terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Google Maps oferece trajecto virtual
pelas catacumbas de Roma


O Google criou um mapa digital de duas grandes catacumbas em Roma para mostrar aos usuários a beleza dos lugares históricos e despertar a curiosidade para aprender mais sobre eles.

A Catacumba de Priscila foi utilizada como cemitério cristão desde os finais do século II até ao século IV, e compõe-se de um grande número de murais de santos e símbolos cristãos, alguns dos quais encontram-se actualmente em restauração.

Catacumba de Priscila
Acredita-se que o nome da catacumba se deve a uma mulher chamada Priscila, de quem se acreditava que era a esposa de um homem que se converteu ao cristianismo e foi condenado à morte pelo imperador Domiciano.

Até agora, as Catacumbas de Priscila e de Dino Companion são as únicas disponíveis no Google Maps.







domingo, 8 de dezembro de 2013

Vladimir Putin proíbe a promoção do aborto



Vladimir Putin assinou no fim de Novembro uma série de emendas à legislação sobre a protecção da saúde pública, entre a qual a proibição da publicidade a favor dos serviços de aborto.

«Os serviços médicos de interrupção voluntária de gravidez foram adicionados à lista de publicidade proibida pela lei federal sobre a publicidade. A lei impõe igualmente restrições à promoção da medicina tradicional e à distribuição de amostras publicitárias de medicamentos contendo substâncias narcóticas e psicotrópicas», anunciou a administração presidencial.





sábado, 7 de dezembro de 2013

Crónica de França
Acentuando-se a dificuldade
da maçonaria francesa
em recrutar novos membros,
gritam «A República está em perigo!»...


Pierre-Alain Depauw

Na região de l’Indre-et-Loire, as redes do Grande Oriente de França estão em ebulição. O «templo» dos «três pontos» da loja «Concorde et Solidarité lochoise», dependente  do Grande Oriente de França, mudou-se de Loches para Beaulieu. Todos os meses, eles são uma trintena a ir «pranchar» na «oficina». Yann Lequitte é o «Venerável» desde Junho último. E eis que, na actualidade, ei-lo a anunciar que pretende «fazer saber publicamente aos cidadãos que os franco-maçons do Grande Oriente de França trabalham na cidade para defender os valores republicanos». Ou não será isto antes pelo desinteresse por entrar na maçonaria que se verifica por todo o lado em França?


Em conjunto com o «Comité Laicidade República Sud-Touraine» e as sete outras lojas do Grande Oriente no Indre-et-Loire, organizou em Novembro uma projecção e debate sobre o filme «A separação», acerca da lei da separação da Igreja do Estado, na presença do autor do filme, Bruno Fuligni, e do antigo «Grão-Mestre Adjunto» do Grande Oriente Jean-Philippe Marcovici. O Grande Oriente – que reivindica 400 filiados no Indre-et-Loire – previu actividades sobre este tema em toda a região.

Philippe Adam, presidente do «Comité Laicidade República Sud-Touraine» (CLR-ST), está agitadíssimo: «É importante que nos lembremos da lei da laicidade 1905 por dever e mais que tudo por necessidade quando a República está em perigo». E declara mesmo à imprensa local as razões da sua inquietação, nomeadamente que «a Frente Nacional se apropria da laicidade para a desfigurar, os ataques racistas, ...  Ouve-se voltar o ruído das botas.» Sem esquecer o caso do Conselho Municipal de Fontgombault, no vizinho Indre, que «rejeita em bloco uma lei sob pretextos dogmáticos e participa assim no desmoronamento da República», referindo-se à decisão do município de recusar fazer o casamento de pessoas do mesmo sexo em nome de «uma lei natural, superior às leis humanas».

O «Comité Laicidade República Sud-Touraine» (CLR-ST) preconisa intervir na campanha das municipais em Loches e no Sud-Touraine interpelando os candidatos. Desnecessário será dizer que o Grande Oriente estará igualmente muito presente nestas eleições municipais…





quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Obama fecha embaixada americana
no Vaticano




Em resposta às tímidas críticas da Igreja ao seu governo, Barack Obama acaba de decidir fechar a embaixada americana no Vaticano. A medida é uma represália contra os ataques da Igreja americana ao programa Obamacare, que quer obrigar todas as empresas, inclusive as católicas, a pagarem programas de contracepção e aborto para os seus funcionários, sem poderem recorrer à objecção de consciência.

O que significa tornar obrigatória para todos os americanos a cumplicidade no grande massacre de crianças patrocinado pelo estado «líder do Ocidente».

Mais uma bofetada na cara dos católicos americanos.

Mas não era de esperar outra coisa. É sabido que hoje o Ocidente é apenas a parte do mundo dominada pelo Grande Oriente e que Obama é só mais uma marionete nas suas mãos.

De qualquer forma, não há como negar que a saída dos representantes da grande potência satânica vá tornar um pouco mais respirável o ar na Santa Sé. Já está mais do que na hora de romper os laços de Pedro com os estados cuja religião oficial é o culto a Belzebu.

Já vai tarde.





segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A Croácia aprovou em referendo
emenda constitucional que proíbe
«casamento» de invertidos


Os croatas aprovaram por dois terços dos eleitores o casamento como união entre um homem e uma mulher.


Os croatas aprovaram, em referendo, uma revisão da Constituição para impedir o chamado «casamento entre pessoas do mesmo sexo». A iniciativa partiu das forças políticas defensoras da Civilização e contou com o apoio da Igreja Católica, que na Croácia se movimenta em defesa dos valores cristãos e da família natural.

O Governo de esquerda tentou travar esta emenda constitucional. O Primeiro-Ministro, Zoran Milanovic, defensor da aberração chamada «casamento entre pessoas do mesmo sexo», lamentou em tom ameaçador a decisão dos croatas.





1.º de Dezembro
O dia mais de todos de entre todos
os dias de Portugal

José Ribeiro e Castro 

Discurso do coordenador-geral do M1D
José Ribeiro e Castro
Cerimónias oficiais do 1.º de Dezembro
Lisboa, Praça dos Restauradores
1 de Dezembro de 2013


Cá estamos de novo, com uma gratidão que nunca conseguiremos pagar à Sociedade Histórica da Independência de Portugal e à Câmara Municipal de Lisboa, por manterem ininterruptas desde há mais de 100 anos as comemorações oficiais nacionais desta data fundamental do nosso calendário.

O 1.º de Dezembro é o dia da nossa liberdade: não da liberdade individual, da liberdade de cada um; mas da nossa liberdade colectiva nacional, da liberdade de todos. Sem este dia, não seríamos.

Não é demais repetir o grito do Presidente da Sociedade Histórica há dois anos, confrontado com a lamentável inteção do Governo de acabar com este feriado: o 1.º de Dezembro é a data sine qua non, a data sem a qual Portugal livre, independente e soberano teria terminado. Não deixaremos que seja assim. Nem que nos tirem a liberdade, nem que nos tirem a data oficial para a afirmarmos e celebrarmos. Começa-se sempre a deixar-se de ser livre no dia em que se perde a consciência disso – e do muito que custou.

Depois de terem apagado este dia, eliminado a solenidade nacional, é curioso ver alguns precipitarem-se, agora, para equiparar a situação actual do País à de 1640; e quem aprecie repetir, dia sim, dia sim, que estaríamos até num quadro de «protectorado».

É facto que o País, mercê do endividamento desmesurado que acumulou, da dependência que como devedor insolvente contraiu e da assistência externa que teve de contratar, se encontra numa situação deplorável de soberania diminuída e limitada. Acontece a todos os falidos. E é também verdade – como sempre alertámos – que, se nunca há uma boa altura para acabar com o 1.º de Dezembro (o único feriado em que celebramos o valor fundamental da independência nacional), este tempo desgraçado e acabrunhado foi um momento particularmente desastrado para o fazer. Este tempo reclama, ao contrário, que exaltemos todas as referências que puxem pelo nosso sentido gregário, que alimentem o nosso patriotismo, que fortaleçam a vontade e o brio em sermos livres, confiantes, de cabeça erguida e passo firme.

