segunda-feira, 30 de março de 2015


As telenovelas envenenam a saúde da família


Felipe Aquino

As telenovelas envenenam os valores que a família possui, atingindo até a mente dos cristãos

Uma vez, um amigo chamado Franz Victor, psicólogo já falecido, disse-me que «as telenovelas fazem uma pregação sistemática de antivalores». Embora isso tivesse sido há bastante tempo, eu nunca esqueci essa frase. O meu amigo disse-me uma grande verdade.

Enquanto a evangelização procura incutir nas pessoas uma vida de acordo com os valores do Evangelho, muitas telenovelas estragam os telespectadores, incutindo-lhes antivalores, anticristãos.


As telenovelas, na sua maioria, exploram as paixões humanas, muito bem espelhadas nos chamados pecados capitais – soberba, ganância, luxúria, gula, ira, inveja e preguiça –, e faz delas objecto dos seus enredos, estimulando o erro e o pecado, de maneira requintada.

Na maioria delas, vemos a exacerbação do sexo, explora-se descaradamente este ponto, desvirtuando o seu sentido e o seu uso. Em muitas cenas, podem ser vistos casais não casados vivendo a vida sexual, muitas vezes, de maneira explícita, acintosa e provocante. E isso no horário em que as crianças e os jovens estão na sala. Aquilo que um casal casado tem direito de viver na sua intimidade, é colocado a público de maneira despudorada, ferindo os bons costumes e os mandamentos de Deus.

Mas tudo isso é apresentado de uma maneira inteligente, com uma requintada técnica de imagens, som, música e um forte aparato de belas mulheres e rapazes que prendem a atenção dos telespectadores e os transforma em verdadeiros viciados. Em muitas famílias, já não se faz nada na hora da telenovela, nem mesmo se dá atenção aos que chegam, aos filhos ou aos pais.

Assim, os valores cristãos vão sendo derrubados um a um: a humildade, o desprendimento, a pureza, a continência, a mansidão, a bondade, o perdão, entre outros, vão sendo jogados por terra, mas de maneira insignificante; de forma que, aos poucos, lentamente, para não chocar, os valores morais vão sendo suprimidos. Faz-se apologia ao sexo a qualquer instante e sem compromisso familiar ou conjugal; aprova-se e estimula-se a prática homossexual como se fosse algo natural e legítimo, quando o Catecismo da Igreja Católica (CIC) chama a prática homossexual de «depravação grave» (CIC §2357).

O roteiro e o enredo dos dramas das telenovelas são cuidadosamente escolhidos de modo a enfocar os assuntos mais ligados às pessoas e às famílias, mas, infelizmente, a solução dos problemas é apresentada de maneira nada cristã. O adultério é, muitas vezes, incentivado de maneira sofisticada e disfarçada, buscando-se quase sempre «justificar» um triângulo amoroso ou uma traição.

O telespectador é quase sempre envolvido por uma trama em que um terceiro surge na vida de um homem ou de uma mulher casados, que já estão em conflito com os seus cônjuges. A cena é formada de modo que o telespectador seja levado a desejar que o adultério se consuma por causa da «maldade» do cônjuge traído.

Assim, a telenovela vai envolvendo e «fazendo a cabeça» dos cristãos. A consequência disso é que elas passaram a ser a grande formadora dos valores e da mentalidade da maioria das pessoas, de modo que os comportamentos antes considerados absurdos, agora já não o são, porque as telenovelas tornaram o pecado «agradável». O erro vai-se transformando em algo comum perdendo a sua conotação de pecado.

Por outro lado, percebe-se que a telenovela tira o povo da realidade da sua vida difícil, fazendo-o sonhar diante do televisor. Nele, ele é levado a realizar o sonho que na vida real jamais terá condições de realizar: grandes viagens aéreas para lugares paradisíacos, casas superluxuosas com todo o requinte de comidas, bebidas, carros, jóias, vestidos, luxo de toda a espécie; fazendas belíssimas onde mulheres e rapazes belíssimos têm disputas entre si.

E esses modelos de vida recheados de falsos valores são incutidos na cabeça das pessoas. A consequência trágica disso é que a imoralidade prevalece na sociedade; a família é destruída pelos divórcios, traições e adultérios; muitos filhos são abandonados pelos pais, carregando uma carência que pode desembocar na tristeza, na depressão, na bebida e até nas coisas piores. A banalização do sexo vai produzindo uma geração de mães e pais solteiros que mal assumem os filhos. É a destruição da família.

O melhor que se pode fazer é proibir os filhos de acompanhar essas telenovelas. Contudo, os pais precisam ser inteligentes e saber substituí-las por outras actividades atraentes. Não basta suprimir a telenovela, é preciso colocar algo melhor no seu lugar. Essa é uma missão urgente para os pais.


Balsemão e Pais do Amaral: os dois maiores marchands porno
em Portugal.

Poiares Maduro, o actual principal responsável
pela pornografia na RTP.

Sem falar de Passos Coelho, primeiro-ministro, e sem esquecer Cavaco, o mesmo que, enquanto primeiro-ministro, permitiu que a RTP emitisse a telenovela Tieta;

e o primeiro presidente da TVI, Roberto Carneiro, que, utilizando fundos da Igreja e dos católicos, permitiu programas porno a apologistas da homossexualidade (com Júlio Isidro).





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