sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Beatificação de João Paulo II
marcada para 1 de Maio


João Paulo II será beatificado a 1 de Maio, anunciou hoje o Vaticano. Bento XVI aprovou oficialmente um milagre atribuído a João Paulo II, o último passo no caminho da beatificação. O passo seguinte, embora não obrigatório, é o da canonização.

A beatificação está marcada para 1 de Maio. A data é muito significativa, sendo a celebração da Divina Misericórdia, uma festa instituída por João Paulo II, assinalada no primeiro domingo depois da Páscoa - precisamente o dia em que faleceu.

João Paulo II foi Papa durante 27 anos, um dos mais longos pontificados da história da Igreja, e morreu em Abril de 2005.

João Paulo II com beatificação marcada para dia 1 de Maio

Durante o seu funeral, milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro gritaram “Santo Subito”, pedindo uma canonização imediata. A Igreja, porém, optou por seguir as regras nesta matéria e aguardar eventuais milagres, abdicando apenas dos cinco anos de espera entre a morte e o início do processo, por iniciativa pessoal de Bento XVI .

O caso de uma freira francesa de 48 anos, que ficou curada de Parkinson depois de pedir a intercessão do Papa polaco, foi considerado milagre pelos especialistas do Vaticano.

É também significativo que seja Bento XVI a celebrar a beatificação, pois o actual Papa tinha decidido, no início do seu pontificado, só proceder a canonizações, abrindo até agora uma única excepção para o cardeal Newman, no passado mês de Setembro, em Inglaterra.












A consciência, caminho para a conversão

Bento XVI, Discurso aos membros da Cúria
(20 de Dezembro de 2010)

Em Newman, a forma motriz que impelia pelo caminho da conversão era a consciência. Com isto, porém, que se entende? No pensamento moderno, a palavra «consciência» significa que, em matéria de moral e de religião, a dimensão subjectiva, o indivíduo, constitui a última instância de decisão.



O mundo é repartido pelos âmbitos do objectivo e do subjectivo. Ao objectivo pertencem as coisas que se podem calcular e verificar através da experiência. Uma vez que a religião e a moral se subtraem a estes métodos, são consideradas como âmbito do subjectivo. Aqui não haveria, em última análise, critérios objectivos. Por isso a última instância que aqui pode decidir seria apenas o sujeito; e é isto precisamente o que se exprime com a palavra consciência: neste âmbito, pode decidir apenas o indivíduo, o individuo com as suas intuições e experiências.

A concepção que Newman tem da consciência é diametralmente oposta. Para ele, consciência significa a capacidade de verdade do homem: a capacidade de reconhecer, precisamente nos âmbitos decisivos da sua existência -- religião e moral --, uma verdade, a verdade.

E, com isto, a consciência, a capacidade do homem de reconhecer a verdade, impõe-lhe, ao mesmo tempo, o dever de se encaminhar para a verdade, procurá-la e submeter-se a ela onde quer que a encontre. Consciência é capacidade de verdade e obediência à verdade, que se mostra ao homem que procura de coração aberto.

O caminho das conversões de Newman é um caminho da consciência: um caminho não da subjectividade que se afirma, mas, precisamente ao contrário, da obediência à verdade que pouco a pouco se abria para ele.

A sua terceira conversão, a conversão ao Catolicismo, exigia-lhe o abandono de quase tudo o que lhe era caro e precioso: os seus haveres e a sua profissão, o seu grau académico, os laços familiares e muitos amigos. A renúncia que a obediência à verdade, a sua consciência, lhe pedia, ia mais além ainda. Newman sempre estivera consciente de ter uma missão para a Inglaterra. Mas, na teologia católica do seu tempo, dificilmente podia ser ouvida a sua voz. Era demasiado alheia à forma dominante do pensamento teológico e mesmo da devoção.

Em Janeiro de 1863, escreveu no seu diário estas palavras impressionantes: «Como protestante, a minha religião parecia-me miserável, mas não a minha vida. E agora, como católico, a minha vida é miserável, mas não a minha religião». Não chegara ainda a hora da sua eficácia. Na humildade e na escuridão da obediência, ele teve de esperar até que a sua mensagem fosse utilizada e compreendida.

Para poder afirmar a identidade entre o conceito que Newman tinha da consciência e a noção subjectiva moderna da consciência, comprazem-se em fazer referência à sua palavra, segundo a qual ele -- no caso de ter de fazer um brinde - teria brindado primeiro à consciência e depois ao Papa.