Mas o paralelo acaba aí, no fortalecimento caloroso de sentimentos e emoções nacionais, que são indispensáveis à travessia dos tempos de crise e ao triunfo sobre a crise. A imagem do protectorado é engraçada e sugestiva uma vez; mas é errada se repetida como mote ou estribilho. Nós não estamos sob protectorado. Isso não é tecnicamente correcto. E, se fosse verdadeiro, seria ainda pior.

O meu professor de direito internacional público ensinou-me que o protectorado é uma situação de acordo entre estados soberanos, em que o «protegido» perde para o «protector» a direcção das suas relações internacionais e de defesa, ficando subordinado à sua esfera, mas mantém instituições próprias e governo interno. Ora, poderíamos dizer que a situação de Portugal é exactamente ao contrário, pois fomos intervencionados não por um Exército, mas pelo Orçamento: aquilo em que mantemos soberania e liberdade são a política externa e de defesa, embora no quadro dos sistemas de alianças a que pertencemos; e onde estamos diminuídos na nossa soberania é exactamente em todas as áreas de governo interno, por isso que brutalmente condicionadas pelos constrangimentos orçamentais do grande devedor fragilizado em que Portugal se tornou.

É errado excitarmo-nos com paralelos com 1640, como se a situação actual do país fosse um outro 1580. Não é. Nós não fomos invadidos, nem estamos ocupados. Não houve nenhuma questão sucessória que nos pusesse sob tutela. Não houve nenhuma batalha que, ao perdê-la, nos submetesse. A troika não é a Duquesa de Mântua e, se está cá, é porque a chamámos para nos socorrer da nossa insolvência.

O perigo desses paralelismos ligeiros, quando levados além do estímulo saudável ao nosso brito e à nossa vontade nacional livre, é apagarem a nossa própria responsabilidade. E, nessa medida, não ajudarem a libertar-nos, mas arrastarem a nossa decadência.

Os «invasores» que nos conduziram à difícil situação em que estamos somos nós próprios. Fomos nós mesmos que nos invadimos; fomos nós mesmos que nos colocámos neste buraco. E somos nós também que dele temos de sair.

Os nossos «invasores» são os que nos endividaram para além do tolerável: o Estado, o sistema financeiro, outros ainda. Não é boa política gritar contra estrangeiros, quando o mal está cá dentro – e temos de o superar e resolver pela reforma do Estado e reorientação da economia. Não é sensato culparmos estrangeiros em vez dos nossos maus governos, por cuja eleição só nós somos responsáveis.

Não é boa política denunciarmos um falso «protectorado» para, de facto, agirmos como um «acocorado». Na União Europeia, nós somos um Estado igual, um Estado igual a todos os outros, um parceiro de todos os demais, um pilar de uma construção comum. Não há protectorados na União Europeia: não há estados directores e Estados vassalos. O discurso lamuriento do «protectorado» impede e bloqueia aquela política europeia assertiva de que precisamos há tanto tempo: uma política para a Europa, uma política para Portugal.

O 1.º de Dezembro é o dia certo para o lembrarmos. Este dia em que reafirmamos, briosos, a Nação livre e independente dos portugueses é também o dia em que podemos afirmar, sem embaraço, nem contradição, a vontade de construirmos e defender a União Europeia como união de estados-nação, efectivamente iguais entre si, livres e independentes, solidários e coesos.

