domingo, 6 de maio de 2012

Vaticano: Sacerdotes devem evitar
que as nações caiam em novo ateísmo



VATICANO, 02 Mai. 12  - O Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Mauro Piacenza, recordou aos sacerdotes o seu chamado à santidade e os exortou a trabalhar pela nova evangelização para evitar que as nações cristãs caiam num novo tipo de ateísmo.

«As nações cristãs já não sentem a tentação de ceder a um ateísmo genérico (como no passado), mas correm o risco de serem vítimas desse ateísmo particular que vem do facto de terem esquecido a beleza e o calor da Revelação Trinitária», advertiu o Cardeal na carta publicada por ocasião da Jornada Mundial de Oração para a Santificação do Clero.

O Cardeal disse que neste contexto, são os sacerdotes os que «devem dirigir tudo para a Comunhão Trinitária: só a partir desta e entrando nela, os fiéis podem descobrir verdadeiramente o rosto do Filho de Deus e sua contemporaneidade, e podem verdadeiramente chegar ao coração de todo homem e à pátria à qual todos estão chamados».

Dom Piacenza indicou que só assim será possível «oferecer de novo aos homens de hoje a dignidade do ser pessoa, o sentido das relações humanas e da vida social, e a finalidade de toda a criação».

A autoridade vaticana recordou que com a sua ordenação, o sacerdote aceitou não só o convite a santificar-se, mas também a converter-se em ministro da santificação. «Não podemos nos santificar sem trabalhar para a santidade de nossos irmãos, e não podemos trabalhar pela santidade de nossos irmãos sem que antes tenhamos trabalhado e trabalhemos pela nossa santidade», assinalou.

Entretanto, lamentou os «escândalos graves» que criaram também as suspeitas sobre sacerdotes honestos e coerentes.

«Como ministros da misericórdia de Deus, sabemos, portanto, que a busca da santidade sempre se pode retomar, a partir do arrependimento e do perdão. Mas ao mesmo tempo sentimos a necessidade de pedi-lo, cada sacerdote, em nome de todos os sacerdotes e para todos os sacerdotes», expressou.

Nesse contexto, o Cardeal Piacenza destacou a importância do Ano da Fé convocado pela Papa Bento XVI e afirmou que «não será realmente possível nenhuma nova evangelização se os cristãos não somos capazes de surpreender e comover novamente o mundo com o anúncio da Natureza do Amor de Nosso Deus, nas Três Pessoas Divinas que a expressam e que nos fazem partícipes de sua mesma vida».

«O mundo de hoje, com suas lacerações cada vez mais dolorosas e preocupantes, necessita o Deus-Trindade, e anunciá-lo é a tarefa da Igreja. A Igreja, para poder desempenhar esta tarefa, deve permanecer indissoluvelmente abraçada a Cristo e não deixar nunca separar-se dele: necessita Santos que vivam 'no coração de Jesus' e sejam testemunhas felizes do Amor Trinitário de Deus. E os Sacerdotes, para servir à Igreja e ao mundo, precisam ser Santos!», expressou.

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