sábado, 7 de dezembro de 2013

Crónica de França
Acentuando-se a dificuldade
da maçonaria francesa
em recrutar novos membros,
gritam «A República está em perigo!»...


Pierre-Alain Depauw

Na região de l’Indre-et-Loire, as redes do Grande Oriente de França estão em ebulição. O «templo» dos «três pontos» da loja «Concorde et Solidarité lochoise», dependente  do Grande Oriente de França, mudou-se de Loches para Beaulieu. Todos os meses, eles são uma trintena a ir «pranchar» na «oficina». Yann Lequitte é o «Venerável» desde Junho último. E eis que, na actualidade, ei-lo a anunciar que pretende «fazer saber publicamente aos cidadãos que os franco-maçons do Grande Oriente de França trabalham na cidade para defender os valores republicanos». Ou não será isto antes pelo desinteresse por entrar na maçonaria que se verifica por todo o lado em França?


Em conjunto com o «Comité Laicidade República Sud-Touraine» e as sete outras lojas do Grande Oriente no Indre-et-Loire, organizou em Novembro uma projecção e debate sobre o filme «A separação», acerca da lei da separação da Igreja do Estado, na presença do autor do filme, Bruno Fuligni, e do antigo «Grão-Mestre Adjunto» do Grande Oriente Jean-Philippe Marcovici. O Grande Oriente – que reivindica 400 filiados no Indre-et-Loire – previu actividades sobre este tema em toda a região.

Philippe Adam, presidente do «Comité Laicidade República Sud-Touraine» (CLR-ST), está agitadíssimo: «É importante que nos lembremos da lei da laicidade 1905 por dever e mais que tudo por necessidade quando a República está em perigo». E declara mesmo à imprensa local as razões da sua inquietação, nomeadamente que «a Frente Nacional se apropria da laicidade para a desfigurar, os ataques racistas, ...  Ouve-se voltar o ruído das botas.» Sem esquecer o caso do Conselho Municipal de Fontgombault, no vizinho Indre, que «rejeita em bloco uma lei sob pretextos dogmáticos e participa assim no desmoronamento da República», referindo-se à decisão do município de recusar fazer o casamento de pessoas do mesmo sexo em nome de «uma lei natural, superior às leis humanas».

O «Comité Laicidade República Sud-Touraine» (CLR-ST) preconisa intervir na campanha das municipais em Loches e no Sud-Touraine interpelando os candidatos. Desnecessário será dizer que o Grande Oriente estará igualmente muito presente nestas eleições municipais…





quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Obama fecha embaixada americana
no Vaticano




Em resposta às tímidas críticas da Igreja ao seu governo, Barack Obama acaba de decidir fechar a embaixada americana no Vaticano. A medida é uma represália contra os ataques da Igreja americana ao programa Obamacare, que quer obrigar todas as empresas, inclusive as católicas, a pagarem programas de contracepção e aborto para os seus funcionários, sem poderem recorrer à objecção de consciência.

O que significa tornar obrigatória para todos os americanos a cumplicidade no grande massacre de crianças patrocinado pelo estado «líder do Ocidente».

Mais uma bofetada na cara dos católicos americanos.

Mas não era de esperar outra coisa. É sabido que hoje o Ocidente é apenas a parte do mundo dominada pelo Grande Oriente e que Obama é só mais uma marionete nas suas mãos.

De qualquer forma, não há como negar que a saída dos representantes da grande potência satânica vá tornar um pouco mais respirável o ar na Santa Sé. Já está mais do que na hora de romper os laços de Pedro com os estados cuja religião oficial é o culto a Belzebu.

Já vai tarde.





segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A Croácia aprovou em referendo
emenda constitucional que proíbe
«casamento» de invertidos


Os croatas aprovaram por dois terços dos eleitores o casamento como união entre um homem e uma mulher.


Os croatas aprovaram, em referendo, uma revisão da Constituição para impedir o chamado «casamento entre pessoas do mesmo sexo». A iniciativa partiu das forças políticas defensoras da Civilização e contou com o apoio da Igreja Católica, que na Croácia se movimenta em defesa dos valores cristãos e da família natural.

O Governo de esquerda tentou travar esta emenda constitucional. O Primeiro-Ministro, Zoran Milanovic, defensor da aberração chamada «casamento entre pessoas do mesmo sexo», lamentou em tom ameaçador a decisão dos croatas.





1.º de Dezembro
O dia mais de todos de entre todos
os dias de Portugal

José Ribeiro e Castro 

Discurso do coordenador-geral do M1D
José Ribeiro e Castro
Cerimónias oficiais do 1.º de Dezembro
Lisboa, Praça dos Restauradores
1 de Dezembro de 2013


Cá estamos de novo, com uma gratidão que nunca conseguiremos pagar à Sociedade Histórica da Independência de Portugal e à Câmara Municipal de Lisboa, por manterem ininterruptas desde há mais de 100 anos as comemorações oficiais nacionais desta data fundamental do nosso calendário.

O 1.º de Dezembro é o dia da nossa liberdade: não da liberdade individual, da liberdade de cada um; mas da nossa liberdade colectiva nacional, da liberdade de todos. Sem este dia, não seríamos.

Não é demais repetir o grito do Presidente da Sociedade Histórica há dois anos, confrontado com a lamentável inteção do Governo de acabar com este feriado: o 1.º de Dezembro é a data sine qua non, a data sem a qual Portugal livre, independente e soberano teria terminado. Não deixaremos que seja assim. Nem que nos tirem a liberdade, nem que nos tirem a data oficial para a afirmarmos e celebrarmos. Começa-se sempre a deixar-se de ser livre no dia em que se perde a consciência disso – e do muito que custou.

Depois de terem apagado este dia, eliminado a solenidade nacional, é curioso ver alguns precipitarem-se, agora, para equiparar a situação actual do País à de 1640; e quem aprecie repetir, dia sim, dia sim, que estaríamos até num quadro de «protectorado».

É facto que o País, mercê do endividamento desmesurado que acumulou, da dependência que como devedor insolvente contraiu e da assistência externa que teve de contratar, se encontra numa situação deplorável de soberania diminuída e limitada. Acontece a todos os falidos. E é também verdade – como sempre alertámos – que, se nunca há uma boa altura para acabar com o 1.º de Dezembro (o único feriado em que celebramos o valor fundamental da independência nacional), este tempo desgraçado e acabrunhado foi um momento particularmente desastrado para o fazer. Este tempo reclama, ao contrário, que exaltemos todas as referências que puxem pelo nosso sentido gregário, que alimentem o nosso patriotismo, que fortaleçam a vontade e o brio em sermos livres, confiantes, de cabeça erguida e passo firme.

Mas o paralelo acaba aí, no fortalecimento caloroso de sentimentos e emoções nacionais, que são indispensáveis à travessia dos tempos de crise e ao triunfo sobre a crise. A imagem do protectorado é engraçada e sugestiva uma vez; mas é errada se repetida como mote ou estribilho. Nós não estamos sob protectorado. Isso não é tecnicamente correcto. E, se fosse verdadeiro, seria ainda pior.

O meu professor de direito internacional público ensinou-me que o protectorado é uma situação de acordo entre estados soberanos, em que o «protegido» perde para o «protector» a direcção das suas relações internacionais e de defesa, ficando subordinado à sua esfera, mas mantém instituições próprias e governo interno. Ora, poderíamos dizer que a situação de Portugal é exactamente ao contrário, pois fomos intervencionados não por um Exército, mas pelo Orçamento: aquilo em que mantemos soberania e liberdade são a política externa e de defesa, embora no quadro dos sistemas de alianças a que pertencemos; e onde estamos diminuídos na nossa soberania é exactamente em todas as áreas de governo interno, por isso que brutalmente condicionadas pelos constrangimentos orçamentais do grande devedor fragilizado em que Portugal se tornou.

É errado excitarmo-nos com paralelos com 1640, como se a situação actual do país fosse um outro 1580. Não é. Nós não fomos invadidos, nem estamos ocupados. Não houve nenhuma questão sucessória que nos pusesse sob tutela. Não houve nenhuma batalha que, ao perdê-la, nos submetesse. A troika não é a Duquesa de Mântua e, se está cá, é porque a chamámos para nos socorrer da nossa insolvência.

O perigo desses paralelismos ligeiros, quando levados além do estímulo saudável ao nosso brito e à nossa vontade nacional livre, é apagarem a nossa própria responsabilidade. E, nessa medida, não ajudarem a libertar-nos, mas arrastarem a nossa decadência.

Os «invasores» que nos conduziram à difícil situação em que estamos somos nós próprios. Fomos nós mesmos que nos invadimos; fomos nós mesmos que nos colocámos neste buraco. E somos nós também que dele temos de sair.

Os nossos «invasores» são os que nos endividaram para além do tolerável: o Estado, o sistema financeiro, outros ainda. Não é boa política gritar contra estrangeiros, quando o mal está cá dentro – e temos de o superar e resolver pela reforma do Estado e reorientação da economia. Não é sensato culparmos estrangeiros em vez dos nossos maus governos, por cuja eleição só nós somos responsáveis.

Não é boa política denunciarmos um falso «protectorado» para, de facto, agirmos como um «acocorado». Na União Europeia, nós somos um Estado igual, um Estado igual a todos os outros, um parceiro de todos os demais, um pilar de uma construção comum. Não há protectorados na União Europeia: não há estados directores e Estados vassalos. O discurso lamuriento do «protectorado» impede e bloqueia aquela política europeia assertiva de que precisamos há tanto tempo: uma política para a Europa, uma política para Portugal.

O 1.º de Dezembro é o dia certo para o lembrarmos. Este dia em que reafirmamos, briosos, a Nação livre e independente dos portugueses é também o dia em que podemos afirmar, sem embaraço, nem contradição, a vontade de construirmos e defender a União Europeia como união de estados-nação, efectivamente iguais entre si, livres e independentes, solidários e coesos.

