O Papa Bento XVI advertiu para os perigos da teologia marxista da libertação e alertou os fiéis para superarem as suas graves consequências no seio das comunidades eclesiásticas, como a rebelião e o desacordo.
Ao receber o grupo de bispos do Brasil da região Sul 3 e Sul 4 em visita ad limina, o Santo Padre recordou que «em Agosto passado se cumpriram 25 anos da Instrução Libertatis nuntius da Congregação para a Doutrina da Fé, sobre alguns aspectos da teologia da libertação, que sublinha o perigo que comportava a aceitação acrítica, realizada por alguns teólogos, de tese e metodologias provenientes do marxismo».
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Por essa razão, o Santo Padre exortou «aos que de algum modo se sintam atraídos, envolvidos e afectados no íntimo por certos princípios enganosos da teologia da libertação, que se confrontem novamente com a referida Instrução, acolhendo a luz benigna que a mesma oferece com mão estendida».
Bento XVI recordou também que «a regra suprema de fé da Igreja provém efectivamente da unidade que o Espírito estabeleceu entre a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, numa reciprocidade tal que não podem subsistir de maneira independente», como explica na encíclica Fides et Ratio o Papa João Paulo II.
A Instrução Libertatis Nuntius foi publicada pelo então Cardeal Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, em 6 de Agosto de 1984, com autorização do Papa João Paulo II.
O objectivo da instrução é «atrair a atenção dos pastores, dos teólogos e de todos os fiéis, sobre as separações e os riscos de separação, ruinosos para a fé e para a vida cristã, que implicam certas formas de teologia da libertação que recorrem, de modo insuficientemente crítico, a conceitos tomados de diversas correntes do pensamento marxista».
O chamado texto explica «a certeza de que as graves separações ideológicas» da teologia marxista da libertação «conduzem indevidamente a trair a causa dos pobres». Entre outras coisas, a instrução também adverte que a análise marxista da realidade «arrasta as 'teologias da libertação' a aceitar um conjunto de posições incompatíveis com a visão cristã do homem».
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