segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Exorcista espanhol adverte sobre livros
«envenenados» do jesuíta Juan Masiá


O sacerdote exorcista espanhol José Antonio Fortea advertiu os fiéis católicos a não lerem os livros «envenenados» do jesuíta Juan Masiá Clavel, abertamente contrários à doutrina da Igreja Católica.

Recentemente o Pe. Masiá escreveu uma conversação fictícia do Papa Bento XVI com o arcanjo Gabriel, na qual este último assegurava que «Maria e José fizeram o menino que o Espírito lhes deu», negando assim a virgindade de Maria.

Num texto publicado no seu blogue, o Pe. Fortea referiu que «o jesuíta Masiá publicou um livro no qual, fiel à sua trajectória pessoal, nega aspectos da fé do modo mais dissimulado possível».

«Querido Masiá, com todo o carinho, com todo o amor, devo recordar às ovelhas que não se apascentem de pastos envenenados como estes livros», disse o Pe. Fortea.

O exorcista espanhol, que actualmente realiza o seu doutorado em teologia em Roma, explicou que «supõe-se que a fé deveria ser uma proclamação. E a teologia não é outra coisa do que um aprofundamento nessa proclamação».

«Visto do lado dos proclamadores do Evangelho, não deixa de surpreender que um jesuíta se dedique à acrobacia teológica: digo mas não digo; isto não é assim, mas também não digo que não é assim; e coisas desse estilo», criticou.

O Pe. Fortea sublinhou que tanto «em gramática como em teologia dogmática, o verbo ser é muito claro. As coisas são verdade ou não são verdade, aconteceram ou não aconteceram». «Podemos complicar tudo o que queiramos, mas no final da história o juiz perguntará zangado: Vejamos, você espetou a faca na sua mulher ou não?», referiu.

«Aqui não vale dizer ao juiz: Eu só a assassinei um pouquinho, ou eu assassinei como verdade metahistórica. Não vale que o acusado diga: como verdade poética eu não a matei», indicou.

O exorcista espanhol dirigiu-se ao jesuíta dizendo que «a fé que recebemos desde o começo, numa tradição ininterrupta, é que os quatro evangelhos são um fidelíssimo reflexo da verdade; da verdade histórica, Masiá».

O Pe. Fortea assegurou-lhe no seu blogue que «se tivesse dito essas coisas diante da Madre Teresa de Calcutá, ela acompanhava-o à porta do convento e dir-lhe-ia: muito obrigado, padre, não venha cá mais».

«Ela fê-lo uma vez com um sacerdote desmoralizador, moderno e progressista. Depois, a Santa de Calcutá sentou-se diante das suas freiras e recordou a Fé da Igreja repassando ponto por ponto as coisas ditas pelo pregador», recordou.

«Masiá, recorda que somos seguidores de Cristo, que de certa forma somos como os continuadores daqueles rabinos que pregaram no tempo de Esdras, como aqueles que explicaram a Lei no tempo dos Macabeus. Nós os sacerdotes, somos esses rabinos aos quais chegou a Luz da Nova Aliança», disse.

O exorcista espanhol sublinhou que «somos descendentes espirituais dos que cruzaram o Mar Vermelho com os egípcios atrás deles, perseguindo-os. Depois, conhecemos o Evangelho, São Paulo ensinou-o, lemos as cartas de São Pedro e de São João».

«Tudo é uma continuidade. Nossa Sancta Ecclesia apoia-se numa tradição, numa Santa Tradição», concluiu.

O jesuíta Juan Masiá ficou conhecido no Brasil devido a uma série de artigos e entrevistas na página da universidade jesuíta UNISINOS (RS), nos quais entre outras posições criticáveis desde a sã doutrina católica, o religioso afirma que a Igreja não condena a pílula do dia seguinte e nos quais ele apoia posições contestadas, e inclusive consideradas heréticas, do falecido cardeal Carlo Martini no campo da bioética.


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