sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Bento XVI fala de São Martinho


Tendo nascido numa família pagã na Panónia, actual Hungria, por volta de 316, foi orientado pelo pai para a carreira militar. Ainda adolescente, Martinho encontrou o Cristianismo e, superando muitas dificuldades, inscreveu-se entre os catecúmenos para se preparar para o Baptismo.

Recebeu o sacramento por volta dos vinte anos, mas teve que permanecer ainda por muito tempo no exército, onde deu testemunho do seu novo género de vida: respeitador e compreensivo para com todos, tratava o seu criado como um irmão, e evitava as diversões vulgares.

Tendo-se despedido do serviço militar, foi a Poitiers, na França, junto do santo Bispo Hilário. Por ele ordenado diácono e presbítero, escolheu a vida monástica e deu origem, com alguns discípulos, ao mais antigo mosteiro conhecido na Europa, em Ligugé.

Cerca de dez anos mais tarde, os cristãos de Tours, tendo ficado sem pastor, aclamaram-no seu bispo. Desde então Martinho dedicou-se com zelo fervoroso à evangelização no campo e à formação do clero.

Mesmo sendo-lhe atribuídos muitos milagres, São Martinho é famoso sobretudo por um acto de caridade fraterna. Quando era ainda jovem soldado, encontrou na estrada um pobre entorpecido e trémulo de frio.

Pegou no seu manto e, cortando-o em dois com a espada, deu metade àquele homem. Nessa noite apareceu-lhe Jesus em sonho, sorridente, envolvido naquele mesmo manto.

Queridos irmãos e irmãs, o gesto caritativo de São Martinho inscreve-se na mesma lógica que levou Jesus a multiplicar os pães para as multidões famintas, mas sobretudo a deixar-se a si mesmo como alimento para a humanidade na Eucaristia, sinal supremo do amor de Deus. (...) É a lógica da partilha, com a qual se expressa de modo autêntico o amor ao próximo.

Ajude-nos São Martinho a compreender que só através de um compromisso comum de partilha, é possível responder ao grande desafio do nosso tempo: isto é, de construir um mundo de paz e de justiça, no qual cada homem possa viver com dignidade.

Isto pode acontecer se prevalecer um modelo mundial de autêntica solidariedade, capaz de garantir a todos os habitantes do planeta o alimento, as curas médicas necessárias, mas também o trabalho e os recursos energéticos, assim como os bens culturais, o saber científico e tecnológico.

Bento XVI (11.11.2007)



quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Bispo anglicano augura conversão
de milhares de crentes ao catolicismo

Ler em
 
 

Henrique Neto:
«Sócrates está no topo da pirâmide
dos que dão cabo disto»

Numa grande entrevista concedida a Anabela Mota Ribeiro para o Jornal de Negócios, Henrique Neto, empresário e histórico do PS, diz que Sócrates "é um vendedor de automóveis" que "está no topo da pirâmide dos que dão cabo disto".

Revela que Sócrates disse que cortar na Função Pública era atacar a base eleitoral do partido. A maçonaria "é a coisa pior que pode existir na política". "Ser empresário hoje é ser herói."

Acusando o primeiro-ministro de "mentira" e falando também de Mários Soares, Jorge Sampaio ou Pina Moura, Henrique Neto critica a actual forma de direcção do Partido Socialista: "Isto é uma máfia com experiência na maçonaria".



Educação

P. Virgílio do Nascimento Antunes, Reitor do Santuário de Fátima

(...) Somos hoje herdeiros de uma sociedade que deixou de educar, mas investiu a maior parte das suas energias na transmissão de conhecimentos, de ciência e até de erudição. O nosso país e mundo encheram-se de escolas, que são necessárias, mas não resolvem a questão da educação integral do ser humano. A família, ocupada com as questões económicas, obcecada pelas questões administrativas e marcada pelo desejo de ter e desfrutar dos bens pelos quais se mede a dignidade das pessoas, deixou as tarefas educativas para segundo plano ou, então, delegou na escola e no Estado essa sua nobre missão. O Estado, ideológico e omnipresente, pretende controlar todo o processo de educação e a propor um único projecto de educação, recusando na prática e cada vez mais às famílias a possibilidade de escolher o modelo educativo que mais lhes interessa.

O materialismo instalou-se na educação e tem consequências bem mais perniciosas para a pessoa humana do que o materialismo na economia ou nas outras áreas da gestão dos recursos que a terra nos dá. Na gestão dos recursos, é necessário saber fazer bem as contas para ver o que é suficiente, o que faz falta, o que sobra, o que existe para dividir. Na questão da educação não bastam as contas bem feitas, pois podemos ter os meios materiais todos, mas ter falta de alma, de vida, de princípios, de valores e as pessoas continuarem profundamente infelizes e sem perspectivas de realização.

Por que razão somos sociedades de escolaridade obrigatória para todos, com elevados níveis nos rankings do sucesso do ensino e temos tão grandes dificuldades a nível da satisfação pessoal, do relacionamento familiar ou comunitário? Por que razão havemos de lamentar o mau ambiente existente em algumas escolas, a insubordinação na relação entre os companheiros e com os mais velhos, professores ou pais? Por que razão continua a haver tantos casos de maus tratos domésticos, tanta violência, tão graves problemas nas ruas das cidades e aldeias?

As últimas décadas têm cavado um autêntico fosso educativo, tanto na escola, como na família e até na Igreja. E não é por se educar para a liberdade, pois toda a educação tem de ser para a liberdade e na liberdade. É sobretudo por se educar na irresponsabilidade e para a irresponsabilidade, bem flagrante nos últimos tempos no modo como se propõe a educação sexual nas escolas sem uma dimensão ética, e contrariando tantos dos princípios de muitas famílias.

Alicerçada na palavra do Senhor, hoje escutada, a educação da fé e a educação humana feita em ambiente cristão e sob inspiração cristã, têm de ser diferentes, têm de romper com um conjunto de preconceitos e propor ao mundo caminhos novos e ousados.

O general sírio Naamã, de quem nos falava a primeira leitura, de coração humilde, disponibilizou-se para mergulhar sete vezes nas águas do Jordão, a fim de curar a lepra que lhe desfazia o corpo. Reconheceu que em toda a terra não há outro Deus senão o Deus de Israel. Reconheceu que, afinal, a sua grandeza e força de general de pouco lhe valiam, pois a vida não é uma questão de poder ou de força para dominar os outros e vencê-los. Mais importante é dominar-se a si mesmo, vencer-se a si mesmo, reconhecendo de forma humilde que estamos nas mãos de Deus e precisamos de nos abrir fraternalmente aos outros.

Grande contraste com a atitude de homens e mulheres que fazem valer os seus direitos pela afirmação de si mesmos, pela superioridade dos seus títulos, pela força da violência ou pela quantidade dos seus bens. Grande contraste com a atitude das crianças ou dos jovens que exigem tudo dos seus pais, da sua escola, da sociedade, sem querer dar nada em troca. Grande contraste com a nossa atitude diante de Deus a quem pedimos insistentemente sem que isso nos leve ao compromisso de vida e ao testemunho fiel.

S. Paulo, na Segunda Epístola a Timóteo, falava-nos do seu grande ardor no anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Aceitou corajosamente sofrimentos e prisões para que a palavra da salvação fosse proclamada a todos os povos, porque para viver com Cristo é preciso morrer com Ele e para reinar com Cristo é preciso sofrer com Ele.

Grande contraste com a nossa atitude de fuga a todo o espírito de sacrifício, a todo o sofrimento, necessários para fazer da vida algo de grandioso e de belo. Grande contraste com a nosso desinteresse pelos valores espirituais da fé e do Evangelho que relegamos para últimos planos dentro dos nossos programas educativos familiares, escolares e eclesiais. Grande contraste com o modo como vemos crescer as crianças e os jovens anestesiados pela ilusão de uma vida onde nada falta, tudo se alcança sem esforço e onde se não exigem responsabilidades, nem compromissos, nem sacrifícios.

Cristo aceitou a paixão e a morte, em sinal de amor, para nos dar vida; Paulo e os outros discípulos aceitaram o martírio, em sinal de amor, para nos fazer chegar o Evangelho da vida; e nós não temos outro caminho senão crescer e ajudar a crescer os outros passando pelo caminho do amor, que é sempre caminho de cruz, fonte de vida.

No texto do Evangelho de S. Lucas encontrámos a manifestação de Jesus, que nos mostra o amor de Deus para connosco, naquele gesto da cura dos leprosos. “Ide mostrar-vos aos sacerdotes”, disse ele aos leprosos, numa ordem que lhes mostra que a salvação não é um golpe de magia, mas um trabalho conjunto de Deus e do homem. “A tua fé te salvou”, diz Jesus ao homem que voltou para dar glória a Deus, uma palavra que demonstra a necessidade de colaboração do homem no processo de construção da sua felicidade e da sua vida.

No processo educativo é fundamental a acção de todos: dos pais, da escola, da sociedade; mas, acima de tudo, é fundamental a acção dos educandos, num clima de liberdade e de responsabilidade assumida. Numa família, numa escola, numa sociedade ou numa Igreja em que nada se exige e em que se recebe tudo feito, sem trabalho e sem esforço, não se educam pessoas para aguentar o peso da vida, nem para a dádiva de si mesmas na solidariedade e no amor, mas deixam-se crescer pessoas predispostas para tudo exigir dos outros, da família, da sociedade ou da Igreja.

Depois de narrar a cura dos dez leprosos, o texto do Evangelho apresentava-nos Jesus a lamentar o facto de apenas um ter voltado atrás para agradecer a Deus o dom gratuito que recebeu: “Não se encontrou quem voltasse para dar glória a Deus”.

O processo educativo carece do sentido da gratidão aos homens e a Deus. É chocante vermos as crianças a crescer como se fossem o centro do mundo, a exigir aos pais tudo o que podem e não podem dar-lhes, e os pais a ceder, incapazes de resistir diante do poder avassalador da moda e do desejo de serem como todos os outros. Quem se sente senhor de todos os direitos nunca tem um obrigado a dizer, nunca sente necessidade de um gesto de gratidão.

O processo educativo carece do sentido de gratidão a Deus. A educação da fé no Deus Criador e Senhor de quem nos vem a vida, a saúde, a alegria de viver, o presente e o futuro, é uma urgência e tem de começar em casa logo nos primeiros anos de vida. Faz-se pela palavra, pela oração e pelas atitudes próprias da fé humilde, confiante e grata; faz-se também pela participação alegre e livre na vida da comunidade cristã, sobretudo na liturgia dominical e nos sacramentos.

A Nossa Senhora, a celeste educadora de Jesus e de todos nós, seus filhos, confiemos a solicitude de todos os educadores, para que encontrem os melhores caminhos para a educação de uma humanidade feliz e santa. Ámen.


Defesa da posição da Igreja na sociedade
exige formação dos cristãos

O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, pretende que os católicos insatisfeitos com o ordenamento jurídico português intervenham activamente na vida política, embora respeitando as regras do regime republicano.

Como todos os outros cidadãos, os católicos estão inseridos na «Res Publica» (coisa pública), pelo que “se hoje não estão de acordo com a legislação, então, concorram, vão às urnas, entrem no Governo, modifiquem a legislação, mas joguem o jogo republicano”, frisou o prelado em declarações à Ecclesia.

Perante uma sociedade contemporânea cada vez “mais complexa, em posições, contraposições, afrontamentos e discussões”, cabe à Igreja “entendê-la e entender-se nela”, referiu o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.

Para D. Manuel Clemente, o que está em causa na intervenção da Igreja na sociedade nunca é o tipo de regime ou a cor política no poder, mas as posições que são assumidas.

É neste quadro que se entende a uma responsabilidade das comunidades cristãs de projectar uma República eficaz e moderna, tornando-a num espaço aberto e consensual.

O prelado recuou ao tempo da I República, sublinhando que a distinção entre “causa católica e causa partidária” já estava feita quando o Papa Leão XIII indicou à Igreja portuguesa que não confundisse as duas matérias.

“Os bispos portugueses, mesmo na reacção à Lei da Separação [20 de Abril de 1911], deixaram isso bem claro. O problema não era o regime, mas o modelo que ele queria impor para a organização católica e onde a Igreja não cabia”, reforçou D. Manuel Clemente.

Formação dos cristãos é urgente

A Implantação da República, a 5 de Outubro de 1910, trouxe uma profunda alteração para a presença e papel da Igreja na sociedade portuguesa. A mudança de regime quebrava todo o tipo de relacionamento próximo entre a Igreja e o Estado que tinha sido construído durante os séculos da monarquia.

