segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A dignidade da mulher encontra-se
na pureza moral e física


Santa Justa
pintura a óleo de Bartolomé Esteban Murillo
Nada poderia ser mais oportuno para a formação de meninas do que lembrá-las e aos seus pais que a essência da dignidade de uma mulher solteira é a sua pureza. Esta verdade, infelizmente, deixou de ser pregada pela Igreja desde que ela foi engolida pelo progressismo no Concílio Vaticano II. Contra todas as inovações modernas e modas que, desde então, têm sido «abençoadas»» nos confessionários, nos púlpitos e nas Jornadas Mundiais da Juventude, trazemos aos nossos leitores a eterna verdade católica aplicada aos nossos dias. O Papa Pio XII está se dirigindo às jovens mulheres italianas. (TIA)
Papa Pio XII
A pureza moral deve proceder da fé, se é uma fé viva. Os jovens devem ser formados para pensar sempre de uma forma sagrada sobre o mistério da nova vida e suas fontes naturais, lembrando que é uma obra do Criador, e recordando que, assim como Cristo elevou o casamento à dignidade de Sacramento, também por tomar a vida no ventre da Virgem Ele santificou a maternidade e conferiu a esta tão alta dignidade.

A partir disso você pode deduzir como a atitude da juventude católica deve ser forte, activa e constante contra publicações e filmes onde se encontra somente sensualidade descarada, uma teia de violações da fidelidade conjugal, linguagem equívoca e cenas abertamente licenciosas. Para se opor a essas manifestações, que, pelo menos em muitos casos, também transgridem as leis previdentes do Estado, há sempre uma arma poderosa: a abstenção absoluta. Se você direcciona para este fim o seu trabalho e apostolado entre os jovens, o seu zelo e prudência, uma grande vitória coroará o seu trabalho e os esforços favorecendo a supremacia e santidade do matrimónio e, portanto, também o bem-estar do seu país!

Portanto, forme jovens mulheres católicas nessa dignidade sublime e santa, que é uma salvaguarda tão clara e poderosa da integridade física e espiritual. Este valor e orgulho tão virtuoso e indomável constituem uma grande glória para aquele que não se deixa ser reduzido à escravidão. Isso enriquece o vigor moral da mulher que se entrega intacta somente ao seu cônjuge para a fundação de uma família, ou a Deus. Isso proclama como a sua marca de glória a sua vocação à vida sobrenatural e à eternidade, assim como São Paulo escreveu aos primeiros cristãos: «Vocês foram comprados por um grande preço. Glorificai a Deus e carregai-O em seu corpo» (1 Cor 6,20).

Quão grande é a dignidade e liberdade da mulher que não se deixa ser escravizada, até mesmo pela moda! Este é um assunto delicado, mas urgente, no qual a sua acção incessante nos permite esperar ganhos benéficos. O seu zelo contra as formas indecentes no vestuário e no comportamento, no entanto, não deve contentar-se com a repreensão, mas também com a edificação, mostrando na prática como uma jovem pode com o seu vestuário e comportamento harmonizar as leis superiores da virtude e das normas de higiene e elegância.

(Sobre o Apostolado das Raparigas na renovação da sociedade, Discurso à Juventude Feminina italiana de 24 de Abril de 1943.

Documentos Pontificios, Petrópolis: Vozes, 1954, p. 21-23)





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