quinta-feira, 3 de maio de 2012

Político católico italiano propõe programa
de governo 100 por cento pró-vida


Massimo Polledri um político católico italiano que quer ser prefeito da conhecida cidade de Piacenza, propõe um programa de governo com critérios 100 por cento pro-vida, considerando que a vida começa com a concepção e termina com a morte natural; e que a família é a fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher.

Polledri, médico de profissão especializado em neuropsiquiatria infantil, tem entre suas conquistas de 10 anos como parlamentar na Liga Norte da Itália, ter pressionado o governo italiano para que interviesse na liberação do também médico cubano, Oscar Elías Biscet, condenado a 10 anos de prisão por denunciar a realidade do aborto em Cuba.

O político italiano também liderou batalhas contra a eutanásia e baseado numa lei sobre cuidados paliativos, defendeu a presença do crucifixo em lugares públicos e lutou pelo bem das minorias cristãs em países como Líbano, Síria e Iraque.

Polledri também combateu o uso não regulado da fecundação artificial e vai aderir a um «Pacto pela vida e a família» defendendo os valores inegociáveis do ser humano.

O programa de governo, estabelecido em um pacto de 7 pontos, foi redigido considerando que a vida começa com a concepção e termina com a morte natural; e que só a família fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher pode ser chamada como tal.

No primeiro ponto o político pró-vida se compromete a oferecer ajuda, junto às associações familiares, às mulheres que abortaram ou que estão pensando em abortar; também manifesta seu compromisso para com as pessoas em estado de inconsciência permanente, o seu cuidado paliativo e a assistência que necessitam.

No seu programa, Polledri também oferece ajuda às pessoas com deficiência física e aos casais que desejam casar-se através de políticas que favoreçam as famílias. No pacto é refutada qualquer tentativa de equiparar outro tipo de união ao matrimónio natural.

Deste modo o programa do doutor Massimo Polledri oferece ajuda às mães solteiras e a todas as mulheres que têm que arcar sozinhas com as responsabilidades do lar, para que elas possam levar adiante a suas famílias e terem uma vida profissional.

Sobre Polledri, o actor e produtor mexicano pró-vida Eduardo Verástegui assinalou que «a batalha pelo direito à vida e por nossos valores fundamentais é a mais importante de nosso tempo, porque sobre ela assentam os pilares de nossa sociedade: não há progresso e bem-estar autênticos sem o pleno respeito à liberdade de todos os seres humanos, da concepção até sua morte natural».


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Diário do Vaticano
O Santo Ofício põe as Irmãs Americanas
em penitência


A Direcção «liberal» das religiosas dos Estados Unidos foi de facto desautorizada. Por ordem do Papa. Eis o documento da congregação para a doutrina da fé que explica como e porquê?

Cidade do Vaticano, 30 de Abril de 2012 – A congregação para a doutrina da fé encarregou o Arcebispo de Seattle, James Peter Sartrain, de conduzir ao bom caminho a “Leadership Conference of Women Religious» (L.C.W.R.), a Conferência das Madres Superiores Religiosas dos Estados Unidos da América, que englobam em grande parte das comunidades religiosas do país.

Ler mais:

Em inglês
Em francês
Em italiano
Em castelhano







A Missa é mais que um ritual, é missão



Bento XVI

Ao celebrar a Santa Missa do Domingo do Bom Pastor na Basílica de São Pedro, o Papa Bento XVI ordenou nove presbíteros e recordou que a celebração da Missa muito mais que um ritual, é uma missão.

Na celebração da cerimónia também participaram o Vigário Geral de Roma, Cardeal Agostino Vallini; o Bispo Auxiliar de Roma, Dom Filippo Iannone, assim como outros Bispos Auxiliares e os Superiores dos diferentes seminários.

Os nove sacerdotes, provenientes de diversos seminários de Roma, passarão a formar parte da Diocese de Roma, e um deles à Diocese de Bui Chu, no Vietnam.

Durante a homilia, Bento XVI assinalou que «para o sacerdote, celebrar cada dia a Santa Missa não significa desenvolver uma função ritual, mas uma missão que envolve inteiramente e profundamente a existência, em comunhão com Cristo ressuscitado que, em Sua Igreja, continua a actuar o Sacrifício redentor».

«Esta dimensão eucaristica-sacrificadora é inseparável daquela pastoral e também constitui o núcleo de verdade e de força salvadora, na qual depende a eficácia de cada actividade. Naturalmente, não falamos da eficácia somente sobre o plano psicológico ou social, mas da fecundidade vital da presença de Deus a nível humano profundo».

Bento XVI sublinhou que o «o presbítero é chamado a viver em si mesmo o que experimentou Jesus na primeira pessoa, isto é, dando-se plenamente à pregação e a cura do homem sobre todo mal do corpo e do espírito. E, depois, finalmente, reassumir tudo no gesto supremo de "dar a vida" pelos homens, gesto que encontra sua expressão sacramental na Eucaristia, memorial perpétuo da Páscoa de Jesus».

O Papa indicou que este gesto «encontra sua expressão sacramental na Eucaristia, memorial perpétuo da Páscoa de Jesus».

terça-feira, 1 de maio de 2012

As feridas da Igreja VII


José Augusto Santos

Para quem esteja a seguir esta série de textos e ainda pense que tudo o que venho expondo é a simples opinião de quem não avançou no tempo, como já ouvi algumas vezes dizerem-me, veja o que foi defendido publicamente na visita do Santo Padre a San Marino (o mais pequeno país europeu), no dia 19 de Junho do ano passado:

«Neste domingo da Santíssima Trindade, nossa Igreja diocesana se encontra unida com o Sucessor de Pedro para a celebração da Santa Missa, fonte e cume da vida nova em Cristo. Queremos viver este momento em comunhão com a Igreja universal, presidida na caridade por Sua Santidade, o Papa Bento XVI. Por esta razão, chamamos a atenção agora sobre o modo de receber a Sagrada Comunhão. (…) Os fiéis que, depois de se terem confessado, se encontram actualmente em estado de graça e que, então, apenas eles, podem receber o Santíssimo Corpo do Senhor, se aproximarão do ministro que lhes estiver mais próximo. A Comunhão, segundo as disposições universais vigentes, (o destaque é meu) será distribuída exclusivamente na língua, a fim de evitar profanações mas sobretudo de educar a se ter uma sempre maior e mais alta consideração para com o Santo Mistério que é a Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não será permitido a ninguém receber a Comunhão em suas próprias mãos. Após ter feito a devida reverência, adoremos a Hóstia que então é apoiada sobre a língua. Aos que não estão impedidos por motivos de espaço ou de saúde, a Comunhão pode ser recebida também de joelhos».

Foram estas as palavras do Bispo diocesano de San Marino, Monsenhor Luigi Negri, dirigidas aos fiéis presentes na Santa Missa. Como pode constatar-se, «as disposições universais vigentes» determinam que se receba a Eucaristia na língua. Outro modo continua a ser um erro, um abuso e uma profanação que tanto ofende Nosso Senhor.

Se pensarmos na formação que faz parte do crescimento dos filhos, nos casos em que vemos pais bons, em tudo exemplares, se tivéssemos que dar algum conselho aos seus filhos, não os aconselharíamos todos nós a seguirem o exemplo daqueles pais? Então onde está a nossa coerência de filhos da Santa Igreja, quando Ela, pelo seu sagrado Magistério, nos recomenda uma coisa e nós fazemos outra? Que ninguém pense usar como desculpa aquilo que vê ser «o normal» nos dias de hoje, nem dê ouvidos a muitos membros da Igreja que procuram mostrar-se liberais, modernos. Esses, são aqueles que, no hipotético caso referido, diriam aos tais filhos para se divertirem, para não levarem tão a sério seus pais, porque eles não souberam acompanhar os tempos…

Aos que criticam os católicos «praticantes», há quem responda, e bem, que a Igreja, mais do que uma casa de santos, é um hospital de pecadores. Eu porém, ouso acrescentar que, atendendo àquela valência que está sempre a rebentar pelas costuras, a este hospital seria mais apropriado classificá-lo de manicómio, sabendo nós que neste género de hospitais são muito raros os doentes que reconhecem que o são…

Na Igreja passa-se exactamente o mesmo. Pelo que vejo (e ando “nisto” há muitos anos), é muito raro encontrar alguém, de entre todos os que nela prestam algum serviço, que não sofra da grave doença do relativismo, do modernismo. E dado que estas duas doenças se confundem em vários pontos, difícil se torna vê-las em separado. A pessoa que não teve todos os cuidados necessários para não se contagiar por elas, tende a dar sinais de um outro mal, que é o sincretismo religioso que nela se começa a perceber.

Antes de prosseguir vejamos o que é o relativismo e o modernismo:

O relativismo nega o que a verdade tem de absoluto, colocando-a ao nível da opinião de cada um. Segundo o relativismo, o que é verdade para uns pode não o ser para outros, e neste clima e por este prisma se vêem os critérios morais. Até as próprias leis reflectem as opiniões dominantes… As encíclicas Veritatis splendor e Fi­des et ratio, de João Paulo II, são um meio excelente para compreendermos esta problemática.

O modernismo é um movimento surgido no final do século XIX, que procura adaptar a doutrina e a vida da Igreja às correntes de pensamento do tempo, e submete a fé à crítica filosófica. Para o modernismo não há comportamentos morais certos ou errados, porque isso é uma questão de critérios pessoais. Como já dissera em texto anterior, o Papa S. Pio X, na encíclica Pascendi, condena veementemente o modernismo.

Como dizia atrás, estas tão graves doenças da alma atacam lentamente, sem que a pessoa dê por isso. Uma vez incubadas, levam-na a uma espécie de sede, só saciável quando outros lhe dão dessa mesma água.

O tal Masterplan de que falei no texto anterior, aproveitando estas duas correntes filosóficas, não podia deixar de atacar o ensino da Religião Católica. Assim, o que se verifica ao nível da catequese é um rigoroso cumprimento do que nele fora prescrito.

Nestes últimos tempos, a catequese é como um balão muito grande e enfeitado com lindas e variadas cores e imagens, mas como balão que é, o interior é um grande vazio. Por isso, apesar de tantos que nele se empenham para o conceber, nenhuma outra utilidade tem senão servir para enfeitar…

É isso, e nada mais para além disso, o que se verifica com o programa catequético das nossas crianças e adolescentes. O grande balão são os dez anos de catequese; e a catequese propriamente dita, nada mais é do que a construção e enfeitamento do balão que alguns padres e muitos catequistas gostam de exibir. A forma como o fazem varia conforme a aceitação dos padres e empenhamento dos catequistas que mais se renderam ao modernismo. Acionemos, pois, as necessárias sinergias, para que a catequese deixe de ser um simples ATL (apoio aos tempos livres), e seja uma escola de autêntica formação moral e religiosa que faz germinar as sementes da Fé.

As crianças têm direito a uma
«família normal», afirma autoridade vaticana



O Presidente do Pontifício Conselho para a Família, Cardeal  Ennio Antonelli, no 30.º aniversário da encíclica Familiaris Consortio, em Lisboa, defendeu «o direito» das crianças a um núcleo familiar «normal» e refutou a equiparação do «matrimónio de um homem e uma mulher» com «outras formas de convivência».

«A família normal fundada sobre o matrimónio é uma comunidade estável de vida e de pertença recíproca», enquanto outros modelos se situam na «lógica do indivíduo que pertence apenas a si mesmo e mantém com os outros só uma relação contratual de intercâmbio», sustentou o purpurado na sua exposição na capital.

Numa resposta a uma pergunta colocada pela audiência na Aula Magna da Universidade de Lisboa, Dom Antonelli declarou que «é necessário não apenas olhar para os desejos dos adultos mas para os direitos das crianças», já que «os desejos nem sempre são direitos mas o bem objectivo das crianças é um direito».

«O mal-estar e os deslizes juvenis aparecem associados, em medida muito mais elevada às famílias desfeitas, incompletas e irregulares», afirmou na conferência de abertura do encontro «A Família e o Direito Nos 30 Anos da Exortação Apostólica 'Familiaris Consortio'».

O presidente do organismo da Santa Sé lembrou que «em nome da não discriminação, se reivindica o direito dos homossexuais a contrair matrimónio ou pelo menos a equiparar em tudo a sua relação ao matrimónio». Esta posição, disse Dom Antonelli, esquece «que a justiça não consiste em dar a todos as mesmas coisas, mas em dar a cada um o que lhe pertence, e que é injusto tratar de modo igual realidades diversas».

As «pesquisas sociológicas», frisou, demonstram que, «percentualmente falando, os casados são mais felizes que os solteiros, os conviventes e os separados».

O prelado referiu que «a contestação mais forte contra a Igreja diz respeito à ética sexual», porque «aos olhos de muitos» a doutrina católica «apresenta-se como inimiga da liberdade e da alegria de viver».