A entrada em vigor da chamada Lei de Separação seria o ponto de viragem, que levaria as instituições católicas a um trabalho de reconversão perante medidas que favoreciam a laicização.

Os anos a seguir à República foram anos de uma construção mobilizadora interna da própria Igreja, e isso é sempre o que nós temos a aprender nos momentos de conflitos de valores.

Num século de avanços e recuos nas relações entre a Igreja e o Estado, as instituições religiosas conviveram com a opressão da I República, a aproximação com o Estado Novo e a coexistência, ainda que com divergências, com a democracia pós-25 de Abril.

Um tempo cheio de mudanças, mas que trouxe também uma maior responsabilidade, no que diz respeito à participação das instituições católicas e dos fiéis na construção da sociedade.

Independentemente do tipo de Governo que está no poder, a defesa da posição da Igreja na sociedade de hoje só é possível através da formação dos cristãos.


O que é o islão?


Rick Rood

It's not every day that religion appears as a front page story in today's newspapers, particularly on a regular basis. But over the past 20 years one religion has made the front page perhaps more than any other . . . the religion of Islam. Islam claims up to one billion followers worldwide. It is not only the fastest growing religion in the world, but its influence touches virtually every area of life--not only the spiritual, but the political and economic as well. What is more, its influence is being felt closer and closer to home. There are now up to 5 million Muslims in the U.S., and over 1,100 mosques or Islamic centers.

What does Islam teach? How are the teachings of Islam similar to those of Christianity? How are they different? What should our attitude be toward Islam, and toward those who follow this powerful religion? These are some of the questions we want to address in this essay.


The History of Islam

First, we want to take a look back at the history of Islam. Islam was founded in the early seventh century by Muhammed. When he was 40 years of age, in A.D. 610, Muhammed claimed to be receiving messages from God. These messages were later compiled and recorded in the Koran--Islam's holy book.

About this same time, Muhammed began preaching against the greed, economic oppression, and idolatry that plagued the Arab peoples. He called on the many factions of the Arab peoples to unite under the worship of Allah, the chief god of the Arab pantheon of deities. Though his message was initially rejected, by the year 630 he had succeeded in gaining control of Mecca, the economic and religious center of the Arabian peninsula.

Though Muhammed died two years later, the religious/political movement he founded rapidly spread throughout the Arab world, and far beyond. By A.D. 750, the Muslim empire spanned from Spain in the west to India in the east. In the centuries that followed, Islam penetrated deeper into Africa and Asia, extending as far as the Philippines. During its "golden era" Islam claimed some of the world's finest philosophers and mathematicians. It was during this time also that Islam and Christianity clashed as a result of the Crusades to reclaim the Holy Land from the Muslims.

Beginning around 1500, and accelerating after the industrial revolution of the 1700-1800s, Islam felt the increasing influence of the European powers. Eventually, large portions of the Muslim world were colonized by European countries. This political and economic domination by Europe continued until the end of WWII, after which Muslim countries began to attain political independence. With the discovery and development of the vast oil reserves in many Muslim lands, economic independence suddenly came within reach also. At last, Islam had in its grasp both the opportunity and the resources to reassert itself as a powerful force in the world. After being on the defensive for many centuries, Islam was now on the offensive!


The Current Status of Islam

At this point we should discuss the current status of Islam. In doing so, it's important to realize that Islam is not a monolithic system. Though all Muslims draw their inspiration from Muhammed and the Koran, there are many identifiable groups and movements within Islam.

The most obvious division is that between Sunni and Shia Islam. The Sunnis (who compose about 90% of all Muslims) draw their name from the fact that they look both to the Koran and to the "sunna" in establishing proper Muslim conduct. The "sunna" is the behavior or example of Muhammed and of the early Muslim community. Of course, there are many sub-divisions among the Sunnis, but they all identify themselves as Sunni.

