sábado, 14 de novembro de 2015


Begonha: «especialista em terrorismo»?


Luís Lemos

O general Rodolfo Begonha, dito «especialista em terrorismo», foi um dos comentadores da SIC na noite dos ataques terroristas de Paris.

Na linha politicamente correcta, diz o «especialista em terrorismo» que não se trata do islão mas de um certo islão.

Este general, pelos vistos, além de ser «especialista em terrorismo», é especialista em islamismo.

É gente desta que ocupa lugares-chave na nossa segurança, fazendo coro com os políticos e jornalistas que têm conduzido o Ocidente à catástrofe.







Iniciativa contra o acordo ortográfico




http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT78867








terça-feira, 10 de novembro de 2015


Falar em Deus é pecado


João Adelino Faria, Dinheiro Vivo, 7 de Novembro de 2015

Quando nos mentem, já nem sequer nos importamos. Quando se desdizem passadas poucas horas, é irrelevante. Quando fazem da demagogia a sua palavra de honra, achamos que é normal. Agora quando um deles invoca Deus e revela ter fé, aí crucifica-se imediatamente.

Não há dúvida, vivemos numa era onde só o politicamente correcto é aceite. Clamamos por transparência, clareza e honestidade aos que têm responsabilidades públicas, mas perante um sinal de franqueza surgem logo verdadeiros pelotões de linchamento. Porque é que o ministro da Administração Interna não pode invocar Deus para consolar as vítimas das cheias no Algarve? É assim tão condenável ouvi-lo dizer à família do homem que morreu, arrastado pelo corrente, que ele se entregou a Deus e que Deus lhe reserva um lugar adequado?

O recém empossado ministro Calvão da Silva, (que não conheço, não sei se é competente e nem sequer o entrevistei) ainda mal tinha entrado no seu Ministério e já estava a resolver uma situação de catástrofe. Não teve tempo para ser aconselhado pelos assessores sobre o que pode e deve ou não dizer publicamente. E neste caso ainda bem, porque perante um batalhão de jornalistas não estudou a pose nem ensaiou os habituais discursos vazios. Sem qualquer treino, disse frente às câmaras de televisão o que lhe ia na alma. Como nasceu pobre, foi educado num mosteiro e, como homem de Deus que é, invocou aquilo em que acredita numa situação trágica. Foi esse o seu pecado: ser humano e católico. De imediato tornou-se motivo de chacota e ataques. Não pela inabilidade governativa, eventuais falhas no socorro ou pelas ordens que deu, mas por revelar que é um homem de fé.


Coincidência ou não, poucos dias depois um dos maiores comunicadores de Portugal seguiu-lhe o exemplo. Com uma habilidade única, o candidato Marcelo Rebelo de Sousa decidiu confessar numa capela os seus pecados em público. Numa óbvia conversa de campanha, o professor contou que faz em média três boas acções por cada dez pecados. Sem medo e numa espontaneidade calculada, (nada do que ele faz é por acaso) Marcelo revelou ainda que reza o terço todos os dias e nos lugares menos óbvios. Diz que é como respirar.

O professor aprendeu bem durante anos a lição, e sabe melhor do que ninguém qual o discurso mais eficaz para conquistar a maioria dos portugueses. Afinal, este é o país onde milhares rumam a Fátima e onde nenhum partido político se atreve a criticar a devoção dos peregrinos. Todos sabem que a religião de cada um é sagrada e deve por isso ser respeitada, mesmo que não seja a nossa. Chama-se tolerância.

Para alguns dos iluminados fazedores de opinião talvez seja pecado invocar Deus na política. Pelo contrário, para milhares de portugueses este tipo de revelações pode ser o único caminho para recuperarem a fé nos políticos.


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