Miguel Alvim, O Inimputavel
O centro universitário Manuel da Nóbrega (cumn) vai organizar em Coimbra (ver: http://www.cumn.pt/feecultura/ ), um dia de conferências, “Fé e Cultura”, como é seu uso anual.
Naturalmente, fé e cultura impõem-se como duas realidades essenciais que não têm de, nem devem, bem pelo contrário, andar de costas voltadas uma para a outra.
No sentido próprio, fé e cultura constituem e enformam a realidade constitutiva mais fulcral do ser do homem: o homem só o é verdadeiramente quando aberto à realidade da fé e da cultura.
Isso é uma coisa.
Outra coisa é a Igreja Católica.
A Igreja não é, propriamente, plural; antes, como no Credo, a Igreja é una, santa, católica e apostólica.
Daí que não se perceba, faça confusão, intitular uma conferência naquela niciativa de Igreja “Pensar a Igreja Plural” (subtítulo “A freira, o homossexual e os recasados”).
Dizer que a Igreja acolhe como Mãe toda a gente, todos os homens e mulheres do seu tempo é pura e eterna verdade.
É o seu serviço e o seu mistério, como o seu Mestre, Jesus Cristo, o indicou sem falhas.
Dizer que a Igreja é plural porque pode acolher indiferenciadamente e acriticamente todas as situações pessoais de escolha de vida, mormente, de mais ou menos grave pecado pessoal dos seus membros, não é verdade e é deprimente.
Jesus Cristo nunca foi fácil e nunca foi morno e, sobretudo, nunca confundiu o pecado com o pecador.
Numa palavra, e nesse sentido próprio, Jesus Cristo nunca foi plural, porque nunca quis agradar de maneira fácil.
Porque foi sempre e sem excepção Ele próprio, fez e continua a fazer chamamento universal a partir da unidade da Sua imparável virtude e obediência de amor.
E chega.