A «felicidade», no entanto, não se centra na economia: o facto de se ter «uma família normal conta mais que o lucro» e «a falência do matrimónio faz sofrer mais que o desemprego».

A Igreja, contrapôs o purpurado, «não rebaixa a sexualidade, mas, integrando-a no amor de doação, exalta-a até fazer dela uma antecipação das núpcias eternas». O cardeal acentuou que «o objectivo fundamental» dos católicos «deve ser a formação duma cultura e duma opinião pública favorável à família».

Finalmente, o arcebispo assinalou que «para sair da crise económica actual, todos se dão conta de que há necessidade, por um lado, de inovação, investimentos e maior produtividade e, por outro, de equilibrada alternância de gerações e, consequentemente, taxa mais elevada de natalidade e melhor educação».

Noutro momento, em declarações aos jornalistas, o cardeal italiano apelou a uma «séria preparação para o matrimónio», na Igreja Católica, com um «itinerário, um caminho prolongado, doutrinal e prático, de vida cristã» e disse esperar um milhão de pessoas no encerramento do 7.º Encontro Mundial das Famílias, entre 1 e 3 de Junho, em Milão, com a presença de Bento XVI.

Comemoração dos 30 anos da exortação apostólica «Familiaris Consortio»



Intervenção da Presidente da CNAF – Confederação Nacional das Associações de Família, Dr.ª Maria Teresa da Costa Macedo
Na Sessão de Abertura da Conferência «Família e Direito»
Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa 
17 de Abril de 2012

Na qualidade de Presidente da Confederação Nacional das Associações de Família, uma das Instituições organizadoras desta Conferência Comemorativa do Trigésimo Aniversário da Exortação Apostólica «Familiaris Consortio», tenho a honra de começar esta minha intervenção de abertura por saudar três Personalidades de vulto da Igreja Católica Universal, pilares reconhecidos da Ciência e da Cultura, Suas Eminências o Senhor Cardeal Ennio Antonelli, Presidente do Conselho Pontifício para a Família, meu Presidente, Sua Eminência o Cardeal Odilo Scherer, Arcebispo Metropolitano de S. Paulo e membro do Comité de Presidência deste Conselho Pontifício e Sua Eminência o Cardeal Patriarca de Lisboa, Dom José da Cruz Policarpo, o nosso Bispo. Em nome da CNAF - Organização representante dos direitos e interesses, morais e materiais, das Famílias Portuguesas criada em 1977, dos seus Dirigentes, filiados e cooperantes, agradeço a relevante participação de Vossas Eminências nesta feliz iniciativa acolhida pela Universidade de Lisboa. Hoje abrem-se as portas a uma nova reflexão sobre a Família, o Direito e a Lei, tendo como enquadramento de fundo a Exortação Apostólica «Familiaris Consortio», documento da Igreja que marca significativamente o Pontificado de João Paulo II e, no presente, ao recordarmos a novidade pastoral da Sua palavra e do Seu escrito, continua a ser mensagem doutrinal de esperança para a sociedade contemporânea.

A Sua Eminência o Cardeal Ennio Antonelli Presidente do Conselho Pontifício para a Família endereço, ainda, um particular reconhecimento pela participação insigne nesta Conferência de Lisboa e por nos trazer não só a visão da Igreja sobre a Família, a Vida e o Direito, mas também o renovado apelo que tem dirigido à consciência dos legisladores, dos educadores, dos actores e protagonistas culturais, sociais e políticos responsáveis pelo aperfeiçoamento da sociedade, para que combatam “a conspiração do silêncio” e trabalhem para afirmar uma cultura de rigor moral e ético que não negligencie a obrigação do servir o conjunto da comunidade.

Agradeço, igualmente, a Sua Excelência Reverendíssima, Monsenhor Dom Fábio Fabbri, Prelado de Honra de Sua Santidade o Papa Bento XVI, a sua colaboração na realização deste Encontro em que celebramos a Magna Carta da Família.

Estendo este profundo reconhecimento a todos os notáveis oradores que iremos escutar atentamente todos os participantes, certa de que vamos enriquecer o nosso próprio conhecimento e aprofundar a nossa compreensão mútua.

Senhor Núncio Apostólico, Excelência, a quem saúdo reconhecida,
Senhor Secretário de Estado, Eng. Fernando Santo, em representação da Ministra da Justiça,
Senhor Presidente da Comissão Parlamentar da Educação, Ciência e Cultura, Dr. José Ribeiro e Castro,
Senhores Embaixadores,
Magníficos Reitores,
Ao Magnífico Reitor da Universidade de Lisboa, Prof. Doutor Sampaio da Nóvoa apresento um penhorado e reconhecido agradecimento por nos acolher nesta tão nobre Aula Magna,
Ao Magnifico Reitor da Pontifícia Universidade Católica de S. Paulo, Prof. Doutor Dirceu de Mello, quero afirmar quanto nos honra com a sua presença,
Senhor Director da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Prof. Doutor Eduardo Vera Cruz,
Ilustres Autoridades Académicas, Politicas, Civis e Militares,
Senhores Presidentes e Representantes das diferentes Confissões Religiosas, a quem a Confederação Nacional das Associações de Família agradece a sua presença fraterna e amiga,
Senhor Duque de Bragança,
Senhora Dra. Maria de Jesus Barroso Soares, Digma. Presidente da Fundação Pró-Dignitate,
Caros Dirigentes das Organizações Familiares e Sociais,
Caros Alunos,
Caros Amigos,

Se a primeira palavra foi de saudação e profundo agradecimento às Ilustres e Eminentes Personalidades que responderam a este convite da Universidade de Lisboa e, especialmente, da Faculdade de Direito, deslocando-se expressamente para participarem neste Encontro, a segunda é para sublinhar o notável papel do Ilustre Director desta Faculdade, Prof. Doutor Vera Cruz que, ao congregar tantos saberes, envolveu muitos nesta reflexão sobre a Família, o Direito e a Lei, procurando que, na diversidade que nos caracteriza, possamos encontrar novas formas de debater e partilhar o saber e de renovar os respectivos conceitos e aprendizagens.

Relevo, ainda, a importância do apelo feito à participação da sociedade civil porque sem ela, esta reflexão, ficava restrita ou ao pensamento doutrinal, ou ao pensamento académico, faltando a dimensão crítica fundamental da «civitas».

Bem-Haja, Prof. Doutor Vera Cruz, por ter proporcionado que esta dimensão transversal enforme o debate que se vai realizar neste espaço de formação de que a Faculdade de Direito é parte.