Recordo duas ideias fundamentais que temos afirmado:
  • O 1.º de Dezembro não é um dia contra ninguém; é o dia a nosso favor.
  • Este dia não é propriedade de ninguém. Este dia é de todos – é o dia mais de todos de entre todos os dias de Portugal.
Ao revigorarmos aqui, no dia de hoje, com o projecto das bandas filarmónicas e o projecto das tunas académicas, no cenário da Avenida da Liberdade, dos Restauradores e do Rossio, o carácter popular e a inspiração jovem das celebrações anuais deste «novo 1.º de Dezembro», sabemos que esta é a melhor forma de concretizarmos a absoluta determinação do nosso Movimento: «Pedimos desculpa por esta interrupção: o feriado segue dentro de momentos.»

Termino como ontem à noite:

Pedimos a Deus que nos proteja e a Portugal: que nos guarde, que nos inspire; que guarde e inspire os nossos filhos e netos por muitos séculos por diante. Olhamos o futuro com confiança.


Viva Portugal!





Os meus filhos são socialistas?


Inês Teotónio Pereira

Não sei se são só os meus filhos que são socialistas ou se são todas as crianças que sofrem do mesmo mal. Mas tenho a certeza do que falo em relação aos meus. E nada disto é deformação educacional, eles têm sido insistentemente educados no sentido inverso. Mas a natureza das criaturas resiste à benéfica influência paternal como a aldeia do Astérix resistiu culturalmente aos romanos. Os garotos são estóicos e defendem com resistência a bandeira marxista sem fazerem ideia de quem é o senhor.

Ora o primeiro sintoma desta deformação ideológica tem que ver com os direitos. Os meus filhos só têm direitos. Direitos materiais, emocionais, futuros, ambíguos e todos eles adquiridos. É tudo, absolutamente tudo, adquirido. Eles dão como adquirido o divertimento, as férias, a boleia para a escola, a escola, os ténis novos, o computador, a roupinha lavada, a televisão e até eu. Deveres, não têm nenhum. Quanto muito lavam um prato por dia e puxam o edredão da cama para cima, pouco mais. Vivem literalmente de mão estendida sem qualquer vergonha ou humildade. Na cabecinha socialista deles não existe o conceito de bem comum, só o bem deles. Muito, muito deles.

O segundo sintoma tem que ver com a origem desses direitos. Como aparecem esses direitos. Não sabem. Sabem que basta abrirem a torneira que a água vem quente, que dentro do frigorífico está invariavelmente leite fresquinho, que os livros da escola aparecem forradinhos todos os anos, que o carro tem sempre gasolina e que o dinheiro nasce na parede onde estão as máquinas de multibanco. A única diferença entre eles e os socialistas com cartão de militante é que, justiça seja feita, estes últimos (socialistas) já não acreditam na parede, são os bancos que imprimem dinheiro e pronto, ele nunca falta.!!!!

Outro sintoma alarmante é a visão de futuro. O futuro para os meus filhos é qualquer coisa que se vai passar logo à noite, o mais tardar. Eles não vão mais longe do que isto. Na sua cabecinha não há planeamento, só gastamento, só o imediato. Se há, come-se, gasta-se, esgota-se, e depois logo se vê. Poupar não é com eles. Um saco de gomas ou uma caixa de chocolates deixada no meio da sala da minha casa tem o mesmo destino que um crédito de milhões endereçado ao Largo do Rato: acaba tudo no esgoto. E não foi ninguém?

O quarto tique socialista das minhas crianças é estarem convictas de que nada depende delas. Como são só crianças, acham que nada do que fazem tem importância ou consequências. Ora esta visão do mundo e da vida faz com que os meus filhos achem que podem fazer todo o tipo de asneiras que alguém irá depois apanhar os cacos. Eles ficam de castigo é certo (mais ou menos a mesma coisa que perder eleições), mas quem apanha os cacos sou eu. Os meus filhos nasceram desresponsabilizados. A responsabilidade é sempre de outro qualquer: o outro que paga, o outro que assina, o outro que limpa. No caso dos meus filhos o outro sou eu, no caso dos socialistas encartados o outro é o governo seguinte.

