Nuno Serras Pereira, 15 de Janeiro de 2010
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«Embora a doutrina sobre a ordenação sacerdotal, que deve reservar-se somente aos homens, se mantenha na tradição constante e universal da Igreja e seja firmemente ensinada pelo Magistério nos documentos mais recentes, todavia, actualmente, em diversos lugares, continua-se a retê-la como discutível, ou atribui-se um valor meramente disciplinar à decisão da Igreja de não admitir as mulheres à ordenação sacerdotal.
Portanto, para que seja excluída qualquer dúvida em assunto da máxima importância, que pertence à própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar os irmãos (cfr Lc 22,32), declaro que a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja.» [2]
Como, apesar de uma afirmação tão clara, alguns espíritos levantassem ainda dúvidas, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé (28 de Outubro de 1995), na «Resposta sobre a doutrina da Carta Apostólica 'Ordinatio Sacerdotalis' » [3], assevera categoricamente:
«Esta doutrina exige um assentimento definitivo, posto que, baseada na Palavra de Deus escrita e constantemente conservada e aplicada na Tradição da Igreja desde o princípio, foi proposta infalivelmente pelo Magistério ordinário e universal (cf. LG 25, 2). Por conseguinte, nas circunstâncias presentes, o Sumo Pontífice, ao exercer o seu ministério de confirmar na fé os seus irmãos (cf. Lc 22, 32), propôs a mesma doutrina com uma declaração formal, afirmando explicitamente o que sempre, em todo o lado e por todos os fiéis se deve manter, uma vez que pertence ao depósito da fé».
2. Marcelo Rebelo de Sousa, durante anos, repetiu até à exaustão em tudo quanto é comunicação social que a «lei» injusta e iníqua do aborto (6/84) era boa, justa e equilibrada. Recentemente, no programa televiso denominado «As escolhas de Marcelo», afirmou, mais do que uma vez, ser favorável à legalização do «casamento» entre homossexuais.
Por que será que o Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, Arcebispo de Braga, convida ou admite um lobo «católico» a pregar aos sacerdotes portugueses, no ano que lhes é dedicado, na sua Diocese?
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[2] http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_letters/documents/hf_jp-ii_apl_22051994_ordinatio-sacerdotalis_po.html
[3] Responsum ad dubium circa doctrinam in Epist. Ap.«Ordinatio Sacerdotalis» traditam, 28 de outubro de 1995, AAS 87 (1995) 1114, OR 19.11.1995, 2; Notitiae 31 (1995) 610s; Communicationes 27 (1995) 212; EV 14, 1958-1961; LE 5622
1 comentário:
Artigo de alta qualidade,pertinente,elucidativo e...Muito interessante.
Cmpts
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