Mas, nesta afirmação, consciência não significa a obrigatoriedade última da intuição subjectiva; é a expressão da acessibilidade e da força vinculadora da verdade: nisto se funda o seu primado. Ao Papa pode ser dedicado o segundo brinde, porque a sua missão é exigir a obediência à verdade.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Razões para não votar Cavaco Silva

Apenas a título de informação, reproduzimos aqui uma pequena discussão entre católicos em torno da candidatura de Cavaco Silva, publicada pelo blog Espectadores. Esta discussão revela a ilusão em torno de Cavaco Silva numa primeira fase, mas quando, no fim de contas, não haveria lugar a ilusões; o desencanto numa segunda fase, mas um desencanto apenas parcial; e a busca de uma política católica nesta conjuntura, mas sem a encontrar.

As conclusões da discussão não são claras, não apontam um caminho coerente e eficaz para uma política católica. Revelam que reina a falta de perspectivas, a falta de estratégia, contradições e ingenuidade política. Sabemos que, ao longo de décadas, os católicos não têm estado ausentes da cena política. Contudo, os resultados não são brilhantes. Pois se o próprio discutido Cavaco Silva é assíduo na missa... Que faltará então?

Deste ponto de vista, que, do aspecto prático, é o essencial, ficamos na mesma ao ler os textos. Mas a sua leitura tem o mérito de revelar quanto é preciso clarificar ideias políticas entre católicos e trabalhar para a sua unidade. Porque a Milícia de São Miguel se propõe precisamente contribuir para esse objectivo, julgamos útil a reflexão sobre estes textos tão representativos do meio. Por isso aqui os reproduzmos.




[ Blog Espectadores, Parte I ]

Considerações preliminares

• Eu votei Cavaco Silva nas últimas eleições presidenciais;

• Se Cavaco Silva tivesse tomado decisões diametralmente opostas às que de seguida irei criticar, eu voltaria a votar Cavaco Silva nas próximas eleições presidenciais;

• Todos os candidatos presidenciais são maus candidatos, e Cavaco Silva é, sem dúvida, o melhor dos maus;

• Não concordo com a estratégia do "voto útil": é por causa dessa estratégia miserável que o País tem alternado, nas últimas décadas, e com as consequências que se sabem, entre um "laranja" e um "rosa" que pouco diferem, num patético e incompetente "centrão" que se perpetua no poder, e que perpetua a nossa desgraça; o voto útil, nestas eleições presidenciais, e à falta de candidatos decentes, é o voto em branco (*): este é o único voto que passa a mensagem correcta, a de que precisamos de uma nova classe de dirigentes políticos, dotada de moral, de competência e de princípios;

• Não irei fazer a Cavaco Silva nenhuma das imbecis críticas que lhe têm feito, desonestamente, os seus opositores políticos; não lhe vejo nada que se possa apontar em matéria de investimentos pessoais na banca privada, nem em matéria de alegado anti-patriotismo (esta última uma crítica bizarra, visto que a crítica vem da esquerda, essa mesma esquerda que considera o patriotismo como um pecado grave).

Eixo central das críticas a Cavaco Silva

• Ter aprovado, com a sua assinatura, uma série de leis injustas, iníquas, imorais e, nalguns casos, mesmo criminosas;

• Apesar de o Presidente, frequentemente, ter feito acompanhar a sua aprovação dessas leis de um ou outro comentário reprobatório no qual se destacava do texto legislativo, esses seus gestos foram também altamente censuráveis: qual Pilatos, o Presidente promulgou uma série de leis com as quais discordava em questões de fundo, estruturantes: então, porque razão as assinou?

• Cavaco foi um presidente tíbio: em nome da "estabilidade governativa" ou das "boas relações institucionais" entre Presidência e Governo, ou ainda da "maturidade democrática", o Presidente não transformou os seus princípios, os seus pensamentos e palavras, em acções; as suas várias inacções são cúmplices, são colaboradoras, são co-autoras dos males que entretanto foram plasmados na Lei.

Erros estratégicos de Cavaco Silva

• Não foi boa a ideia de defraudar uma parte significativa do seu eleitorado, sobretudo aquela parte que comunga dos mesmos valores que ele, e que votou nele precisamente por essa razão;

• Não é sensato, agora, depois de ter traído essa parte significativa do seu eleitorado, confiar no "voto útil", tentando capitalizar sobre a inépcia dos seus adversários: há eleitores, e eu sou um deles, que mesmo sem alternativa credível a Cavaco Silva, não vão voltar a cometer o erro de votar em Cavaco: os eleitores não são todos trouxas.

