terça-feira, 29 de setembro de 2009

Breve Apresentação da Milícia de São Miguel

1 -  O que é a Milícia de São Miguel?

A Milícia de São Miguel - União para a Cultura e Civilização Cristãs é uma associação portuguesa de direito civil. Ela responde ao chamamento de João Paulo II quando clamou «Portugal, convoco-te para a missão!» e à determinação de Bento XVI «Moldar a terra à imagem do céu».
Na ordem temporal e no concreto, a Milícia de São Miguel tem como missão promover e defender a cultura e a Civilização cristãs assim como o seu principal baluarte, a Igreja Católica Apostólica Romana.
O cumprimento desta missão exige a união de vontades dos milicianos de São Miguel, agrupados no braço orgânico da Milícia de São Miguel. Ela tem também como função proporcionar aos milicianos a sua santificação pela participação activa num combate por Jesus Cristo.

2 - Que preocupações tem a Milícia de São Miguel?

Os tempos que correm revelam em toda a extensão a força do mal na ordem temporal. Jesus finalmente triunfará sobre ele mas, entretanto, Satanás derrama a sua perversidade sobre a terra. As forças ao serviço de Satanás nunca haviam atingido, ao nível global, uma organização tão refinada, nunca tinham atingido em tanta profundidade a família, a escola, os meios de comunicação, a cultura, o direito à vida, a moral pública, o Estado e até a própria Igreja.
A Igreja Católica, presença de Cristo na terra, é o primeiro alvo de Satanás, utilizando os seus servidores.

3 - Qual o papel da Milícia de São Miguel?

O estado a que chegou a sociedade exige a mobilização geral dos católicos. Nunca o apelo de João Paulo II para uma nova evangelização fez tanto sentido como hoje.
Os católicos devem preparar-se para a guerra que vivemos e para a intervenção activa na sociedade. Os católicos não devem deixar a condução da sociedade em mãos alheias - militantes ateus e hostis à Igreja, propagandistas activos do amoralismo, da contracultura, da cultura da morte, políticos supostamente «neutros» ou cobardes para cumprirem o seu dever de opositores à degradação.
A Milícia de São Miguel propaga a verdade do Evangelho na sociedade. A sua intervenção é activa e particularmente empenhada no combate de ideias, na cultura, na defesa dos valores cristãos na sociedade. A Milícia de São Miguel exerce o apostolado por todo o lado, no trabalho, na rua, na escola, na cultura, nas artes, no desporto, na política, na administração, tendo como meta impregnar de espírito evangélico a ordem temporal.

4 - Que meios utiliza a Milícia de São Miguel?

Para cumprir a sua missão, a Milícia de São Miguel recorrerá aos seguintes meios: difusão da concepção cristã da vida e do mundo; combate à contracultura, ideias amorais, políticas afins e heresias do nosso tempo; intervenção quotidiana na vida cultural, social e política em defesa dos valores cristãos; envolvimento do maior número possível de católicos na missão; criação das estruturas orgânicas necessárias à missão; estabelecimento de acções comuns com pessoas e organizações mesmo que não católicas mas que se mostrem sensibilizadas para enfrentar as ameaças aos valores morais da Civilização cristã.

5 - Qual a ligação da Milícia de São Miguel à Igreja?

A Milícia de São Miguel é um órgão de acção cultural católica de direito civil, de leigos em comunhão com o Santo Padre, que serve a Igreja e a sua doutrina, apoia o seu trabalho paroquial e defende a Civilização cristã.

6 -  Como está estruturada

A formação de base da Milícia de São Miguel é a Companhia, que agrupa os milicianos de uma localidade, ou conjunto de localidades, ou de um sector de actividade social.
As actividades da companhia são coordenadas pelo seu Secretariado, que assegura a ligação com a organização.
As companhias de um distrito estão agrupadas em brigadas e as companhias de actividade social estão agrupadas em alas, cada uma delas coordenada pelo seu Secretariado, e todas elas coordenadas pelo Secretariado Nacional.

7 - Que alas são organizadas por actividades sociais?

