; e do Arcebispo de Turim, Dom Cesare Nosiglia.

Antes do Natal, o primeiro celebrou uma Missa em um dos maiores centros comerciais de Roma; enquanto que no dia 3 de janeiro o segundo sugeriu abrir oratórios nestes recintos similares aos de Dom Bosco em seu tempo.

Os centros comerciais, diz Contessa, converteram-se em espaços que «progressivamente ocuparam o lugar das praças e os círculos, dos lugares de reuniões de outrora. Uma realidade que certamente não pode ser ignorada pelos que têm responsabilidades pastorais».

Dom Fisichella considera que, como os centros comerciais são lugares de encontro, não podem estar fora da «pastoral do ambiente». Entretanto, disse, isto «não substitui e não se coloca como uma alternativa às paróquias, mas pelo contrário, cada centro comercial se encontra dentro de um território da paróquia e portanto são espaços para a nova evangelização que os párocos não podem ignorar».

O Arcebispo disse que na sua opinião os centros comerciais são as novas «ágoras» do tempo de São Paulo e assinalou que «as luzes dos centros comerciais podem iludir as pessoas fazendo-as acreditar que podem afastar-se de seus próprios problemas. Mas não é assim. Todos os homens levam no coração a nostalgia de Deus e vão sempre em sua busca».

Por sua parte Dom Nosiglia afirma na sua carta pastoral de início do ano que para fazer frente à crise dos jovens, que vai além do aspecto trabalhista e que tem um profundo contexto religioso, «talvez deveríamos abrir nossos oratórios também em centros comerciais e nos lugares de entretenimento».

Ou talvez, concluiu, «propor serviços educativos realizáveis de maneira cooperativa também nos locais dos oratórios ou de congregações religiosas».

Ser humano, quem és?

Sofia Guedes

Ser humano, quem és? ( a propósito das barrigas de aluguer)

Ontem dia 19 de Janeiro de 2012, estive com um grupo de mais 3 amigos, a assistir silenciosamente nas galerias da Assembleia da República à apresentação dos projectos lei para as «Barrigas de Aluguer». Enquanto o resto das bancadas tinham muitas pessoas ligadas aos movimentos de lésbicas, gays, etc, nós éramos aqueles 3...    Foram quatro horas de silêncio, de paciência de compaixão, mas de uma profunda tristeza e preocupação por estar a assistir mais uma vez ao espectáculo decadente, deprimente e desumano.

Essas quatro horas, deram-me a possibilidade de olhar de cima.  Lembrei-me então que ainda mais acima, está Aquele que nos deu vida.  Aquele que um dia foi derramado pelo Baptismo à maior parte daqueles que ali estão sentados a desenhar uma estratégia, minuciosa e incisiva para dar cabo do ser humano. É uma operação cirurgicamente pensada, com o objectivo de retirar “sem dor” a alma ao ser humano.

Isto parece uma coisa subjectiva, mas tirar ao ser humano aquilo que o anima, é matá-lo.  E por isso vale tudo: na lei dos mais fortes, a primeira coisa a fazer é acabar com os mais fracos, calá-los para sempre.  Como? Começa-se por mudar o significado da verdade, depois  calar os que falam, em seguida oferece-se  presentes grátis, falsos (o vale tudo), a troco de um prazer de poder, de domínio.  O chamado presente envenenado!!!

Todos ouvimos, mas nem todos escutaram o que ali se propôs.  Máximas como:  ter um filho é um «direito» de todos: O  homem sozinho, a  mulher sozinha, um par de lésbicas, um par de homossexuais, uns que ainda não se definiram e ainda outros que já não são novos,  que ultrapassaram a idade fértil. Os «coitadinhos». Vale tudo para todos.  Estou certa que se esta lei passar, chegaremos ao cumulo de uma criança que saiba exprimir-se exija para ela um «boneco» de verdade! Isto não é a brincar.

Só uma deputada foi brilhante = iluminada:  a Teresa Caeiro, do CDS-PP. Falou com o coração e a inteligência de mulher, de mãe e pessoa.  Colocou questões que provocaram um silêncio impressionante.  Lá de cima conseguia-se ver a expressão de espanto de tantas mulheres e alguns homens perante tais questões!!! É que só quem conhece a maternidade pode falar.  Só quem olha a sua mãe com carinho, pode saber o que é ser filho de verdade.  

Será que temos a consciência do que está a acontecer? Pergunto: «conseguem dormir descansados?» Eu, não!

