O sacerdote exorcista
espanhol José Antonio Fortea advertiu
os fiéis católicos a não lerem os livros «envenenados» do jesuíta Juan Masiá Clavel, abertamente
contrários à doutrina da Igreja Católica.
Recentemente o Pe. Masiá escreveu uma
conversação fictícia do Papa Bento XVI com o arcanjo Gabriel, na qual este
último assegurava que «Maria e José fizeram o menino que o Espírito lhes deu»,
negando assim a virgindade de Maria.
Num texto publicado no seu blogue, o Pe. Fortea
referiu que «o jesuíta Masiá publicou
um livro no qual, fiel à sua trajectória pessoal, nega aspectos da fé do modo
mais dissimulado possível».
«Querido Masiá, com todo o carinho,
com todo o amor, devo recordar às ovelhas que não se apascentem de pastos
envenenados como estes livros», disse o Pe. Fortea.
O exorcista espanhol, que actualmente realiza o seu doutorado em teologia em
Roma, explicou que «supõe-se que a fé deveria ser uma proclamação. E a teologia
não é outra coisa do que um aprofundamento nessa proclamação».
«Visto do lado dos proclamadores do Evangelho, não deixa de surpreender que um
jesuíta se dedique à acrobacia teológica: digo mas não digo; isto não é assim,
mas também não digo que não é assim; e coisas desse estilo», criticou.
O Pe. Fortea sublinhou que tanto «em
gramática como em teologia dogmática, o verbo ser é muito claro. As coisas são
verdade ou não são verdade, aconteceram ou não aconteceram». «Podemos complicar
tudo o que queiramos, mas no final da história o juiz perguntará zangado:
Vejamos, você espetou a faca na sua mulher ou não?», referiu.
«Aqui não vale dizer ao juiz: Eu só a assassinei um pouquinho, ou eu assassinei
como verdade metahistórica. Não vale que o acusado diga: como verdade poética
eu não a matei», indicou.
O exorcista espanhol dirigiu-se ao jesuíta dizendo que «a fé que recebemos
desde o começo, numa tradição ininterrupta, é que os quatro evangelhos são um
fidelíssimo reflexo da verdade; da verdade histórica, Masiá».
O Pe. Fortea assegurou-lhe no seu blogue
que «se tivesse dito essas coisas diante da Madre Teresa de Calcutá, ela acompanhava-o
à porta do convento e dir-lhe-ia: muito obrigado, padre, não venha cá mais».
«Ela fê-lo uma vez com um sacerdote desmoralizador, moderno e progressista.
Depois, a Santa de Calcutá sentou-se diante das suas freiras e recordou a Fé da
Igreja repassando ponto por ponto as coisas ditas pelo pregador», recordou.
«Masiá, recorda que somos seguidores
de Cristo, que de certa forma somos como os continuadores daqueles rabinos que
pregaram no tempo de Esdras, como aqueles que explicaram a Lei no tempo dos
Macabeus. Nós os sacerdotes, somos esses rabinos aos quais chegou a Luz da Nova
Aliança», disse.
O exorcista espanhol sublinhou que «somos descendentes espirituais dos que
cruzaram o Mar Vermelho com os egípcios atrás deles, perseguindo-os. Depois,
conhecemos o Evangelho, São Paulo ensinou-o, lemos as cartas de São Pedro e de
São João».
«Tudo é uma continuidade. Nossa Sancta Ecclesia apoia-se numa tradição, numa
Santa Tradição», concluiu.
O jesuíta Juan Masiá ficou conhecido
no Brasil devido a uma série de artigos e entrevistas na página da universidade
jesuíta UNISINOS (RS), nos quais
entre outras posições criticáveis desde a sã doutrina católica, o religioso
afirma que a Igreja não condena a pílula do dia seguinte e nos quais ele apoia posições
contestadas, e inclusive consideradas heréticas, do falecido cardeal Carlo
Martini no campo da bioética.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário