domingo, 9 de junho de 2013

O Papa Francisco:
Pecadores sim, corruptos não!

Na Missa celebrada na manhã de 3 de Junho na Capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco reflectiu sobre «três modelos de cristãos na Igreja: os pecadores, os corruptos e os Santos», e exclamou «pecadores sim, corruptos não!».

Ao meditar sobre pecadores, corruptos e Santos, o Santo Padre assinalou que «não é necessário falar muito dos pecadores, porque todos o somos», indicando que conhecemos «o nosso interior e sabemos o que é um pecador. E se algum de nós não se sente pecador, procure um bom ‘médico espiritual’», porque «alguma coisa está errada».

O Papa indicou que os corruptos querem «apropriar-se da vinha e perderam o relacionamento com o dono dela», que «nos chamou com amor, que zela por nós e também nos dá a liberdade».

Estas pessoas, advertiu Francisco, «sentiram-se fortes, sentiram-se independentes de Deus».

«Estes, lentamente, escorregaram para a autonomia, a autonomia na relação com Deus: ‘Nós não temos necessidade daquele Dono, que não venha para nos incomodar!’. Estes são os corruptos! Aqueles que eram pecadores como todos nós, mas que deram um passo em frente, como se se tivessem consolidado no pecado: não têm necessidade de Deus!».

O Papa assinalou que esta falta de necessidade de Deus é «só aparência, porque no seu código genético está impressa esta relação com Deus». «E como não a podem negar, fazem para si um Deus especial: são Deus eles próprios. São os corruptos».

O Santo Padre assinalou que a presença dos corruptos «é também um perigo para nós», pois nas comunidades cristãs estes pensam apenas no seu próprio grupo.

«Judas começou como pecador avaro e terminou na corrupção. O caminho da autonomia é um caminho perigoso: os corruptos são grandes desmemoriados, esqueceram este amor, com o qual o Senhor plantou a vinha...».

Os corruptos, disse o Papa, «cortaram a relação com este amor! E converteram-se em adoradores de si mesmos. Quanto mal causaram os corruptos nas comunidades cristãs! Que o Senhor nos livre de escorregar neste caminho da corrupção».

O Santo Padre recordou que «o apóstolo João disse que os corruptos são o anticristo, que estão no meio de nós, mas que não são parte de nós».





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