Hoje, e cada vez mais, o Direito da Família exige uma reflexão cientificamente fundamentada, de modo a que a necessária e competente reabilitação da Lei de que a Família é sujeito, se concretize pela sua efectiva protecção e na promoção do reconhecimento e salvaguarda dos seus direitos e responsabilidades, na sociedade e pelo Estado.

Este tem sido, afinal, o grande e ininterrupto combate da Confederação Nacional das Associações de Família pela valorização da Família e da Vida durante estes últimos trinta e cinco anos e que continuará enquanto persistirem as «sombras e as ameaças» à Família.

Não poderia terminar este agradecimento de abertura sem relevar três ideias chaves que, julgo, devem dimensionar a reflexão que ora iniciamos enquanto destinatários da Lei, mas especialmente como cidadãos conscientes dos seus direitos fundamentais e inalienáveis, cidadãos que pretendem assumir um protagonismo activo na construção de uma sociedade mais justa e mais livre, promotora da «Família, garantia do futuro da Humanidade», como bem nos lembrou João Paulo II, nos anos de 1980, afirmação que permanece plena de actualidade.

1.ª ideia: Se no princípio era a Família, melhor dizendo, o Homem integrado na primeira comunidade que criou, na sua mais natural e perene organização, ele é portador de uma dignidade ontológica que decorre da transmissão da vida na cadeia da Humanidade, exigindo, consequentemente, uma decisão politica e legislativa que modalize o capital humano que ele traz à sociedade. Por isso, os legisladores e os decisores políticos são responsáveis por garantir a dignidade da Pessoa e o Bem comum.

2.ª ideia: Se o Homem é origem do Direito, é-o, por extensão, a Família. Por isso, Homem e Família precedem o Direito o qual precede a Lei. Esta ideia pode ser sintetizada dizendo que a raiz da qual nascem os direitos da Família é a sua íntima união com a dimensão social da Família e com a dimensão familiar da sociedade.

Ideia que pressupõe, assim, a consciência de que a Família é muito mais que o produto de uma cultura, o resultado de uma evolução, um modo de vida comunitário ligado a uma certa organização social: ela é um instituto natural, anterior a qualquer organização politica ou jurídica, que a Lei deve reconhecer e salvaguardar.

3.ª ideia: Nestes tempos de mudança e conturbação, é necessário voltarmos a afirmar a essência dos valores e dos seus fundamentos. Esta é a inovadora proposta do n.º 46 da Familiaris Consortio, documento cada vez mais actual numa sociedade que precisa da Família para reabilitar a Pessoa e o seu Direito, bem como para a tornar mais humana e socializadora.

A Exortação Apostólica que, também, se dirige aos políticos e aos legisladores, encorajando-os a defender os valores da família no âmbito das instituições locais, regionais, nos Parlamentos e nas Escolas, continua a surgir como um apelo decisivo a que seja instaurado na sociedade, no Estado e em todas as nações, um verdadeiro e permanente diálogo formativo e informativo sobre as questões fundamentais do direito das famílias e do contributo que o Estado deve oferecer à valorização das funções e responsabilidades familiares, salvaguardando-se, em qualquer caso, o principio da subsidiariedade.

Por último, permitam-me que lembre e reafirme a urgência cultural de colocar a situação contemporânea da família e da vida numa «visão integral do homem e da sua vocação» através de uma antropologia autêntica.

E hoje, é aqui, justamente neste espaço da Academia, que podemos iniciar este novo tempo de reflexão que ajude a uma intervenção mais coerente e fundamentada em favor da Família, dos seus valores e responsabilidades.
Obrigada.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

O suicídio e a actual crise económica


Pedro Afonso, médico psiquiatra







De acordo com os números do Instituto Nacional de Estatística, em 2010 as mortes por suicídio em Portugal ultrapassaram pela primeira vez, os óbitos provocados por acidentes rodoviários. Neste caso, ocorreram no nosso país 1101 óbitos por suicídio, mais 86 do que as mortes registadas em acidentes nas estradas durante o mesmo período.

Desde a «grande depressão», com início em 1929 nos EUA, que se conhece a relação entre a crise económica e o aumento do número de suicídios. Ora, considerando o crescimento da taxa de desemprego para cerca de 15%, as dificuldades económicas da população e o consequente acréscimo dos casos de depressão, existem sérios riscos de ocorrer no nosso país um aumento exponencial do número de suicídios. Um estudo publicado em 2009, na revista Lancet, revelou que na UE cada aumento de 1% do desemprego está associado a uma subida de 0,8% de suicídios. Além disso, verificou-se que um aumento superior a 3% na taxa de desemprego encontra-se associada a um acréscimo de 4,5% de suicídios.

Mas será que este aumento do número de suicídios poderá ser evitado? Existem pelo menos dois países da UE que conseguiram alcançar este objectivo. Na Suécia, o desemprego aumentou de 2,1% para 5,7 % entre 1991 e 1992, mas apesar disso a taxa de suicídios diminuiu. Por sua vez, na Finlândia, o desemprego aumentou de 3,2% para 16,6% entre 1990 e 1993 e as taxas de suicídios diminuíram ano após ano. Este sucesso pode ser em grande parte explicado pelo facto de ambos os países disporem de um forte modelo de protecção social e terem implementado programas de estímulo à procura e criação de emprego, a par de possuírem bons cuidados de saúde mental.

O aumento das doenças psiquiátricas associadas à crise económica é um problema que terá de ser monitorizado pelo governo, devendo ser tomadas algumas medidas que podem salvar vidas. Por exemplo, os serviços de saúde devem acompanhar as situações mais dramáticas, como são os casos em que ambos os elementos do casal estão desempregados, ou quando existem filhos menores que podem sofrer graves carências com o empobrecimento dos pais. De resto, umas das maiores humilhações que o ser humano pode sofrer é não conseguir garantir a alimentação dos seus próprios filhos.

Sabendo que a crise veio para durar, já não se trata de solicitar aos portugueses que façam alguns sacrifícios, trata-se de lhes pedir que acatem resignadamente uma vida servil de constante provações, exigindo por vezes que ultrapassem os limites do suportável da sua saúde mental. Talvez por isso é que tomo cada vez mais consciência do sentimento de impotência perante muitos casos de depressão e sinto uma força irreprimível de escrever a palavra «fome» no diagnóstico psiquiátrico da ficha de observação.