Por fim, o último mas não menos aterrorizador sintoma muito socialista dos meus filhos é a inveja: eles não podem ver nada que já querem. Acham que têm de ter tudo o que o do lado tem quer mereçam quer não. São autênticos novos-ricos sem cheta. Acham que todos temos de ter o mesmo e se não dá para repartir ninguém tem. Ou comem todos ou não come nenhum. Senão vão à luta. Eu não posso dar mais dinheiro a um do que a outro ou tenho o mesmo destino que Nicolau II. Mesmo que um ajude mais que outro e tenha melhores notas, a «cultura democrática» em minha casa não permite essa diferenciação. Os meus filhos chamam a esta inveja disfarçada, justiça, os socialistas deram-lhe o nome de justiça social.

A minha sorte é que os meus filhos crescem. Já os socialistas são crianças a vida inteira.!!!!!




sábado, 30 de novembro de 2013

A seita feminista NSI elogia
os préstimos de Tolentino


Ana Vicente
A seita feminista «Nós Somos Igreja», pela boca da esquerdinha Ana Vicente, agradece ao padre Tolentino o seu papel de intoxicação contra o cristianismo. O texto foi publicado no blogue da seita.

O referido padre apoia tudo o que há de pior dentro da Igreja, quer no plano teológico, quer no plano moral, cultural ou político. Acresce que o indivíduo é mantido pela Conferência Episcopal Portuguesa à frente da Pastoral da Cultura.

Para a devida apreciação, eis alguns extractos do texto da feminista Ana Vicente.


«Celebrando o dia da Anunciação de Nossa Senhora
 Palavras de abertura na sessão de Poesia

«Na minha qualidade de membro do Movimento Internacional Nós Somos Igreja, cabe-me agradecer muitíssimo ao Pe Tolentino de Mendonça, cuidador e animador deste espaço mítico conhecido como a Capela do Rato. Espaço aberto às muitas moradas que tem a Igreja e que o Pe Tolentino respeita e acolhe, estando sempre atento aos sinais dos tempos. (...)
Padre Tolentino de Mendonça
«O Movimento Nós Somos Igreja escolheu o dia 25 de Março, quando se comemora a Anunciação a Nossa Senhora, como Dia Internacional de Oração pela Ordenação das Mulheres. (...) Fique bem claro que quando falamos da ordenação das mulheres pensamos que, antes, é essencial proceder a uma reforma profunda do próprio sacerdócio.

«(...) o Pe Tolentino (...) acrescentou que a «Igreja é fiel ao Espírito e ao que este lhe vai dizendo e vive num processo de renovação permanente.» (POIS CLARO QUE SIM!!!)

«(...) E já que temos um papa Jesuíta oiçam o que a 34ª Congregação da Ordem escreveu em 1995, em Roma: «Estamos conscientes do prejuízo que tem causado no Povo de Deus a alienação da mulher, (...)»


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Crises de ontem e de hoje


Declarações  de Mário Soares há 30 anos

Na sequência do descalabro financeiro provocado pelos governos despesistas e eleitoralistas de Sá Carneiro e Balsemão, o Governo do bloco central PS-PSD, em Agosto de 1983, viu-se obrigado a assinar um memorando de entendimento com o Fundo Monetário Internacional. Os impostos subiram, os preços dispararam, a moeda desvalorizou, o crédito acabou, o desemprego e os salários em atraso tornaram-se numa chaga social e havia bolsas de fome por todo o País.

Era a única maneira de recompor as finanças de Portugal. O Primeiro-Ministro era Mário Soares.

Vejamos as suas correctas declarações de então, comparando-as com as que profere hoje, na situação de idêntica crise financeira, desta vez provocada não apenas pelos governos PSD (Cavaco e seguintes) mas também pelos governos do PS (Guterres e Sócrates).


