Coloco neste artigo algumas
perguntas de vários sites apologéticos para protestantes e que certamente não
conseguem responder defendendo as suas ideias.
Lembrando que não coloco
estas perguntas nos meus artigos para nós os católicos atacarmos os
protestantes, mas apenas para «evangelizar» mostrando as falhas do protestantismo,
não podemos fazer o mesmo que eles atacando porque senão seremos iguais a eles,
e nós católicos não temos a habilidade para usar esta metáfora «protestante de
protestante».
Rogai sempre discernimento ao
Senhor para não cairmos neste pecado irmão e veja estas perguntas:
1 – Porque negaria as
bênçãos do baptismo para as suas crianças quando a Bíblia não o proíbe, e é
prática universalmente aceite pela Igreja Católica e até pelos reformadores
Lutero e Calvino?
2 – Se Lutero é proclamado como
a pessoa que Deus levantou contra as práticas da Igreja Católica para trazer o
cristianismo de volta às suas fontes originais, então porque é que os
protestantes de hoje não são todos luteranos?
3 – Porque é que o
protestantismo do último reavivamento é tão criticado pelos protestantes
clássicos, e estes por aqueles, se todos proclamam que são membros de uma única
Igreja invisível e que as doutrinas secundárias são apenas meros costumes e que
o que os une é Cristo?
4 – Se a Igreja Anglicana é
protestante, e utiliza o dogma de «somente a Escritura» como meio de obtenção de
claridade da palavra de Deus, e acredita na real presença de Jesus na
Eucaristia e na regeneração baptismal, o que faz com que os outros
protestantes, como os pentecostais e neopentecostais, que também utilizam a
mesma «somente a Escritura», portanto o mesmo meio, cheguem a uma conclusão
diferente da Igreja Anglicana?
5 – Porque é que alguns
protestantes dizem que a Igreja não deve ser hierárquica, mas possuem uma
hierarquia nas suas igrejas?
6 – Se os primeiros cristãos
se apoiavam na doutrina dos apóstolos, e Paulo
disse que a Igreja está edificada conforme os apóstolos, isso quer dizer
que a Igreja de Cristo tem sucessão apostólica e essa onde tem a doutrina dos
apóstolos, como pode dizer que está na Igreja de Jesus se a sua seita não tem
mais que 150 anos? Você pode traçar uma linha ligando a sua Igreja até aos
apóstolos?
«Perseveravam eles a
doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum, na fracção do pão e nas orações»
(At 2,42).
Efesios 2:19-20 «Já não
sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da
família de Deus edificados sobre os fundamentos dos apóstolos e profetas»
7 – Porque é que quando
Jesus disse em Jo 6,48-51 «Eu sou o pão da vida. Vossos pais, no deserto,
comeram o maná e morreram. Este é o pão que desceu do céu, para que não morra
todo aquele que dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer
deste pão viverá eternamente. E o pão que eu der, é a minha carne para a
salvação do mundo» e também em Joao 4:32 «Tenho um alimento para comer que vós
não conheceis». Muitos dos ouvintes ficaram estarrecidos. Ouviram com os seus
próprios ouvidos que Jesus disse que eles deveriam comer a Sua carne e todos
sairam da presença dEle, mais ainda Jesus pergunta aos apóstolos se não queriam
partir com os descrentes.
Será que não
está também agindo como os descrentes que acharam Jesus uma espécie de canibal?
«Pois a minha carne é
verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida» (Jo 6
55).
Jesus ainda diz mais
adiante Jo 6:60-63 «Muitos dos seus discípulos ouvindo disseram: «Isso é muito
duro, quem o pode admitir? Sabendo Jesus que os seus discípulos murmuravam por
isso perguntou-lhes: Isso escandaliza-vos?…… as palavras que vos tenho dito
são espírito e vida.
«O cálice da bênção, que
benzemos, não é a comunhão do sangue de Cristo? E o pão que partimos, não é a
comunhão do corpo de Cristo?» (1Cor 10,16).
Em lugar de «comunhão»
outras traduções usam a palavra «participação».