O pior sinal que poderíamos dar actualmente ao mundo seria o de uma sociedade que se resigna perante o sofrimento dos mais fracos e que permanece impassível face à sua própria destruição. A indiferença política diante do aumento do número de suicídios, no contexto da presente crise económica, pode tornar-se perigosa, pois corrompe o tecido social e exprime a renúncia a um importante compromisso: o compromisso com o futuro.

Mulher do milionário Bill Gates ataca
ensino católico sobre controlo da natalidade


Timothy Herrmann


Melinda Gates, co-directora da Fundação Bill & Melinda Gates e uma católica, diz aos governos que ignorem a ligação polémica entre contracepção e controle populacional e explicitamente rejeitem o ensino social católico. A retórica dela é parte da nova campanha «Sem Polémica» da sua fundação milionária para reforçar o acesso universal ao controlo da natalidade como prioridade no mundo em desenvolvimento.

Numa conferência TedxChange em Berlim, Melinda argumentou que a contracepção tem sido erroneamente associada ao controle populacional, aborto, esterilização forçada e pecado mortal e insistiu em que eles são «problemas secundários» que «se vincularam à ideia central de que os homens e as mulheres têm de ter condições de decidir quando ter um filho».

Contudo, até mesmo a própria Melinda confessou que durante anos o controle populacional e a contracepção se tornaram sinónimos no mundo em desenvolvimento, com países como a Índia «adoptando incentivos infelizes e métodos coercivos como parte de suas campanhas de planeamento familiar» na década de 1960 e mulheres indígenas do Perú, «anestesiadas e esterilizadas sem seu conhecimento» em data tão recente quanto a década de 1990.

Embora essas práticas coercivas tenham perdido a popularidade, pode ser muito mais difícil para organizações como a Fundação Gates separarem a sua própria promoção da contracepção inteiramente do controle populacional.

Rabino judeu critica intolerância
do evolucionismo darwinista nos EUA


O rabino ortodoxo judeu Moshe Averick criticou duramente a intolerância do evolucionismo ateu e de um de seus principais promotores nos Estados Unidos, o Dr. Jerry Coyne, num artigo intitulado «Darwin é Deus e eu, Dr. Jerry Coyne, seu Profeta».

Averick denunciou, na sua coluna no jornal judeu Algemeiner Journal, que Coyne, biólogo evolucionista da Universidade de Chicago (Estados Unidos), «declarou a sua própria forma de jihad contra os fiéis que se recusem a mostrar a adequada lealdade à visão da realidade atei-científica e é obvio darwinista».

«Coyne vê o seu papel como um ser muito maior que um professor que ensina uma disciplina científica; ele pôs o manto da Ateologista' e está a levar a boa nova a todo lugar onde possa».

Conforme indica o rabino, o cientista estadunidense pediu que se fechem as portas do ensino universitário nos cursos de ciência a quem questione sequer «a validez da teoria evolucionista».

Coyne assinalou que pensar numa evolução em que tenha participado Deus (teoria do Desenho Inteligente) «não é científico, já que os biólogos vêem os humanos, como qualquer outra espécie, evolução por processos naturais».

Para Moshe Averick, os cientistas materialistas como Coyne, «no seu zelo ateu tentam silenciar a livre expressão e o aberto intercâmbio de ideias».

Depois de citar um fragmento da Constituição dos Estados Unidos, Averick assinalou que «os seres humanos estão dotados de direitos inalienáveis por seu Criador infinito, enquanto que a evolução darwinista não dota ninguém e nada com nenhum direito inerente no absoluto».

«Os Estados Unidos estão construídos sobre a noção de que somos responsáveis pelos nossos actos perante o Supremo Juiz. A evolução darwinista está construída sobre o princípio de que o ser humano é para um tubarão o que o tubarão é para uma barata, não há responsabilidade de poder superior que dirija a evolução».

quinta-feira, 26 de abril de 2012

China: Mais de 22 mil pessoas
foram baptizadas na Páscoa


Três quartos dos novos católicos são adultos, adianta Serviço de Informação do Vaticano


O Serviço de Informação do Vaticano revelou que mais de 22 mil novos católicos receberam o baptismo no domingo de Páscoa, 8 de abril, 75% dos quais eram adultos.

Os dados foram recolhidos pelo «Study Center of Faith» (Centro de estudos da fé), da província chinesa do Hebei, e publicados pela Agência Fides, do Vaticano.

Os fiéis eram oriundos de 101 dioceses, com 3500 novos católicos em Hong Kong, onde existem 360 mil baptizados.

O VIS destaca que algumas dioceses não celebram todos os baptismos no dia de Páscoa, pelo que o número total deverá aumentar até final do ano.

O Vaticano acolhe até quarta-feira uma nova reunião da comissão criada por Bento XVI, em 2007, para debater as «questões de maior importância» para a Igreja Católica na China.

O encontro reúne os superiores de organismos da Cúria Romana e alguns representantes do episcopado chinês e congregações religiosas.

Na China existem entre oito a 12 milhões de católicos, segundo o Vaticano, divididos entre os que pertencem à Igreja «oficial» (Associação Patriótica Católica – APC, controlado por Pequim) e à «clandestina», fiel a Roma.

As relações diplomáticas entre a China e a Santa Sé terminaram em 1951, após a expulsão de todos os missionários estrangeiros, muitos dos quais se refugiaram em Hong Kong, Macau e Taiwan.


terça-feira, 24 de abril de 2012

Vaticano avaliará religiosas dos Estados Unidos visando uma «renovação paciente»



Considerando a existência de desvios doutrinais por parte de ordens religiosas femininas, a Congregação para a Doutrina da Fé publicou uma nota dirigida às superioras das ordens religiosas nos Estados Unidos, onde incentiva a «uma renovação paciente» apoiada na doutrina católica.

O Cardeal William Levada explicou que o documento procura animar uma renovação paciente «para dotar suas múltiplas e louváveis iniciativas e actividades de um maior fundamento doutrinal" devido à existência de "problemas doutrinais sérios que correspondem a muitas pessoas na vida consagrada». 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A insustentabilidade da Segurança Social



Pi-Erre *

A propósito das notícias sobre as dificuldades da Segurança Social e que levou o Governo a suspender as Reformas antecipadas, é interessante relembrar o historial associado a esta matéria.