—  «Os problemas económicos em Portugal são fáceis de explicar e a única coisa a fazer é apertar o cinto».
DN, 27 de Maio de 1984

— «Não se fazem omeletas sem ovos. Evidentemente teremos de partir alguns».
DN, 01 de Maio de 1984

— «Quem vê, do estrangeiro, este esforço e a coragem com que estamos a aplicar as medidas impopulares aprecia e louva o esforço feito por este governo».
JN, 28 de Abril de 1984

— «Quando nos reunimos com os macro economistas, todos reconhecem com gradações subtis ou simples nuances que a política que está a ser seguida é a necessária para Portugal».
JN, 28 de Abril de 1984

— «Fomos obrigados a fazer, sem contemplações, o diagnóstico dos nossos males colectivos e a indicar a terapêutica possível».
RTP, 1 de Junho de 1984

— «A terapêutica de choque não é diferente, aliás, da que estão a aplicar outros países da Europa bem mais ricos do que nós».
RTP, 1 de Junho de 1984

— «Portugal habituara-se a viver, demasiado tempo, acima dos seus meios e recursos».
RTP, 1 de Junho de 1984

— «O importante é saber se invertemos ou não a corrida para o abismo em que nos instalámos irresponsavelmente».
RTP, 1 de Junho de 1984

— «[O desemprego e os salário em atraso], isso é uma questão das empresas e não do Estado. Isso é uma questão que faz parte do livre jogo das empresas e dos trabalhadores (…). O Estado só deve garantir o subsídio de desemprego».
JN, 28 de Abril de 1984

— «O que sucede é que uma empresa quando entra em falência… deve pura e simplesmente falir. (…) Só uma concepção estatal e colectivista da sociedade é que atribui ao Estado essa responsabilidade».
JN, 28 de Abril de 1984

— «Anunciámos medidas de rigor e dissemos em que consistia a política de austeridade, dura mas necessária, para readquirirmos o controlo da situação financeira, reduzirmos os défices e nos pormos ao abrigo de humilhantes dependências exteriores, sem que o pais
caminharia, necessariamente para a bancarrota e o desastre».
RTP, 1 de Junho de 1984

— «Pedi que com imaginação e capacidade criadora o Ministério das Finanças criasse um novo tipo de receitas, daí surgiram estes novos impostos».
1.ª Página, 6 de Dezembro de 1983

— «Posso garantir que não irá faltar aos portugueses nem trabalho nem salários».
DN, 19 de Fevereiro de 1984

— «A CGTP concentra-se em reivindicações políticas com menosprezo dos interesses dos trabalhadores que pretende representar».
RTP, 1 de Junho de 1984

— «A imprensa portuguesa ainda não se habituou suficientemente à democracia e é completamente irresponsável. Ela dá uma imagem completamente falsa».
Der Spiegel, 21 de Abril de 1984

— «Basta circular pelo País e atentar nas inscrições nas paredes. Uma verdadeira agressão quotidiana que é intolerável que não seja punida na lei. Sê-lo-á».
RTP, 31 de Maio de 1984

— «A Associação 25 de Abril é qualquer coisa que não devia ser permitida a militares em serviço».
La Republica, 28 de Abril de 1984

— «As finanças públicas são como uma manta que, puxada para a cabeça deixa os pés de fora e, puxada para os pés deixa a cabeça descoberta».
Correio da Manhã, 29 de Outubro de 1984

— «Não foi, de facto, com alegria no coração que aceitei ser primeiro-ministro. Não é agradável para a imagem de um politico sê-lo nas condições actuais».
JN, 28 de Abril de 1984

— «Temos pronta a Lei das Rendas, já depois de submetida a discussão pública, devidamente corrigida».
RTP, 1 de Junho de 1984

— «Dentro de seis meses o país vai considerar-me um herói».
6 de Junho de 1984





quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Calendário das comemorações
do 1.º de Dezembro



Organizado pela Sociedade Histórica
da Independência de Portugal (SHIP)