(continua)

PS: Vários familiares e amigos já me têm dito: "Mas o Manuel Alegre é péssimo, e era uma desgraça se ele fosse eleito!". Certo. Manuel Alegre é um péssimo candidato. Mas as desgraças são relativas... Como veremos de seguida, quando percorrermos as desgraças legislativas que Cavaco Silva promulgou neste seu último mandato, é muito difícil, ou mesmo impossível, caso Manuel Alegre seja eleito, superar o rol de desgraças cometidas nos últimos anos. É triste dizer isto, sobretudo a quem, como eu, votou Cavaco nas últimas eleições, mas dado o que Cavaco fez, ou ajudou a fazer, é difícil, ou mesmo impossível, fazer pior do que ele. A razão é simples: as piores leis que se possam imaginar já foram todas aprovadas e promulgadas por Cavaco Silva: sobra pouco para estragar... Sim, falta promulgar ainda a monstruosidade da eutanásia: mas, quando confrontado com essa lei, Cavaco iria promulgá-la certamente: se promulgou o aborto, legitimando a destruição de seres humanos sem se consultar a vontade dos próprios, seria bizarro não promulgar a eutanásia.

PPS: Uma queda dramática no número de votos em Cavaco Silva, mesmo que não chegasse para impedir a sua reeleição, teria ainda um outro efeito útil e positivo: transmitir uma forte e inesquecível lição àquelas mentes iluminadas da nossa direita que julgam que é "chique", "moderno" e "urbano" ser-se de direita e anticristão.

(*) Tenho recebido vários e bons argumentos a favor, quer do voto nulo, quer da abstenção. Para o sentido do meu texto, é realmente secundário se a opção melhor será a de votar em branco, votar nulo, ou não votar de todo. O essencial do meu texto está em reiterar que é imoral (e até ilógico) que uma pessoa de princípios morais sólidos vote em Cavaco Silva.


6 comentários:


Alma peregrina disse...


Meu caro amigo:

Partilho completamente da sua intenção de voto. Completamente! Aliás, até já fiz um vídeo sobre o assunto:

http://www.youtube.com/watch?v=aZxSK0B9uXs
Apenas um reparo: em vez de voto branco, talvez seja aconselhável o voto nulo. Por 2 razões:

1) Voto branco traduz indiferença. Voto nulo traduz protesto.

2) A Constituição afirma que o voto branco não é contabilizado em eleições presidenciais, mas é omissa quanto ao voto nulo.

Posto isto, devo dizer que adorei o seu blog e estou agora a segui-lo.

Pax Christi

Nuno CB disse...

Em relação à contabilização do voto não sei bem a resposta. Se o que "Alma peregrina" afirmou é verdade, é lamentável não se saber se é ou não feita contabilização **válida** para o voto nulo.

Já me chegou também que, ao votar em branco, é possível que quem esteja nas mesas de voto coloque uma cruz num candidato. É provável isto acontecer?

Um último aspecto:

Em relação ao segundo post-scriptum, sempre me ensinaram que se escreve Ps: e Pps:, sendo que este é post-post-scriptum!

Abraço e obrigado!

Espectadores disse...

Caro Alma Peregrina

Muito obrigado pelo comentário e pela visita!

Vou pensar na sua sugestão de nulo em vez de branco.

Volte sempre!

abraço

Bernardo

Espectadores disse...

Caro Nuno

Quem vota em branco não tem, realmente, a certeza absoluta de que o seu voto vai permanecer em branco.

Ficamos nas mãos da honestidade das pessoas da nossa mesa de voto.

Quero acreditar nessa honestidade!

Já a questão da contabilização do voto tem que ser vista, pois talvez faça mais sentido votar nulo como protesto em vez de votar em branco.

Obrigado pela correcção em relação ao PPS!

É mesmo como diz!

Abraço

Xiquinho disse...

Olá Bernardo!

Infelizmente eu não voto, se votasse, estava capaz de dar o meu voto ao Cavaco: sei que não é boa peça, mas também não deve ser assim tão mau como o Bernardo o pinta, afinal não foi ele recentemente distinguido com uma medalhinha do Papa?