E pergunto a tantos que se dizem cristãos católicos, conhecem a Sagrada Escritura?, conhecem o conteúdo do Catecismo? Aqueles que estão actualizados, já entenderam o que nos diz esta história do Rei David (profeta Samuel), que estamos a seguir neste tempo litúrgico?

Já não consigo esconder ou fingir que isto não tem nada a ver com Cristo!  Tem tudo. E eu não tenho medo de assumir.  Se me afasto d'Ele, sinto-me a afogar neste mar de inferno.

Somos um pequeno exército, somos os escolhidos e podemos muito!!! Como? Ser presença, mesmo que silenciosa.  Podem-nos calar a boca, atar os braços, privarem-nos de tudo, mas a nossa liberdade encharcada de amor, ainda pode muito! Nós de facto não temos a noção do Amor de Deus.

Que Ele nos perdoe e nos acorde para sermos homens  e mulheres novos, com  objectivos, com coragem e com convicção. Amar o próximo como a nós mesmos é o mandamento novo e perene. 

Aqui fica o meu grito de alerta: ACORDEM

A verdadeira face de Barack Obama

Jorge Enrique Mújica



 




A regra ABC [Anybody But Catholics] que Barack Obama começou a aplicar: «Todos, excepto os católicos».
Os bispos norte-americanos não poderão receber fundos da Administração federal se não aderirem à cultura da morte.

 
«O nosso programa funcionava bem no campo específico, mas não suficientemente bem para os distantes administradores que promovem a agenda do aborto e da contracepção; para aqueles que se escandalizam com o facto de que, em conformidade com os ensinamentos da Igreja, a Conferência Episcopal não promove a supressão de vidas inocentes, a esterilização e a fecundação assistida».

São palavras da Irmã Mary Ann Walsh, porta-voz do Office of Migrations and Refugee Services, organização não-governamental de atenção aos migrantes e refugiados mais importante dos Estados Unidos. Promovido pelos bispos americanos desde 2006, atende 26% do total de imigrantes que chegam ao país, cobrindo um campo que o governo não consegue atingir, inclusive em aspectos como o combate à prostituição de mulheres imigrantes e o comércio de órgãos.

Precisamente por este trabalho o Office of Migrations and Refugee Services havia recebido apoio económico do Departamento de Saúde e Serviços Humanitários dos Estados Unidos. Mas agora os fundos irão para o US Commitee for Refugees and Immigrants e para a Heartland & Tapestry que não se ocupam propriamente da imigração clandestina, mas do multiculturalismo.

A razão da retirada de fundos, não reconhecida explicitamente pela administração de Obama, é que o Office of Migrations and Refugee Services recusava a oferecer serviços de aborto. Os bispos americanos protestaram energicamente declarando que «parece existir uma nova regra não escrita do Departamento de Saúde. É a regra do ABC: Anybody But Catholics [Todos, excepto os Católicos].»

De acordo com informações publicadas pelo periódico italiano La Bussula Quotidiana (14/11/2011), por detrás desta mudança se esconde o ACLU, que é talvez a associação para os direitos civis mais poderosa dos Estados Unidos, laicíssima e cheirando a lobby. Estes senhores pensaram em combater o governo americano por não haver obrigado a Conferência Episcopal a adequar-se ao protocolo ético sobre a reprodução firmado pelo governo americano.

Este protocolo obriga todas as clínicas que recebam fundos do Estado a praticar abortos e esterilizações. Em tudo isto se manifesta uma dupla injustiça: a que se faz contra o Office of Migrations and Refugee Services e, em definitivo, contra os imigrantes.

Para dar um exemplo, segundo algumas estatísticas apresentadas pelo L’Osservatore Romano («Novas exigências pastorais nos Estados Unidos», 12/10/2011), o número de latinos nos Estados Unidos triplicará em 2025: de 22 milhões em 1990 para 66 milhões. Destes, os latinos católicos serão uns 40 milhões a mais em relação aos 13 milhões de 1990.

Universidades católicas devem apresentar uma visão do homem fundada em Cristo

O Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos no Vaticano, Cardeal Antonio Cañizares, disse que as universidades católicas têm o dever de apresentar uma visão do homem baseada em Cristo
.
Em declarações ao jornal do Vaticano L'Osservatore Romano, o Cardeal espanhol  disse que «as Universidades Católicas têm hoje mais do que nunca o dever de presentear a sociedade uma visão do homem que tem como imagem a verdade de Cristo.»