A Segurança Social nasceu da Fusão (Nacionalização) de praticamente todas as Caixas de Previdência existentes, feita pelos Governos Comunistas e Socialistas, depois do 25 de Abril de 1974. As Contribuições que entravam nessas Caixas eram das Empresas Privadas (23,75%) e dos seus Empregados (11%). O Estado nunca lá pôs 1 centavo. Nacionalizando aquilo que aos Privados pertencia, o Estado apropriou-se do que não era seu. Com o muito, mas muito dinheiro que lá existia, o Estado passou a ser «mãos largas»! Começou por atribuir Pensões a todos os Não Contributivos (Domésticas, Agrícolas e Pescadores). Ao longo do tempo foi distribuindo Subsídios para tudo e para todos. Como se tal não bastasse, o 1º Governo de Guterres(1995/99) criou ainda outro subsídio (Rendimento Mínimo Garantido), em 1997, hoje chamado RSI. Os deputados também se autoincluiram neste pote mesmo sem o tempo de descontos exigidos aos beneficiários originais. E tudo isto, apenas e só, à custa dos Fundos existentes nas ex-Caixas de Previdência dos Privados. Os Governos não criaram Rubricas específicas nos Orçamentos de Estado, para contemplar estas necessidades. Optaram isso sim, pelo «assalto» àqueles Fundos. Cabe aqui recordar que os Governos do Prof. Salazar, também a esses Fundos várias vezes recorreram. Só que de outra forma: pedia emprestado e sempre pagou!

Em 1996/97 o 1º Governo Guterres nomeou uma Comissão, com vários especialistas, entre os quais os Prof’s Correia de Campos e Boaventura de Sousa Santos, que em 1998, publicam o «Livro Branco da Segurança Social».

Uma das conclusões, que para este efeito importa salientar, diz respeito ao Montante que o Estado já devia à Segurança Social, ex-Caixas de Previdência, dos Privados, pelos «saques» que foi fazendo desde 1975.

Pois, esse montante apurado até 31 de Dezembro de 1996 era já de 7.300 Milhões de Contos, na moeda de hoje, cerca de 36.500 Milhões €. De 1996 até hoje, os Governos continuaram a «sacar» e a dar benesses, a quem nunca para lá tinha contribuído, e tudo à custa dos Privados.

Faltará criar agora outra Comissão para elaborar o «Livro NEGRO da Segurança Social», para, de entre outras rubricas, se apurar também o montante actualizado, depois dos «saques» que continuaram de 1997 até hoje.

Mais, desde 2005 o próprio Estado admite Funcionários que descontam 11% para a Segurança Social e não para a CGA e ADSE. Então e o Estado desconta, como qualquer Empresa Privada 23,75% para a SS? Claro que não!…

Outra questão se pode colocar ainda. Se desde 2005, os Funcionários que o Estado admite, descontam para a Segurança Social, como e até quando irá sobreviver a CGA e a ADSE?

Há poucos meses, um conhecido Economista, estimou que tal valor, incluindo juros nunca pagos pelo Estado, rondaria os 70.000 Milhões €!… Ou seja, pouco menos, do que o Empréstimo da Troika!…

Ainda há dias falando com um Advogado amigo, em Lisboa, ele me dizia que isto vai parar ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Há já um grupo de Juristas a movimentar-se nesse sentido.

A síntese que fiz, é para que os mais Jovens, que estão já a ser os mais penalizados com o desemprego, fiquem a saber o que se fez e faz também dos seus descontos e o quanto irão ser também prejudicados, quando chegar a altura de se reformarem!…

Para finalizar e quem pretender fazer um estudo mais técnico e completo, poderá recorrer ao Google e ao INE.

* Comentário de Pi-Erre em Blasfémias

As feridas da Igreja VI



Por esta altura, já um ou outro leitor se terá interrogado como é que são conhecidas as secretas manobras do inimigo. Como já dissera anteriormente, alguns dos seus planos foram tornados públicos por órgãos de imprensa cristã, ou em livros de valentes soldados da Fé.

Pessoalmente, tive conhecimento de um caso, do qual, por razões óbvias, não posso identificar. Trata-se do caso do pai de uma escritora que, em sua bondade, me tem como amigo. Ele era um alto cargo do Estado. Quando esta minha amiga era ainda muito jovem, sua mãe, senhora muito piedosa, ao fazer umas arrumações descobriu uns papéis que o marido tinha escondidos. Empalideceu completamente, ao ver que se tratava de uma coisa terrível, de algo que jamais julgara ser possível.

À semelhança deste caso, foi assim que, de um ou de outro modo, saíram das escuras sombras do secretismo todos os que já vieram a público. De entre todos, penso que aquele que deve merecer toda a nossa atenção é o que foi tornado público pelo Dr. Dominguez em Julho de 1973. Era nada mais, nada menos, do que um plano mestre para derrubar a Igreja. Fora tão bem elaborado que os católicos estão a ser regidos por ele sem que disso se apercebam. Vejamos então como é que este plano surgiu e em que contexto.

Em 1928, a Santa Sé viu-se obrigada a dissolver a Associação Pax super Israel, na qual militavam muitos clérigos, bispos incluídos. Mas como aquele que é a cabeça da Maçonaria nunca dorme e procura sempre uma janela quando lhe é fechada a porta, depois de ter bebido o sangue de milhões de seres humanos com a II Guerra Mundial, levou os seus discípulos a trabalharem com vista ao Concílio Vaticano II, preparando este «Masterplan». Eis, nas palavras do próprio Dr. Dominguez, como foi descoberto:

«Alguém esqueceu no meu consultório médico um grande envelope fechado. Dois meses depois, como ninguém o reclamou, abri-o para averiguar a identidade do seu proprietário. O que encontrei, foi uma grande surpresa: O Plano para destruir a Igreja. Não havia assinatura de ninguém, não havia endereço, nada mais do que um rigoroso plano para destruir a Igreja de Cristo. Nele se afirma que existem mais de 1300 comunistas que se tornaram Padres Católicos para destruir a Igreja de Cristo por dentro, para implodi-La desde o seu interior. Conforme o Plano, a Igreja deve estar “arruinada” pelo ano de 1980. Encorajei-me a publicá-lo porque tenho a certeza de que ajudará a abrir os olhos de muitos Padres e bons cristãos, antes que seja tarde demais.»

Para melhor podermos discernir sobre o que é o correcto e o que está errado nas nossas Celebrações, torna-se obrigatório que conheçamos melhor a liturgia e que ouçamos a voz do Sumo Pontífice. A partir daí, conhecidas também as diabólicas maquinações, facilmente perceberemos que é o Maligno quem sai mais satisfeito connosco. Os dois aspectos referidos, conjugados com a simplicidade de coração, torna o Católico apto a perceber o fedorento hálito do diabo nas coisas de Deus. Espante-se agora o leitor com esta afirmação, mas na verdade, para garantir o êxito da sua luta contra o Sagrado, o diabo também vai à missa.

