O tema da liberdade religiosa vai ser um dos assuntos em cima da mesa, dia 28 de Fevereiro, num encontro entre o presidente do Parlamento Europeu e o Papa Bento XVI.
O presidente do Parlamento Europeu considera o Cristianismo como “fonte importante de inspiração para a Europa”, que importa defender.
Numa entrevista concedida à agência SIR, esta quinta-feira, Jerzy Buzek garantiu que a perseguição aos cristãos no Médio Oriente “é uma preocupação partilhada pelo Parlamento Europeu”, e que estão a ser tomadas medidas para “arrepiar caminho” na preservação da liberdade religiosa.
Esta matéria deverá ser um dos assuntos em cima da mesa, no próximo dia 28 de Fevereiro, durante uma audiência que Bento XVI irá conceder ao líder europeu, no Vaticano.
Jerzy Buzek admite ir em busca de “orientação”, numa altura em que “a Europa e o mundo enfrentam muitos desafios”, como a integração dos movimentos migratórios, o envelhecimento da população e a instabilidade política que afecta países como o Egipto, a Tunísia, ou o Sudão.
Lembrando que “a União Europeia encontrou as suas fundações a partir de cristãos democratas com Schuman, De Gasperi e Adenauer”, aquele responsável quer agora “ouvir aquilo que um homem de fé e cultura como Joseph Ratzinger tem a dizer”.
Fomentar o diálogo entre nações ou instituições é essencial para o líder do Parlamento Europeu, que se mostra satisfeito pela Europa “estar a começar a respirar a plenos pulmões”.
“Quando um Papa da Alemanha se encontra com o presidente do Parlamento Europeu, um polaco, nós podemos agradecer aquilo que conseguimos até agora”, sustenta Jerzy Buzek, considerando esta ida à Santa Sé como um símbolo de que “o Leste e o Oeste da Europa estão finalmente a crescer em conjunto”.
O Tratado de Lisboa, assinado em 2007, deu pela primeira vez uma base legal para o diálogo institucional entre a União Europeia e representantes das diversas comunidades religiosas.
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