O Cardeal, que também é Bispo Emérito de Ávila, disse também que ainda que as bases «para relançar a nova evangelização» se encontram na cultura. O prelado também recordou que foi o Cardeal Ratzinger quem o incentivou a fundar a Universidade de Ávila, sob o patrocínio de Santa Teresa.

Na sua viagem a Espanha em Agosto de 2011 por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, o Papa  reuniu-se com um grupo de professores universitários que lembrou que o ideal da busca da verdade da Universidade  não deve desvirtuar-se nem por ideologias fechadas ao diálogo racional nem por servilismo de uma lógica utilitarista de mercado.

Na Basílica de São Lourenço do Escorial , o Santo Padre recordou os seus anos de professor universitário e animou os presentes a superarem o desafio do pensamento certo que considera que «a missão de um professor universitário seja hoje exclusivamente a formação de profissionais competentes e eficazes.»

Portugal com Alzheimer

Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada, Público (14-01-2012)










Debate Os feriados nacionais

Muitos maridos sabem como é pesada a factura pelo esquecimento do aniversário da mulher. O cardeal Sean O'Malley, arcebispo de Boston, contava, a este propósito, que uma senhora, muito ofendida pelo facto de o cônjuge se ter esquecido do dia dos seus anos, exigiu, como reparação, uma prenda que a levasse dos zero aos cem em três segundos. Mas, em vez do esperado bólide, o desajeitado esposo ofereceu-lhe uma balança...


Talvez os homens subestimem os aniversários, mas as mulheres geralmente não pensam assim e num tal esquecimento lêem desconsideração pela aniversariante, ou pelo casamento. Ora casal que não festeja os anos e a data do casamento está, provavelmente, em crise.


As nações, como as pessoas, também nascem, crescem, definham e morrem. A memória dos povos é a sua história e, como não é possível recordar todas as datas memoráveis, comemoram-se ao menos algumas efemérides mais significativas. Os feriados nacionais não nasceram, portanto, para favorecerem o ócio, mas por imperativo da consciência colectiva, como uma necessidade de afirmação nacional. A preservação da língua, o respeito pelos símbolos nacionais e o culto dos heróis e dos santos não são questões decorativas, nem meros instrumentos de propaganda ideológica, mas meios indispensáveis para a coesão e sobrevivência da nação e para a preservação da sua memória colectiva.


Se em todos os momentos é oportuna a lembrança da história pátria, essa evocação é mais urgente numa crise. Portugal, para além da dificílima situação económico-financeira, também padece as investidas da globalização, que ameaça a nossa idiossincrasia, e sofre a pressão da vizinha Espanha, onde há quem gostasse de ver a nossa nação reduzida a mais uma região do seu problemático Estado plurinacional. Razões de sobra para que, sem hostilizar a Europa nem os outros povos ibéricos, se afirme, pela positiva, a independência e soberania nacional, nomeadamente festejando o seu dia, isto é, o 1.º de Dezembro.

A antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, quando se viu a braços com a ameaça germânica, apelou ao nacionalismo dos seus cidadãos, promovendo a figura de um seu herói nacional, por sinal um santo cristão. Data de então, com efeito, o magistral Aleksandr Nevski, de Serguei Eisenstein. A figura emblemática do patriótico guerreiro foi, no contexto da crise mundial, uma alavanca que motivou os cidadãos soviéticos para a defesa da independência. As autoridades políticas, não obstante o seu feroz anticlericalismo e o seu internacionalismo proletário, não tiveram pejo em recorrer a um bem-aventurado príncipe, herói da Rússia dos czares, para assim unirem a nação na luta pela sua ameaçada soberania.

Dói ver os feriados nacionais reduzidos a mero assunto económico. Tal como seria lamentável a família que, à conta da crise, desistisse de celebrar aniversários. A razão exige o contrário: precisamente por que há crise, mais necessário é unir a família nessas datas e que o país celebre, com moderação, as principais efemérides da sua história.

Talvez se pudessem vender, em hasta pública, o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre dos Clérigos: não faltaria quem quisesse adquirir essas jóias nacionais, para embelezamento dos seus ranchos no Novo Mundo. É verdade que, como diz o provérbio, mais vale perder os anéis do que os dedos, mas estes anéis são os dedos da nossa história, são as mãos que a fizeram e a exaltaram em cantos heróicos.

Sem a sua alma - a nossa língua e a nossa história - Portugal fica reduzido ao défice, ao lixo das agências de rating, a apenas mais um povo ibérico, à cauda da Europa. Sem os seus feriados nacionais, civis e religiosos, o nosso país será como um velho desmemoriado que, por ter perdido a consciência, perdeu também a sua identidade.