E não foi uma medalhinha qualquer (Pontifícia Ordem de São Gregório Magno), até lhe dá direito de andar a cavalo dentro da Basílica de São Pedro...

Grande abraço!

Espectadores disse...

Xiquinho,

Quem dedicar a sua vida a seguir os presentes diplomáticos que o Papa entrega em mão, ou manda entregar por um seu representante, verá o óbvio: que esses presentes são o que são: um acto diplomático.
Seria um pouco louco interpretar um presente diplomático papal como qualquer espécie de sanção moral completa, ou parcial, por parte do Papa ao Chefe de Estado que o recebe.
Não disse que Cavaco "não era boa peça". Evitei fazer juízos pessoais a Cavaco Silva. Os únicos que não posso evitar fazer são os juízos à sua actuação pessoal como político.

Não o acho desonesto.

Nem sequer questiono que ele tenha os valores que diz ter.

Questiono, e cheio de razões para tal, a sua actuação, pois essa actuação é uma traição chapada dos valores que ele diz defender.

Um abraço!


[ Blog Espectadores, Parte II ]

A Lei da Procriação Medicamente Assistida

(Lei n.º 32/2006, de 26 de Julho)


Aníbal Cavaco Silva principiou o seu mandato presidencial a 9 de Março de 2006.

Ao ritmo curioso de uma lei revoltantemente imoral por ano, Cavaco Silva promulgou em 2006 a Lei da Procriação Medicamente Assistida, em 2007 a Lei do Aborto, em 2008 a Lei do Divórcio, em 2009 a Lei da Educação Sexual. Em 2010, os Portugueses tiveram direito a dose dupla: a Lei do Casamento Homossexual, e já no final do ano, à laia de festejo de "réveillon", a Lei que regula o Apoio do Estado aos estabelecimentos do ensino particular e cooperativo.

Nesta Segunda Parte, iremos abordar a Lei da Procriação Medicamente Assistida. Esta lei criminosa permite a destruição de seres humanos, mais concretamente, de embriões humanos. No ponto 5.º do Artigo 25.º, que regula o destino dos embriões, diz-se: "5 — Aos embriões que não tiverem possibilidade de ser envolvidos num projecto parental aplica-se o disposto no artigo 9.º". Bom, somos levados a esse magnífico Artigo 9.º, que diz: "3 — O recurso a embriões para investigação científica só pode ser permitido desde que seja razoável esperar que daí possa resultar benefício para a humanidade (...)".

Trocado por miúdos, vale quase tudo no que diz respeito a querer ter filhos: inclusive destruir embriões humanos, caso estes não possam "ser envolvidos num projecto parental". O requinte poético da linguagem do Legislador cai trágico numa lei criminosa e iníqua. Embrião: se ninguém te quiser "envolver" num "projecto paternal", estás tramado. Mas fica descansado: podes ser usado para experiências científicas. Faz lembrar a mítica citação do filme dos Monty Python, The Meaning of Life, na qual um pai de muitos anuncia o seguinte aos seus filhos, que ele não pode sustentar: "I'm afraid I have no choice but to sell you all for scientific experiments." Ao embrião quase a ser desmontado para experiências, a esse ser humano de curta vida e nenhuma voz social, resta o consolo de vir a ser mais um tijolo no nobre edifício da Ciência. Uma ciência estilo Terceiro Reich, é certo, mas ciência todavia!

É o Progresso, pá!

Cavaco Silva assinou assim, com data oficial de 26 de Julho de 2006, a criminosa Lei da Procriação Medicamente Assistida que regula, entre outras coisas edificantes, a forma científica como podem ser "legalmente" destruídos os seres humanos que não se encontrem "envolvidos num projecto paternal". Só por esta razão, uma pessoa de bem não pode voltar a votar em Cavaco Silva. Mas, infelizmente, há mais razões...

(continua)

PS: Há sempre uns engraçadinhos preparados para dizer que um embrião não é um ser humano. Brincam com coisas sérias. Nunca explicam porque é que um aluno do 6º ano arrisca reprovar num teste de Ciências da Natureza (se é que algum aluno ainda reprova) se não souber que a vida humana principia com a fertilização do óvulo humano pelo espermatozóide humano, e ao mesmo tempo, sete vetustos senhores do nobre Tribunal Constitucional alinhavam milhares de linhas para defender a legitimidade do homicídio de seres humanos cujo único azar é a sua pouca idade. Sete em treze juízes (aplaudam-se e respeitem-se os distintos seis juízes que votaram vencidos) invocaram, para se poder matar estes seres humanos, algo belo e erudito como isto: «A reflexão sobre valores numa sociedade democrática, pluralista e de matriz liberal quanto aos direitos fundamentais tem sido objecto privilegiado do pensamento filosófico contemporâneo. Tal reflexão exprime-se na ideia de um “consenso de sobreposição” (overlapping consensus) desenvolvida por JOHN RAWLS, em Political Liberalism, 1993, p. 133 e ss.».

