Santa Justa pintura a óleo de Bartolomé Esteban Murillo |
Nada poderia ser mais
oportuno para a formação de meninas do que lembrá-las e aos seus pais que a
essência da dignidade de uma mulher solteira é a sua pureza. Esta verdade,
infelizmente, deixou de ser pregada pela Igreja desde que ela foi engolida pelo
progressismo no Concílio Vaticano II. Contra todas as inovações modernas e
modas que, desde então, têm sido «abençoadas»» nos confessionários, nos
púlpitos e nas Jornadas Mundiais da Juventude, trazemos aos nossos leitores a
eterna verdade católica aplicada aos nossos dias. O Papa Pio XII está se
dirigindo às jovens mulheres italianas. (TIA)
Papa Pio XII |
A pureza moral deve proceder da fé, se é uma fé
viva. Os jovens devem ser formados para pensar sempre de uma forma sagrada
sobre o mistério da nova vida e suas fontes naturais, lembrando que é uma obra
do Criador, e recordando que, assim como Cristo elevou o casamento à dignidade
de Sacramento, também por tomar a vida no ventre da Virgem Ele santificou a
maternidade e conferiu a esta tão alta dignidade.
A
partir disso você pode deduzir como a atitude da juventude católica deve ser
forte, activa e constante contra publicações e filmes onde se encontra somente
sensualidade descarada, uma teia de violações da fidelidade conjugal, linguagem
equívoca e cenas abertamente licenciosas. Para se opor a essas manifestações,
que, pelo menos em muitos casos, também transgridem as leis previdentes do
Estado, há sempre uma arma poderosa: a abstenção absoluta. Se você direcciona
para este fim o seu trabalho e apostolado entre os jovens, o seu zelo e
prudência, uma grande vitória coroará o seu trabalho e os esforços favorecendo
a supremacia e santidade do matrimónio e, portanto, também o bem-estar do seu
país!
Portanto,
forme jovens mulheres católicas nessa dignidade sublime e santa, que é uma
salvaguarda tão clara e poderosa da integridade física e espiritual. Este valor
e orgulho tão virtuoso e indomável constituem uma grande glória para aquele que
não se deixa ser reduzido à escravidão. Isso enriquece o vigor moral da mulher
que se entrega intacta somente ao seu cônjuge para a fundação de uma família,
ou a Deus. Isso proclama como a sua marca de glória a sua vocação à vida
sobrenatural e à eternidade, assim como São Paulo escreveu aos primeiros
cristãos: «Vocês foram comprados por um grande preço. Glorificai a Deus e
carregai-O em seu corpo» (1 Cor 6,20).
Quão
grande é a dignidade e liberdade da mulher que não se deixa ser escravizada,
até mesmo pela moda! Este é um assunto delicado, mas urgente, no qual a sua acção
incessante nos permite esperar ganhos benéficos. O seu zelo contra as formas indecentes
no vestuário e no comportamento, no entanto, não deve contentar-se com a
repreensão, mas também com a edificação, mostrando na prática como uma jovem
pode com o seu vestuário e comportamento harmonizar as leis superiores da
virtude e das normas de higiene e elegância.
(Sobre
o Apostolado das Raparigas na renovação da sociedade, Discurso à Juventude
Feminina italiana de 24 de Abril de 1943.
Documentos
Pontificios,
Petrópolis: Vozes, 1954, p. 21-23)
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