Ao conhecer o Masterplan, verá que as celebrações (umas mais do que outras) em nossas igrejas traduzem na perfeição o que nele foi delineado (quantas vezes eu tenho saído da Santa Missa sem ter prestado o devido culto à Santíssima Trindade, impedido pela tristeza que de mim se apodera…).

O Plano ataca a devoção aos Santos, a deípara Virgem Maria, as devoções como o santo rosário, os hábitos religiosos e o traje eclesiástico, o uso de objectos religiosos, muito confiando ainda na acção dos 1300 marxistas introduzidos no Sacerdócio para erodir a Igreja por dentro. Por absurdo que pareça, o que torna ainda mais funesta essa erosão, é o serem os bons Padres e os bons fiéis quem, de certo modo, mais trabalha em favor do Inimigo. Chega-se assim ao paradoxo de serem a levedura dessa massa infernal que tem crescido desconformemente na masseira que é a Igreja.

O Masterplan, incrivelmente simples e meticuloso, foi de facto eficaz. Não fosse Deus a interpor-lhe em 1978 a grande barreira que foi João Paulo II, e o mais provável seria o assistirmos ao seu completo domínio sobre a Igreja no início da década de 80, como por eles fora preconizado. Essa intransponível barreira vinda de Leste, que se mantém com o germânico sucessor, não nos deve sossegar ao ponto de cruzarmos os braços. Não nos basta ter conhecimento. Há que ir à luta. E ela deve começar pelas mudanças a operar em nós próprios, sem descurarmos o cuidado a termos com outros.

No exército de Cristo, como já devemos ter percebido, muitos dos comandantes dos batalhões são contrários às orientações do comandante supremo (o Papa). Desta forma, e dado que sob o comando daqueles estão outros na cadeia hierárquica, o grau de preparação que é dado às tropas que formam as grandes fileiras (os fiéis), revela-se desastroso perante a capacidade do inimigo. Mas como a tendência natural dos soldados é preferirem um comandante que não lhes exija o sacrifício inerente ao alto grau de preparação necessária, vivem contentes e felizes porque nada mais lhes é exigido do que estarem na matinal formatura em parada… E ao comandante basta que veja muitos na formatura para já ficar contente... Este ocioso exército que vive em completa lassidão disciplinar, insurge-se, se algum oficial ou sargento que não perdeu o sentido do dever anuncia os exercícios que o regulamento diz serem obrigatórios…

Com esta metáfora procuro demonstrar o rumo que leva este exército, que marcha a caminho da hecatombe.

No próximo número veremos alguns exemplos do domínio que a Maçonaria exerce na Igreja por meio do seu magistral Plano. Até lá, sugiro que procure ler o Masterplan, que facilmente encontrará na internet, para não ter de transcrever aqui necessárias partes de alguns de seus capítulos.



Crianças têm direito a «família normal»


Cardeal Ennio Antonelli










O responsável do Vaticano para a família defendeu dia 17  em Lisboa «o direito» das crianças a um agregado familiar «normal» e recusou que o «matrimónio de um homem e uma mulher» seja equiparado a «outras formas de convivência».

«A família normal fundada sobre o matrimónio é uma comunidade estável de vida e de pertença recíproca», enquanto outros modelos se situam na «lógica do indivíduo que pertence apenas a si mesmo e mantém com os outros só uma relação contratual de intercâmbio», sustentou o presidente do Conselho Pontifício para a Família.

Em resposta a uma pergunta colocada pela assistência presente na Aula Magna da Universidade de Lisboa, D. Ennio Antonelli declarou que «é necessário não apenas olhar aos desejos dos adultos mas aos direitos das crianças», dado que «os desejos nem sempre são direitos mas o bem objectivo das crianças é um direito».

«O mal-estar e os deslizes juvenis aparecem associados, em medida muito mais elevada às famílias desfeitas, incompletas e irregulares», afirmou na conferência de abertura do encontro «A Família e o Direito – Nos 30 Anos da Exortação Apostólica ‘Familiaris Consortio’».

O presidente do organismo da Santa Sé lembrou que «em nome da não discriminação, se reivindica o direito dos homossexuais a contrair matrimónio ou pelo menos a equiparar em tudo a sua relação ao matrimónio».

Esta posição esquece «que a justiça não consiste em dar a todos as mesmas coisas, mas em dar a cada um o que lhe pertence, e que é injusto tratar de modo igual realidades diversas», alegou.

As «pesquisas sociológicas», frisou, demonstram que, «percentualmente falando, os casados são mais felizes que os solteiros, os conviventes e os separados».

O prelado referiu que «a contestação mais forte contra a Igreja diz respeito à ética sexual», porque «aos olhos de muitos» a doutrina católica «apresenta-se como inimiga da liberdade e da alegria de viver».

A Igreja, contrapôs, «não rebaixa a sexualidade, mas, integrando-a no amor de doação, exalta-a até fazer dela uma antecipação das núpcias eternas».

O cardeal acentuou que «o objectivo fundamental» dos católicos «deve ser a formação duma cultura e duma opinião pública favorável à família».

«Para sair da crise económica actual, todos se dão conta de que há necessidade, por um lado, de inovação, investimentos e maior produtividade e, por outro, de equilibrada alternância de gerações e, consequentemente, taxa mais elevada de natalidade e melhor educação», apontou.

D. Ennio Antonelli argumentou que «são precisamente as famílias sadias que asseguram poupança, responsabilidade e eficiência, procriação generosa e compromisso educativo», pelo que a sociedade beneficia da criação de «oportunidades de trabalho» e da «harmonização» das exigências relativas ao tempo dedicado à família e à empresa.

A «felicidade», no entanto, não se centra na economia: o facto de se ter «uma família normal conta mais que os rendimentos» e «a falência do matrimónio faz sofrer mais que o desemprego», realçou.

Em declarações aos jornalistas, o cardeal italiano apelou a uma «séria preparação para o matrimónio», na Igreja Católica, com um «itinerário, um caminho prolongado, doutrinal e prático, de vida cristã».

Este responsável disse ainda esperar um milhão de pessoas no encerramento do 7.º Encontro Mundial das Famílias, entre 1 e 3 de Junho , em Milão (Itália), com a presença de Bento XVI.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

«D. João II e Cristóvão Colon - que relação?»



