Joaquim Mexia Alves, Monte Real, 9 de Agosto de 2010
[ AS SEGUNDA E TERCEIRA ILUSTRAÇÕES
SÃO DA RESPONSABILIDADE DA NOSSA REDACÇÃO ]
«Quem dizem as multidões que Eu sou?» Lc 9,18
Se hoje, Senhor Jesus, fizesses esta pergunta,
como te responderiam as multidões?
Uns
dir-Te-iam que não exististe, e que nem sequer existes.
Outros
dir-Te-iam que foste uma figura histórica, um revolucionário, um homem com um
pensamento avançado para a sua época.
Outros
dir-Te-iam ainda que não soubeste «cavalgar a onda do poder» e mudar tudo o que
estava mal.
Uns
quantos dir-Te-iam também que foste um grande meditador transcendental, uma
espécie de mestre de yoga dos tempos antigos.
Mais
uns quantos fingirão que nunca ouviram falar de Ti, ou que, não lhes interessa
nada o que Tu foste ou possas ser.
Finalmente,
uns quantos afirmando que Tu não exististe, desejarão mesmo que não tivesses
existido.
«E vós
quem dizeis que Eu sou?» Lc 9,20
E se
hoje, Senhor Jesus, fizesses esta pergunta
àqueles
que se dizem teus seguidores,
o que
responderíamos nós?
Uns
dir-Te-ão que sim, que Tu és o Filho de Deus, que nos trouxeste uns
ensinamentos que devemos seguir segundo a nossa consciência, e que é a nossa
consciência e só a nossa consciência a luz do nosso proceder.
Estes
dir-Te-ão, sem dúvida, que a instituição da Igreja é uma mera interpretação que
alguns fazem da Bíblia, porque verdadeiramente cada um sabe de si e da sua vida
e que a Igreja não é precisa para nada.
Outros
dir-Te-ão que Tu és o Filho de Deus, e que tudo o que Tu nos disseste e está
nas Escrituras deve ser seguido exactamente como está escrito, que não há lugar
a interpretações, que uns são escolhidos e outros excluídos, e que apenas e só
nessa radical leitura e seguimento, se será verdadeiramente Teu discípulo.
Outros
ainda dir-Te-ão que Tu és o Filho de Deus, mas que tudo aquilo que Tu nos
disseste se destinava apenas àquele tempo e que por isso mesmo, tudo se deve
adaptar aos tempos de agora, e assim sendo, a vida pode ser questionada, seja
ela na gestação inicial, seja ela na sua recta final.
Que as
relações entre mulheres e homens devem ser ao gosto de cada um, porque isso
pertence ao homem definir, e aquilo que Tu nos disseste sobre isso mesmo, era
apenas para aquele tempo, para aquela cultura.
Dir-Te-ão
que nós homens já «matámos» o demónio, porque o «dito cujo» nunca existiu.
Dir-Te-ão
que a Igreja, é afinal as igrejas, edifícios onde vão rezar, (de pé, claro), e
que toda a estrutura da Igreja são afinal apenas meros funcionários ao sabor
das vontades de cada um, bem como a Doutrina, que deve ser seguida segundo a
própria interpretação dos que assim pensam, e sempre mudando ao sabor dos
tempos.
E
outros tantos Te dirão isto e aquilo nas mais variadas formas e interpretações,
reclamando-se como teus verdadeiros seguidores e teus legítimos «intérpretes».
E haverá, finalmente, aqueles,
(e eu espero bem ser um deles),
que Te responderão dizendo:
«Tu és
o Messias, o Filho de Deus vivo.» Mt 16,16
E
nesta revelação, «porque não foi a carne nem o sangue que no-Lo revelou, mas o
Pai que está no Céu» Mt 16,17, tudo estará contido e aceite como Caminho,
Verdade e Vida, desde o Filho de Deus, Jesus Cristo Nosso Senhor, à Igreja e à
Doutrina, que Tu mesmo nos ensinaste e deixaste.
Glória
ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
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