Zigoto humano, embrião humano, feto humano, porque razão dizem eles que te podem matar?

É por causa do Rawls, pá! Vai ler o Rawls, pá!

PPS: O raciocínio ético que leva qualquer cérebro operacional à conclusão de que são seres humanos válidos, quer um zigoto, quer um embrião, quer um feto da espécie Homo Sapiens, é um raciocínio simples e claro. Tão simples que uma criança lúcida (como elas costumam ser) é capaz de o fazer. Eis um dos muitos exemplos de argumento, escrito por mim há uns meses: O estatuto ético do zigoto humano. O raciocínio contrário nem merece ser chamado de raciocínio: a defesa do pretenso "direito" a matar seres humanos inocentes de tenra idade estrutura-se numa prevalência da vontade tirana sobre a razão e a verdade morais. Num utilitarismo unilateral (desprezando-se a negativa utilidade do aborto para o próprio do ser humano abortado), aborta-se porque sim. Porque dá jeito. E se for necessário, para afirmar esse pretenso direito, invocar as glórias da Ciência (como a Lei da Procriação Medicamente Assistida), os louros da Liberdade, ou pura e simplesmente a Mentira, então faça-se!


3 comentários

Xiquinho disse...

Estou confuso… então o Cavaco fez estas patifarias todas e de recompensa, presumo, ainda recebeu uma condecoração das mãos de Sua Santidade no ano passado, por, e passo a citar: reconhecimento a seus serviços à Igreja, feitos notáveis, apoio à Santa Sé e ao bom exemplo dado à sociedade!!!

Querem ver que o Vigário de Cristo se enganou na condecoração…

PS: E quem parece que se enganou, foi o Bernardo, ou então fugiu-lhe a boca, digo, a pena, para a verdade:

Esta lei criminosa permite a destruição de seres humanos, mais concretamente, de embriões humanos

Mais concretamente? Então afinal há uma diferença concreta entre embriões humanos e seres humanos? É bem capaz de haver, pois só assim faz sentido em falar de mais concretamente, ou menos concretamente, ou lo que seja. É que a lei até pode ser criminosa. Mas bastava dizer que permite a destruição de seres humanos ou que permite a destruição de embriões humanos. Mas mais concretamente, ficou demonstrado que afinal um ser humano e um embrião humano, não são exactamente a mesma coisa. Até mesmo para o Bernardo.

Outro abraço!

Espectadores disse...

Olá Xiquinho,
 
Já deixei um comentário no "post" Parte I relativo à condecoração papal...

Evidentemente, não faz sentido tomar uma oferta ou condecoração diplomática (e qualquer Papa faz centenas delas) como um qualquer tipo de sanção moral, parcial ou completa, ao receptor da oferta ou condecoração.

«Mais concretamente? Então afinal há uma diferença concreta entre embriões humanos e seres humanos?»

É simples, Xiquinho.

"Embriões humanos" é uma categoria interior da classe "seres humanos". Como "crianças" é uma categoria interior da classe "seres humanos". Como "idosos" é uma categoria interior da classe "seres humanos".

Comigo, a desconversa não funciona!

Poderia ter-me enganado, mas procuro pensar muito bem antes de escrever, para evitar argoladas.

A sua crítica não tem força.

A expressão "mais concretamente" é usada para fazer enfoque sobre uma categoria interior à categoria geral de "seres humanos".

A diferença entre ambas não é de essência (falamos sempre de seres humanos) mas sim de âmbito etário. Um zigoto está num âmbito etário diferente do de um embrião, diferente do de um feto, do de uma criança, do de um adolescente, do de um adulto.

Assim, a sua objecção não tem eficácia. A não ser que nos explicasse porque razão é que a idade é um critério essencial, no determinar do direito à vida.

Um abraço!

CSousa disse...

Mas que m*rd* de irraciocínio!















Eu sou um ser humano, mais concretamente um humano adulto.





Ah!... Xiça pá!... Afinal não sou um humano :(