8 – Porque é que o apóstolo
Paulo não explicou e disse que isso (a comunhão do corpo de Jesus) era
meramente simbólico?
Mais tarde, ele diz:
«Aquele que o come e o bebe
sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação». (1Cor
11,29).
Não foi perante a Reforma
que este assunto foi posto em discussão, com Lutero acreditando na presença
física de Cristo na Eucaristia, Calvino acreditando na presença espiritual de
Cristo na Eucaristia, e Zwínglio chamando-a apenas de um «memorial». O que é
mais verdadeiro: o consistente ensinamento da Igreja, durante dois milénios, ou
as opiniões conflitantes dos três reformadores?
9 – Porque é que usa sumo
de uva na ceia do Senhor, se Jesus usou vinho? Porque é que usa sumo de uva se
a Igreja Católica sempre usou vinho?
O facto é que Jesus
certamente bebeu vinho (Luc 7,33-34) e também o bebeu nas bodas de Caná (Jo 2).
A palavra grega para vinho
é «oinos». A palavra grega usada no Novo Testamento para «bêbado» ou «bebedor
de vinho» é derivada também de «oinos». Basicamente significa alguém que bebe
vinho exageradamente.
No relato evangélico da
Ceia do Senhor foi usada uma terminologia que pode ser interpretada por vinho
ou sumo de uva, assim como «cálice» ou «fruto do vinho». Contudo, São Paulo na sua
Primeira Epístola aos Coríntios censura-os por ficarem bêbados durante a Ceia
do Senhor. Seria impossível para os Coríntios ficarem bêbados se usassem
somente sumo de uva. Paulo também nunca tratou de corrigi-los, dizendo-lhes
para usarem sumo de uva em vez de vinho. Portanto, a leitura mais exacta
indica que foi usado vinho na Ceia do Senhor.
Olhando para o contexto
histórico, a Igreja sempre usou vinho. O uso do vinho não foi objecto de
discussão até ao séc. XVI. Durante a refeição da Páscoa, os judeus, hoje ainda como
há 2.000 anos, celebram-na com vinho (v. Unger's
Bible Dictionary, verbete «Lord's
Supper»). O tabu contra o uso do vinho é uma restrição recente feita pelos
homens, mas não provém de Deus (v. Deuteronómio 14,26, se você ainda acredita
que Deus proibiu o uso do álcool).
10 – Porque é que obedece a
uma Igreja que tem um governo presbiteral ou congregacional já que a Bíblia
ensina a forma de governo episcopal? Pedro não foi eleito. Pedro, bem como os
outros apóstolos, foram indicados para o ofício directamente por Jesus. Nas
Igrejas Evangélicas os pastores são, na maioria dos casos, eleitos pelo voto da
congregação. Qual é a evidência bíblica para se eleger pastores?
Não há nenhuma. A Igreja de
Jerusalém nomeou diáconos, mas não há nenhuma evidência nas Escrituras para
eleger pastores. Depois de os diáconos serem nomeados, ainda foram ordenados
pelos apóstolos. Os apóstolos ordenaram sete diáconos através de preces e
imposição das mãos sobre eles.
Durante as suas viagens,
Paulo ordenou Tito e Timóteo. Paulo deu a Tito e a Timóteo a autoridade de
ordenar anciãos: «Eu te deixei em Creta para acabares de organizar tudo e
estabeleceres anciãos em cada cidade, de acordo com as normas que te tracei»
(Tt 1,5). «A ninguém imponhas as mãos inconsideradamente, para que não venhas a
tornar-te cúmplice dos pecados alheios» (1Tim 5,22).
A ordenação dos anciãos e
diáconos está implicitamente indicada.
O Novo Testamento não nos
fala em nenhum momento da congregação elegendo os seus anciãos/pastores. Em vez
disso, os anciãos eram indicados pelos apóstolos ou por aqueles que receberam a
autoridade dos apóstolos.
Esta forma de governo da
Igreja é chamada governo episcopal. Somente após a Reforma houve Igrejas que
utilizaram governos presbiterais ou congregacionais.
