[Para quando a limpeza em Portugal de padres e bispos?]
Jean-Marie
Guénois, jornal
Le Figaro
O
pároco de Megève (França), Pascal Vesin, foi demitido das suas funções
pastorais pela Santa Sé em razão da sua pertença maçónica.
O
facto é raro. Roma suspende um padre católico francês, Pascal Vesin, de 43
anos, pároco de Megève (Haute-Savoie), pela sua «pertença activa» a uma loja
maçónica do Grande Oriente de França. O anúncio foi feito sexta-feira através
de um comunicado da diocese de Annecy, cujo bispo é D. Yves Boivineau.
O caso
remonta a uma carta anónima que denunciou esta situação, recebida em 2010 pelo
bispo e pela Nunciatura Apostólica de Paris. Interrogado, o padre em questão
inicialmente negou totalmente, mas, confrontado em 2011, foi-lhe expressamente
pedido que deixasse o seu envolvimento maçónico.
Acabou
por rejeitar esse pedido, depois de um longo diálogo com o seu bispo.
Este
sacerdote, ordenado em 1996 e membro do Grande Oriente desde 2001, declarou ao
Figaro: «Eu não escolhi a Maçonaria contra a Igreja. Este gesto não é,
portanto, um combate maçonaria versus Igreja Católica. É, sim, a expressão da
minha liberdade absoluta de consciência dentro da instituição católica.»
Para ele, «o tempo do confronto passou.» [Exactamente a mesma
argumentação do bispo Carlos Azevedo na televisão, o tal bispo envolvido nas
histórias de homossexualidade] «Sereno»,
ele desejava poder viver uma «dupla filiação», e acrescenta que ele
propôs ao bispo retirar-se para formar um grupo de trabalho e reflexão em vista
de um «melhor diálogo» entre a Igreja Católica e a Maçonaria. Mas, em
Roma, a Congregação para a Doutrina da Fé, responsável por esta área, não
pensou da mesma maneira. Este organismo do Vaticano comunicou ao bispo, no
passado 7 de Março – pouco antes do Conclave, que elegeu a 13 de Março o Papa
Francisco após o final do pontificado de Bento XVI em 28 de Fevereiro – a ordem
de demitir das suas funções o padre Pascal Vesin.
Sem comentários:
Enviar um comentário