Domingo, 1 de Dezembro de 2013

09h30: Hastear da Bandeira da Restauração com Banda do Exército.
10h00: Missa cantada de Acção de Graças
aos «Heróis da Restauração».
11h30: Cerimónias Oficiais de Homenagem aos Restauradores.
12h30: Assinatura do Livro de Honra da SHIP.
14h30: Desfile de Bandas Filarmónicas.
17h00: «Reviver 1640» Reconstrução histórica da actuação dramática dos 40 conjurados.
17h45: «Arraial da Conjura» com música popular portuguesa.
18h30: «LiberTUNAS» com a presença de tunas académicas.





terça-feira, 26 de novembro de 2013

Notícia da RR e comentário:
Sínodo anglicano vota a favor
de mulheres bispo


Luís Lemos

Esta notícia (que reproduzimos a azul) foi redigida por algum jornalista da RR ou então será de agência noticiosa e foi reproduzida no sítio pela dita rádio, sem pestanejar. Isto significaria que o jornalista da RR subscreve o texto. Os nossos comentários serão entremeados na peça.


Uma clériga inglesa citou o Papa Francisco
no seu discurso a favor da ordenação
episcopal de mulheres.
Apenas oito pessoas votaram contra.

Anglicana
A Igreja de Inglaterra poderá ter mulheres bispo já em 2014 ou 2015.

O sínodo geral da Igreja Anglicana aprovou esta tarde a ordenação episcopal de mulheres, apenas um ano depois de a mesma medida ter sido bloqueada por forças conservadoras. Topam a posição dos «progressistas» da RR, «emissora católica portuguesa»? Forças conservadoras!

O chumbo de 2012 foi inesperada e um grande choque para a maioria dos anglicanos. Coitadinhos! Sofreram tanto com tal choque provocado pelas forças conservadoras! Na altura foi a câmara dos leigos que não conseguiu os dois terços necessários para passar a medida, mas os líderes da Igreja, incluindo o Arcebispo de Cantuária, prometeram fazer tudo para ultrapassar a situação. Quer dizer que os leigos não são tão progressistas como a hierarquia. Esta, sim, é progressista! (Onde é que já vimos este filme?)

A votação desta quarta-feira encurta o tempo que seria necessário esperar para voltar a apresentar a moção. Um total de 378 membros do sínodo, que inclui bispos, clérigos e leigos, votou a favor. Oito pessoas votaram contra e houve 25 abstenções. Viva a democracia! Viva o referendo popular! Vivam «as bases»! Falta ainda uma votação mais formal, mas com estes níveis de apoio não há possibilidade de qualquer das câmaras chumbar a iniciativa.

A aprovação apenas foi possível com a cedência das facções mais conservadorasÉ que estes tipos conservadores, além de conservadores, são facções. Não serão mesmo máfias? A RR não estará a exagerar na sua caridade? Estas apenas alinharam perante garantias de que as suas dioceses ou paróquias não seriam servidas por mulheres bispo, uma vez que não aceitam a validade das suas ordens.

A Igreja de Inglaterra está assim prestes a tornar-se a mais recente igreja da Comunhão Anglicana a permitir a ordenação de mulheres para o episcopado, juntando-se à Austrália, Nova Zelândia, Canadá e Estados Unidos, cujo ramo anglicano, a Igreja Episcopaliana, é mesmo chefiado por uma mulher.

Papa citado

Durante o debate que antecedeu a votação, várias pessoas falaram a favor da medida.

A certa altura uma cónega resolveu mesmo citar o Papa Francisco neste contexto: «O Papa Francisco percebeu – ele deixou de julgar as pessoas e começou a amá-las».

A citação é duplamente curiosa uma vez que a Igreja Anglicana não reconhece a primazia e a autoridade do Papa e, na conferência de imprensa que deu no regresso do Rio de Janeiro, o Papa Francisco foi claro na sua resposta quando questionado sobre a eventual ordenação de mulheres para o sacerdócio, dizendo que «essa é uma porta que está fechada».

A Igreja Católica considera que não tem a autoridade para ordenar mulheres, uma vez que nem nas escrituras nem na tradição da Igreja existe sustento para essa inovação.