The other major group of Muslims are the Shi'ites (who compose about 10% of all Muslims and reside mainly in Iraq and Iran). The word Shi'ite means "partisan," and refers to the fact that Shi'ites are "partisans of Ali." Ali was the son-in-law and cousin of Muhammed and one of the early Caliphs or successors to Muhammed as leader of the Muslim people. Shi'ites believe that the leader of Islam should be among the descendants of Ali, whom they believe possess a special divine anointing for this task. The last of these divinely appointed leaders, or "imams" most Shi'ites believe to be in "hiding" in another realm of existence. The Ayatollah Khomeini was believed to have been a spokesman for this "hidden imam."

A third group that should be mentioned are the Sufis--those Muslims (among both Sunni and Shia) who seek a mystical experience of God, rather than a merely intellectual knowledge of Him, and who also are given to a number of superstitious practices.

In addition to these divisions within Islam, mention must also be made of attitudes among Muslims toward their contact with the Western world in modern times. Though the situation is much more complex than we are capable of dealing with in this pamphlet, two broad trends have been evident within Islam.

One trend is toward some degree of accommodation and adjustment to the West and to modern ways of life. This has manifested itself most obviously in countries like Turkey, which have instituted largely secular forms of government and Western ways of life, while maintaining Islamic religious practices.

The opposite trend is toward a return to a more traditional approach to Islamic life and a rejection of Western and modern ways. The most extreme expression of this trend is manifest in the various forms of Islamic fundamentalism, which insist on the implementation of Muslim law (called the Sharia) in every area of life. Fundamentalists have been most successful in Saudi Arabia, Iran, Pakistan, and Sudan; but they are active in virtually every Muslim country, at times resorting to violence and terrorism in attempting to implement their agenda.

In understanding this potent religious and political movement, it is important to understand the various divisions and attitudes within Islam and the basic beliefs at Islam's core.


The Basic Beliefs of Islam

Though the beliefs of Muslims worldwide are about as diverse as those among Christians, there are six basic articles of faith common to nearly all Muslims.

The first of these is that there is no God but Allah. The pre- Islamic Arabs were polytheists. But Muhammed succeeded in leading them to devote themselves solely to the chief God of the pantheon whom they called Allah (which simply means God). To worship or attribute deity to any other being is considered shirk or blasphemy. The Koran mentions numerous names of Allah, and these names are found frequently on the lips of devout Muslims who believe them to have a nearly magical power.

The second article of faith is belief in angels and jinn. Jinn are spirit beings capable of both good and evil actions and of possessing human beings. Above the jinn in rank are the angels of God. Two of them are believed to accompany every Muslim, one on the right to record his good deeds, and one on the left to record his evil deeds.

The third article is belief in God's holy books, 104 of which are referred to in the Koran. Chief among these are the Law given to Moses, the Psalms given to David, the Gospel (or Injil) given to Jesus, and the Koran given to Muhammed. Each of these is conceived to have communicated the same basic message of God's will to man. Obvious discrepancies between the Jewish and Christian Scriptures and the Koran (particularly with reference to Jesus and Muhammed) were accounted for by Muhammed in his suggestion that the Bible had been tampered with by Jews and Christians.

The fourth article of faith is belief in God's prophets, through whom Allah appealed to man to follow His will as revealed in His holy books. There is no agreement as to how many prophets there have been--some say hundreds of thousands. Among them were Adam, Noah, Abraham, Moses, and Jesus. But all agree that Muhammed was God's final and supreme prophet--the "seal" of the prophets. Though Muhammed himself said that he was a sinner, nonetheless there are many Muslims throughout the world who appear to come close to worshiping him.

The fifth article of faith is belief in the absolute predestinating will of Allah. Though some Muslims have modified this doctrine somewhat, the Koran seems to support the idea that all things (both good and evil) are the direct result of God's will. Those who conclude that Islam is a fatalistic religion have good reason for doing so.

The sixth and final article of faith is belief in the resurrection and final judgment. At the end of history, God will judge the works of all men. Those whose good deeds outweigh their bad deeds will enter into paradise (pictured in rather sensual terms). The rest will be consigned to hell. The paramount feature of Islamic belief, aside from its strong monotheism, is that it is a religion of human works. One's position with regard to Allah is determined by his success in keeping His laws.


The Basic Practices of Islam

Now we want to focus on the most important of those works. These are summarized in what are usually called the "Five Pillars of Islam."

