Felipe Aquino
As telenovelas envenenam os valores que a família possui, atingindo até a mente dos cristãos
Uma
vez, um amigo chamado Franz Victor, psicólogo já falecido, disse-me que «as
telenovelas fazem uma pregação sistemática de antivalores». Embora isso tivesse
sido há bastante tempo, eu nunca esqueci essa frase. O meu amigo disse-me uma
grande verdade.
Enquanto
a evangelização procura incutir nas pessoas uma vida de acordo com os valores
do Evangelho, muitas telenovelas estragam os telespectadores, incutindo-lhes
antivalores, anticristãos.
As
telenovelas, na sua maioria, exploram as paixões humanas, muito bem espelhadas
nos chamados pecados capitais – soberba, ganância, luxúria, gula,
ira, inveja e preguiça –, e faz delas objecto dos seus enredos,
estimulando o erro e o pecado, de maneira requintada.
Na
maioria delas, vemos a exacerbação do sexo, explora-se descaradamente este
ponto, desvirtuando o seu sentido e o seu uso. Em muitas cenas, podem ser
vistos casais não casados vivendo a vida sexual, muitas vezes, de maneira
explícita, acintosa e provocante. E isso no horário em que as crianças e os
jovens estão na sala. Aquilo que um casal casado tem direito de viver na sua intimidade,
é colocado a público de maneira despudorada, ferindo os bons costumes e os
mandamentos de Deus.
Mas
tudo isso é apresentado de uma maneira inteligente, com uma requintada técnica
de imagens, som, música e um forte aparato de belas mulheres e rapazes que
prendem a atenção dos telespectadores e os transforma em verdadeiros viciados.
Em muitas famílias, já não se faz nada na hora da telenovela, nem mesmo se dá
atenção aos que chegam, aos filhos ou aos pais.
Assim,
os valores cristãos vão sendo derrubados um a um: a humildade, o
desprendimento, a pureza, a continência, a mansidão, a bondade, o perdão, entre outros, vão sendo jogados por terra, mas
de maneira insignificante; de forma que, aos poucos, lentamente, para não
chocar, os valores morais vão sendo suprimidos. Faz-se apologia ao sexo a
qualquer instante e sem compromisso familiar ou conjugal; aprova-se e
estimula-se a prática homossexual como se fosse algo natural e legítimo,
quando o Catecismo da Igreja Católica (CIC) chama a prática homossexual de «depravação
grave» (CIC §2357).
O
roteiro e o enredo dos dramas das telenovelas são cuidadosamente escolhidos de
modo a enfocar os assuntos mais ligados às pessoas e às famílias, mas,
infelizmente, a solução dos problemas é apresentada de maneira nada cristã. O
adultério é, muitas vezes, incentivado de maneira sofisticada e disfarçada,
buscando-se quase sempre «justificar» um triângulo amoroso ou uma traição.
O
telespectador é quase sempre envolvido por uma trama em que um terceiro surge
na vida de um homem ou de uma mulher casados, que já estão em conflito com os seus
cônjuges. A cena é formada de modo que o telespectador seja levado a desejar
que o adultério se consuma por causa da «maldade» do cônjuge traído.
Assim,
a telenovela vai envolvendo e «fazendo a cabeça» dos cristãos. A
consequência disso é que elas passaram a ser a grande formadora dos
valores e da mentalidade da maioria das pessoas, de modo que os comportamentos
antes considerados absurdos, agora já não o são, porque as telenovelas
tornaram o pecado «agradável». O erro vai-se transformando em algo comum perdendo
a sua conotação de pecado.
Por
outro lado, percebe-se que a telenovela tira o povo da realidade da sua vida
difícil, fazendo-o sonhar diante do televisor. Nele, ele é levado a realizar o sonho
que na vida real jamais terá condições de realizar: grandes viagens aéreas para
lugares paradisíacos, casas superluxuosas com todo o requinte de comidas,
bebidas, carros, jóias, vestidos, luxo de toda a espécie; fazendas belíssimas
onde mulheres e rapazes belíssimos têm disputas entre si.
E
esses modelos de vida recheados de falsos valores são incutidos na cabeça das
pessoas. A consequência trágica disso é que a imoralidade prevalece na
sociedade; a família é destruída pelos divórcios, traições e adultérios; muitos
filhos são abandonados pelos pais, carregando uma carência que pode desembocar
na tristeza, na depressão, na bebida e até nas coisas piores. A banalização do sexo vai produzindo uma geração de mães e pais
solteiros que mal assumem os filhos. É a destruição da família.
O melhor
que se pode fazer é proibir os filhos de acompanhar essas telenovelas. Contudo,
os pais precisam ser inteligentes e saber substituí-las por
outras actividades atraentes. Não basta suprimir a telenovela, é
preciso colocar algo melhor no seu lugar. Essa é uma missão urgente para os
pais.
Balsemão e Pais do Amaral: os dois maiores marchands porno
em Portugal.
Poiares Maduro, o actual principal responsável
pela pornografia na RTP.
Sem falar de Passos Coelho, primeiro-ministro, e sem esquecer Cavaco, o mesmo que, enquanto primeiro-ministro, permitiu que a RTP emitisse a telenovela Tieta;
e o primeiro presidente da TVI, Roberto Carneiro, que, utilizando fundos da Igreja e dos católicos, permitiu programas porno a apologistas da homossexualidade (com Júlio Isidro).
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