A Milícia de São Miguel organiza à partida alas nas seguintes áreas: Artes, Comunicação, Cultura, Desporto, Economia, Educação, Emigração, Infância, Juventude, Justiça, Política, Professores, Saúde e Segurança, e outras que se venham a justificar.

8 - Quais as actividades do Miliciano de São Miguel?

O Miliciano de São Miguel estuda assiduamente a doutrina católica, reflecte permanentemente sobre os problemas da sociedade contemporânea à luz da fé cristã e trabalha com fidelidade para a causa de Deus. Participa regularmente nas reuniões de formação, nas reuniões de organização e na acção apostólica. Mantém-se permanentemente atento à vida cultural, política e social, nunca dela se alheando, observando todos os factos e fenómenos à luz dos valores cristãos. Mantém-se especialmente atento aos factos que possam constituir graves afrontas à cultura e à Civilização cristãs, à Igreja Católica e a todas as instituições em que assenta a nossa Civilização.

9  - Em que consiste a formação dos milicianos?

A formação dos Milicianos de São Miguel destina-se a prepará­-los como católicos para poderem agir na sociedade com actualidade, saber, competência, eficácia, determinação e coragem. O Miliciano de São Miguel não pode comparecer no campo de batalha apenas de cruz na mão e como o ingénuo da política.
Para agir na sociedade contemporânea, é essencial uma formação religiosa. Mas ela não é suficiente para o combate, que também é cultural e político e, como tal, multifacetado e ardiloso.
Também o pedido de ajuda a Deus pela oração não dispensa a nossa contribuição na guerra quotidiana contra o mal.
Para ter a capacidade de eficazmente servir Deus no caos da sociedade contemporânea, o Miliciano de São Miguel deve corresponder em saber e exercício às exigências dos novos tempos, estudar as realidades do mundo temporal e saber encontrar as respostas adequadas. Isso exige-lhe formação religiosa fundamental mas igualmente formação cultural e política.

10 - Como aderir à Milícia de São Miguel?

Os católicos que, tendo tomado contacto com o espírito da Milícia de São Miguel, se identifiquem com ele e desejem participar na sua missão, podem facilmente fazê-lo.
Se na sua localidade ou actividade social já existe uma companhia, podem procurar um ou vários dos seus milicianos e integrar essa companhia. Se aí não existe ainda uma companhia, podem então dar os primeiros passos para a constituição de uma nova companhia entrando em contacto com a Milícia de São Miguel.

2 comentários:

bloguedasboasnoticias.blogspot.com disse...

Com todo o respeito pergunto: antes do cristianismo se tornar uma religião de conquista, não era pelo EXEMPLO DE VIDA que os cristãos procuravam "Moldar a Terra à Imagem do Céu"? Não vi nesta "Breve Apresentação" sequer uma alusão a isso: EXEMPLO DE VIDA! Terei lido mal?
Tudo de bom.
jose

Anónimo disse...

Caro José,

Como disse, o texto que leu é uma breve apresentação. A sua preocupação do exemplo, entre outras questões, é referida, mas apenas referida, no texto desenvolvido. A breve apresentação apenas procura explicar o que é a Milícia e não o que é um bom cristão...

Damos como adquirido o facto de se ser cristão, procurando criar as condições de operacionalidade na sociedade para que as políticas do Estado se coadunem com a concepção cristã do mundo, definição que remetemos para os documentos do magistério da Igreja.

Quanto ao aspecto de vencer o mal pelo exemplo, entendemos que este método é insuficiente. A realidade é que existem forças organizadas contra a Igreja (maçonaria e outras) e por isso é necessário ir à luta no terreno contra essas forças. Infelizmente, não se trata de «conquista», como diz, mas já de autodefesa, pois a cristandade perdeu a iniciativa estratégica, no seu interior a favor de forças dissolutas e seitas, e no seu exterior a favor do islamismo.

A orientação da Milícia é, efectivamente, esta:

«A sua intervenção é activa e particularmente empenhada no combate de ideias, na cultura, na defesa dos valores cristãos na sociedade. A Milícia de São Miguel exerce o apostolado por todo o lado, no trabalho, na rua, na escola, na cultura, nas artes, no desporto, na política, na administração, tendo como meta impregnar de espírito evangélico a ordem temporal.»

Afonso