Recordo duas ideias fundamentais que temos afirmado:
  • O 1.º de Dezembro não é um dia contra ninguém; é o dia a nosso favor.
  • Este dia não é propriedade de ninguém. Este dia é de todos – é o dia mais de todos de entre todos os dias de Portugal.
Ao revigorarmos aqui, no dia de hoje, com o projecto das bandas filarmónicas e o projecto das tunas académicas, no cenário da Avenida da Liberdade, dos Restauradores e do Rossio, o carácter popular e a inspiração jovem das celebrações anuais deste «novo 1.º de Dezembro», sabemos que esta é a melhor forma de concretizarmos a absoluta determinação do nosso Movimento: «Pedimos desculpa por esta interrupção: o feriado segue dentro de momentos.»

Termino como ontem à noite:

Pedimos a Deus que nos proteja e a Portugal: que nos guarde, que nos inspire; que guarde e inspire os nossos filhos e netos por muitos séculos por diante. Olhamos o futuro com confiança.


Viva Portugal!





Os meus filhos são socialistas?


Inês Teotónio Pereira

Não sei se são só os meus filhos que são socialistas ou se são todas as crianças que sofrem do mesmo mal. Mas tenho a certeza do que falo em relação aos meus. E nada disto é deformação educacional, eles têm sido insistentemente educados no sentido inverso. Mas a natureza das criaturas resiste à benéfica influência paternal como a aldeia do Astérix resistiu culturalmente aos romanos. Os garotos são estóicos e defendem com resistência a bandeira marxista sem fazerem ideia de quem é o senhor.

Ora o primeiro sintoma desta deformação ideológica tem que ver com os direitos. Os meus filhos só têm direitos. Direitos materiais, emocionais, futuros, ambíguos e todos eles adquiridos. É tudo, absolutamente tudo, adquirido. Eles dão como adquirido o divertimento, as férias, a boleia para a escola, a escola, os ténis novos, o computador, a roupinha lavada, a televisão e até eu. Deveres, não têm nenhum. Quanto muito lavam um prato por dia e puxam o edredão da cama para cima, pouco mais. Vivem literalmente de mão estendida sem qualquer vergonha ou humildade. Na cabecinha socialista deles não existe o conceito de bem comum, só o bem deles. Muito, muito deles.

O segundo sintoma tem que ver com a origem desses direitos. Como aparecem esses direitos. Não sabem. Sabem que basta abrirem a torneira que a água vem quente, que dentro do frigorífico está invariavelmente leite fresquinho, que os livros da escola aparecem forradinhos todos os anos, que o carro tem sempre gasolina e que o dinheiro nasce na parede onde estão as máquinas de multibanco. A única diferença entre eles e os socialistas com cartão de militante é que, justiça seja feita, estes últimos (socialistas) já não acreditam na parede, são os bancos que imprimem dinheiro e pronto, ele nunca falta.!!!!

Outro sintoma alarmante é a visão de futuro. O futuro para os meus filhos é qualquer coisa que se vai passar logo à noite, o mais tardar. Eles não vão mais longe do que isto. Na sua cabecinha não há planeamento, só gastamento, só o imediato. Se há, come-se, gasta-se, esgota-se, e depois logo se vê. Poupar não é com eles. Um saco de gomas ou uma caixa de chocolates deixada no meio da sala da minha casa tem o mesmo destino que um crédito de milhões endereçado ao Largo do Rato: acaba tudo no esgoto. E não foi ninguém?

O quarto tique socialista das minhas crianças é estarem convictas de que nada depende delas. Como são só crianças, acham que nada do que fazem tem importância ou consequências. Ora esta visão do mundo e da vida faz com que os meus filhos achem que podem fazer todo o tipo de asneiras que alguém irá depois apanhar os cacos. Eles ficam de castigo é certo (mais ou menos a mesma coisa que perder eleições), mas quem apanha os cacos sou eu. Os meus filhos nasceram desresponsabilizados. A responsabilidade é sempre de outro qualquer: o outro que paga, o outro que assina, o outro que limpa. No caso dos meus filhos o outro sou eu, no caso dos socialistas encartados o outro é o governo seguinte.

Por fim, o último mas não menos aterrorizador sintoma muito socialista dos meus filhos é a inveja: eles não podem ver nada que já querem. Acham que têm de ter tudo o que o do lado tem quer mereçam quer não. São autênticos novos-ricos sem cheta. Acham que todos temos de ter o mesmo e se não dá para repartir ninguém tem. Ou comem todos ou não come nenhum. Senão vão à luta. Eu não posso dar mais dinheiro a um do que a outro ou tenho o mesmo destino que Nicolau II. Mesmo que um ajude mais que outro e tenha melhores notas, a «cultura democrática» em minha casa não permite essa diferenciação. Os meus filhos chamam a esta inveja disfarçada, justiça, os socialistas deram-lhe o nome de justiça social.

A minha sorte é que os meus filhos crescem. Já os socialistas são crianças a vida inteira.!!!!!