A Associação Cristóvão Colon vai levar a efeito um Colóquio na vila de Cuba, no dia 19 de Maio, com início às 15,00h.
Tema: «D. João II e Cristóvão Colon - que relação?»
Oradora: Prof. Doutora Maria Manuela Mendonça - Presidente da Academia Portuguesa da História
Colaboração: Academia Portuguesa da História
Apoio: Câmara Municipal de Cuba

O programa será complementado, com início às 11,00h, por visitas acompanhadas ao Mural de S. Cristóvão, ao Portal do Paço e ao Centro Cristóvão Colon, promovidas pela ACC com apoio da CMC.

Agradecemos a v. divulgação junto de eventuais interessados.

Terá a SIC lata de transmitir?...


Recebemos uma carta dirigida à Conferência Episcopal Portuguesa, que passamos a reproduzir.

Acabo de receber informação, através da USA Catholic League e Catholic News Agency e de alguns media americanos que o conhecido «Daily Show» programa de entretenimento, que é também transmitido em Portugal às 20h na SIC Notícias, a propósito de declarações em campanha eleitoral, do lado conservador, sobre a «guerra» que na América se verifica contra o Natal , os valores cristãos e contra a vida, a que o dito «Daily Show« intitulou de forma jocosa "Guerra às Mulheres", foram apresentadas imagens chocantes de mulheres em posição de parto com uma imagem do presépio na vagina. É chocante e ofende? É pois claro!

Por isso, logo que vi esta notícia, e sabendo que o programa passa em Portugal,  lembrei-me que ninguém melhor do que a Conferência Episcopal para agir sabendo nós que o programa vai a ser transmitido hoje ou amanhã ou na próxima semana na SIC N. A Conferência Episcopal que esta semana tem tido tanto destaque na Comunicação Social a propósito de medidas do governo (caso da Pastoral do Ensino Superior) , a propósito da eliminação de feriados conforme o governo tinha acordado com a Igreja, qual será agora a atitude da Conferência  Episcopal perante esta nojenta ofensa aos crentes? Vai pressionar a SIC N para não passar o programa, vai deixar passar o programa e vai condenar veemente?

 Deixo aqui vários sites onde poderão verificar, com imagens do próprio programa como se achincalhou o Natal, a vida, a dignidade das mulheres







Eu própria e vários dos meus contactos entre amigos e familiares iremos fazer neste momento o envio de um pedido dirigido à SIC N para que tenha a coragem de não transmitir aquele programa.

Gostava de ver as autoridades da Igreja católica em Portugal também a darem voz aos muitos crentes que não têm a possibilidade e acesso a estes meios de comunicação para fazerem igual pedido.

Com os meus cumprimentos,

Madalena Fonseca

Cardeal Schönborn confirma invertido
no cargo de conselho paroquial em Viena



O Arcebispo de Viena de Áustria, Cardeal Christoph Schönborn, confirmou no cargo do conselho de uma paróquia desta arquidiocese o invertido Florian Stangl, de 26 anos de idade, que tem registada a sua união com outro homem.

A eleição de Stangl foi impugnada inicialmente pelo pároco do lugar, o Pe. Gerhard Swierzek. Mas, depois de se reunir com o rapaz e o seu «companheiro» no fim de semana de 31 de Março, o Cardeal Schonborn decidiu manter o jovem no posto…

O sacerdote procurou então que lhe atribuíssem outra paróquia, enquanto um porta-voz do Cardeal informou que devido a uma viagem não ia fazer nenhum comentário a respeito da decisão até ao regresso à Áustria.

Entretanto, na Missa Crismal de 2 de Abril, o Arcebispo de Viena referiu-se aos desafios pastorais da Igreja, incluindo «a cada vez maior quantidade de pessoas que vivem em uniões de mesmo sexo».

Estamos entendidos, Senhor Cardeal!

Ajuda Europeia de Desenvolvimento
e o Financiamento de Abortos



Stefano Gennarini

A Comissão Europeia está a usar verbas de desenvolvimento para pagar abortos em países que restringem o procedimento e financiando os dois maiores fornecedores de aborto do mundo, a Federação Internacional de Planeamento Familiar e Marie Stopes International, de acordo com um recente relatório da organização European Dignity Watch.

O relatório The Funding of Abortion through EU Development Aid (O Financiamento do Aborto por meio da Assistência de Desenvolvimento Vindo da Europa) revela que Marie Stopes International recebeu mais de 30 milhões de dólares da União Europeia. A Coalizão de Suprimentos de Saúde Reprodutiva, uma parceria global de elevado nível que inclui o FNUAP e fornece kits de aborto para os países em desenvolvimento, recebeu cerca de 32 milhões de dólares durante um período de 30 meses que terminou em Junho de 2011.

O relatório revela que dinheiro da UE foi gasto para financiar abortos em países em desenvolvimento com estritas leis de aborto por meio de orçamentos de Saúde Pública e Ajuda de Desenvolvimento da UE para projetos relacionados à «saúde sexual e reprodutiva». Mas European Dignity Watch (EDW) diz que o «termo ‘saúde sexual e reprodutiva’, conforme a UE o define, exclui explicitamente o aborto».

A Federação Internacional de Planeamento Familiar e Marie Stopes International pediram e receberam projetos de financiamento que incluíam «aborto seguro», «contracepção de emergência», «treino em aspiração manual a vácuo» e «regulação menstrual» para confessadamente burlar restrições legais com relação ao aborto em países como Bangladesh, Bolívia, Guatemala e Peru.

O termo «regulação menstrual», explica o relatório, é um termo menos explícito para abortos cirúrgicos. A Federação Internacional de Planeamento Familiar o descreve como o processo de esvaziar o útero por meio de sucção muito forte criada por um aspirador manual a vácuo. O aparelho é introduzido no colo do útero dilatado de uma mulher que «suspeita» estar grávida ao invés da mulher que «sabe» que está grávida. Depois do procedimento, é impossível dizer se uma mulher estava grávida, a menos que o tecido extraído, que pode incluir um embrião implantado, seja examinado microscopicamente.

O relatório denuncia a Comissão Europeia, que administra o orçamento da União Europeia, por agir ilegalmente. O relatório afirma que a Comissão não tem autoridade para financiar abortos por causa da autoridade limitada da Comissão, as próprias declarações da Comissão e a necessidade de consenso para agir com relação à política externa. Cada país membro da UE tem um assento na Comissão e vários países da UE têm leis estritas de aborto.

Ler mais aqui