Bento XVI alertou hoje, no Vaticano, para a necessidade dos cristãos contrariarem uma «mentalidade» social que ameaça cada vez mais «renunciar a toda e qualquer referência» de Deus.
«Nunca nos deveríamos cansar de propor sempre de novo esta questão, de recomeçar a partir de Deus, para voltar a dar ao homem a totalidade das suas dimensões, a sua plena dignidade», salientou o Papa, uma mensagem dirigida ao Conselho Pontifício para os Leigos e publicada pela sala de imprensa da Santa Sé.
Bento XVI classificou o assunto em debate como uma interrogação fundamental, que conduz o homem «às aspirações de verdade, felicidade e liberdade que habitam o seu coração e que aguardam concretização».
«O homem que desperta em si a questão de Deus abre-se à esperança, a uma esperança digna de fé, pela qual vale a pena enfrentar a fadiga de caminhar no presente», sublinhou.
Para o Papa, a renúncia social «a toda e qualquer referência ao transcendente” tem feito com as pessoas sejam incapazes de “compreender e preservar o humano».
Uma lacuna que, acrescenta, está bem visível numa crise que antes de ser «económica e social, é uma crise de significado e de valores».
«Quando o homem se limita a procurar existir no âmbito do que se pode calcular e medir, acaba por ficar sufocado», apontou Bento XVI, que sublinhou a importância decisiva dos leigos para mudar esta situação, através de um «testemunho transparente da relevância da questão de Deus, em todos os campos do pensar e do agir».
«Na família, no trabalho, como também na política e na economia, o homem contemporâneo tem necessidade de ver com os próprios olhos e de tocar com as próprias mãos que com Deus ou sem Deus tudo muda», concluiu.
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