Nuno Serras Pereira
A votação de hoje (17 de Maio de 2013) na Assembleia da República que
aprovou a «co-adopção» por parte de sodomitas sofregamente sobrepostos,
macaqueando, em frenesins lascivos e invertidos, o casamento, é, para quem
ainda tivesse dúvidas, a prova definitiva da entrega, ou «consagração», de
todos os partidos do parlamento, a Lúcifer.
A fuga cobarde e hipócrita de deputados do PSD do hemiciclo, a hedionda votação favorável de 16 deles, a dolosa abstenção de
três, que se somaram a outros tantos fingidos do CDS, indica clarissimamente a
cumplicidade activa destes dois partidos no resultado ignóbil da votação. Já o
facto, de não terem posição enquanto partidos e de concederem «liberdade» de
voto em mais uma questão inegociável e essencial para o Bem-comum, meta de toda
a acção política, revelava claramente a infame cooperação com o mal que se
preparava.
Sejamos cristalinos: Não só é totalmente
impossível estar de bem com Deus e com o Diabo; mas também o é estar de bem com
o valor transcendente da pessoa humana (e, ainda, com os bens da sociedade e da
nação) e com o Maligno. Pelo que concluo que actualmente não existe nenhum
partido político com assento parlamentar no qual um cristão possa votar ou com
o qual possa cooperar. Quando a circunstância que nos é imposta nos quer forçar
a escolher entre Mao Tsé-Tung e Estaline a única resposta legítima é a
insurreição evangélica (o que se tem passado em França é um exemplo a
considerar atentamente). A continuarmos nas estratégias de colaboração com
alguns partidos, em nome do mal menor, temos vindo a escavar alegremente a vala
comum, à beira da qual seremos eliminados e na qual seremos sepultados, caso
não cessemos, de imediato, essas cretinices.
Há outros partidos políticos marginais, do ponto
de vista eleitoral, que sendo aceitáveis para um cristão, infelizmente, não
têm, geralmente falando, quadros credíveis e/ou suficientes para uma
alternativa. Pelo que me parece absolutamente devido e urgente que os cristãos
e demais homens de boa vontade, abandonando o vómito asqueroso em que estão
mergulhados, se unam para constituir uma nova realidade. É um dever grave que
se impõe, não só para a salvação das próprias almas, mas também para impedir
que se continue a alargar o número de vítimas inocentes.
Sei que prelados, que chegaram a fazer por
escrito profissões de «fé» nesta falsa democracia e nas suas instituições, e
outros presbíteros vos dirão o contrário do que aqui digo. Estou consciente de
que iluminados eclesiais, autênticos deuses dos modernos «fiéis» idólatras,
ignorarão, descartarão ou ridicularizarão o que escrevo. Não tenho também dúvidas
de que, como habitualmente, muitos se indignarão e enraivecerão, não contra
mais esta abominação da política nacional, como seria de esperar, mas contra o «tom» do que aqui estampo.
Entretanto a RR, sempre solícita em participar,
subtil ou descaradamente, nas campanhas contra os absolutos morais e os
princípios inegociáveis, continua, nos seus noticiários, a cavilosamente chamar
casais (sic) à perversa ficção jurídica do aberrante ajuntamento entre pessoas
do mesmo sexo. Pelo que é de esperar que a partir de agora chame família aos «casais» que têm filhos adoptados. E quando a assembleia da república legislar
que a terra é quadrada, que as árvores são pastéis de nata, que os pedregulhos
são manteiga, que os excrementos são alimentos saudáveis e recomendáveis, logo
a RR, zelosa e diligentemente, se submeterá a esse nominalismo surrealista;
porque não interessa o que as coisas são, porque elas são aquilo que delas
dissermos: a nomeação que decidimos dar às coisas é uma varinha mágica que cria
a sua realidade – e quem contradisser estas coisas é um perigosíssimo
fundamentalista, ortodoxo raivoso, extremista barbudo, intolerante fanático,
enfim é eu.
S. João Maria Vianney costumava dizer a muitos
dos seus penitentes: podereis ir a outro confessor, há os muitos, que vos diga
o contrário, mas eu não vos aconselho a que o façais. O mesmo digo eu, apesar
de ser pecador.
À honra de Cristo. Ámen.
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