The first pillar is recitation of the creed: "There is no God but Allah, and Muhammed is his prophet." It is commonly held that to recite this creed in the presence of two witnesses is to constitute oneself a Muslim--one in submission to God. Of course, the word Islam simply means "submission."

The second pillar is the regular practice of prayers. Sunni Muslims are required to recite specific prayers accompanied by prescribed motions five times daily. (Shi'ites do so only three times a day.) All male Muslims are also enjoined to meet for community prayer (and sermon) each Friday at noon.

The third pillar is almsgiving. Born an orphan himself, Muhammed was deeply concerned for the needy. The Koran requires that 2.5% of one's income be given to the poor or to the spread of Islam.

The fourth pillar of Islam is the fast during the month of Ramadan (the ninth lunar month of the Muslim calendar, during which Muhammed is said to have received the first of his revelations from God, and during which he and his followers made their historic trek from Mecca to Medina). During this month, Muslims in good health are required to forego all food and liquid during daylight hours. This fast promotes the Muslim's self-discipline, dependence on Allah, and compassion for the needy.

The fifth pillar is the Hajj or pilgrimage to Mecca. If possible, every Muslim is to make a pilgrimage to Mecca once during his life. It can be made properly only on a few days during the last month of the Muslim year. The Hajj promotes the ideas of worldwide unity and equality among Muslims. But it also contains many elements of prescribed activity that are of pagan origin.

A sixth pillar, that of jihad, is often added. (The term means "exertion" or "struggle" in behalf of God.) Jihad is the means by which those who are outside the household of Islam are brought into its fold. Jihad may be by persuasion, or it may be by force or "holy war." The fact that any Muslim who dies in a holy war is assured his place in paradise provides strong incentive for participation!

Muslims around the world look to these pillars for guidance in shaping their religious practice. But in addition to these pillars, there are numerous laws and traditions contained in the Hadith-- literature that was compiled after the completion of the Koran, that reportedly contains the example and statements of Muhammed on many topics. Because the laws of the Hadith and Koran cover virtually every area of life, Islam has well been referred to as an all-encompassing way of life, as well as a religion.


A Christian Perspective on Islam

At this point it is appropriate to offer a brief evaluation of Islam from a Christian perspective.

At the outset, it must be stated that there is much in Islam that the Christian can affirm. Among the most significant Islamic doctrines that can be genuinely affirmed by the Christian are its belief in one God, its recognition of Jesus as the virgin born, sinless prophet and messiah of God, and its expectation of a future resurrection and judgment.

There are, however, some very significant areas of difference. We will mention just a few. First, the Muslim perception of God is by no means the same as that revealed in the Bible. Islam portrays God as ultimately unknowable. In fact, in the Koran, Allah reveals His will, but He never reveals Himself. Neither is He ever portrayed as a Father to His people, as He is in the Bible.

Second, though Jesus is presented as a miracle working prophet and messiah, and even without sin, Islam denies that He is the Son of God or Savior of the world. Indeed, it is denied that Jesus ever died at all, least of all for the sins of the world.

Third, though mankind is depicted as weak and prone to error, Islam denies that man is a sinner by nature and in need of a Savior, as the Bible so clearly teaches. People are capable of submitting to God's laws and meriting his ultimate approval. According to Islam, man's spiritual need is not for a savior but for guidance.

This leads to the fact that since in Islam, acceptance by God is something we must earn by our works, it cannot possibly provide the sense of security that can be found in the grace of God as taught in the Bible.

Many of us will find opportunities to befriend Muslim neighbors, co-workers, or friends. As we do, we should be aware of some of the barriers that exist between Muslims and Christians, due to past and current animosities.

The attitude of many Muslims toward Christianity and toward the West is colored by the history of conflict that has found expression in the Crusades of Medieval times, European domination and colonialism, as well as Western support for Zionism in most recent times. We must allow the love of God to overcome our own fear and defensiveness and to penetrate these barriers.

In the past several years many Muslims have been deeply impressed by the compassion shown by Westerners (and particularly the United States) toward Muslim countries that have endured severe hardship. This kind of compassion can be shown on an individual level as well. As we do, we can then invite our Muslim friends to join us in a study of the New Testament, which reveals the only source of acceptance before God in His love and grace, expressed through the sacrifice of His Son Jesus Christ and His gift of the Holy Spirit.