11 – Por favor, diga-me uma
razão para aceitar a Bíblia que um muçulmano não poderia usar por considerar o
Corão inspirado por Deus.
R – Os católicos aceitam a
Bíblia como Palavra de Deus porque a Igreja que Cristo fundou e confiou a São
Pedro (Mt 16,18), e que é a Coluna e Firmamento da Verdade (1Tim 3,15), diz que
a Bíblia é a Palavra de Deus.
Como dizia Santo Agostinho,
«creio nos evangelhos porque a Santa Madre Igreja me diz para crer neles».
12 – Por favor, diga-me
porque é que aceita apenas uma parte da Bíblia (afinal, a lista de livros que
compõem o Novo e o Antigo Testamento foi determinada ao mesmo tempo – aliás,
junto com o título de Mãe de Deus para Nossa Senhora – e aceita apenas parte do
Antigo Testamento), e com que autoridade o faz.
R – Os católicos aceitam a
Bíblia na íntegra porque a lista de livros que a compõem foi definida pela
Igreja em 397 d.C., sob a autoridade do sucessor de Pedro o Papa São Dâmaso I.
13 – Por favor, diga-me
porque é que a Bíblia teria precisado de quase 1 600 anos para ser entendida
correctamente, se ela é teoricamente algo que qualquer um pode ler e entender.
R – Os católicos sabem que
a Bíblia não é algo que qualquer um pode ler e entender sem ajuda (2Pd 3,16, At
8,31), e sabemos que Cristo confiou a São Pedro, o primeiro Papa, a tarefa de
tomar conta do Seu rebanho, a Igreja (Jo 21,15-17). Nós seguimos o que os sucessores
de Pedro nos transmitem.
14 – Por favor, explique
como alguém pode saber se entendeu a Bíblia correctamente, se ele só pode
confiar na Bíblia, e em mais nada; afinal existem cerca de 28 000 seitas
protestantes no mundo, cada uma entendendo a Bíblia de maneira diferente e
todas achando que estão certas.
R – Os católicos sabem que
é a Igreja que Cristo fundou e confiou a São Pedro (Mt 16,18), e que é a Coluna
e Firmamento da Verdade (1Tim 3,15), quem tem a missão de ensinar (Mt 28,19), e
que as Escrituras não devem sofrer interpretação particular (2Pd 2,20), pois
quem o faz comete erros que o conduzem à perdição (2 Pd 3,16). Assim, sabemos
que a explicação feita pela Igreja está certa, e está errada qualquer
interpretação diferente desta.
15 – Por favor, prove
usando apenas a Bíblia que ela é o que você considera que ela seja (ou seja, a
única fonte de Verdade Revelada, composta pelos livros que você aceita, todos
eles e só eles). Claro que todo mundo sabe que a Bíblia é a Palavra de Deus,
boa para o ensino, etc. e tal, mas por favor, tente provar que ela é a única
fonte da Palavra de Deus, composta pelos livros que você aceita, todos eles e
só eles.
R – Ao contrário dos
protestantes, que acreditam na heresia chamada «somente a Escritura», segundo a
qual apenas a Bíblia é a Palavra de Deus, os católicos sabem que além da
Bíblia, que não tem toda a Palavra de Deus e não está completa, (Jo 20,30-31;
Jo 21,25; 2Ts 2,14), há ainda a Tradição Oral, também revelada por Deus, que
deve ser seguida (2 Ts 2,15; 2Ts 3,6; 2Tm 1,13; 1 Cor 11,2; Gl 1,14, 1Tm 6,20;
2Tm 1,14; 2Tm 2,2, etc.). O próprio São Paulo, em At 20,35, cita palavras de
Cristo que não estão em nenhum dos Evangelhos, dizendo aos bispos de Éfeso que
eles devem lembrar-se delas. Sabemos ainda que os livros que compõem a Sagrada
Escritura são os que a Igreja determinou em 397 d.C., mais de mil anos antes
dos primeiros protestantes arrancarem sete livros das suas bíblias em 1517 d.C.
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